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Piloto ucraniano exibe voo no interior de um caça de combate
Um piloto mais conhecido por Karaya publicou imagens de um voo num caça de combate.
Vadym 'Karaya' Voroshylov é um piloto militar de 28 anos e um dos melhores pilotos de caça da Ucrânia. Tendo servido na Força Aérea desde 2016, Vadym é um militar experiente. Um ano antes da invasão, renunciou à função, mas depois do início da guerra voltou para defender o país.
Popularizou-se a 12 de outubro de 2022, por destruir cinco UAV russos sobre os céus de Vinnytsia, tendo ainda conduzido o caça em chamas para longe da cidade.
Após a manobra heroica de Vadym, Volodymyr Zelensky concedeu-lhe o título de Herói da Ucrânia.
Zelensky e nova troca de prisioneiros: "100 defensores" voltam a "casa"
O presidente ucraniano assegura que as autoridades continuarão a trabalhar para que todos aqueles que estão em "cativeiro russo" regressem à Ucrânia.
O presidente da Ucrânia, assinalou, esta segunda-feira, a mais recente troca de prisioneiros com a Rússia, avançando que se tratam de 80 homens e 20 mulheres, incluindo alguns dos "defensores" da siderúrgica Azovstal, aquele que ficou conhecido como o último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária de Mariupol, agora controlada por Moscovo.
"Conseguimos trazer para casa 100 defensores. 80 homens e 20 mulheres. Estes são soldados, guardas de fronteira, fuzileiros navais, guardas nacionais. A propósito, os defensores da Azovstal estão entre eles", começou por dizer o chefe de Estado ucraniano, no seu habitual discurso noturno.
Zelensky notou a "alegria" destas cem famílias numa altura em que se comemora a Páscoa e garante que as autoridades continuam a "trabalhar" para que todos os ucranianos em cativeiro possam regressar à Ucrânia.
"Agradeço a todos no nosso Centro de Coordenação da Diretoria Principal de Inteligência. Agradeço a todos os envolvidos nas negociações e preparação das trocas: pessoal de Budanov, Yermak, Malyuk, Lubinets... Muito bem, pessoal! E sou especialmente grato a todos os que apoiam o nosso povo após a alta e cuidam do tratamento e adaptação. É importante", disse ainda.
A troca de prisioneiros é um dos poucos acordos que a Rússia e a Ucrânia estabeleceram desde o início da guerra, no final de fevereiro de 2022.
Moscovo e Kyiv já realizaram várias trocas de prisioneiros, embora estas não tenham sido isentas de polémicas, já que ambas as partes se acusam mutuamente de não cumprir as regras definidas.
Ministro ucraniano pede apoio a estrangeiros que saibam pilotar F-16
Reznikov abriu as portas da Legião Internacional a pilotos internacionais que estejam dispostos a lutar pela Ucrânia.
O ministro da Defesa da Ucrânia apelou esta terça-feira ao apoio de pilotos estrangeiros, pedindo aos que sabem pilotar caças F-16 para se juntarem à guerra do lado ucraniano.
O apelo de Oleksii Reznikov surgiu durante uma reunião com o seu homólogo dinamarquês, segundo foi avançado por várias agências internacionais e pela Sky News.
Na reunião, o governante afirmou que "se houver pilotos que saibam voar o F-16 e que estejam prontos para fazer parte da guerra, a Legião Internacional está pronta a abrir as suas portas".
A Legião Internacional é o ramo das forças ucranianas que acolheu militares e alguns civis estrangeiros, que se voluntariaram logo no início da guerra a lutar na Ucrânia contra a invasão russa. Em março de 2022, o governo ucraniano apontou para cerca de 20 mil voluntários, provenientes de 52 países.
Quanto aos caças F-16, a Ucrânia tem insistido junto dos parceiros ocidentais num apoio para a entrega de aviões de combate, mas a grande maioria dos países tem recusado, citando as suas próprias necessidades de defesa militar. Até agora, foram poucos os países que doaram aviões a Kyiv, nomeadamente a Polónia e a Eslováquia.
Os Estados Unidos também referiram que apoiar a Ucrânia com F-16 seria um apoio de 18 meses, já que a entrega dos aviões envolve também apoiar a formação de pilotos, um processo demorado devido à complexidade destes sistemas bélicos.
Os caças F-16 são alguns dos aviões de combate mais avançados do mundo, com a capacidade para atingir os 1.900 quilómetros por hora e de voar sob quaisquer condições meteorológicas.
Ucrânia: 'Drone' explode em aeroporto russo na fronteira
Um 'drone' explodiu na segunda-feira nas instalações do aeroporto da cidade russa de Belgorod, situada na fronteira com a Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades da Rússia, que não mencionaram, até ao momento, vítimas ou danos materiais.
As autoridades russas, citadas pelo diário russo Izvestia, declararam que o 'drone' explodiu nas instalações do aeroporto por voltas das 16:30, horário local (18:30 em Lisboa) de segunda-feira.
Até ao momento, o Governo russo não indicou responsáveis pelo incidente.
A província de Belgorod, assim como as províncias de Briansk e Kursk, têm sofrido ataques desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, por ordem do Presidente russo, Vladimir Putin.
Estas províncias russas encontram-se em estado de alerta antiterrorista devido aos ataques das forças ucranianas, segundo o Governo russo.
