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Mulher russa multada em 445 euros por considerar Zelensky "atraente"
A idosa também disse que o presidente ucraniano tinha um "bom sentido de humor".
O rosto de Volodymyr Zelensky tornou-se reconhecido em todo o mundo após o início da guerra na Ucrânia e, para muitas pessoas, tornou-se também um dos mais elogiados em termos físicos. As revistas de moda concordam e, em julho do ano passado, o presidente ucraniano até surgiu na capa da revista Vogue, juntamente com a sua mulher, Olena Zelenska.
Mas as autoridades russas parecem ter uma posição diferente, pelo menos a nível institucional.
Na passada terça-feira, segundo a organização de direitos humanos russa Memorial Center, uma mulher russa de 70 anos foi multada em 40 mil rublos (cerca de 445 euros) após ser acusada de "descredibilizar" o exército russo e de elogiar a Ucrânia.
Tudo porque, numa conversa com outra mulher num hospital, Olga Slegina disse que Zelensky é "um homem atraente".
Os comentários foram feitos em dezembro do ano passado em Nalchik, uma localidade próxima da fronteira com a Geórgia, e Slegina ainda acrescentou que o líder ucraniano - que, antes de ser presidente, tornara-se conhecido pela sua carreira como comediante - também tinha "um bom sentido de humor".
Três pessoas no estabelecimento denunciaram a idosa às autoridades locais, que a detiveram, no âmbito das fortes leis autoritárias e anti-liberdade de expressão no país.
Slegina foi acusada de "descredibilizar as forças armadas russas e as suas operações", e o agente que a deteve disse que a mulher "não tem o direito" de elogiar Zelensky porque o presidente ucraniano é "o inimigo".
A mulher foi ainda acusada de gritar "Glória à Ucrânia", a frase que se tornou num símbolo de apoio à independência do país, algo que negou.
Após o início da guerra, muitas marcas ucranianas aproveitaram a popularidade mundial de Zelensky como um improvável 'sex symbol', descrito dessa forma pelo New York Post, com uma empresa a estampar o rosto do presidente em almofadas e a esgotar rapidamente o seu stock.
Volodymyr Zelensky é casado desde 2003 com Olena Zelenska, com quem tem dois filhos.
Rússia a "lutar" para manter narrativa usada para justificar guerra
Análise é dos serviços de inteligência britânicos.
A Rússia está "a lutar" para manter a "consistência" da narrativa usada para justificar a guerra, numa altura em que o líder do grupo de mercenários Wagner questionou se existem realmente "nazis" na Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, que divulgou o mais recente relatório dos seus serviços de inteligência.
"O estado russo está a lutar para manter a consistência numa narrativa central que usa para justificar a guerra na Ucrânia: que a invasão é análoga à experiência soviética na Segunda Guerra Mundial", começa por referir o relatório divulgado este sábado.
Lembrando que, no passado dia 18 de abril, a imprensa estatal russa anunciou o cancelamento das marchas de lembrança da 'Grande Guerra Patriótica' (II Guerra Mundial) por "motivos de segurança", a Defesa britânica diz que, "na realidade, as autoridades provavelmente estavam preocupadas" com a possibilidade de os participantes colocarem o foco nas perdas russas.
Além disso, nota a tutela, estes factos ocorrem depois de "o proprietário do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, questionar publicamente se há realmente algum 'nazi' na Ucrânia, indo contra a justificação da Rússia para a guerra".
"As autoridades continuaram a tentar unificar o público russo em torno de mitos polarizadores sobre a década de 1940. Em 12 de abril de 2023, a agência de notícias estatal RIA Novosti relatou documentos 'únicos' dos arquivos do FSB, implicando os nazis no assassinato de 22.000 cidadãos polacos no Massacre de Katyn em 1940. Na realidade, a agência predecessora do FSB, a NKVD, foi a responsável. A Duma da Rússia condenou oficialmente Joseph Stalin por ordenar os assassinatos em 2010", lê-se no relatório.
Recorde-se que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, justifica o conflito com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
Contraofensiva ucraniana? Kyiv estabelece posições junto ao rio Dieper
As forças ucranianas estabeleceram de forma bem-sucedida posições no lado oriental do rio Dnieper, segundo uma análise divulgada este fim de semana que alimenta as especulações de que há avanços para uma contraofensiva ucraniana na primavera.
O'think-tank' Institute for the Study of War (ISW), sediado em Washington, EUA, divulgou no final de sábado uma análise de imagens geolocalizadas de 'bloggers' pró-Kremlin que indicavam que as tropas ucranianas tinham estabelecido uma base de apoio próxima da cidade de Oleshky, bem como "linhas de abastecimento estáveis", noticia hoje a Associated Press.
Os analistas, refere a AP, acreditam que o objetivo mais importante para Kiev avançar com uma contraofensiva na primavera passa por quebrar o corredor terrestre entre a Rússia e a Crimeia.
Citada por órgãos de comunicação social locais, a porta-voz do comando operacional austral da Ucrânia, Natália Humeniuk, pediu calma, não tendo confirmado ou negado o relatório do ISW.
Na televisão ucraniana, Humeniuk referiu que "ultrapassar um obstáculo como o Dnieper" é "um trabalho muito difícil", uma vez que a linha da frente tem de atravessar um rio largo.
