Portal Chamar Táxi

Desaparecimentos Inexplicáveis!

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Madeleine McCann: A Menina mais procurada do Mundo!

As férias de uma família britânica em Portugal ganharam inesperado ar de suspense em 2007. Kate e Gerry McCann deixaram seus três filhos, Madelaine de 3 anos e seus irmãos gémeos Sean e Amelie de 2 anos, sozinhos no apartamento alugado enquanto jantavam no restaurante próximo com os amigos no "Tapas Bar" do Ocean Club. Ao voltarem, tiveram uma surpresa: Maddie havia desaparecido!

Na madrugada do dia 4 de Maio, poucas horas depois dos pais aperceberem-se do seu desaparecimento, o jornal britânico The Telegraph anunciava: "Menina de 3 anos pode ter sido sequestrada em Portugal". A rapidez com que o caso foi parar nas manchetes de todo o mundo, e prolongada cobertura dada à investigação, não fez com que a busca pela pequena inglesa corresse melhor. Desde o seu desaparecimento, ainda não se tem notícias do paradeiro da menina.
Madeleine-McCann-latest-578481.jpg

ng2016338.jpg

Madeleine McCann nascida em Leicester, na Inglaterra, no dia 12 de Maio de 2003,
desapareceu em Portugal, quando se encontrava com os seus pais, irmão e irmã de
férias na Praia da Luz, no Algarve.

O desaparecimento de Madeleine McCann ocorreu na noite de quinta-feira, 3 de Maio de 2007, quando foi dada como desaparecida do seu apartamento em Praia da Luz, no Algarve, onde tinha sido deixada sozinha com os seus dois irmãos. Madeleine, então com quase 4 anos de idade, estava no seu quarto na companhia dos seus dois irmãos gémeos de 2 anos. Foi inicialmente dada como tendo saído pelos seus próprios meios pela polícia, mas os seus pais estão convencidos que Maddie foi raptada. O seu desaparecimento tornou-se uma das notícias mais notórias quer pela rapidez com que iniciou-se a divulgação das notícias quer pela longevidade e pela massiva cobertura pelos órgãos de informação.

O jornal britânico The Daily Telegraph às 00h 1m da madrugada do dia 4 de Maio já fazia manchete com o artigo: "Teme-se que menina de 3 anos tenha sido raptada em Portugal". Madeleine Beth McCann é a filha mais velha de Kate McCann, médica anestesista e de clínica geral, e Gerry McCann, cardiologista no Hospital Glenfield em Leicester. Madeleine vivia com a sua família em Rothley, na Inglaterra.
5969874

maddieionline1402.JPG

Uma marca característica é o seu olho direito que tem um tipo
de coloboma, um alastramento completo da íris (uma faixa radial
que se estende da pupila até ao limite do olho.

Doença de Maddie:

Coloboma, também chamada de síndrome dos olhos de gato, é uma má-formação congénita, hereditária na forma de defeito ocular isolado, ou produzida pela acção de drogas ou agentes infecciosos, podendo atingir uma das estruturas de um ou de ambos os olhos, tal como a íris, a coróide, a pálpebra, a retina e o nervo óptico. A patologia afecta de uma a duas pessoas em cada dez mil.

Madeleine desapareceu do apartamento onde passava férias com a sua família, na noite de 3 de Maio. Na altura os seus pais puseram Madeleine e os seus dois irmãos gémeos na cama, e foram jantar a cerca de 100 metros de distância com amigos no "Tapas Bar" do Ocean Club. Aproximadamente às 21 horas, Gerry McCann verificou que os filhos se encontravam bem. Um amigo verificou perto de 21h 30m. Cerca das 22 horas, Kate encontrou a cama de Madeleine vazia e uma janela e uns estores abertos. Um amigo avisou a recepção do Ocean Club que alertou a GNR às 22h 41m. Funcionários e hospedeiros do Resort, juntamente com as autoridades, efectuaram buscas até às 4h 30m e a polícia espanhola e todos os aeroportos ibéricos foram notificados.

Imediatamente é organizada uma operação de busca pelo paradeiro de Madeleine McCann:

- A GNR com a ajuda de cães pisteiros conduz as buscas durante a noite.

- A PSP de Lagos auxilia a operação de buscas durante a noite.

- Por volta da meia-noite, os agentes da Polícia Judiciária chegam e uma equipa de polícia científica começa a trabalhar 30 minutos depois.

- O porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Cabral, revela que as buscas prosseguiram durante toda a noite.

- A Polícia Marítima participa das buscas com lanchas salva-vidas e um helicóptero e elementos a pé.

