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Letras Pedro Abrunhosa

helldanger1

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Lobo No Luar
Pedro Abrunhosa
Composição: (Pedro Abrunhosa / Pedro Abrunhosa)

Passo a passo vou seguro,
Contra a cadência do dia,
No espelho o teu futuro
Sem sombra de fantasia.
Caio só aos pés da cama
Atiro o teu nome ao vento,
Que noite em que não se ama
Torna o meu amor sedento.
Esconde o teu olhar
Não me cruzes o caminho
Como um lobo no luar
Quero acordar sozinho
E digo… Oh oh oh
Como um lobo no luar… [bis]
É de alva a tua pele,
É de prata o teu silêncio,
Rasga, sê cruel,
Dá-me aquilo em que eu te penso.
Sou fera, sou fraco,
Sente esta mão de fogo,
Que dia em que não ataco
É dia em que não sou lobo.
Esconde o teu olhar
Não me cruzes o caminho
Como um lobo no luar
Quero acordar sozinho
E digo… Oh oh oh
Como um lobo no luar… [bis]
 

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Lua
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chao
e penso em te possuir.
Noite após noite, ha ja muito tempo,
saio sem saber para onde vou,
chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou.
Lua, lua,
eu quero ver o teu brilhar,
lua, lua, lua,
Eu quero ver o teu sorrir.

Leva-me contigo,
mostra-me onde estas,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para tras...
Lua, eu quero ver o teu brilhar,
no luar, no luar.

Homens de chapéu e cigarros compridos
vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada,
mulheres meio despidas encostadas à parede
fazem-me sinais que finjo nao entender.
Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites.
Os bares estao fechados ja nao ha onde beber,
este silencio escuro nao me deixa adormecer.
Loucas sao as noites.

Refrao

Nao ha saudade sem regresso, nao ha noites sem
madrugada,
Ouco ao longe as guitarras, nas quais vou partir,
na névoa construo a minha estrada.

Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites.
Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites...
 

helldanger1

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Mais Perto Do Ceu
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Enquanto eu te escrevo,
Saravejo morre lenta
uma morte amordacada
no silencio dos tiros
e na paz da granada.
A noite acoita o metralhar
sera homem ou fera
este triste uivar?
Posso ver as avenidas,
coloridas, presentes,
hoje sombras despidas
do passado distante.
A vez do vizinho
que hoje foi a enterrar,
sozinho, claro, que morrer é ficar.
Os amantes ali estao
abracados no asfalto
onde as balas la do alto
os apanharam à traicao,
no coracao, que é o sitio ideal
para quem mata a paixao,
que amar é fatal.

+ perto do céu
anjo d'alma azul
+ perto do céu
+ longe que o sul.

Calor, ja nao ha,
só se for o da mortalha
que é o lencol que me agasalha
e a cama onde me deito
e me enrolo sobre o peito,
recordando o céu azul,
e quer a norte quer a sul
a liberdade de fugir.
Ficar a resistir,
morrer, nem pensar,
que a coragem de aqui estar,
como ontem em Guernica,
é a vontade de quem fica.
Vazia a dispensa
é pior a indiferenca.
Auschwitz ou Buchenwald
que afinal foram debalde,
porque as câmaras de gas
nao ficaram para tras
estao aqui à minha frente.
Eu só quero estar presente
de novo em Nurembrega,
porque um povo nao se verga.

Refrao

Por isso aqui estou
com arma sem municao,
carne para canhao
para contar toda a verdade...
... e liberdade.
E no futuro, nem sequer se vao lembrar
que tudo dói, mesmo Tolstoi
lido à luz da curta vela.
Saravejo donzela
tantas vezes violada,
sempre só, abandonada.
Tudo o que tenho
é o empenho de quem sonha.
O silencio é vergonha,
arma mortal, punhal
que mata e maltrata
escondido, sem ruido,
tantas vezes repetido,
e penetra no meu corpo,
que deixa morto
pelas costas...
sem resposta.
Agora é de vez.
Faz frio no inferno deste Inverno.
Cada bomba é uma sombra de indiferenca.

Crenca que tem que mudar.
Ha que gritar e mostrar
ao mundo os mortos
que o mundo ignora
e demora a perceber.
Uso a caneta
que é a minha baioneta,
pais eterno
que deixo no caderno
tenho medo que me esquecas
e me pecas para calar a voz,
mas nao o facas,
porque ontem foram ao outros
e hoje nós.