O chefe da região de Kherson, instalado pelo Kremlin numa das quatro anexadas de forma considerada ilegal em setembro, negou hoje que as forças ucranianas tenham estabelecido uma base na margem oriental do rio.
Na plataforma Telegram, Vladimir Saldo garantiu que as forças russas estão "em pleno controlo" da zona e criticou as imagens referenciadas pelo ISW.
Catorze meses depois do início da invasão, a guerra encontra-se numa fase em que nenhum dos lados aparenta ganhar impulso.
Ainda assim, recentemente a Ucrânia recebeu armas sofisticadas dos aliados ocidentais e apresenta mais tropas formadas pelo ocidente.
As batalhas mais intensas têm ocorrido na região oriental de Donetsk, onde a Rússia tenta cercar a cidade de Bakhmut.
Durante o dia de hoje, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, anunciou que Moscovo capturou mais dois barros na zona ocidental da cidade, não acrescentando mais detalhes sobre que áreas continuam sob controlo dos ucranianos.
Autoridades russas acusam Kyiv de atacar porto de Sevastopol
As autoridades russas acusaram hoje a Ucrânia de tentar atacar o porto de Sebastopol, acrescentando que foi também encontrado um 'drone' numa floresta perto de Moscovo.
O chefe da cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia, nomeado por Moscovo, Mikhail Razvozhayev, anunciou que os militares destruíram um 'drone' (aeronave não-tripulada) marítimo ucraniano que tentou atacar o porto.
Acrescentou que um outro 'drone' explodiu sem causar danos.
As autoridades ucranianas não comentaram nem reivindicaram o ataque, mas enfatizaram em ataques anteriores o direito ucraniano de atingir qualquer alvo em resposta à agressão russa,.
Segundo os meios de comunicação russos, um 'drone' ucraniano foi encontrado hoje numa floresta a cerca de 30 quilómetros da capital.
O 'drone' que caiu perto de Moscovo foi identificado pelos meios de comunicação da Rússia como um aparelho de fabrico ucraniano que carregava 17 quilos de explosivos.
O UJ-22 é um pequeno 'drone' de reconhecimento que pode transportar cerca de 20 quilos de explosivos e tem um alcance de voo de até 800 quilómetros.
Ucrânia. Bombardeamento russo causa pelo menos um morto e 15 feridos
Pelo menos uma pessoa morreu e 15 ficaram feridas após um bombardeamento russo ter atingido esta madrugada a cidade de Mikolaev, no sul da Ucrânia, revelou o governador da região, Vitali Kim.
Por volta da 01h00 (23h00 de quarta-feira em Lisboa), os alarmes aéreos foram ativados devido à aproximação de quatro mísseis S-300 terra-ar, de acordo com a informação inicial divulgada pelo governador na plataforma Telegram.
O autarca de Mikolaev, Oleksandr Senkevich, referiu, também no Telegram que um dos mísseis atingiu um prédio residencial de vários andares, enquanto outro caiu numa habitação isolada.
Pouco mais de meia hora depois do primeiro bombardeamento, as defesas antiaéreas da cidade foram novamente acionadas, sendo que os serviços de emergência continuam a operar nas áreas atingidas pelos mísseis.
Mykolaiv está localizada junto ao Mar Negro, a cerca de 170 quilómetros da Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
As forças russas têm frequentemente atacado a cidade desde que começaram a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Na terça-feira, um outro bombardeamento russo destruiu um museu e causou dois mortos e 10 feridos no centro da cidade de Kupyansk, no leste da Ucrânia, um ataque que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou de "bárbaro".
"III Guerra Mundial está próxima". Wagner pede inscrição de novos membros
O líder do grupo de mercenários tem vindo a alerta para a falta de munições para combater no leste da Ucrânia.
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou, na terça-feira, à inscrição de novos combatentes no grupo paramilitar e alegou que a "Terceira Guerra Mundial está próxima".
"Inscrevam-se no Grupo Wagner. Ontem eles eram tipos comuns, mas hoje estão na defesa do nosso país, na defesa da justiça", afirmou o russa na plataforma Telegram, através do seu serviço de comunicação. "A Terceira Guerra Mundial está próxima".
O pedido de Prigozhin foi feito um dia antes de criticar bloqueios no envio de munições para as suas forças, que estão envolvidas na ofensiva russa em Bakhmut, leste da Ucrânia. Segundo o próprio, uma contraofensiva ucraniana "é inevitável".
"As fileiras da Wagner estão a minguar, entre mortos, feridos e os que terminaram o contrato", afirmou, numa mensagem de áudio publicada no Telegram.
Sobre a contraofensiva ucraniana "inevitável", Prigozhin referiu que "a 2 de maio vão cair as últimas chuvas" e que "faltará uma semana para que o vento seque a terra, e depois o Exército ucraniano está preparado para começar".
'Carniceiro de Mariupol' junta-se ao leque de demissões do Kremlin
As razões por detrás desta demissão são, por enquanto, desconhecidas. Ainda assim, os meios internacionais equacionam que este poderá ser mais um sinal da frustração do Kremlin face aos 'falhanços' na Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, demitiu o vice-ministro da Defesa, Mikhail Mizintsev, mais conhecido como ‘Carniceiro de Mariupol’, foi esta quinta-feira anunciado.