- A Protecção Civil disponibiliza um helicóptero nas buscas, além de vários veículos todo-o-terreno que fazem buscas nas margens da Barragem da Bravura. Nas buscas também participaram os bombeiros e elementos da Cruz Vermelha.

- Soldados e cães das patrulhas de busca e salvamento da GNR de Lisboa são enviados para participar das buscas.

Resultados da investigação:

- A primeira declaração oficial da Polícia Judiciária (PJ), feita por Guilhermino Encarnação, às 12 horas de sábado dia 5 de Maio, revela haver suspeita de crime de rapto da criança e da existência de um eventual suspeito.

- A Polícia Judiciária referiu a 6 de Maio terem identificado um suspeito e que a criança deveria estar viva e ainda na área.

- Cães treinados farejaram o aldeamento do Resort, que tem uma capacidade de cerca de mil pessoas. No entanto, a 8 de Maio, cinco dias após o desaparecimento, a Polícia Judiciária admitiu não ter certeza quanto ao estado de Madeleine. No dia 7 de Maio a PJ pediu ajuda do SIS que entrou em contacto com as suas congéneres espanhola e inglesa. A 9 de Maio, a Interpol lançou um alerta amarelo a todos os seus membros.

- Segundo os meios de comunicação social, a PJ terá revelado que seguiram duas linhas de investigação: o rapto por uma rede internacional de crimes relacionados à pedofilia ou o rapto por uma rede de adopção ilegal.

- Os especialistas britânicos deram o seu apoio às autoridades polícias portuguesas nas investigações, e a polícia de Leicestershire enviou representantes para ajudar a família.

- Foi ainda noticiado que a polícia britânica informou a polícia portuguesa que cerca de 130 pedófilos ingleses estiveram no Algarve, semanas antes do rapto de Madeleine, com o conhecimento das autoridades inglesas.

No dia 13 de Maio, a polícia admitiu pela primeira vez que não tinham qualquer suspeito em vista. A única via de investigação que estavam dispostos a revelar consistia na examinação de fotografias tiradas por turistas.

Interrogatórios a suspeitos do crime:

Às 7 horas do dia 14 de Maio foram iniciadas buscas na Casa Liliana, propriedade de Jennifer Murat, cidadã britânica, perto do apartamento do desaparecimento de Madeleine. A polícia e equipas de investigação forense selaram a casa, e às 16 horas a piscina foi drenada. Três pessoas incluindo o filho de Jennifer, Robert Murat, foram interrogados na esquadra em Portimão.
800

c819qahfw2pmknwogf8.jpg

Robert, um visitante frequente do aldeamento, gerou suspeitas a Lori Campbell, uma jornalista do Sunday Mirror, que informou a polícia do facto. Uma antiga colega de escola, Gaynor de Jesus, disse não ter conhecimento de que Murat fosse o tradutor oficial da polícia. Robert Murat afirmou estar profundamente preocupado com o caso de Madeleine devido à perda recente da custódia da sua filha de três anos que é parecida com a menina desaparecida. Não foram efectuadas detenções.

Na lei portuguesa, as detenções só podem ser efectuadas após alguém ser indiciado oficialmente como arguido; até lá são considerados testemunhas do processo. No dia 15 de Maio, Robert Murat recebeu o estatuto de arguido mas não foi detido nem acusado. Não é claro se foi Murat ou a polícia que pediram o estatuto de arguido, pois este confere direitos adicionais ao arguido tais como o direito de permanecer em silêncio.

O inspector Olegário de Sousa disse em conferência de imprensa a 15 de Maio que tinha sido interrogada uma pessoa de 33 anos, mas não foram encontradas evidências que justificassem a sua detenção. Sousa referiu que a polícia efectuou buscas em cinco residências e apreendeu vários materiais das propriedades que estavam sujeitas a investigação e que haviam interrogado duas outras pessoas na qualidade de testemunhas. O suspeito assinou uma declaração de identidade e residência que o impede de se deslocar ou sair do país, e que requer deslocações regulares às instalações da polícia.

Apesar de não terem sido referidos nomes na conferência de imprensa, acredita-se que o suspeito seja Robert Murat e os restantes inquiridos a sua alegada companheira Michaela Walczuch, alemã, e o seu ex-marido, Luís António. Apesar da relutância de Murat em prestar declarações públicas, declarou que o caso arruinou a sua vida e que a única hipótese de restituir o seu bom nome é a captura dos raptores de Madeleine. Murat disse ainda que tem sido um bode expiatório para que a polícia dê a sensação de obtenção de resultados. No dia 16 de Maio, dois carros utilizados pelos Murat haviam sido examinados, e confiscados computadores, telemóveis e várias cassetes de vídeo dos seus pertences pessoais. Foi também dado a conhecer que o arquitecto que projectou o aldeamento no qual residem os Murat foi ignorado ao comunicar à polícia a existência de uma cave escondida na propriedade.

