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Venezuela assegura que EUA triplicaram voos de aviões espiões sobre país
O Governo venezuelano disse que os Estados Unidos triplicaram em agosto os voos de aviões espiões sobre a Venezuela, enquanto Washington enviava navios de guerra para o mar das Caraíbas.
"Sempre houve operações conduzidas por aviões militares dos Estados Unidos (...) Agora, passaram de um modelo diurno para operações noturnas (...) triplicando em agosto as operações de espionagem contra" a Venezuela, afirmou no domingo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, na televisão pública, citado pela agência de notícias France-Presse.
O governante acusou os Estados Unidos de estarem a "posicionar-se no mar das Caraíbas com toda a intenção de semear uma guerra nas Caraíbas, uma guerra que a Venezuela não quer, que os povos das Caraíbas não querem".
"Não queremos nenhum incidente, que é o que eles pretendem provocar. Não queremos nenhum incidente no nosso mar, não vamos cair nessa armadilha de provocações", disse.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yvan Gil, denunciou no sábado a abordagem, durante oito horas, de um barco de pesca venezuelano por um navio norte-americano em águas territoriais venezuelanas, "exigindo que os Estados Unidos cessem imediatamente essas ações que colocam em risco a segurança e a paz no Caribe".
As tensões entre as duas nações aumentaram em agosto, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado o envio de navios de guerra para as Caraíbas, ao largo da costa do país sul-americano, citando a luta contra os cartéis de drogas da América Latina.
Na semana passada, Trump anunciou que os Estados Unidos tinham atacado um "barco que transportava droga", matando 11 "narcoterroristas", dizendo tratar-se de membros do Tren de Aragua, um cartel venezuelano estabelecido em vários países e classificado como organização terrorista pelo Presidente norte-americano.
Os Estados Unidos acusam o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar uma rede de tráfico de droga e recentemente aumentou a recompensa pela captura para 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros).
Maduro, que sempre negou qualquer ligação com o narcotráfico, apesar de dois sobrinhos da mulher terem sido condenados em Nova Iorque por tráfico de cocaína, denunciou a presença militar americana, considerando-a "uma ameaça".
O chefe de Estado venezuelano disse acreditar que Washington, que não reconheceu a reeleição em 2024, que segundo a oposição foi marcada por fraudes, está a tentar afastá-lo do poder.
Oposição pede ajuda para travar desaparecimentos na Venezuela
Edmundo González Urrutia, que de acordo com a oposição ganhou as presidenciais na Venezuela, enviou uma "carta aberta aos governos democratas do mundo", pedindo que travem os desaparecimentos forçados no país latino-americano.
"Dirijo-me a vocês, na minha qualidade de Presidente eleito da Venezuela, para fazer um pedido urgente para que elevemos juntos a nossa voz em defesa das vítimas. Na Venezuela, continuam a ocorrer desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e atos de tortura. Esses fatos constituem um padrão de repressão sistemática, conforme documentado pela Missão de Determinação dos Factos da ONU", explicou Urrutia, na terça-feira.
Na carta, o sucessor de Maria Corina Machado defendeu que cada caso representa não apenas uma tragédia pessoal, mas também uma afronta à dignidade humana e aos princípios universais.
"Para mim, esta não é uma realidade distante nem alheia. Como avô, vivo com dor o encarceramento e o isolamento do meu genro, pai dos meus netos, que permanece injustamente privado da sua liberdade. A sua ausência afeta a nossa família e afeta os mais pequenos, que crescem sem a companhia e o carinho do pai. Esta experiência pessoal obriga-me a reafirmar o meu compromisso de falar em nome de todas as famílias venezuelanas que passam pelo mesmo sofrimento", explicou.
Exilado em Espanha, o antigo candidato presidencial apelou "à consciência das nações democráticas para que assumam uma posição firme e coordenada".
Urrutia exigiu "o fim imediato dos desaparecimentos forçados e das detenções arbitrárias na Venezuela", "o acesso irrestrito de organismos internacionais de direitos humanos aos centros de detenção" no país, e a "proteção e acompanhamento às famílias e às vítimas que tiveram a coragem de denunciar".
"A história mostra que o silêncio e a indiferença alimentam a impunidade. A Venezuela precisa hoje da solidariedade ativa da comunidade internacional para deter esses crimes e abrir caminho para uma transição pacífica à democracia", lê-se no documento.