Rússia acusa Kyiv de "campanha ideológica de lavagem cerebral" a jovens
As autoridades russas acusaram hoje a Ucrânia e os aliados ocidentais de lançarem uma "campanha ideológica de lavagem cerebral" a jovens para promoverem "atividades subversivas e terroristas" em território russo.
O diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB, serviços secretos russos), Alexander Bortnikov, disse que "os serviços especiais ucranianos e os seus patronos ocidentais lançaram uma campanha ideológica agressiva de lavagem cerebral e recrutamento de cidadãos russos, especialmente entre a geração jovem".
"O objetivo é envolvê-los em atividades subversivas, terroristas e extremistas", acusou Bortnikov, citado pela agência noticiosa russa TASS, assegurando nas mesmas declarações que desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, as autoridades russas evitaram cerca de 120 "crimes relacionados com terrorismo".
"Os responsáveis por essas tentativas de ataque eram jovens e adolescentes, alguns mesmo menores de idade", disse Bortnikov, explicando que alguns dos planos envolviam ataques armados contra centros educacionais.
Alexander Bortnikov denunciou ainda que alguns dos planos foram "coordenados a partir de território ucraniano".
Contraofensiva ucraniana? "Não podemos subestimar inimigo", diz Crimeia
O líder da Crimeia, região anexada ilegalmente por Moscovo desde 2014, diz ainda que as tropas russas estão prontas para um eventual ataque.
O governador da Crimeia, Sergei Aksyonov, disse, esta terça-feira, que as tropas russas na região estavam preparadas para uma eventual contraofensiva ucraniana no local, que foi anexado ilegalmente por Moscovo em 2014.
"Não podemos subestimar o inimigo, mas podemos com toda a certeza dizer que estamos prontos [para um ataque] e também que não haverá nenhuma catástrofe", referiu o responsável, em declarações citadas pela Sky News.
Segundo Aksyonov, o exército russo construiu "defesas modernas e estruturais" e tem militares "mais do que suficientes" para se defenderem de um eventual ataque ucraniano.
De acordo com a publicação norte-americana, há imagens de satélite que mostram uma rede de trincheiras e outras fortificações perto de Medvedivka, uma cidade pequena entre a Crimeia e o território ucraniano que não ilegalmente anexado.
Segundo a Sky News, estas fortificações podem sugerir que Moscovo tem algumas preocupações quanto a possíveis ataques de Kyiv nessa zona.
Os especialistas referem ainda que Kyiv deverá aproveitar a melhoria da temperatura para dar o primeiro passo no campo de batalha, utilizando novas armas dadas pelo Ocidente, e tropas recentemente treinadas.
Kyiv diz que foram liquidados 180 mil soldados russos desde 2022
As Forças Armadas da Ucrânia indicaram hoje que foram liquidados mais de 180 mil militares russos desde o início da invasão que começou em fevereiro de 2022 referindo que se registaram 700 baixas entre as forças da Rússia durante os últimos confrontos.
Uma mensagem do Estado Maior do Exército da Ucrânia difundida na plataforma digital Facebook refere que 180.050 militares russos foram mortos, acrescentando que nas últimas 24 horas morreram 730 soldados da Rússia na Ucrânia.
No mesmo texto é referido ainda que foram destruídos 3.646 carros de combate, 2.770 sistemas de artilharia, 208 sistemas de defesa antiaérea, 307 aviões, 293 helicópteros, 2.334 aparelhos aéreos não tripulados (drones), 911 mísseis de cruzeiro, 5.630 veículos e contentores de combustíveis e 319 peças designadas como "equipamento especial", não especificado.
Os dados fornecidos hoje por Kyiv sobre baixas e equipamento não foram verificados e nem contabilizados por fontes independentes, até ao momento.
A Rússia que iniciou a última invasão da Ucrânia em fevereiro do ano passado não divulga o número de baixas desde setembro de 2022, altura em que o ministro da Defesa russo confirmou a morte de 5.937 militares da Rússia.
O portal de notícias Mediazona eleva para 19.688 militares russos mortos desde o início da campanha, incluindo "1.665 durante os últimos 15 dias".
O portal Mediazona, que em relação à contagem do número de baixas colabora com a estação de televisão oficial britânica BBC, diz que os números são corroborados através de dados públicos, que não foram nomeados.
Minsk extradita para Rússia pai de menina que "desacreditou" ofensiva
A Bielorrússia extraditou hoje para a Rússia um homem condenado por "desacreditar o exército russo" após a sua filha ter feito um desenho de mísseis russos a atingir pessoas perto de uma bandeira ucraniana, disse uma ONG especializada.
Alexei Moskaliov, russo com 54 anos, havia fugido da prisão domiciliar pouco antes de o tribunal de Moscovo o condenar a dois anos de prisão por "desacreditar o exército russo", no contexto da ofensiva russa à Ucrânia.
Moskaliov despertou a atenção das autoridades russas no início de 2022 quando a sua filha, Maria, de 13 anos, fez na sala de aula um desenho de mísseis russos a atingir uma mulher e uma criança perto de uma bandeira ucraniana.
A menina, que tinha sido até então criada pelo pai, foi separada de Moskaliov e internada numa instituição estatal para menores, depois do diretor do estabelecimento escolar ter contactado as autoridades sobre o desenho.