A notícia foi avançada pelo blogger pró-russo Alexander Sladkov, correspondente para o jornal estatal Izvestia, através da rede social Telegram.
“É meu amigo. Respeito-o muito”, começou por escrever o repórter, apontando que, apesar do nome pelo qual é conhecido, Mizintsev “não teve relação direta com o assalto” a Mariupol.
Segundo o jornalista, o responsável será substituído por Alexei Kuzmenkov, vice-chefe da Guarda Nacional russa.
As razões por detrás desta demissão são, por enquanto, desconhecidas. Ainda assim, os meios internacionais equacionam que este poderá ser mais um sinal da frustração do Kremlin face aos ‘falhanços’ na Ucrânia, numa altura em que aquele país invadido parece estar a preparar-se para uma nova contraofensiva.
Por seu turno, Anton Gerashchenko, conselheiro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia, acusou Mizintsev de ter “dado ordens para bombardear uma maternidade, um hospital infantil, o Teatro Drama e as casas de civis em Mariupol”, classificando-o como “um dos favoritos de Putin”, através da rede social Twitter.
De acordo com Gerashchenko, o vice-ministro estava a cargo da logística russa, e estaria “a roubar muito”.
“Alegadamente, o Ministério da Defesa russo terá muitas demissões de alto nível devido à extrema insatisfação de Putin”, indicou.
O responsável partilhou ainda um vídeo de Mizintsev, no qual alega que o ‘Carneiro de Mariupol’ “reconhece que executaram 93 pessoas desarmadas em trajes civis” na cidade.
Antes de ser nomeado vice-ministro da Defesa, Mizintsev era, desde 2014, chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação Russa, tendo sido sancionado pelo governo britânico pelas suas ações na Síria e na Ucrânia, já em 2022.
O termo ‘Carniceiro de Mariupol’ foi cunhado pelos meios de comunicação ucranianos, uma vez que o agora vice-ministro demitido terá sido o responsável pelos bombardeamentos que assolaram a cidade, no brotar do conflito.
Ucrânia. Novo balanço de ataques russos aponta para pelo menos 8 mortos
As autoridades ucranianas informaram que foram registados esta madrugada ataques russos a várias cidades ucranianas, causando pelo menos oito mortos, tendo sido ativada a defesa aérea em Kyiv.
O anterior balanço apontava para dois mortos.
"[Os mísseis] voltaram a matar civis em Dnipro. Uma mulher jovem e uma criança de três anos morreram", avançou o presidente da câmara da cidade, Borys Filatov, na plataforma Telegram.
O município da capital comunicou, também no Telegram, a ativação dos sistemas de defesa antiaérea em Kyiv, pela primeira vez em quase dois meses, apelando aos residentes para se manterem abrigados.
Em Uman, uma cidade com cerca de 80.000 habitantes no centro do país, o porta-voz da polícia regional, Zoya Vovk, disse no Telegram que um míssil atingiu um prédio residencial de nove andares, provocando pelo menos seis mortos e 17 feridos, que estão a ser tratados nos hospitais da região.
"O ataque com mísseis [a Uman] foi lançado enquanto os civis dormiam. Típico de terroristas russos", escreveu no Telegram o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak.
O líder das Forças Armadas da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, disse num comunicado que as defesas do país conseguiram abatar dois drones e 21 dos 23 mísseis lançados pela Rússia, incluindo 11 em Kyiv.
Embora a Rússia tenha bombardeado regularmente cidades e infraestruturas ucranianas no inverno, os ataques maciços tornaram-se mais raros nos últimos meses.
A maior parte dos combates está agora a decorrer no leste, pelo controlo da região industrial de Donbass, incluindo a cidade de Bakhmut, que foi quase completamente destruída.
Pelo menos dois mortos em ataques russos a várias cidades na Ucrânia
As autoridades ucranianas informaram que foram registados esta madrugada ataques russos a várias cidades ucranianas, causando pelo menos dois mortos em Dnipro, tendo sido ativada a defesa aérea em Kyiv.
"[Os mísseis] voltaram a matar civis em Dnipro. Uma mulher jovem e uma criança de três anos morreram", avançou o presidente da câmara da cidade, Borys Filatov, na plataforma Telegram.
O município da capital comunicou, também no Telegram, a ativação dos sistemas de defesa antiaérea em Kyiv, apelando aos residentes para se manterem abrigados.
Em Uman, uma cidade com cerca de 80.000 habitantes no centro do país, um vídeo difundido pelos meios de comunicação social ucranianos mostra um prédio destruído.
"Um míssil inimigo atingiu um edifício residencial. As informações sobre as vítimas estão a ser esclarecidas", disse o porta-voz da polícia regional, Zoya Vovk, no Telegram.
Embora a Rússia tenha bombardeado regularmente cidades e infraestruturas ucranianas no inverno, os ataques maciços tornaram-se mais raros nos últimos meses.
A maior parte dos combates está agora a decorrer no leste, pelo controlo da região industrial de Donbass, incluindo a cidade de Bakhmut, que foi quase completamente destruída.