Por outro lado, Urrutia garantiu estar comprometido com "servir de ponte entre as vítimas e as instâncias internacionais".
"Estou convencido de que juntos podemos construir uma plataforma sólida de apoio aos cidadãos venezuelanos que pagaram com a sua liberdade e, em muitos casos, com a sua vida, o preço da ditadura. Que a voz dos vossos governos não falte neste momento decisivo para o futuro da Venezuela", concluiu.
De acordo com os dados da organização não-governamental Foro Penal (FP) em 09 de setembro, 823 pessoas estavam detidas na Venezuela por motivos políticos, 723 homens e 100 mulheres.
Do total de presos políticos, 653 são civis e 170 militares, correspondendo a 819 adultos e quatro adolescentes. Segundo o FP, 91 presos políticos são estrangeiros.
A organização contabiliza ainda 18.486 detenções por motivos políticos na Venezuela desde 2014.
Organização denuncia isolamento prolongado de presos políticos na Venezuela
Dezenas de presos políticos na Venezuela permanecem incomunicáveis há semanas, meses ou até um ano, denunciou hoje o Observatório dos Direitos Humanos (ODH), alertando que a prática representa um agravamento da repressão por parte do regime de Nicolás Maduro.
"Estes casos de presos políticos que foram isolados das suas famílias e advogados são um testemunho arrepiante da brutalidade da repressão na Venezuela", afirmou Juanita Goebertus, diretora para as Américas do ODH, citada num comunicado. "Os governos devem fazer todos os esforços diplomáticos para garantir a libertação destes detidos", apontou.
O ODH e o Comité pela Liberdade dos Presos Políticos na Venezuela (CLIPPVE) documentaram 19 casos de detenções em regime de incomunicabilidade. As organizações entrevistaram familiares e analisaram documentos submetidos às autoridades, todos ignorados. A maioria dos detidos tem ligações à oposição e está privada de visitas e chamadas telefónicas desde o momento da detenção.
Em 24 de agosto do ano passado, 13 presos políticos foram libertados, incluindo Américo De Grazia, dirigente opositor sequestrado por homens encapuzados em agosto de 2024. A sua família passou mais de 380 dias sem qualquer contacto direto.
A maioria dos detidos encontra-se no Helicoide, sede do SEBIN em Caracas. A Missão Internacional de Averiguação da ONU sobre a Venezuela identificou naquele centro a existência de salas de tortura. Outros estão na prisão de alta segurança de Rodeo I, no estado de Miranda. Em maio, alguns detidos foram autorizados a fazer uma chamada.
Entre os casos em destaque está Freddy Superlano, coordenador nacional do partido Voluntad Popular, detido desde 30 de julho de 2024. A sua esposa relatou que só soube que ele estava vivo porque os guardas lhe entregavam roupa suja e bilhetes com pedidos de artigos básicos. Em agosto deste ano, foi-lhe comunicado informalmente que ele e o jornalista Roland Carreño tinham sido transferidos, mas as autoridades não confirmaram o seu paradeiro.
Segundo o ODH, muitos familiares só descobrem o local de detenção dos seus entes queridos por meios informais, entrega de pertences ou chamadas de defensores públicos, dias depois das detenções. Mesmo quando os locais são identificados, os pedidos de visita são frequentemente recusados. Algumas famílias percorrem centenas de quilómetros até Caracas apenas para deixar comida ou medicamentos.
Relatos indicam que vários detidos apresentam condições médicas pré-existentes ou agravadas durante a detenção. Os familiares não recebem informações oficiais sobre o estado de saúde nem prescrições.
Os detidos enfrentam acusações como "terrorismo" ou "incitação ao ódio" por alegada participação em atos de desestabilização. Muitos foram formalmente acusados em audiências virtuais, sem acesso a advogados escolhidos pelas famílias. Alguns pedidos de representação legal foram rejeitados por ausência de assinatura dos próprios detidos, que estavam incomunicáveis.
"A nossa única maneira de mostrar amor e que pensamos neles é enviando comida, roupa e medicamentos", afirmou um familiar. Em 4 de agosto de 2025, o Helicoide restringiu a entrega de alimentos e bens pessoais a apenas um dia por semana.
Em outros casos, visitas temporariamente autorizadas foram novamente suspensas. Josnars Baduel, detido desde 2020 por alegadamente participar numa tentativa de invasão marítima esteve incomunicável durante os primeiros cinco meses de 2025 e voltou a estar isolado desde agosto.