As autoridades terão descoberto mensagens nas redes sociais nas quais Moskaliov criticava a ofensiva e que terão servido de justificação para o afastamento.
"Alexei Moskaliov foi extraditado da Bielorrússia para a Rússia", disse a organização russa OVD-info, especializada em monitorizar detenções.
O advogado de Moskaliov, Vladimir Bilienko, disse à agência noticiosa AFP que de momento desconhece o paradeiro do seu cliente.
Na semana passada, as autoridades russas disseram que a menina foi devolvida à mãe, com quem mantinha uma relação distante, e Moskaliov corre agora o risco de perder os direitos parentais durante o próximo julgamento marcado para 20 de abril.
Decapitação de soldado "não será única execução violenta" da guerra
De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, a entidade revelou que "ambos os lados envolveram-se em atos brutais".
Uma organização ligada ao Grupo Wagner alegou, através da plataforma Telegram, que a decapitação de um prisioneiro ucraniano pelas forças russas "não será a única execução violenta" do conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, a entidade revelou que "ambos os lados envolveram-se em atos brutais", apontando que esta "decapitação não será a última execução violenta durante a guerra".
O grupo terá argumentado, ainda, que "ser acusado de brutalidade durante a guerra é como ser multado por excesso de velocidade durante uma corrida de carros".
Por seu turno, o Instituto para o Estudo da Guerra realçou que o uso continuado de "táticas violentas" por parte das tropas russas "prejudica o profissionalismo e a disciplina nas forças armadas" de Moscovo.
Recorde-se que o vídeo da alegada execução foi divulgado na terça-feira, nas redes sociais russas. No dia seguinte, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou a ação, descrevendo as tropas russas como “bestas”.
Outros responsáveis ucranianos pediram ainda exclusão da Rússia do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, afirmado que “a Rússia é pior do que o Estado Islâmico”.
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) já anunciou que vai investigar o caso para identificar os alegados agressores, acrescentando que o crime terá ocorrido no verão passado.
Putin "aprovou pessoalmente" a detenção de jornalista norte-americano
A detenção do jornalista de 31 anos mostra, segundo a Bloomberg, a influência dos membros mais radicais do Kremlin, que pressionam o chefe de Estado no sentido de um confronto com Washington.
O presidente russo, Vladimir Putin, terá aprovado "pessoalmente" a detenção de Evan Gershkovich, o jornalista norte-americano do Wall Street Journal detido e acusado de espionagem, desde o dia 29 de março.
A informação foi revelada pela Bloomberg, que apontou que a detenção do jornalista de 31 anos mostra a influência dos membros mais radicais do Kremlin, que pressionam o chefe de Estado no sentido de um confronto com Washington.
Recorde-se que o repórter foi detido pelos Serviços de Segurança Russos (FSB) durante uma reportagem em Yekaterinburg, nos Urais, tendo sido acusado de recolher informações sobre a indústria de Defesa.
Os Estados Unidos e o Wall Street Journal rejeitaram as acusações de espionagem e apelaram ao Kremlin para libertar o jornalista, que é um cidadão norte-americano de origem russa.
O jornalista, por seu turno, negou categoricamente todas as acusações que recaem sobre si, assegurando que as suas atividades na Rússia eram jornalísticas, segundo disse a agência russa TASS, citando uma fonte anónima das forças de segurança.
Gershkovich está a ser processado ao abrigo do artigo 276.º do código penal russo, uma acusação que implica uma pena de prisão de 20 anos.
Ainda que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, tenha garantindo que a decisão foi tomada pelo FSB, e não por Putin, Washington acusou repetidamente Moscovo de prender arbitrariamente norte-americanos, para os utilizar como moeda de troca para recuperar os russos detidos nos Estados Unidos.
Forças russas retomam forte ofensiva contra defensores de Bakhmut
A batalha por Bakhmut está a intensificar-se novamente, destacaram esta sexta-feira analistas e autoridades russas, enquanto os defensores ucranianos da cidade arrasada pelo conflito resistiam a um ataque russo coordenado em três frentes.
"A Rússia voltou energizar o seu ataque" a Bakhmut, sublinhou o Ministério da Defesa do Reino Unido numa análise aos acontecimentos recentes na cidade do leste da Ucrânia, que durante oito meses e meio foi palco da luta mais longa e sangrenta da guerra.
"A defesa ucraniana ainda detém os distritos ocidentais da cidade, mas foi submetida a um intenso fogo de artilharia russa nas últimas 48 horas", acrescentou o Governo britânico na sua avaliação, citado pela agência Associated Press (AP).
Até recentemente, o grupo militar privado russo Wagner liderava a campanha para conquistar Bakhmut, fazendo um progresso lento e desgastante à custa de milhares de vidas em ambos os lados. Agora, as unidades russas regulares juntaram-se ao ataque.
Analistas militares consideram que conquistar Bakhmut resultará numa ação de relações públicas e também terá valor militar tático para Moscovo, embora seja improvável que se torne decisivo no resultado da guerra.
O Ministério da Defesa da Rússia também apontou esta sexta-feira para a intensificação dos combates nas zonas ocidentais da cidade.
"Os destacamentos de assalto do [Grupo] Wagner estão destacados em operações de combate de alta intensidade para capturar áreas do oeste de Bakhmut com forças aerotransportadas apoiando os flancos", detalhou o ministério russo em comunicado.