Refrao (2X)
 

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Mais Uma Noite A Vencer
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Partiu na madrugada,
Sem se deixar fazer cancao.
De mao aberta se fez à estrada,
Tracando sonhos pelo chao.
«Nesta cidade faz sempre frio»
Disse o taxista que a apanhou,
Sem reparar no olhar vazio
E no corpo que o habitou.

Da janela ve-se
Um lugar bem melhor.
Esta casa,
Esta esquina,
Ou seja onde for.
“Tenho que parar”- pensou,
E tentou nao dormir.

Porque tudo o que queres
É alguém para amar.
Uma sombra,
Um chao devagar.
E tudo o que tens
É um nada a perder.
Um segredo,
Mais uma noite a vencer.

O silencio louco da cidade
Apanhou-a desprevenida.
Entrou num bar em tons de roxo
E no azul de uma bebida.
Atravessou o rio
Uma ultima vez,
Pela ponte inexistente.
Foi encontrada junto ao cais,
Vestindo uma nudez diferente.

Agora ja tens tempo
Para rir das estrelas,
Como gostavas
E fazias com elas.
E nos cinemas,
Era a tua voz no ecra.
Uma bandeira,
Uma maneira
De beijares a manha.

Refrao
 

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Manha
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Manha, que em ti encerra
Este mar que nao se altera,
este vento na galera
que teima em ti pousar.
Madrugada, de repente
Sou passaro sou gente,
Tao distante e nunca ausente
E teimo em ti pousar.

Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaco
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraco,
Teu leito é o meu regaco
Eu quero assim ficar.

Barco que torna ao porto
No teu corpo eu me aporto,
Ai fico e me recordo
E teimo em ti pousar.
Neblina, despertada
Tao leve quanto a espada,
Que se bate por tudo e nada
E teima em ti pousar.

Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaco
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraco,
Meu leito é o meu regaco
Eu quero assim ficar.
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraco,
Meu leito é o teu regaco
Eu quero assim ficar.
 

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Momento
Pedro Abrunhosa
Composição: Pedro Abrunhosa

Uma espécie de céu
Um pedaço de mar
Uma mão que doeu
Um dia devagar
Um Domingo perfeito
Uma toalha no chão
Um caminho cansado
Um traço de avião
Uma sombra sozinha
Uma luz inquieta
Um desvio na rua
Uma voz de poeta
Uma garrafa vazia
Um cinzeiro apagado
Um hotel na esquina
Um sono acordado
Um secreto adeus
Um café a fechar
Um aviso na porta
Um bilhete no ar
Uma praça aberta
Uma rua perdida
Uma noite encantada
Para o resto da vida

(Refrão)
Pedes-me um momento
Agarras as palavras
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas
Levas a cidade
Solta me o cabelo
Perdes-te comigo
Porque o mundo é o momento
(repete)

Uma estrada infinita
Um anuncio discreto
Uma curva fechada
Um poema deserto
Uma cidade distante
Um vestido molhado
Uma chuva divina
Um desejo apertado
Uma noite esquecida
Uma praia qualquer
Um suspiro escondido
Numa pele de mulher
Um encontro em segredo
Uma duna ancorada
Dois corpos despidos
Abraçados no nada
Uma estrela cadente
Um olhar que se afasta
Um choro escondido
Quando um beijo não basta
Um semáforo aberto
Um adeus para sempre
Uma ferida que dói
Não por fora, por dentro


(Repete o refrão 2x)

 

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Nao Da
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Seduz-me,
reduz-me a pó, deixa-me só.
Quero ficar a olhar
o teu corpo de rainha
e saber que vais ser minha.
Quando quiser,
descobrir se és minha,
fantasma ou perdicao.
No carro, na cama, no chao,
perceber o teu prazer
e dar-to como mo das.
Talvez seja melhor no banco de tras!

Nao da, nao da!
Levar-te a ver o mundo
sem que largues o sofa.
Nao da, nao da!
Queres fazer amor comigo
sem tirar o wonderbra!

Prende-me dentro de ti,
deixa-me aqui
sentir o pulsar do teu coracao.
A tua mao contra o meu corpo,
assim o deixa quase que morto,
vibrando enrolado com todo o pecado
com toda a paixao,
à espera da fera que dorme dentro de mim.
Isto nao vai ficar assim...!