Ex-comandante do grupo Wagner condenado a 14 dias de prisão na Noruega
O tribunal de Oslo absolveu Andrey Medvedev, atualmente em busca de asilo na Noruega, de ter cometido atos de violência contra agentes da polícia durante a sua detenção.
Um tribunal norueguês condenou um antigo comandante do grupo paramilitar Wagner, conhecido pelo uso brutal da força em território ucraniano, a 14 dias de prisão por conduta desordeira e por transportar uma arma de ar comprimido em local público, reporta a Associated Press.
O tribunal de Oslo absolveu Andrey Medvedev, atualmente em busca de asilo na Noruega, de ter cometido atos de violência contra agentes da polícia durante a sua detenção, segundo a informação avançada pelo seu advogado, Brynjulf Risnes.
Isto após a polícia ter detido Medvedev à porta de um bar na capital norueguesa, na sequência de uma rixa num bar em fevereiro passado.
Perante o tribunal, o antigo combatente admitiu ter resistido à detenção e ter cuspido nos polícias quando foi algemado, mas negou ter pontapeado os agentes, explicou a defesa, após Medvedev ter comparecido perante a justiça na terça-feira.
Medvedev também se declarou culpado de transportar uma arma de ar comprimido quando se dirigiu a um bar no centro de Oslo, no mês de março.
"É ótimo que ele tenha sido absolvido pelo que era mais grave", apontou Brynjulf Risnes, em declarações ao jornal norueguês Dagbladet, na sequência do veredito de quinta-feira.
De recordar que o ex-membro do grupo Wagner fugiu para território norueguês no início do ano, atravessando ilegalmente a fronteira de 198 quilómetros com a Rússia - e alegando temer pela vida caso tivesse de regressar à sua terra-natal.
Andrey Medvedev tinha já explicado, anteriormente, que concordou em juntar-se ao grupo Wagner entre julho e novembro de 2022, mas que saiu após o seu contrato ter sido prorrogado sem o seu consentimento.
Já na Noruega, disse estar disposto a testemunhar sobre eventuais crimes de guerra que tenha presenciado, ainda que diga não ter tido um papel ativo nos mesmos.
Putin manda criar museus sobre invasão russa da Ucrânia
O Presidente Rússia, Vladimir Putin, decidiu hoje criar museus que incluam os principais momentos da invasão russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
Putin deu aos ministérios da Cultura e da Defesa, entre outros, um prazo até ao final do ano para constituir esses museus, segundo o Kremlin.
Os museus devem incluir não apenas os principais momentos do que Moscovo chama "operação militar especial", mas também "os feitos dos seus participantes".
O líder do Kremlin também ordenou a avaliação da recolha de objetos ligados à guerra a destinar a esses novos centros supostamente culturais.
Putin sustenta que a intervenção militar no país vizinho permitirá restaurar a justiça, pois considera que tanto a península da Crimeia, anexada em 2014, como as quatro regiões ucranianas incorporadas em setembro de 2022 em referendos também não reconhecidos, são territórios históricos da Rússia
Embora o Presidente da Rússia considere os objetivos traçados nesta campanha como nobres, o Exército russo não revela as baixas nas suas fileiras - estimadas em dezenas de milhares - e permitiu que o grupo mercenário Wagner usasse ex-presidiários nas suas unidades de assalto, em concreto em Bakhmut (leste da Ucrânia), onde se trava uma sangrenta batalha há longos meses.
As tropas russas e o grupo Wagner são acusados ??de crimes de guerra e o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Putin devido à transferência forçada de crianças ucranianas para a Rússia.
Recentemente, o Ministério da Educação anunciou o desenvolvimento de um novo manual de história para o último ano do ensino médio com capítulos dedicados à campanha na Ucrânia.
A imprensa independente denunciou que as referências positivas à Ucrânia desapareceram em várias descrições históricas, especialmente a "Rússia de Kiev", o primeiro reino eslavo medieval e que tanto russos como ucranianos consideram o precursor original dos respetivos estados.
"Não vamos esquecer nenhum crime". Zelensky reage a ataques russos
Rússia atacou várias cidades ucranianas durante a madrugada, tendo provocado, pelo menos, oito mortos, incluindo uma criança de três anos.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já reagiu aos ataques levados a cabo pela Rússia em várias cidades ucranianas durante a madrugada desta sexta-feira, especificamente em Uman, Dnipro e Kyiv, provocando vários mortos.
"As minhas condolências a todos aqueles que perderam os seus parentes e entes queridos devido ao terror russo", começou por escrever o chefe de Estado ucraniano numa mensagem divulgada no Telegram.
"Sou grato às nossas Forças Aéreas, aos nossos artilheiros antiaéreos, a todos que ajudam a superar as consequências dos ataques inimigos, a todos os que protegem o nosso povo", acrescentou ainda.
Na mesma mensagem, Zelensky garante que o "terror russo" vai enfrentar "uma resposta justa da Ucrânia e do mundo" e nota que o país não vai "esquecer nenhum crime".
"Este terror russo deve enfrentar uma resposta justa da Ucrânia e do mundo. E vai. Todos os ataques deste tipo, todos os atos malignos contra o nosso país e povo aproximam o estado terrorista do fracasso e da punição, não o contrário, como eles pensam", defendeu.