A Defesa russa acrescentou: "As unidades das forças aerotransportadas que operam nos flancos estão a fornecer apoio aos esquadrões de assalto e a interromper as tentativas do inimigo de entregar munições à cidade e trazer reservas".
Bakhmut fica na província de Donetsk, uma das quatro províncias que a Rússia anexou ilegalmente no outono. Moscovo controla cerca de metade da província. Bakhmut é um trampolim para chegar à restante metade.
Autoridades ucranianas sublinharam que estão a ganhar tempo esgotando as forças russas na batalha, enquanto Kiev se prepara para uma contraofensiva.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defende que, se a Rússia vencer a batalha de Bakhmut, o Presidente russo, Vladimir Putin, poderá começar a obter apoio internacional para um acordo que exigiria que a Ucrânia fizesse concessões inaceitáveis para encerrar a guerra.
O gabinete do Presidente ucraniano adiantou esta sexta-feira que os combates nas últimas 24 horas em Bakhmut destruíram dois jardins-de-infância e edifícios residenciais. A cidade já se assemelha a uma cidade fantasma.
Os combates continuam em outras zonas da região de Donetsk.
O bombardeamento russo de um edifício residencial fez esta sexta-feira pelo menos seis mortos e 18 feridos em Sloviansk, cidade do leste da Ucrânia, anunciou o governador local, alertando que poderá haver pessoas soterradas nos escombros.
Antes, o gabinete presidencial tinha referido que pelo menos três civis foram mortos e nove ficaram feridos de quinta para sexta-feira.
Músico russo classificado como agente estrangeiro por criticar invasão
O Ministério da Justiça da Federação Russa classificou hoje como 'agente estrangeiro' o popular músico Semión Slepakov, um dos humoristas com mais sucesso, pelas suas críticas ao Kremlin e à invasão da Ucrânia.
Slepakov criou uma "opinião negativa" sobre o serviço militar e o trabalho dos funcionários do Estado, segundo um comunicado ministerial.
Além disso, recebeu apoio de "fontes estrangeiras" e criticou cidadãos russos, o que lhe valeu entrar no registo de agentes estrangeiros, ao lado de numerosos opositores, ativistas, jornalistas e organizações não governamentais.
Slepakov, que se exilou em Israel, construiu a sua fama com canções repletas de sarcasmo e crítica social, em particular, à política do Kremlin, temas interpretados com guitarra na mão, que receberam dezenas de milhões de visualizações no Youtube.
Putin aprova lei de perseguição a russos que recusam servir no exército
O presidente russo, Vladimir Putin, promulgou hoje uma lei que persegue homens em idade militar que não queiram servir no exército, incluindo recrutas e militares na reserva, no âmbito da campanha militar russa na Ucrânia.
A lei, aprovada esta semana pelas duas casas do Parlamento russo (Duma e Senado), proíbe que os convocados pelo exército russo deixem o país desde o momento que recebem a notificação correspondente até que se apresentem no centro de recrutamento.
Os russos têm duas semanas para comparecer, desde a notificação por escrito ou eletrónica da obrigação de ir para as fileiras.
Além disso, caso o interessado não se desloque ao centro de recrutamento no prazo de 20 dias, ficará provisoriamente restringida a possibilidade de abertura de negócio, carta de condução, compra de imóveis ou pedido de empréstimo bancário.
O documento cria ainda um registo eletrónico único de homens em idade militar, para que ninguém possa apresentar como argumento que não tem prova de ter recebido o ofício na conta pessoal do portal dos serviços públicos.
Embora não poucos russos tenham cancelado a inscrição no referido site administrativo, os autores da lei alertaram que a exclusão da conta não os isenta de comparecer.
Por isso, muitos russos começaram esta semana a colocar bens, imóveis ou carros em nome das esposas e outros parentes.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou esta semana que a aprovação desta lei abra caminho para uma segunda mobilização, embora a dúvida permaneça.
Putin já convocou 300.000 reservistas, continuando secreto o ponto da lei respeitante à abertura de uma nova campanha de mobilização.
Além disso, o Ministério da Defesa russo anunciou planos para aumentar o número de soldados no exército para 1,5 milhões.
Opositor do Kremlin condenado a 25 anos de prisão. "Arrependo-me de..."
O ativista, de 41 anos, referiu na sua última audiência que só se arrependia de ter "falhado" e não ter feito perceber "a compatriotas e políticos de outros países o perigo que o atual regime do Kremlin representa".
Um tribunal de Moscovo condenou, esta segunda-feira, um dos maiores opositores ao Kremlin, Vladimir Kara-Murza, a 25 anos de pena de prisão.
De acordo com a agência russa Tass, o ativista, que tem nacionalidade russa e britânica, foi considerado culpado dos crimes de traição e por espalhar "informação falsa". O homem deverá ficar numa colónia penal, o que implica condições de detenção mais rígidas.
A pena de prisão de Kara-Murza, de 41 anos, é, segundo o que escreve o The Guardian, a mais longa atribuída a um opositor do Kremlin - à medida que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem vindo a apertar 'o cerco' a quem se opõe a ele, e também que a legislação se vai tornando cada vez mais restrita.
