kok@s
GForum VIP
- Entrou
- Dez 9, 2019
- Mensagens
- 9,471
- Gostos Recebidos
- 431
Venezuela assegura que EUA triplicaram voos de aviões espiões sobre país
O Governo venezuelano disse que os Estados Unidos triplicaram em agosto os voos de aviões espiões sobre a Venezuela, enquanto Washington enviava navios de guerra para o mar das Caraíbas.

"Sempre houve operações conduzidas por aviões militares dos Estados Unidos (...) Agora, passaram de um modelo diurno para operações noturnas (...) triplicando em agosto as operações de espionagem contra" a Venezuela, afirmou no domingo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, na televisão pública, citado pela agência de notícias France-Presse.
O governante acusou os Estados Unidos de estarem a "posicionar-se no mar das Caraíbas com toda a intenção de semear uma guerra nas Caraíbas, uma guerra que a Venezuela não quer, que os povos das Caraíbas não querem".
"Não queremos nenhum incidente, que é o que eles pretendem provocar. Não queremos nenhum incidente no nosso mar, não vamos cair nessa armadilha de provocações", disse.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yvan Gil, denunciou no sábado a abordagem, durante oito horas, de um barco de pesca venezuelano por um navio norte-americano em águas territoriais venezuelanas, "exigindo que os Estados Unidos cessem imediatamente essas ações que colocam em risco a segurança e a paz no Caribe".
As tensões entre as duas nações aumentaram em agosto, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado o envio de navios de guerra para as Caraíbas, ao largo da costa do país sul-americano, citando a luta contra os cartéis de drogas da América Latina.
Na semana passada, Trump anunciou que os Estados Unidos tinham atacado um "barco que transportava droga", matando 11 "narcoterroristas", dizendo tratar-se de membros do Tren de Aragua, um cartel venezuelano estabelecido em vários países e classificado como organização terrorista pelo Presidente norte-americano.
Os Estados Unidos acusam o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar uma rede de tráfico de droga e recentemente aumentou a recompensa pela captura para 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros).
Maduro, que sempre negou qualquer ligação com o narcotráfico, apesar de dois sobrinhos da mulher terem sido condenados em Nova Iorque por tráfico de cocaína, denunciou a presença militar americana, considerando-a "uma ameaça".
O chefe de Estado venezuelano disse acreditar que Washington, que não reconheceu a reeleição em 2024, que segundo a oposição foi marcada por fraudes, está a tentar afastá-lo do poder.
nm