Refrao
 

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Nao Posso Mais
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Tu és a fonte do meu desejo
minha heroina, meu ensejo
barco no Douro à deriva,
sem vento, sem guarida
nem ferros para lancar.
Eu sou o que mais tu podes querer
sou Apolo, sou Adónis
sultao entre os sultões
sem rainha nem mulher.

Ha quanto tempo
isto esta p'ra acontecer
mais dia, menos dia
vou ter que te dizer:
"Nao posso +
viver assim,
olhar p'ra ti
sem te ter perto de mim.
Nao posso mais
viver tentado,
pensar em ti
e querer-te ter sempre ao meu lado."

Tu és a minha louca fantasia
noites brancas de magia,
és prosa de um poeta, e na cauda de um cometa
tango dancado ao luar.
Eu sou, herói de banda desenhada,
Errol Flynn de capa'espada,
tiro tudo, nao dou nada,
ninguém me vai agarrar.

Refrao

Tu és o meu sonho mais atrevido,
olho e tiro-te o vestido
dizes: "És doido varrido
faz de mim a tua puta"
"Como é vamos p'ra casa experimentar o Kama
Sutra?"
Eu sou a sombra do teu destino
sou beijo louco e repentino.
E dou-te aquilo que eu
ha muito te quero dar.

Refrao (3X)
 

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Nao Tenho Em Mim
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Nao sei porque é que raio comecas-te a magicar
que eu era por ti que eu me iria apaixonar.
Nem sei porque é que dizes que és capaz de
enlouquecer
se um dia ja nao te quiser.

É que isto é mesmo assim,
sou só uma ilusao,
nao tenho mao em mim,
é uma maldicao!

Nao sei porque é que teimas em continuar a supor
que se eu partir ficas na pior.
Para de insistir e nao me pecas p'ra fingir,
qualquer dia esfumo-me em vapor.

Refrao

Nao sei se é por acaso ou uma condenacao,
mas algo em mim nunca vai mudar.
Com ou sem razao nao te quero magoar
porque um dia vou Ter que te deixar.

Refrao

Nao sei como é que vai ser quando um dia eu um sentir
sepultado no sossego de um jardim.
Sei que só sei viver destinado a fugir
até que um dia tudo chegue ao fim.

Refrao

Nao sei porque é que raio comecas-te a magicar
que eu era por ti que eu me iria apaixonar.
Nem sei porque é que dizes que és capaz de
enlouquecer
se um dia ja nao te quiser.
Nao sei porque é que teimas em continuar a supor
que se eu partir ficas na pior.
Para de insistir e nao me pecas p'ra fingir,
e qualquer dia esfumo-me em vapor.

Refrao
 

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Noite Na Noite
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Esta noite vou ser pássaro,
Vou voar todo o teu corpo,
Minhas asas são de aço,
Tua pele de ferro e fogo.
Por isso,
Vem...

Esta noite vou ser vento
E pousar no teu cabelo,
Vou ser mais que o pensamento
Tu a força do segredo.
Esta noite vai ser tua,
Faz o que tens a fazer,
Mais uma noite na rua
Mais loucura que prazer.

Eu não sei para onde vou
Quando não estás,
E as paredes que me prendem,
Que me impedem de ir longe demais...

Mais uma noite na noite
É mais um sonho perdido,
Mais uma noite na noite
Menos um dia contigo.
Mais uma noite na noite
É mais um sonho perdido,
Mais uma noite na noite
E mais um corpo vazio.

Esta noite vou ser barco
Naufragar nas tuas mãos,
Minhas velas são os braços
Com que te prendo no chão.

Esta noite vai ser tua
Dá-me o que tens para me dar,
Mais uma noite na rua
Uma vida para inventar.

Eu não sei para onde vou
Quando não estás,
E as paredes que me prendem
Que me impedem de ir longe demais...

Refrão

Veste a minha pele
Dança comigo no chão,
Entre o teu corpo e o meu
Perdeu-se o tempo da razão
Por isso,
Vem...
Vem....

(I feel so good I wanna scream)

Refrão

Pedro Abrunhosa - Voz, teclados, edição loop, sampling.
Paulo Pinto - Guitarras.
Alexandre Almeida - Guitarras.
Cláudio Souto - Teclados, analógicos.
João André - Baixo.
Alexandre Frazão - Bateria.
Rogério Santos - Tarola.
Orlando Costa - Percussões.
Leonardo Reis - Percussões.
Ivãzinho - Percussões.
Charles Mutter - Violino.
Emily Davis - Violino.
Yuko Inone - Viola.
Philip Sheppard - Violoncelo.