O ODH sublinha que a incomunicabilidade prolongada pode constituir tortura. O Tribunal Interamericano de Direitos Humanos reconhece que o isolamento provoca sofrimento psicológico e aumenta o risco de abusos.
As organizações apelam a que os governos estrangeiros usem os fóruns regionais e internacionais, como a cimeira UE-CELAC, em novembro, para pressionar a libertação dos presos políticos. O Vaticano é igualmente instado a usar a canonização de dois venezuelanos, prevista para outubro, como oportunidade diplomática para exigir o fim das detenções em regime de incomunicabilidade.
Maduro assina estado de emergência em resposta a ameaças de Trump
O presidente Nicolás Maduro assinou um "decreto de estado de comoção externa" (estado de emergência) em resposta a ameaças dos EUA à Venezuela, foi hoje anunciado.
O anúncio foi feito pela vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, durante um encontro com diplomatas estrangeiros acreditados na Venezuela. A governante advertiu que vão ser julgados os cidadãos que apoiem as ações norte-americanas e precisou que o decreto entrará automaticamente em vigor se o país vier a ser atacado.
"Este decreto de estado de comoção externa, procura proteger a integridade territorial, a soberania, a independência e os interesses vitais e estratégicos da nossa República contra qualquer violação grave ou agressão externa que ocorra dentro do nosso território", disse Delcy Rodríguez.
A vice-presidente da Venezuela precisou que o decreto de "comoção externa" concede poderes especiais ao Chefe de Estado para mobilizar as Forças Armadas em todo o território venezuelano, para tomar militarmente a infraestrutura dos serviços públicos para garantir o seu funcionamento e o da indústria petrolífera, das indústrias básicas, para ativar planos de segurança cidadã, a Milícia. Também para fechar fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, para proteger a integridade territorial e da população.
Delcy Rodríguez sublinhou que "qualquer tipo de ação, se ousarem, por parte das forças militares dos EUA será considerada uma agressão externa e o decreto de exceção de estado de emergência externa será imediatamente ativado".
"A Constituição é muito clara, não será permitido a ninguém dentro ou fora do território promover, apoiar, facilitar ou defender uma agressão militar externa contra a Venezuela, e será julgado de acordo com as leis da República, com todas as garantias da Constituição. Chega de extremistas, temos responsabilidade como autoridades, como governo", advertiu.
O artigo 338 da Constituição da Venezuela estabelece que poderá ser decretado o estado de comoção interior ou exterior em caso de conflito interno ou externo que "coloque em grave perigo a segurança da Nação, dos seus cidadãos e das suas instituições".
A duração do decreto é de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, prévia aprovação da Assembleia Nacional (parlamento).
Segundo a Constituição da Venezuela, durante os estados de exceção, "as garantias constitucionais" "podem ser temporariamente restringidas, exceto as referidas aos direitos à vida, proibição de incomunicação ou tortura, direito ao devido processo legal, direito à informação e outros direitos humanos intangíveis".
As tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos aumentaram em agosto, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado o envio de navios de guerra para as Caraíbas, para águas internacionais próximas do país sul-americano, citando a luta contra os cartéis de droga da América Latina.
Os EUA anunciaram ter já atacado quatro barcos que transportavam droga matando a pelo menos 13 "narcoterroristas", dizendo tratar-se de membros do Tren de Aragua, um cartel venezuelano estabelecido em vários países e classificado como organização terrorista pelo Presidente norte-americano.
Os Estados Unidos acusam o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar o Cartel dos Sois, de tráfico de droga e recentemente aumentou a recompensa por informações que levem à sua captura para 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros).
Nicolás Maduro denunciou a presença militar norte-americana junto à costa venezuelana e negou qualquer ligação com o narcotráfico.
Nas últimas semanas, Maduro apelou à população para que se aliste na milícia, um corpo altamente politizado, criado pelo falecido Presidente Hugo Chávez, assim como anunciou um plano de defesa e o envio de 25.000 membros das forças armadas para as fronteiras.
Venezuela. Oposição indignada com foguetes do Natal desde El Helicoide
A oposição venezuelana condenou quinta-feira o lançamento, pelo regime, de fogo-de-artifício desde o El Helicoide, o principal cárcere de presos políticos de Caracas, para assinalar a chegada antecipada do Natal.