Citada por agências de notícias russas, uma das suas advogadas, Maria Eismont, anunciou que Kara-Murza vai apelar da sentença, denunciando ainda "graves violações de procedimento" durante o julgamento.
O ativista foi detido em abril do ano passado, depois de ter sido acusado de espalhar informações falsas sobre o exército russo, e Moscovo adensou a sua condenação para "alta traição" quando este começou a fazer discursos públicos e a criticar não só as políticas do Kremlin, como a guerra na Ucrânia.
De acordo com as publicações internacionais, na sua última audiência Kara-Murza utilizou um tom desafiante e recusou-se a pedir à justiça para ser absolvido. "Só me arrependo de uma coisa [....]. Falhei em convencer os meus compatriotas e políticos em países democratas do perigo que o atual regime do Kremlin representa para a Rússia e para o mundo", rematou o ativista, que é pai de três filhos.
Kara-Murza era próximo do líder da oposição russa Boris Nemtsov, que foi morto perto do Kremlin em 2015. O opositor sobreviveu a envenenamentos em 2015 e 2017, os quais atribuiu ao Kremlin. As autoridades russas negaram qualquer responsabilidade.
Outra figura proeminente da oposição, Ilya Yashin, foi condenada a oito anos e meio de prisão no final do ano passado sob a acusação de desacreditar os militares russos.
Governo alemão anuncia entrega de sistema de defesa Patriot a Kyiv
A Alemanha entregou um sistema de defesa aérea Patriot e mísseis à Ucrânia, bem como 16 camiões Zetros e dois veículos de proteção de fronteira, de acordo com a atualização semanal do Governo alemão divulgada esta terça-feira.
O'site' oficial do Governo federal da Alemanha listou esta terça-feira um sistema de defesa Patriot entre os itens militares entregues na semana passada à Ucrânia.
Berlim tinha prometido fornecer a Kyiv uma bateria Patriot em janeiro, após o compromisso de Washington de enviar o sistema fabricado nos EUA, com os Países Baixos a juntarem-se aos esforços de apoio militar mais tarde, noticiou o portal de notícias Kyiv Independent.
Também a agência Associated Press (AP) noticiou esta entrega de armamento alemão, assinalando a chegada à Ucrânia de algumas das armas mais importantes pedidas por Kyiv.
A Ucrânia tem pressionado pela entrega de Patriots e outros sistemas de defesa aérea aos seus aliados ao longo dos últimos meses, sendo que o da Alemanha parece ter sido o primeiro a chegar.
O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yurii Ihnat, recusou-se a confirmar esta terça-feira que um sistema Patriot está na Ucrânia, de acordo com o 'media' local RBC-Ucrânia.
Ihnat sublinhou que receber os mísseis será um evento marcante, permitindo que os ucranianos derrubem alvos russos a uma distância maior.
O sistema Patriot é a arma de defesa antiaérea mais avançada do arsenal dos EUA. Uma bateria Patriot tem entre quatro a oito lançadores projetados para quatro mísseis cada.
Os patriotas visam melhorar significativamente a defesa das cidades ucranianas e infraestrutura crítica contra ataques regulares de mísseis russos.
O porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, destacou em 30 de março que 65 soldados ucranianos completaram o treino em sistemas Patriot em Fort Sill, Oklahoma, e regressaram à Europa.
A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise mais grave de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O número de baixas civis e militares não é conhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, dizem que será muito elevado.
Ucrânia. Três combatentes colombianos morrem em ataque em Donetsk
Pelo menos três colombianos, que faziam parte de um batalhão de infantaria internacional e lutavam na guerra da Ucrânia, morreram num ataque russo em 30 de março na região de Donetsk, segundo o Ministério das Relações Exteriores do país.
Em comunicado, o ministério revelou a existência de "informações das Forças Armadas ucranianas sobre a morte de três cidadãos colombianos, que estavam no Batalhão de Infantaria nº 49 denominado 'Carpathian Sich'".
O comunicado adianta que os colombianos morreram em 30 de março na província de Terny Kramatorsk mas, "devido ao bombardeamento e à destruição das trincheiras, só foi possível recuperar os corpos" em 15 de abril.
"Desde a Embaixada da Colômbia na Polónia, em concomitância com a Ucrânia, foi mantido contacto com cada uma das famílias para informar sobre esta infeliz notícia e orientá-los sobre o processo, seja nos procedimentos de repatriação do corpo ou em relação à sua cremação", acrescentou.
O ministério, em 24 de janeiro, informou que outros dois colombianos que lutavam como voluntários na Ucrânia, integrando a Legião Internacional, morreram na ocasião.
Em meados do ano passado, morreu outro colombiano que ingressou no exército ucraniano, Christian Camilo Márquez, assim como Alexis Castillo, que lutou em Donbass ao lado dos pró-russos.
"Estava bêbedo". Ex-Wagner disse ter matado civis... agora desmente
O ex-combatente do Grupo Wagner desmentiu as próprias declarações a uma agência de notícias russa... que está associada ao líder do grupo de mercenários, Yevgeny Prigozhin.
Azamat Uldarov, o antigo mercenário do Grupo Wagner que disse ter recebido ordens para matar civis ucranianos com mais de 15 anos, desmentiu as próprias declarações e disse que “estava bêbado” quando foi entrevistado pela organização Gulagu.net, que denuncia abusos nas prisões russas.