 

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Novos pobres
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Diz-me em quanto tempo
Se faz a revolucao,
Quantas cabecas de fora,
Quantos corpos no porao,
Quanta coca é vendida
Pelos altos da nacao,
Quantos crimes redimidos
Pesam na religiao?
Quantos novos-pobres faltam
Para fazeres a coleccao,
Quantas esmolas escondem
A ausencia do perdao,
Que diferencas sao desculpa
Para a noite na prisao?
Por isso diz-me em quanto tempo
Se faz a revolucao.

Quantas pastilhas
Para te soltares do chao?
Qual o preco do silencio,
Quanto custa a redencao?

Nao peco + nada
Só quero a solucao, X 2
Por isso diz-me em quanto tempo
Se faz a revolucao.
 

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Nunca Te Perdi
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Nunca fui um herói
E nunca soube voar
E por trás dos meus olhos
Uns olhos serenos de mar
Que te vem fundo num mundo
E em todo o lugar...

Sou memória de ti
Tu és poema de arara
Eu sou a sombra da fera
Que espera ou a voz do Guevara
Sou o silencio que canta te espanta
E que nunca te agarra

Deixa a minha mão guiar o teu caminho
Não é a sólido que faz um homem sozinho
É a paz na dor que sei de cor
E o teu sabor
No céu que é meu
E onde grito...

Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Em ti eu repousei
Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Por ti eu despertei
Eu nunca te perdi

Já não sou o mesmo
Não sou mais o mágico
Que te encantou
Te levou ao deserto
Tão perto daquilo que sou
Que te fez forte
E rio e mar
Que agora secou

Eu já no sou eterno
Sou mais uma página do teu caderno
Rasgada e arrancada
A força do vento
Tantas vezes escrita no carinho do tempo
E as noites perdidas que dizias que não
Janelas fechadas a esconder a razão

Deixa o meu olhar
Ser a luz da tua estrada
Não é ao acordar que o sonho madrugada
É a paz na dor
Que sei de cor
E teu sabor
No céu que é meu
E onde grito...

Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Por ti eu despertei
Eu nunca te perdi
E nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Em ti eu repousei
Eu nunca te perdi
Eu nunca te deixei
Eu nunca te esqueci
Por ti eu despertei
Eu nunca te perdi

 

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O Dia Depois De Hoje
Pedro Abrunhosa
Composição: (Pedro Abrunhosa / Pedro Abrunhosa)

Sem sabermos,
A cidade parou,
Uma noite,
Que afinal não chegou.
E tu como um livro,
No branco das páginas
E eu a ler-te nas lágrimas,
Que a manhã acordou.
Sem sabermos,
Inventámos a dor.
A vida é um jogo,
Um instante infinito
Um quarto de fogo,
A esconder cada grito.
Sem saber,
Abracei-te demais,
Uma porta fechada,
Os teus passos na escada
A fazerem sinais.
A vida é um jogo,
Um instante infinito.
Um quarto de fogo,
A esconder cada grito.
E Antes do fim,
Antes de ti.
Amanhã, parto contigo.
Amanhã, foge comigo.
Amanhã, longe daqui.
Amanhã, leva-me em ti.
Sem saberes,
Escrevemos as ruas,
Uma sombra,
Desfazendo-se em duas.
E tu como um filme,
Na vertigem da morte
Eu aqui nesta sorte

A mão a um passo da pele.
Sem saberes,
Inventaste-me o céu.
A vida é um jogo,
Um instante infinito.
Um quarto de fogo,
A esconder cada grito
Antes do fim,
Antes de ti.
Amanhã, parto contigo.
Amanhã, foge comigo.
Amanhã, longe daqui.
Amanhã, leva-me em ti.
 

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O Que Vai Ser De Mim
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Prometeram-me um futuro
E eu sem querer acreditei,
Comprar a vida sem juros,
Ser dono do Cristo-Rei.
Vou usar jeans e gravata
E um Ferrari amarelo,
Um dia vou ser político
Ou talvez super-modelo.

A vida é um telecomando,
Eu sou o 5º canal,
Sou todos os sonhos perdidos
Por isso viva Portugal!