Outro suspeito alvo de interrogatório foi Sergey Malinka, de origem russa, de cuja residência as autoridades também confiscaram um computador portátil e dois discos rígidos. Malinka concebeu um website para Murat. De acordo com a imprensa portuguesa, Malinka foi anteriormente acusado de abuso sexual infantil e ser um técnico informático de boas relações com Robert Murat, dado que se comunicam frequentemente por telefone desde o desaparecimento de Madeleine , esses motivos levaram as autoridades a suspeitar.
malinkaDM2103_228x309.jpg

No dia seguinte, foi dada uma conferência de imprensa na qual o inspector Olegário de Sousa reafirmou a insuficiência de evidências para efectuar uma detenção. Sobre Sergey Malinka, a polícia afirmou ter sido inquirido na qualidade de testemunha durante aproximadamente cinco horas, o que não significa, dada a natureza dinâmica da investigação, que se possa tornar suspeito. Malinka fez uma apreciação negativa da cobertura do caso pelos meios de comunicação portugueses, que alegaram que ele havia sido condenado por abuso sexual infantil, e negou haver contactado Murat e que é completamente inocente. No entanto, emergiram inconsistências nas suas alegações acerca do seu relacionamento com Robert Murat: tinha referido que não contactava Murat há mais de um ano; depois, disse a um repórter que não falava com Murat há três meses. Mas os registos do telemóvel de Murat revelaram que este contactou Malinka às 23h 40m do dia do desaparecimento de Madeleine.

No dia 19 de Maio, os investigadores portugueses deslocaram-se a Londres para entrevistar Dawn Murat, a mulher de Robert Murat. Quatro dias depois, os investigadores portugueses entrevistaram novamente testemunhas ligadas a Murat: a sua companheira alemã Michaela Walczuch, e o seu ex-marido Luís António, o que faz pressupor o interesse renovado da polícia em torno de Murat. Após meses de investigação, a Polícia Judiciária (PJ) interroga os pais de Madeleine. Saem ambos como arguidos e sujeitos a termo de identidade e residência, através da suspeita do homicídio acidental causado por negligência ou excesso de medicação calmante na criança. A corroborar os factos, vários indícios de fluidos corporais com o ADN da criança encontrados num carro alugado pelos pais mais de 20 dias após o desaparecimento, que indiciam o transporte do corpo da menina.

Os jornais britânicos Sky News e The Sun, tem apontando falhas na investigação policial suspeitando o relacionamento entre os pais de Maddie e o primeiro-ministro britânico possam estar por trás duma imensa campanha politizada, que implicou até audiência papal. Essa situação tem sido apontada por vários meios noticiosos televisivos portugueses.
[video=youtube_share;xQ4RkaL_8Dk]http://youtu.be/xQ4RkaL_8Dk [/video]
Francisco Moita Flores fala sobre o caso Maddie , na RTP.

Apesar de publicamente terem negado serem responsáveis pela morte de Maddie, em Maio de 2007, os MacCann contrataram, sem o conhecimento da PJ, uma firma de investigação privada que usa os serviços de ex-membros dos serviços secretos e forças especiais, apesar de terem sido informados que era contra a lei, porque temiam que a PJ desse a sua filha como morta. Só 100 dias após o desaparecimento de Madeleine a polícia portuguesa admitiu que Maddie possa estar morta. Apesar de os serviços privados contratados pelos McCann, disporem de muitos mais recursos, até à data 24 de Setembro de 2007, não obtiveram quaisquer resultados.

Avistamentos de Maddie?

No dia 8 de Maio de 2007, foi comunicado à polícia de Nelas, no norte de Portugal, o registo visual de uma menina semelhante a Madeleine na companhia de um homem. O homem, de nacionalidade belga, parou no supermercado com a sua filha e saiu num automóvel antes que a polícia pudesse ser contactada, mas a polícia confirmou posteriormente que se tratava de um falso alarme.

A 19 de Maio de 2007, o jornal 24 Horas referiu que a polícia havia encontrado um automóvel perto da Praia da Luz que poderá ter sido utilizado pelo raptor.