“O Grupo Wagner deu ordens para disparar contra todos os maiores de 15 anos. Entre 20 e 24 pessoas foram baleadas, incluindo dez adolescentes entre os 15 e os 17 anos”, disse o ex-combatente, que foi recrutado pelo Grupo Wagner quando cumpria pena de prisão numa colónia russa.
Agora - em declarações por videochamada à agência de notícias russa RIA-FAN, que está associada a Yevgeny Prigozhin, o líder do Grupo Wagner - Azamat Uldarov referiu que estava bêbedo quando foi entrevistado pelo fundador da organização Gulagu.net, Vladimir Osechkin, e alegou que tinha sido chantageado.
“Obrigaram-no a dizer o que disse no vídeo, certo?”, questionou a RIA-FAN, citada pela CNN Internacional. “Não só é certo, como explicitamente correto. Tive de o fazer porque não tinha escolha”, respondeu o ex-combatente.
“Disse o que me foi dito para dizer”, acrescentou, sublinhando que “Prigozhin é um grande homem”.
Na entrevista, Uldarov disse ainda que "matou crianças", após o Grupo Wagner ter dado "ordem para aniquilar todos" quando entraram em Bakhmut.
"Chegamos, eramos 150, e deram ordem para limpar a área com todos os meios e organizar a defesa. Nós matamos toda a gente. Mulheres, homens, idosos, crianças", disse.
Na segunda-feira, o líder do grupo Wagner desmentiu as acusações de Uldarov e afirmou “ninguém dispara contra civis ou crianças”. “Ninguém precisa disso. Nós fomos lá [para a Ucrânia] para salvá-los do regime que os subjugava”, sublinhou na plataforma Telegram.
Sete mil soldados ucranianos desaparecidos. Quase metade terá morrido
A maioria estará sob cativeiro russo, estima o governo ucraniano.
Mais de sete mil ucranianos foram dados como desaparecidos desde o início da invasão russa da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, anunciou, esta terça-feira, o Ministério para a Reintegração de Territórios Ocupados Temporariamente.
Segundo Oleg Kotenko, comissário do departamento responsável pelas pessoas desaparecidas, estima-se que cerca de 60-65% dos soldados desaparecidos estejam em cativeiro russo, enquanto os restantes podem já ter morrido.
“Esperamos que as pessoas que procuramos estejam de facto capturadas e não mortas”, disse o responsável, citado pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent.
Esta manhã, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que a Ucrânia já recuperou mais de dois mil prisioneiros de guerra do cativeiro russo. “Desde 24 de fevereiro, a Ucrânia recuperou 2.235 homens e mulheres ucranianas do cativeiro russo. Lembramo-nos de todos.
Vamos trazer todos e cada um deles”, assinalou na plataforma Telegram. By Kok@s
"Estou orgulhoso do nosso povo, forte mesmo quando está em recuperação"
O presidente ucraniano confessou que "é difícil ver o que os terroristas russos têm feito" à cidade de Avdiivka, que visitou hoje. No discurso ao país, revelou ainda que convidou o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA a visitar a Ucrânia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se, esta terça-feira, “orgulhoso” do povo ucraniano, que é “forte mesmo quando ainda está em recuperação”. As palavras do chefe de Estado foram proferidas no seu habitual discurso à nação após uma visita às cidades de Poltava e Avdiivka.
“De manhã estive na região de Donetsk, na nossa Avdiivka. É difícil ver o que os terroristas russos têm feito a esta cidade”, começou por referir, citado pela Presidência da Ucrânia.
“Honro cada um dos nossos guerreiros, todos os homens e mulheres ucranianos, que têm vindo a conter e a destruir gradualmente este mal russo há 419 dias e 9 anos”, acrescentou, referindo-se à invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, e a guerra no Donbass, que dura desde 2014.
Zelensky deixou ainda uma palavra especial a “todos os médicos e enfermeiros” que trazem os “defensores de volta à vida após os ferimentos”.
“Estou orgulhoso do nosso povo, forte mesmo quando ainda está em recuperação. Honra e respeito a todos os que curam os nossos soldados!”, sublinhou.
Na nota, Zelensky revelou que conversou com o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Kevin McCarthy, a quem agradeceu o “incansável apoio bipartidário” e informou “o que está a acontecer na linha da frente” e quais as “necessidades e capacidades de defesa” da Ucrânia.
“Juntos tornamos o mundo livre mais forte, e cada dólar investido nessa força é totalmente transparente e responsável perante os nossos parceiros”, afirmou, acrescentando que convidou McCarthy a visitar a Ucrânia.
Coreia do Sul disponível para 'armar' a Ucrânia (pela primeira vez)
Em entrevista, o chefe de Estado da Coreia do Sul mostrou-se, pela primeira vez desde o início do conflito, disponível para disponibilizar apoio militar a Kyiv.
A Coreia do Sul está disponível para estender o apoio prestado à Ucrânia para além de questões financeiras e humanitárias se o país for alvo de um ataque civil em grande escala, segundo confirmou o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, reporta a Reuters.
Em entrevista, o chefe de Estado da Coreia do Sul mostrou-se, pela primeira vez desde o início do conflito, disponível para 'armar' Kyiv.