E agora o que vai ser de mim?
Será que vai ser sempre assim?

Hoje vi mais um concurso
De estrelas de rock´n roll,
De certezas e proezas,
Sexo, droga e futebol!
À noite na discoteca
Os shots falam verdade,
Afinal para que serviram
Dez anos de Faculdade?

A vida é um telecomando,
Eu sou o 5º canal,
Sou todos os sonhos perdidos
Por isso viva Portugal!

Refrão

Dez milhões de sonhadores
E ninguém fala dos seus,
Todos têm telemóvel
Com rede directa a Deus.
Olho os outros no shopping
E vejo-me a mim também,
Sem saber que o conformismo
É sempre o poder de alguém.

A vida é um telecomando,
Eu sou o 5º canal,
Sou todos os sonhos perdidos
Por isso viva Portugal!

Refrão X 2

Pedro Abrunhosa - Voz, fucked up piano.
Paulo Pinto - Guitarra.
Alexandre almeida - Guitarra
Cláudio Souto - Teclado analógico.
João André - Baixo.
Rogério Santos - Bateria.

 

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Onde Te Vais Esconder
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Desculpa o silêncio
Que trago em mim,
São gritos que penso
Que calo assim.
Desculpa as palavras
Que não saem da voz,
São noites cansadas,
Pedaços de nós.

E tu, onde te vais esconder?
E tu, onde te vais esconder?
Desculpa o beijo,
É o desejo a morrer.
E tu, onde te vais esconder?

Desculpa os dedos
Que te querem tocar,
Descobrem segredos
De suor e de mar.
Desculpa as manhãs
Em que acordas sozinha,
Levou-me a maré
As memórias que tinha.

E tu, onde te vais esconder?
E tu, onde te vais esconder?
Desculpa o beijo,
É o desejo a morrer.
E tu, onde te vais esconder?

Quanto tempo passa,
Quanto tempo tenho,
Quanto tempo fica p'ra te dar.
Quanto tempo vais,
Quanto tempo ficas longe,
Quanto tempo tenho para te dar mais?
Por quanto tempo partes,
Quanto tempo levas,
Quanto tempo deixas o teu corpo em mim?
Quanto tempo pedes,
Quanto tempo guardas,
Quanto tempo temos, quando o tempo chega ao fim?

E tu, onde te vais esconder?
E tu, onde te vais esconder?

Â…
Me leva,
Me beija,
Me pega um segundo.
Me agarra,
Me deixa
Viver no seu mundo.
Me mostra,
Me encosta
Na paz do momento.
Me guarda
No nada,
É nosso esse tempo.

Pedro Abrunhosa - Voz.
Nina Miranda - Voz.
Paulo Pinto - Guitarras.
Alexandre Almeida - Guitarra.
Cláudio Souto - Piano, analógicos.
João André - Baixo.
Alexandre Frazão - Bateria, caixa.
Orlando Costa - Caixa.
Leonardo Reis - Caixa.
Ivãzinho - Caixa.
Rogério Santos - Caixa.
Charles Mutter - Violino.
Emily Davis - Violino.
Yuko Inone - Viola.
Philip Sheppard - Violoncelo.

 

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Outra Noite Perfeita
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Escondo-me noutra pele
E passeio sem ningum me ver,
Acelero ao sinal vermelho
E regresso para me perder.
Os olhos na estrada,
O corpo no vazio,
Nas mos um volante de fogo,
E a cada non um cigarro,
Um prazer demorado e longo.

Pe o teu corpo perto de mim,
Deixa que o cho nos engula a sombra,
No pode haver engano num momento assim,
E de repente a tua voz na minha:

Noite perfeita,
Tu s perfeita.
Noite perfeita,
Tu s perfeita.
(Sempre te soube perfeita).

Aperto o deserto nos dedos
Como se fosses um corpo de areia,
Ao longe os comboios so loucos,
E louco o meu olhar que vagueia.
Os braos no capt,
As pernas contra o cho,
No h desejo pior que a vontade,
E nos faris escondes o medo
De quereres esta liberdade.

Pe o teu corpo perto de mim,
Deixa que o cho nos engula a sombra,
No pode haver engano num momento assim,
E de repente a tua voz na minha:

Noite perfeita,
Tu s perfeita.
Noite perfeita,
Tu s perfeita.
(Sempre te soube perfeita).
 