"Não vamos esquecer nenhum crime, não vamos deixar nenhum invasor fugir da responsabilidade", rematou.
"[Os mísseis] voltaram a matar civis em Dnipro. Uma mulher jovem e uma criança de três anos morreram", avançou o presidente da câmara daquela cidade, Borys Filatov, no Telegram.
O município da capital comunicou, na mesma plataforma, a ativação dos sistemas de defesa antiaérea em Kyiv, pela primeira vez em quase dois meses, apelando aos residentes para se manterem abrigados.
Em Uman, uma cidade com cerca de 80.000 habitantes no centro do país, o porta-voz da polícia regional, Zoya Vovk, disse no Telegram que um míssil atingiu um prédio residencial de nove andares, provocando pelo menos seis mortos e 17 feridos, que estão a ser tratados nos hospitais da região.
Agentes de informações russos "apanhados com uma fonte" em França
O chefe da operação de Segurança Interna francesa (DGSI), Nicolas Lerner, revelou que os seis agentes dos serviços de informações russos descobertos em França após a invasão militar russa da Ucrânia, foram apanhados em flagrante com uma fonte.
A revelação foi feita por Nicolas Lerner à porta fechada num inquérito parlamentar em fevereiro, que investiga os esforços estrangeiros para influenciar ou corromper partidos políticos, líderes e formadores de opinião em França, comentários publicados esta semana pelo site da Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento da França.
Nicolas Lerner descreveu a descoberta dos agentes russos como "uma das operações de contra-espionagem mais significativas realizadas pela DGSI nas últimas décadas".
Os seis agentes russos foram "apanhados em flagrante tratando com uma fonte em território nacional" francês e expulsos, disse Nicolas Lerner, sem dar mais detalhes.
Na época, em abril de 2022, o Ministério das Relações Exteriores de França disse que a "operação clandestina" russa foi desmascarada por uma investigação "muito longa" da DGSI, que os seis agentes se fizeram passar por diplomatas e as suas atividades eram "contrárias aos interesses nacionais", mas sem fazer menção a uma fonte em França.
Também na altura o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, num tweet publicado, não mencionou uma fonte francesa relacionada com os espiões, saudando apenas a "notável operação de contra-espionagem" da DGSI que "obstruiu uma rede de agentes clandestinos russos".
Ataques massivos voltam a atingir Ucrânia. As imagens da destruição
Moscovo voltou a lançar ataques em larga escala contra o país. É a primeira vez em quase dois meses.
Várias cidades ucranianas foram alvo de ataques russos durante a madrugada desta sexta-feira. Sublinhe-se que esta é primeira onda de ataques em grande escala a atingir a Ucrânia em quase dois meses e há já pelo menos 12 mortos confirmados e dezenas de feridos.
Os ataques obrigaram também a ativar a defesa aérea em Kyiv, com as autoridades a apelar aos residentes para se manterem abrigados.
Há registo de mortos em Dnipro, incluindo uma criança de três anos, e em Uman, uma cidade de cerca de 80 mil habitantes, onde um míssil atingiu um prédio residencial de nove andares.
Nesta cidade, a cerca de 215 quilómetros de Kyiv, as equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes nos escombro. As imagens captadas - e que pode ver na fotogaleria acima - mostram a destruição causada.
"O ataque com mísseis [a Uman] foi lançado enquanto os civis dormiam. Típico de terroristas russos", escreveu no Telegram o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak.
O líder das Forças Armadas da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, disse num comunicado que as defesas do país conseguiram abater dois drones e 21 dos 23 mísseis lançados pela Rússia, incluindo 11 em Kyiv.
Embora a Rússia tenha bombardeado regularmente cidades e infraestruturas ucranianas no inverno, os ataques massivos tornaram-se mais raros nos últimos meses.
A maior parte dos combates está agora a decorrer no leste, pelo controlo da região industrial de Donbass, incluindo a cidade de Bakhmut, que foi quase completamente destruída.
Pasteleira detida em Moscovo por fazer bolos anti-guerra
As autoridades russas detiveram hoje uma pasteleira de Moscovo conhecida nas redes sociais pelos seus bolos anti-guerra e a favor da Ucrânia.
"A polícia de Moscovo interpelou na sua residência Anastasia Chernishova, que faz bolos, doa para instituições e que se pronuncia contra a guerra", informou o jornal OVD-Info.
"O motivo (da prisão) é, aparentemente, uma mensagem sua com bolos com inscrições e símbolos anti-guerra", acrescentou o meio de comunicação.
A página na rede social Instagram, bloqueada na Rússia, na qual Chernishova contava com 23.000 seguidores, já não está disponível.
Vários canais na plataforma Telegram divulgaram fotografias dos bolos, alguns com a bandeira ucraniana e inscrições "não à guerra".
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, assegurou hoje que a Ucrânia está a produzir e adquirir as munições para as suas necessidades imediatas e assinalou que o plano de fornecimentos da UE é considerado a longo prazo.
As declarações de Reznikov surgem dias após o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, ter qualificado de "frustrante" o facto de a União Europeia (UE) não ter iniciado o seu plano para fornecer à Ucrânia um milhão de projéteis de 155 milímetros para artilharia.