"Com indignação, condenamos categoricamente o ato perverso e desumano de lançar fogos-de-artifício a partir do El Helicoide para celebrar o Natal", explica a Plataforma Unitária Democrática (PUD), a principal aliança opositora da Venezuela em um comunicado divulgado nas redes sociais.
No documento a PUD explica que "esse lugar não é um símbolo de festa: é o centro de tortura e detenções ilegais da Venezuela, onde centenas de presos políticos são vítimas de tratamentos cruéis e da violação sistemática dos direitos humanos".
O cárcere de El Helicoide é conhecido na Venezuela como o principal centro de detenção do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin, serviços de informações) e frequentemente referenciado na imprensa local como um centro de desaparições, torturas e isolamento prolongado, que acolhe centenas de presos políticos e cujas denuncias estão sob investigação do Tribunal Penal Internacional.
Dados da organização não-governamental Foro Penal (FP) dão conta de que em 29 de setembro de 2025 a Venezuela tinha 838 presos por motivos políticos.
Do total de presos políticos, 735 são homens e 103 mulheres, 665 militares e 173 civis, que são acusados de vários crimes, incluindo terrorismo e traição à pátria.
Entre os presos políticos, segundo o FP, encontram-se cinco cidadãos portugueses com dupla nacionalidade.
A maioria dos presos políticos foram detidos após as eleições presidenciais de junho de 2024, cujos resultados a oposição contesta.
Desde 2014, o Fórum Penal registou 18.503 casos de detenções por motivos políticos na Venezuela.
Em 9 de setembro último o presidente Nicolás Maduro, anunciou que anteciparia o início das festividades do Natal no país a partir de 01 de outubro, à semelhança do que fez em 2024.
"Vamos decretar, a partir de 01 de outubro, começa o Natal na Venezuela novamente, este ano também. Este ano, o Natal começa a 01 de outubro, com alegria, comércio, atividades, cultura, canções natalícias, gaitas, 'hallacas' [comida típica da estação]", anunciou no programa "Com Maduro +", das estações públicas de rádio e televisão da Venezuela.
"Esta é a forma de defender o direito à felicidade, o direito à alegria. Nada nem ninguém neste mundo nos tirará o direito à felicidade", sublinhou.
O Presidente venezuelano decretou a "antecipação" das festividades do Natal em várias ocasiões desde que chegou ao poder em 2013.
No ano passado, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) reagiu à antecipação das festividades natalícias decretada por Maduro rejeitando o uso político do Natal.
"O Natal é uma celebração universal. O modo e o tempo da sua celebração são da competência da autoridade eclesiástica. Esta festividade não deve ser utilizada para fins propagandísticos ou políticos", explicou a CEV num comunicado divulgado um dia após o anúncio, no início de setembro.
A estratégia de antecipar as festas de Natal por decreto, dois meses antes de dezembro, é vista como uma tentativa de desviar a atenção da profunda crise social, económica e política que afeta a Venezuela.
Desde quarta-feira que um importante número de lojas e centros comerciais de Caracas apresentam já adornados e inclusive várias lojas e praças apresentam luzes e adornos típicos da qual do Natal.
A antecipação do Natal ocorre em momentos em que os Estados Unidos enviaram barcos de guerra e tropas para o Caribe, numa alegada operação contra o narcotráfico.
Venezuela adverte que defenderá soberania perante agressões dos EUA
A Venezuela advertiu que defenderá plenamente a soberania territorial do país e que não aceitará intimidações nem agressões estrangeiras, depois de cinco aviões de combate dos Estados Unidos se aproximarem do espaço aéreo venezuelano.
"A Venezuela reitera que não aceitará intimidações nem agressões de nenhuma potência estrangeira e que exercerá plenamente o seu direito à defesa da soberania nacional, em conformidade com o direito internacional", explicaram na quinta-feira os ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.
Num comunicado conjunto, denunciaram e condenaram veementemente "a incursão ilegal de aeronaves de combate dos Estados Unidos da América detetadas em 02 de outubro de 2025 a aproximadamente 75 quilómetros" das costas venezuelanas, dentro da Região de Informação de Voo (FIR) de Maiquetía.
"Essa manobra, identificada pelo Comando de Defesa Aeroespacial na Íntegra (CODAI), constitui uma provocação que ameaça a soberania nacional e viola as normas do direito internacional e a Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional", lê-se no documento.