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Parte De Mim
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Onde estiveres, eu estou
Onde tu fores, eu vou
Se tu quiseres
Assim,
Meu corpo é o teu mundo,
Um beijo um segundo,
És parte de mim.

Para onde olhares
Eu corro,
Se me faltares
Eu morro
Quando vieres,
Distante
Solto as amarras,
E tocam guitarras por ti como dantes.

Agarra-me esta noite,
Sente tempo que eu perdi,
Agarra-me esta noite,
Que amanha nao estou aqui,
Agarra-me esta noite,
Sente tempo que eu perdi,
Agarra-me esta noite,
Que amanha nao estou aqui
 

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Pontes Entre Nós
Pedro Abrunhosa
Composição: (Pedro Abrunhosa / Pedro Abrunhosa)

Eu tenho o tempo
Tu tens o chão
Tens as palavras
Entre a luz
E a escuridão...

Eu tenho a noite
E tu tens a dor
Tens o silêncio
Que por dentro
Sei de cor...

E eu e tu
Perdidos e sós
Amantes distantes
Que nunca caiam
As pontes entre nós...

Eu tenho o medo
Tu tens a paz
Tens a loucura
Que a manhã
Ainda te traz...

Eu tenho a terra
Tu tens as mãos
Tens o desejo
Que bata em nós
Um coração...

E eu e tu
Perdidos e sós
Amantes distantes
Que nunca caiam
As pontes entre nós...(2x)

Que nunca caiam
As pontes entre nós!
Que nunca caiam
As pontes entre nós!

 

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Qualquer Lugar
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Sentes que o corpo vence,
Sentes o chão estreito,
Dizes que o mundo não pára,
Balança no teu peito.
Sentes que as mãos são asas,
Que tudo o resto é céu,
Voas os olhos fechados,
Num tempo que é só teu.

E tudo à volta dá vontade de partir,
De encontrar alguém
Também pronto a fugir,
Sair daqui.

Em qualquer lugar
É bom p’ra estar
Longe do mundo,
Em qualquer lugar
É bom p´ra estar,
P´ra fugir do fundo.

Sentes que a noite acaba
Perto da solidão,
Vês o prazer dos outros
E vais dizendo não.
Sentes o vento na cara
Como a primeira vez
E ao tocares-te na pele
Descobres quem tu és.
E tudo à volta dá vontade de partir,
De encontrar alguém
Também pronto a fugir,
Sair daqui.

Pedro Abrunhosa - Voz, teclados.
Paulo Pinto - Guitarras, baixo piccolo.
Cláudio Souto - Teclados, edição loops, sampling, analógicos.
João André - Baixo.
Alexandre Frazão - Bateria.
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helldanger1

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Quem me leva os meus fantasmas
Pedro Abrunhosa
Composição: (Pedro Abrunhosa/ Pedro Abrunhosa)

Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acesos.
Marinheiros perdidos em portos distantes,
Em bares escondidos,
Em sonhos gigantes.
E a cidade vazia,
Da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto.

Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
E me diz onde e´ a estrada

Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam,
Em que homens negavam
O que outros erguiam.
E eu bebia da vida em goles pequenos,
Tropeçava no riso, abraçava venenos.
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro.
E alguém me gritava
Com voz de profeta
Que o caminho se faz
Entre o alvo e a seta.

Quem leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem leva os meus fantasmas?
Quem leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
E me diz onde e a estrada


De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta?

Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
E me diz onde e a estrada
 

helldanger1

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Se eu fosse um dia o teu olhar
Pedro Abrunhosa
Composição: Pedro Abrunhosa

Frio
O mar
Por entre o corpo
Fraco de lutar
Quente,
O chão
Onde te estendo
Onde te levo a razão.
Longa a noite
E só o sol
Quebra o silêncio,
Madrugada de cristal.
Leve, lento, nu, fiel
E este vento
Que te navega na pele.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco +...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.

Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.

Sangue,
Ardente,
Fermenta e torna aos
Dedos de papel.
Luz,
Dormente,
Suavemente pinta o teu rosto a
pincel.
Largo a espera,
E sigo o sul,
Perco a quimera
Meu anjo azul.
Fica, forte, sê amada,
Quero que saibas
Que ainda não te disse nada.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco +...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.