"Estamos a acumular munições", disse Reznikov em conferência de imprensa. Parte dessas munições, acrescentou, são provenientes de "contratos com parceiros estrangeiros", enquanto as restantes são fabricadas por produtores ucranianos.
Segundo o ministro, o plano da UE -- para o qual foram destinados dois mil milhões de euros -- consiste no fornecimento ininterrupto de munições e de peças militares de substituição "até ao final da guerra", não sendo de esperar que os resultados comecem a ser concretizados "já amanhã".
O plano europeu para produzir munições esteve até ao momento paralisado pelo desacordo entre Estados-membros sobre a inclusão no projeto de empresas exteriores à UE, segundo indicaram diversos 'media'.
Sobe para pelo menos 21 mortos em ataque russo com mísseis na Ucrânia
Pelo menos 21 pessoas morreram hoje no ataque russo com mais de 20 mísseis de cruzeiro que atingiram um edifício residencial no centro da Ucrânia, segundo um novo balanço das autoridades ucranianas.
Entre os bombardeamentos com mísseis, registou-se o primeiro contra Kiev em quase dois meses, apesar de não haver relatos de ter atingido qualquer alvo.
A câmara municipal da capital ucraniana indicou que a Força Aérea do país intercetou 11 mísseis de cruzeiro e dois veículos aéreos não-tripulados sobre Kiev.
O bombardeamento ao edifício de apartamentos de nove andares no centro da Ucrânia ocorreu em Uman, uma cidade situada a cerca de 215 quilómetros a sul de Kiev.
Dezoito pessoas foram mortas nesse ataque, entre as quais três crianças -- duas de dez anos e um bebé -, segundo o governador da região, Ihor Taburets.
Outra vítima mortal foi uma mulher de 75 anos que vivia num prédio vizinho e morreu de hemorragia interna causada pela onda de choque da explosão, segundo as equipas de emergência no local.
A polícia nacional ucraniana indicou que 17 pessoas ficaram feridas e três crianças foram resgatadas com vida dos escombros. Nove pessoas foram hospitalizadas.
Esse bombardeamento ocorreu num local muito distante das extensas linhas de frente do conflito ou de zonas de intensos combates no leste da Ucrânia, onde se trava uma dura guerra de desgaste.
Noutro ataque, na cidade oriental de Dnipro, foram mortas uma mulher de 31 anos e a sua filha de dois anos, indicou o governador regional, Serhii Lysak.
Quatro pessoas ficaram feridas e uma residência particular e uma empresa sofreram danos.
Moscovo tem frequentemente lançado ataques com mísseis de longo alcance ao longo dos 14 meses de guerra na Ucrânia, muitas vezes atingindo indiscriminadamente áreas civis.
As autoridades ucranianas e analistas têm alegado que tais ataques são parte de uma estratégia deliberada de intimidação do Kremlin.
O Ministério da Defesa russo declarou que os mísseis de cruzeiro de longo alcance lançados do ar hoje de madrugada tinham como alvos instalações onde se encontravam alojadas unidades militares ucranianas de reserva antes de serem enviadas para o campo de batalha.
"O ataque cumpriu o seu objetivo. Todos os alvos definidos foram atingidos. O avanço das unidades de reserva inimigas para as zonas de combate foi detido", afirmou o porta-voz do ministério, o tenente-general Igor Konashenkov, não fazendo qualquer referência a zonas ou edifícios residenciais bombardeados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, sustentou que o bombardeamento russo desta madrugada mostra que o Kremlin não está interessado num acordo de paz.
"Ataques com mísseis que matam ucranianos inocentes durante o sono, incluindo uma criança de dois anos, é a resposta da Rússia a todas as iniciativas de paz", escreveu Kuleba na rede social Twitter, acrescentando: "O caminho para a paz é expulsar a Rússia da Ucrânia".
Ucrânia usa consolas Steam Deck para controlar torres de metralhadoras
Há mais de um ano que a guerra da Rússia contra a Ucrânia se instalou e todos os dias sabemos notícias sobre este conflito que parece não ter um fim à vista. Temos divulgado notícias que nos mostram que a tecnologia tem sido fortemente usada no campo de batalha e as últimas informações indicam que os combatentes ucranianos estão a usar as consolas portáteis Steam Deck para controlar torres de metralhadoras.
Consola Steam Deck é usada pelos ucranianos na guerra
O objetivo de uma consola é, sem dúvida, jogar jogos. Mas como existem no mercado equipamentos bastante potentes, há quem os use para outras finalidades. Nesse sentido, as notícias recentes dizem que a Ucrânia está a aproveitar todo o poder da Steam Deck para controlar torres de metralhadoras do exército de Volodymyr Zelensky.
Através de uma publicação na rede social Twitter, podemos ver a consola portátil da Valve em ação a controlar uma torre de metralhadoras simples e pequena, mas eficaz, pelas mãos dos soldados ucranianos.
Esta é a nova ferramenta usada pelo exército da Ucrânia e nas imagens vemos um dos soldados a usar a Steam Deck enquanto a torre está a operar e a mostrar que é possível controlá-la com a consola. A torre de metralhadoras usada designa-se "Sablya" e trata-se de um dispositivo automatizado que é controlado remotamente.