O comunicado acrescenta que "essa ação colocou em sério risco a segurança operacional da aviação civil e comercial no mar das Caraíbas" e que a incursão também foi registada pela companhia aérea colombiana Avianca.
"Isto soma-se a outras incursões ilegais semelhantes anteriormente registadas e já denunciadas pelo Governo Bolivariano, o que configura um padrão de assédio que não pode ser tolerado", afirmaram os ministérios.
"A Venezuela exige que o secretário da Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, cesse imediatamente a sua postura temerária, aventureira e belicista, que pretende minar a zona de paz da América Latina e das Caraíbas e põe em risco a estabilidade regional", referiu o comunicado.
Caracas diz que elevará a denúncia perante o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a Organização de Aviação Civil Internacional e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, "para que se adotem as medidas necessárias que impeçam a repetição destas ações ilegais e perigosas".
"As Forças Armadas Bolivarianas [da Venezuela] permanecerão em alerta permanente com o seu Sistema Integrado de Defesa Aeroespacial", conclui.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, denunciou que cinco aviões de combate norte-americanos cruzaram a FIR de Maiquetía, muito perto do espaço aéreo venezuelano.
"Isso indica que os aviões de combate do imperialismo norte-americano se atreveram a aproximar-se da costa venezuelana (...) Quero que saibam que não nos intimidam", garantiu López.
"É uma grosseria, uma provocação e uma ameaça à segurança da nação", afirmou o ministro, durante um balanço de operações das FANB, transmitido pela televisão estatal venezuelana.
López explicou que os radares da Força Aérea Venezuelana detetaram pelo menos cinco aviões de combate norte-americanos e que o Sistema Integrado de Defesa Aérea identificou mais de cinco aeronaves.
As tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos aumentaram em agosto, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado o envio de navios de guerra para as Caraíbas, para águas internacionais próximas do país sul-americano, citando a luta contra os cartéis de droga da América Latina.
Os Estados Unidos acusam o Presidente venezuelano de liderar o Cartel dos Sois e recentemente aumentaram a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro para 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros).
Maduro denunciou a presença militar norte-americana junto à costa venezuelana e negou qualquer ligação com o tráfico de droga.
Caracas denuncia que 5 aviões de combate dos EUA se aproximaram da costa
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, denunciou hoje que cinco aviões de combate norte-americanos cruzaram a Região de Informação de Voo (FIR) de Maiquetía, muito perto do espaço aéreo venezuelano.
"Isso indica que os aviões de combate do imperialismo norte-americano se atreveram a aproximar-se da costa venezuelana (...) Quero que saibam que não nos intimidam. É uma grosseria, uma provocação e uma ameaça à segurança da nação [venezuelana]", afirmou.
Padrino López falava durante um balanço de operações das Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB), transmitido pela televisão estatal venezuelana.
Explicou que os radares da Força Aérea Venezuelana detetaram pelo menos cinco aviões de combate norte-americanos próximos do seu país e que o Sistema Integrado de Defesa Aérea identificou mais de cinco aeronaves com padrões de voo de 400 nós e a uma altitude de 35 mil pés.
"As ordens já foram dadas pelo nosso comandante-chefe [o Presidente Nicolás Maduro]. Só nos resta cumpri-las nesta situação. Devemos lembrar que o comandante-chefe assinou um decreto de estado de exceção", frisou numa alusão à recente assinatura, pelo Presidente Nicolás Maduro, de um "decreto de estado de comoção externa" (estado de emergência) em resposta a ameaças dos EUA à Venezuela.
Por outro lado, disse que as FANB combatem grupos de terroristas e de narcotraficantes dos subversivos Exército de Libertação Nacional (ELN) e das dissidências das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que "estão operando" no estado venezuelano de Bolívar, a sul do país.
"Temos uma operação em Pijiguaos [estado de Bolívar, a sul do país] porque estão a operar, passaram para cá [da Colômbia para a Venezuela], na região de Pijiguaos, alguns grupos terroristas, narcotraficantes, do ELN e das FARC, com nome e apelido", disse.
Segundo o ministro, naquela zona, as autoridades venezuelanas levam a cabo a "Operación Neblina" (Operação Nevoeiro) que combate ainda grupos que se dedicam à minaria ilegal.
"Eu lhes digo que não se enganem connosco. Estamos dispostos a defender a nossa soberania, o nosso espaço geográfico, a defendê-lo de qualquer intruso (...) Quem estiver a operar por lá, sejam terroristas, narcotraficantes, de origem colombiana, que saiam do território venezuelano. Este não é o seu solo", afirmou.