"Se existe uma situação que a comunidade internacional não pode tolerar, como qualquer ataque em grande escala contra civis, massacre ou violação grave das leis da guerra, pode ser difícil, para nós, insistir apenas no apoio humanitário ou financeiro", afirmou Yoon Suk Yeol.
Apesar de ser um forte aliado dos Estados Unidos e um grande produtor de munições de artilharia, a Coreia do Sul tem, até agora, evitado antagonizar a Rússia, devido às suas empresas a operar no país e à influência de Moscovo sobre a Coreia do Norte.
"Acredito que não haverá limitações à extensão do apoio para defender e restaurar um país que tenha sido ilegalmente invadido, tanto ao abrigo do direito internacional, como nacional", considerou, desta feita, Yoon, acrescentando: "Contudo, considerando a nossa relação com as partes envolvidas na guerra e os desenvolvimentos no campo de batalha, tomaremos as medidas mais apropriadas".
Navios espiões russos preparam ações de sabotagem no norte da Europa
Um documentário de várias televisões nórdicas acusa a Rússia de conduzir um programa de espionagem nas águas do Norte da Europa que utilizará dezenas de embarcações militares e civis para possíveis ações de sabotagem.
O Kremlin já reagiu a estas revelações, considerando-as equívocos e acusações infundadas e aproveitando para repetir o apelo por "uma investigação internacional transparente e imparcial" sobre os atos de sabotagem dos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico, em setembro passado.
De acordo com uma investigação conjunta da televisão NRK (Noruega), DR (Dinamarca), SVT (Suécia) e Yle (Finlândia), que cita funcionários dos serviços de informações dos países nórdicos, Moscovo está a utilizar uma embarcação oceanográfica -- o navio Almirante Vladimirsky - para fins de espionagem.
Durante uma missão no final de 2022, este navio navegou perto de grandes parques eólicos 'offshore' na costa da Dinamarca e do Reino Unido, alegadamente para uma prospeção sobre infraestruturas de energia.
Quando uma equipa de reportagem da televisão dinamarquesa se aproximou do Vladimirsky, dois soldados armados foram ao convés revelar a sua presença.
De acordo com a investigação das televisões nórdicas, os serviços de informações russos também usam arrastões, cargueiros e até iates, equipados com meios de vigilância subaquática ou de rádio.
O documentário, apelidado de "A Guerra das Sombras", revela ainda a descoberta pela polícia norueguesa de antigos rádios soviéticos, com um operador num compartimento trancado, a bordo de traineiras russas.
Na Suécia, 27 dessas embarcações suspeitas terão navegado em águas suecas ou atracado em portos suecos, nos últimos cinco anos.
Na Noruega, durante um período de 10 anos, pelo menos 50 barcos russos "tiveram a possibilidade de recolher informações clandestinamente", segundo uma contagem estabelecida a partir da sua assinatura eletrónica AIS (Automatic Identification System).
O documentário, que deve ser transmitido hoje à noite pelas várias cadeias televisivas, provocou uma reação imediata de Moscovo, que repete a tese da responsabilidade ocidental pela sabotagem dos gasodutos submarinos Nord Stream que ligam a Rússia à Alemanha.
"Os 'media' nesses países cometeram um erro na sua investigação. Preferem acusar a Rússia, novamente, sem fundamento", disse hoje o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
Kyiv volta a ser alvo de ataques russos com drones após 25 dias de trégua
A capital da Ucrânia voltou hoje de madrugada a ser alvo de ataques russos com 'drones', com as forças ucranianas a derrubarem oito dos 12 aparelhos aéreos não tripulados, indicou o chefe da administração militar de Kyiv, Serhiy Popko.
"Cerca de oito objetos inimigos foram detetados e derrubados quando se aproximavam da capital", num ataque que, segundo as primeiras informações, não provocou vítimas nem danos materiais, precisou Popko numa mensagem publicada na plataforma Telegram, divulgada pelo jornal Ucrainska Pravda.
Popkop acrescentou que o ataque com 'drones' ocorreu após "25 dias de tréguas" e que a tática das forças de Moscovo "não mudou".
"Com o início da escuridão, o país terrorista lançou 'drones' a partir do norte", salientou o representante militar, acrescentando que, de acordo com informações preliminares, "a força atacante utilizou provavelmente um novo lote de 'drones' 'Shahed' iranianos".
O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia garantiu igualmente que a Rússia lançou até 12 'drones' 'Shahed-136/1311' e que oito deles foram abatidos.
Na quinta-feira, a chefe do centro de imprensa conjunto das forças de defesa do sul da Ucrânia, Natalia Humeniuk, adiantou que a Rússia está a intensificar os ataques aéreos contra o país após uma trégua recente, depois de ter recebido um novo lote de 'drones' 'kamikaze' de fabrico iraniano.
Humeniuk acrescentou que os 'drones' 'Shahed' já foram utilizados pelas tropas russas nas regiões ucranianas de Mykolaiv e Odessa.
Rússia emite mandado contra chefe dos serviços secretos ucranianos
Um tribunal russo emitiu hoje um mandado de captura do chefe dos serviços secretos ucranianos pelo ataque com explosivos à ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, península ucraniana anexada em 2014.
O alvo do mandado de captura, Kiril Budanov, dirige a Divisão Principal de Serviços Secretos do Ministério de Defesa da Ucrânia.