Desta forma, a Steam Deck permite que os soldados a usem para controlar a torre e podem mirar e atirar à distância. As imagens foram reveladas pelo TPO Media, que divulga dados sobre a Sablya. O canal diz que esta metralhadora pode ser controlada a uma distância de até 500 metros. Como tal, assim o operador consegue gerir a torre a partir de um local seguro.
A torre pode ser montada no próprio solo ou em veículos. Tem ainda o poder de derrubar e destruir drones que voem a baixa altitude.
Ataque com drone provoca incêndio em depósito de abastecimento em Sebastopol
Um ataque com um 'drone' provocou hoje um incêndio num depósito de combustível no porto de Sebastopol, a base da frota russa do Mar Negro na península anexada da Crimeia.
"Segundo dados preliminares, o incêndio foi provocado pelo impacto de um 'drone'", disse hoje o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, num comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial RIA Novosti e citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O fogo espalhou-se por uma área de quase mil metros quadrados, tendo já sido apagado pelos serviços de emergência.
O ataque danificou o combustível em quatro tanques mas não afetou o abastecimento de combustível à cidade, que foi anexada pela Rússia em 2014, tal como o resto da península do Mar Negro.
Mikhail Razvozhaev acrescentou que o ataque não causou feridos nem representou qualquer perigo para as infraestruturas civis na zona.
Nos últimos meses, as autoridades russas têm relatado numerosos ataques ucranianos na península, principalmente com 'drones' de assalto.
Esta semana, o Serviço Federal de Segurança afirmou ter abortado um ataque bombista contra o hospital naval de Simferopol, a capital da península.
Antes da esperada contra-ofensiva ucraniana, o líder da Crimeia, Sergey Axyonov, ordenou a construção de uma linha defensiva fortificada entre a península e o resto da Ucrânia.
O suposto ataque na Crimeia acontece um dia depois da maior ofensiva russa contra a Ucrânia nos últimos dois meses, com os bombardeios russos a atingir várias cidades e a matar mais de duas dezenas de pessoas.
Além de Kiev, houve relatos de explosões em Uman, Dnipro, Kremenchuk e Poltava, no centro da Ucrânia, e em Mykolaiv, no sul.
Líder do grupo Wagner alerta para necessidade de retirar de Bakmut
O líder do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, alertou para a necessidade de retirar da cidade ucraniana de Bakhmut, um dos atuais epicentros da guerra na Ucrânia, após lamentar as pesadas baixas e a falta de abastecimentos.
"Todos os dias temos pilhas de milhares de corpos que colocamos em caixões para enviar para casa", disse Yevgeny Prigozhin numa entrevista publicada hoje pelo bloguista russo Semyon Pegov, especializado em assuntos militares.
O chefe do grupo Wagner, cujas forças têm vindo a ganhar destaque desde o início da invasão russa, disse que as perdas sofridas em Bakhmut foram cinco vezes mais do que o necessário devido à falta de munições para a artilharia.
Yevgeny Prigozhin confirmou que escreveu ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, a pedir novos fornecimentos. "Se não conseguirmos resolver este défice de munições, teremos de recuar ou morrer para não acabarmos por fugir como ratos", alertou.
O chefe do grupo Wagner acrescentou ainda que está a ponderar abertamente a retirada de parte das suas tropas, o que, na sua opinião, significaria o colapso da frente de Bakhmut, com o consequente impacto em toda a linha de combates na região.
A cidade tem sido disputada há meses e, de acordo com especialistas militares, a defesa ucraniana tem vindo a perder terreno até estar entrincheirada numa pequena parte a oeste da cidade.
Zelensky acusa russos de destruírem Mariupol. "Não há casas intactas"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que mais de 90% de Mariupol foi destruída no último ano pelas forças russas que tomaram a cidade nas margens do Mar de Azov.
"Viviam ali quase meio milhão de pessoas e agora, praticamente, não há casas intactas", anunciou Zelensky numa mensagem publicada nas suas redes sociais, juntamente com um vídeo no qual compara imagens de satélite de 2021 com outras imagens deste ano.
As imagens, obtidas através do Google Maps depois de o 'site' ter atualizado as suas imagens de Mariupol pela primeira vez desde o início da invasão russa, mostram blocos inteiros de edifícios que têm vindo a desaparecer desde meados de março do ano passado.
"O Estado terrorista russo fez tudo o que pôde para destruir esta cidade. Mais de 90% de Mariupol foi destruída", concluiu Zelensky na sua mensagem.
Depois de um cerco de meses, as últimas forças ucranianas que se mantinham na cidade da região de Donetsk, parcialmente anexada pela Rússia, entregaram as suas armas em 20 de maio do ano passado.
Para a Comissão Europeia, estes últimos bombardeamentos são crimes de guerra e por isso "não haverá impunidade" para os envolvidos.
Gerações russas "ficarão conhecidas como descendentes de terroristas"
"As gerações futuras pagarão e não terão escolha. [...] E não será possível esconderem-se disso em nenhum país do mundo", disse Andriy Yermak.
O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, apontou, esta terça-feira, que as gerações futuras da Rússia "pagarão" por todas as ações do seu país na Ucrânia, particularmente no que diz respeito aos danos ambientais causados pelo conflito.