Por outro lado, explicou que na região do Catatumbo, a oeste do país, as FANB desmantelaram "por completos" os acampamentos do ELN e das FARC.
E sublinhou que na Venezuela "não há plantações, nem processamentos relacionados com drogas, nem lavagem de dinheiro, nem cartéis" e que a distribuição no território "é mínima".
As tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos aumentaram em agosto, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado o envio de navios de guerra para as Caraíbas, para águas internacionais próximas do país sul-americano, citando a luta contra os cartéis de droga da América Latina.
Os EUA anunciaram ter já atacado quatro barcos que transportavam droga matando a pelo menos 13 "narcoterroristas", dizendo tratar-se de membros do Tren de Arágua, um cartel venezuelano estabelecido em vários países e classificado como organização terrorista pelo Presidente norte-americano.
Os Estados Unidos acusam o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar o Cartel dos Sois, de tráfico de droga e recentemente aumentou a recompensa por informações que levem à sua captura para 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros).
Maduro denunciou a presença militar norte-americana junto à costa venezuelana e negou qualquer ligação com o narcotráfico.
Em 29 de setembro a Venezuela anunciou que o Presidente Nicolás Maduro assinou um "decreto de estado de comoção externa" (estado de emergência) em resposta a ameaças dos EUA.
O anúncio foi feito pela vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, durante um encontro com diplomatas estrangeiros acreditados na Venezuela.
"Agressão armada" dos EUA quer impor "governos fantoches" na Venezuela
O Presidente da Venezuela disse que a "agressão armada" dos Estados Unidos visa impor "governos fantoches" e roubar os recursos naturais do país, face ao envio de navios militares norte-americanos para as Caraíbas.
"O povo dos Estados Unidos está bem ciente de que o que se pretende contra a Venezuela é uma agressão armada para impor uma mudança de regime, impor governos fantoches e roubar o seu petróleo, gás, ouro e todos os seus recursos naturais", disse Nicolás Maduro, na sexta-feira.
O chefe de Estado afirmou que o país "nunca se humilhará perante nenhum império, independentemente do seu poder, independentemente do seu nome" e prometeu "uma lição moral, ética e política a este império [Estados Unidos] nos próximos anos".
Em declarações transmitidas pela televisão estatal venezuelana VTV, Maduro indicou que a Venezuela tem "o direito à paz, à soberania, à sua existência, e nenhum império neste mundo lhe tirará isso".
"Se for necessário passar de formas de luta desarmadas para formas de luta armadas, este povo fá-lo-á pela paz", reiterou o presidente.
Maduro falava numa conferência internacional, contra o "colonialismo, o neocolonialismo e a expropriação territorial", em que estiveram presentes 137 delegados de 59 países.
No mesmo evento, a vice-presidente da Venezuela Delcy Rodríguez indicou que o Governo da vizinha Guiana "abriu as portas ao invasor norte-americano, à agressão militarista" na região.
Nicolás Maduro "fez muitos telefonemas para o Secretário-Geral das Nações Unidas [António Guterres], desde 2015, 2016, 2017 e até este ano", afirmou Rodríguez, sem apresentar provas ou fornecer mais pormenores.
A vice-presidente disse que Maduro "alertou para a importância do financiamento da ExxonMobil", uma petrolífera norte-americana, "ao Governo da Guiana para fomentar a agressão militar, uma agressão bélica dos Estados Unidos não só contra a Venezuela, mas também no nosso mar das Caraíbas".
A Venezuela relançou as reivindicações sobre o território de Essequibo, controlado pela Guiana, em 2019, após a descoberta de novas reservas de petróleo e minerais.
Horas antes, a Venezuela denunciou perante o Conselho de Segurança da ONU, presidido este mês pela aliada Rússia, a "incursão ilegal de caças norte-americanos" a cerca de 75 quilómetros da costa venezuelana.
Washington enviou pelo menos oito navios de guerra e um submarino de ataque rápido com propulsão nuclear, além de mais de 4.500 soldados, para as Caraíbas.
Além disso, enviou caças F-35B de última geração para Porto Rico.
As Forças Armadas dos Estados Unidos destruíram na sexta-feira mais uma embarcação de alegado tráfico de droga ao largo da costa da Venezuela, matando quatro pessoas, no quinto ataque do género desde o início de setembro.