Refrão

 

helldanger1

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Se Eu Voltar
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Às vezes pergunto que mais te hei-de eu fazer,
Tanto orgulho ferido, tanta paz por vencer.
Às vezes detesto o que resta de mim,
Sempre longe do mundo, sempre perto do fim.
Eu só quero que tu saibas quem sou,
Ter a certeza que o meu tempo chegou,
Quero que me digas para partir ou ficar.

Se eu voltar atras
Sera que dizes que sim outra vez,
Tomas conta de mim de vez em quando,
Se eu voltar.

Ja cantei as palavras, e as pedras do chao,
Pelas ruas estreitas vendi toda a razao.
Ja te disse poemas que nao quis escrever,
Foram gritos apenas que nao soube conter.
Eu só quero que tu saibas quem sou,
Ter a certeza que o meu tempo chegou.
Quero que me digas para partir ou ficar.

Refrao

Eu só quero que tu saibas quem sou,
Ter a certeza que o meu tempo chegou.
Quero que me digas para partir ou ficar.

Refrao
 

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Sempre: O Espaço Vazio
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Deixei as palavras
Devorar-me os segredos,
Abracei a cidade
E prendi-a entre os dedos.
Cansei-me das ruas,
Das luzes de prata,
Escondi-me nas portas
Em vertigens de faca.
Abri as janelas
Sobre praas divinas,
E fechei-te nos braos
Sob a luz das cortinas.
Mergulhei no abismo
De um olhar to urgente,
E beijei-te sem pressa
Pedindo-te o sempre.

A vida s este espao vazio,
Um instante demente
Entre as margens de um rio.
Um pedao de tempo,
De mentiras eternas,
Uma nvoa de gente
De esperanas pequenas.

Foi ento que sonhei
Que no tinhas partido,
Que as mos eram cu
E as noites comigo.
Acordei num abrao
Sereno de ti,
E foi preso no nada
Que no sonho morri.
Disseste que o quarto
Te fugia das mos,
Eu perdi-me no medo
Que tivesses razo.
Mata-me a saudade
Agarra-me para sempre

A vida s este espao vazio,
Um instante demente
Entre as margens de um rio.
Um pedao de tempo,
De mentiras eternas,
Uma nvoa de gente
De esperanas pequenas.
 

helldanger1

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Será?
Pedro Abrunhosa
Composição: Pedro Abrunhosa

Será que ainda me resta tempo contigo,
ou já te levam balas de um qualquer inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias.
Será que fiz tudo que podia fazer,
ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul.
Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia.
será que ainda te posso valer,
ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer.
Será que é de febre este fogo,
este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti,
ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri.
Será que lá fora os carros passam ainda,
ou as estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda.
Será que a cidade ainda está como dantes
ou cantam fantasmas e bailam gigantes.
Será que o sol se põe do lado do mar,
ou a luz que me agarra é sombra de luar.
Será que as casas cantam e as pedras do chão,
ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.

Será que sabes que hoje é Domingo,
ou os dias não passam, são anjos caindo.
Será que me consegues ouvir
ou é tempo que pedes quando tentas sorrir.
Será que sabes que te trago na voz,
que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós.
Será que te lembras da cor do olhar
quando juntos a noite não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra
que te prende com a força do mar contra a barra.
Será que consegues ouvir-me dizer
que te amo tanto quanto noutro dia qualquer.

Eu sei que tu estarás sempre por mim
Não há noite sem dia, nem dia sem fim.
Eu sei que me queres, e me amas também
me desejas agora como nunca ninguém.
Não partas então, não me deixes sozinho
Vou beijar o teu chão e chorar o caminho.
Será,
Será,
Será!


 

helldanger1

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Sexo
Pedro Abrunhosa
Composição: Indisponível

Da-me forte no chao,
nao me pecas o teu nome
que uns dias sei mas hoje nao.
Mostra-me se sabes dancar,
com esse jogo de pernas
nem da para duvidar.
Sabe-me sempre a pouco
e quando estou cansado
é quando fico mais louco

Sexo, Sexo, Sexo,
Leva-me até ao fim.
Sexo, Sexo, Sexo,
És tu para mim.
Sexo, Sexo, Sexo,
Leva-me até ao fim.
Sexo, Sexo, Sexo
Deixa-me assim.

Agarra-me nessa parede,
bebe do meu corpo
tenta matar a sede.
Na cama ardente, na areia,
confesso estar perdido
nos teus bracos de sereia.
Rapta-me para onde quiseres,
sou meigo quando posso
ou um lobo se preferes.

Refrao
 
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