"Quando falamos sobre os danos ambientais que a Rússia está constantemente a provocar como resultado dos ataques à Ucrânia, devemos deixar claro para os russos: terão de pagar por tudo. Pelos territórios de mineração, pelos danos materiais, bem como por matar pessoas e sequestrar crianças", começou por escrever, na rede social Telegram.
E salientou: "As gerações futuras pagarão e não terão escolha. Além disso, essas gerações terão um problema sério, pois ficarão para a história como descendentes de terroristas russos que cometeram o genocídio do povo ucraniano. E não será possível esconderem-se disso em nenhum país do mundo", rematou.
Na altura, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou a resolução adotada, que, a seu ver, "ajudará significativamente os esforços globais para levar a Rússia e seus funcionários, incluindo o chefe de Estado terrorista [Vladimir Putin], à justiça por genocídio e políticas genocidas contra a Ucrânia".
E prosseguiu: "A Europa e o mundo já assistiram a várias deportações e tentativas de extermínio de povos. É através do exemplo russo - a responsabilização deste estado e dos seus funcionários culpados de genocídio - que devemos mostrar a todas as outras fontes potenciais do mesmo mal que nunca haverá impunidade. Haverá sentenças por genocídio, assim como para todos os outros crimes cometidos pela Rússia contra a Ucrânia."
Kyiv diz que abateu dezenas de 'drones' de fabrico iraniano
A Rússia atacou na terça-feira à noite o território ucraniano com 26 'drones kamikaze' de fabrico iraniano, mas as defesas antiaéreas da Ucrânia abateram 21, informou hoje a Força Aérea ucraniana na plataforma Telegram.
Os 'drones kamikaze', ou suicidas, são de uso único: transportam explosivos e são destruídos no ataque.
Os 'drones' foram lançados da região russa de Bryansk, no nordeste da Ucrânia, e do mar de Azov, no sudeste.
Alguns destes drones tinham como alvo a capital, Kiev, onde, por volta da meia-noite, foram ativadas as sirenes antiaéreas e o exército ucraniano conseguiu abater todos os drones que entraram no seu espaço aéreo.
"As táticas do adversário continuam (...) inalteradas: ao cair da noite, os terroristas lançam uma onda de dispositivos a partir de várias direções", disse o chefe da Administração Militar de Kiev, Sergii Popko, na sua conta do Telegram.
Com a ajuda dos sistemas de defesa antiaérea recebidos dos aliados ocidentais, a Ucrânia consegue agora abater a maior parte dos 'drones kamikaze' com os quais a Rússia destruiu numerosas infraestruturas energéticas ucranianas no outono e no inverno.
De acordo com alguns analistas, a Rússia continua a lançar estes 'drones' de baixo custo para forçar a Ucrânia a gastar mísseis muito mais caros e outros tipos de munições antiaéreas. As interceções de drones podem também ajudar a Rússia a localizar os sistemas defensivos utilizados pela Ucrânia.
Ucrânia. Kremlin acusa Kyiv de tentar matar Putin com 'drones'
O Kremlin acusou hoje a Ucrânia de tentar assassinar o Presidente russo, Vladimir Putin, num ataque com 'drones' que terão visado a sede da Presidência russa na noite passada.
"O regime de Kyiv tentou atacar a residência do Presidente russo no Kremlin", afirmou a Presidência num comunicado publicado na sua página na Internet, indicando que as forças militares intercetaram eletronicamente dois aparelhos aéreos não tripulados "que se dirigiam para o Kremlin".
Os dois 'drones' inutilizados caíram dentro do recinto sem provocar danos ou feridos e Vladimir Putin "continua a trabalhar como habitualmente", acrescentou o Kremlin.
"Estas ações são um ataque terrorista planeado, um atentado contra a vida do Presidente da Federação Russa cometido nas vésperas do Dia da Vitória e do desfile militar de 09 de maio", lê-se no comunicado, em que se reserva "o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando se considere oportuno".
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu que o desfile militar na Praça Vermelha, em Moscovo, se mantém como previsto.
A autarquia de Moscovo proibiu hoje os voos de 'drones' não autorizados na capital russa.
O presidente da câmara, Serguei Sobianin, afirmou que a proibição se destina a impedir o voo de "drones" que possam "atrapalhar o trabalho das forças da ordem".
As autoridades ucranianas ainda não se pronunciaram sobre a acusação.
"A honra de cumprimentar alguém que nos inspira pela coragem"
João Cotrim FIgueiredo partilhou uma fotografia tirada durante a visita da delegação portuguesa, encabeçada por Santos Silva, à Ucrânia.
João Cotrim Figueiredo partilhou uma fotografia, no Twitter, a cumprimentar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante a visita, de terça-feira, da delegação parlamentar portuguesa ao país.
"Não é todos os dias que se tem a honra de cumprimentar alguém que nos inspira pela coragem com que continua a lutar pela liberdade do seu povo (e a nossa também)", tweetou o deputado do Iniciativa Liberal (IL).
João Cotrim Figueiredo viajou na comitiva de Santos Silva para a Ucrânia. Além do parlamentar da IL, também viajaram para o país, que está em guerra, o deputado e líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, Jorge Paulo de Oliveira do PSD e Isabel Pires do BE.