"O tribunal satisfez o pedido dos investigadores de aplicar uma medida preventiva a Budanov", disseram fontes oficiais citadas pela agência russa TASS, acrescentando que o responsável dos serviços secretos ucranianos é suspeito de "participação" no "ataque terrorista à ponte de Kerch", única ligação da Rússia à Crimeia.
Assim, precisaram que Budanov "foi colocado numa lista de pessoas procuradas a nível internacional", depois de a Comissão de Investigação da Rússia lhe ter imputado crimes relacionados com o ataque, entre os quais a organização do próprio ataque, a criação de um "grupo terrorista" e tráfico de explosivos e armas.
A ponte de Kerch ficou gravemente danificada a 08 de outubro do ano passado pela explosão de um camião, tendo a destruição parcial daquela estrutura representado um dos golpes mais simbólicos contra a Rússia desde o início da sua ofensiva na Ucrânia, que invadiu em fevereiro de 2022, por ordem do Presidente russo, Vladimir Putin.
Inaugurada por Putin em 2018, a estrutura - com 19 quilómetros de comprimento e que inclui uma linha ferroviária e uma via rodoviária - é uma das obras infraestruturais mais importantes da península desde a sua anexação, em 2014, e um exemplo simbólico e prático da ligação desse território à Rússia.
Também hoje, a Justiça russa emitiu uma ordem de prisão à revelia para o búlgaro Christo Grozev, jornalista e investigador do Bellingcat, um 'site' da internet especializado em verificação de dados e informações de fontes abertas.
O tribunal Lefortovski de Moscovo impôs a Grozev dois meses de medida cautelar, que entrará em vigor a partir do momento em que o jornalista seja extraditado para a Rússia -- ainda que seja altamente improvável que tal venha a acontecer.
Grozev, um aliado próximo do encarcerado líder da oposição russo, Alexei Navalny, foi acusado de efetuar uma travessia ilegal da fronteira, nos termos dos artigos 33.º e 322.º do Código Penal russo, indicou o tribunal à agência Interfax.
Em finais de 2022, o Ministério do Interior russo decretou ordens de busca e captura do jornalista, que revelou o alegado envolvimento dos serviços secretos russos nos envenenamentos do ex-espião russo Serguei Skripal e de Alexei Navalny.
O jornalista búlgaro reside há anos na Áustria, país que no passado manteve boas relações com o Kremlin, mas cujos serviços de segurança estão agora a proteger Grozev.
Em janeiro deste ano, o repórter afirmou perante o parlamento búlgaro que não pode voltar ao seu país, onde disse abundarem os agentes russos, e declarou desconhecer o motivo da sua perseguição, sublinhando que tal medida é uma ameaça para todos aqueles que investigam assuntos relacionados com o Estado russo.
O mais provável é que tenha sido incluído na lista negra do Kremlin depois de identificar, numa das suas últimas investigações, os 33 militares russos que programavam os mísseis com que a Rússia está a atacar o território ucraniano, observou o jornalista.
Christo Grozev, de 53 anos, participou também nas investigações que identificaram dois oficiais russos alegadamente ligados ao abatimento, em 2014, do avião MH17/MAS17 da Malasya Airlines quando este sobrevoava o leste da Ucrânia, fazendo 298 mortos.
Dirigiu igualmente as investigações jornalísticas que identificaram um grupo de oficiais dos serviços secretos militares russos (GRU) que alegadamente participaram numa conspiração para um golpe de Estado no Montenegro em 2016.
Kyiv troca padre do Patriarcado de Moscovo por 28 ucranianos
A Ucrânia há muito que acusa os representantes do Patriarcado de Moscovo na Ucrânia de fazer propaganda ao Kremlin.
Um clérigo da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscovo, condenado por colaboracionismo, foi entregue à Rússia em troca de 28 prisioneiros de guerra ucranianos, disse à Interfax o chefe do Serviço de Segurança, Vasyl Maliuk.
De acordo com o Ukrainska Pravda, trata-se de Andrii Pavlenko, um padre de Lysychansk que foi considerado culpado de traição e pode ser condenado a 12 anos de prisão.
Pavlenko foi transferido para a Rússia como parte de uma troca de prisioneiros a 14 de dezembro de 2022, onde foi recebido pessoalmente pelo fundador do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, escrevem os meios ucranianos.
Segundo o Kyiv Independent, a Ucrânia há muito que acusa os representantes do Patriarcado de Moscovo na Ucrânia de fazer propaganda ao Kremlin.
Ucrânia prepara "ativamente novas brigadas e unidades", diz Zelensky
A principal tarefa, frisa, é desocupar a Ucrânia do invasor.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no seu habitual discurso noturno, faz referência a uma reunião com autoridades de defesa e inteligência, mas também a uma conversa com o presidente do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), que esteve de visita a Kyiv.
"Analisamos constante e cuidadosamente o curso das hostilidades, as áreas mais quentes e potencialmente perigosas", afirmou.
Lembrando que a linha da frente é a prioridade, revela que estão a treinar mais militares.
"Também estamos a preparar ativamente novas brigadas e unidades que se apresentarão na frente", assevera o presidente da Ucrânia.
A principal tarefa, frisa, é desocupar a Ucrânia da invasora.
Sobre a conversa com o presidente do BERD, disse que "todo o investimento, todo o emprego salvo ou criado na Ucrânia, todo o projeto económico implementado também é proteção".