A 19 de Maio desse ano, foi dado a conhecer que um circuito interno de vigilância de um posto de combustível perto de Lagos, mostrava uma criança correspondendo à descrição de Madeleine com uma mulher, com a qual a criança estava em altercação e dois homens. Outras pessoas no Resort reportaram incidentes relacionados, incluindo alguém que tirava fotos a crianças loiras. A 10 de Maio foi revelado que o carro, no qual foram avistadas as três pessoas no circuito interno de televisão no posto de combustível, tinha matrícula britânica e foi referido que uma dessas pessoas era o autor das fotografias.

A 17 de Maio, uma testemunha anónima contactou a polícia referindo ter avistado um Fiat Marea com uma matrícula falsificada, em Pinhal Novo, Palmela, que alegadamente transportava a criança desaparecida. Não foi dada grande importância a esta pista, contudo, dada a existência de alegações semelhantes em regiões dispersas como Espanha, Suíça ou Marrocos, embora o inspector Olegário Sousa assegurou que a polícia está a averiguar essas referências.

A 18 de Maio, Marie Olli, uma habitante norueguesa da localidade espanhola de Fuengirola, contactou a polícia garantindo ter avistado uma rapariga correspondendo à descrição de Madeleine num posto de combustível em Marraquexe, Marrocos, a 9 de Maio. A menina, que segundo se consta aparentava tristeza, estava alegadamente acompanhada por um homem com perto de 40 anos.

A 25 de Setembro, um casal de turistas espanhóis em Marrocos tirou uma foto de uma menina com características semelhantes à criança desaparecida. Ela aparece na foto acompanhada por adultos de aspecto norte-africanos. Esta informação foi confirmada por fontes oficiais, e publicadas por um jornal local, indicando que o casal enviou a foto à polícia espanhola. No entanto não era Madeleine, mas sim uma menina marroquina.

A 16 de Maio de 2009, de acordo com moradores de uma cidade do interior de Goiás, no Brasil, a menina pode ter sido avistada rondando a cidade, em companhia de um casal britânico. Os moradores de Abadiania juram ter visto a menina e o casal na casa João de Deus, que pode ter feito um tratamento ao homem que estava com a menina. Autoridades brasileiras não divulgaram nenhum termo responsabilizando pelos avistamentos e não divulgaram nenhuma notícia à imprensa, porém especialistas afirmam que essas informações foram ocultadas da imprensa e enviadas a Interpol.

Em Julho de 2011, uma mulher britânica e dois norte-americanos declararam ter visto num mercado na cidade de Leh, na Índia, uma menina que corresponde à descrição de Madeleine McCann. Foram solicitados exames de ADN do casal McCann e das pessoas da família da menina, cujos passaportes foram retidos pelas autoridades indianas.

A família permaneceu no mesmo Resort desde o desaparecimento. O pai de Madeleine efectuou uma breve deslocação à Inglaterra a 20 de Maio, para finalizar a campanha em busca da sua filha. A 21 de Maio, a delegação britânica do CEOP (Child Exploitation and Online Protection Centre) reportou que a polícia britânica apelava aos ocupantes do Resort onde Madeleine desapareceu a 3 de Maio, para fornecerem cópias de quaisquer fotografias relevantes durante a sua estada, numa tentativa de identificar o raptor utilizando técnicas biométricas de reconhecimento facial, através das quais as feições das pessoas abrangidas nas fotografias possam ser comparadas com as de pessoas condenadas por delito sexual ou de outra natureza.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Críticas ao Caso Maddie!

Críticas ao caso Maddie:

Os pais têm sido criticados por deixar as suas crianças sozinhas enquanto jantavam num restaurante próximo, apesar do complexo turístico em que se hospedavam oferecer serviço de creche e um serviço de acompanhamento de crianças.

Também tem havido alguma crítica aos pais na imprensa portuguesa. O Diário de Notícias afirmou peremptoriamente que o casal McCann era considerado suspeito e que, ao contrário do que afirmaram à polícia, não verificaram regularmente a situação dos filhos na noite do desaparecimento. O Daily Telegraph também reproduziu afirmações no mesmo sentido.

O casal foi questionado pela polícia a 10 de Maio sobre o motivo pelo qual Madeleine e os irmãos haviam sido deixados sozinhos num apartamento com as portas do pátio destrancadas enquanto jantavam no restaurante. Os McCann alegaram que deixaram as crianças sozinhas porque não as queriam deixar na companhia de um estranho, apesar das crianças terem passado a tarde na creche do Ocean Club na companhia de estranhos.

Têm havido imensas críticas à actuação da polícia portuguesa nos meios de comunicação social britânicos. Foi afirmado haver atrasos na obtenção de provas e evidências forenses, que nem a polícia marítima nem as autoridades alfandegárias receberam descrições de Madeleine durante muitas horas após o desaparecimento, e não foram avistados agentes a efectuar inquirições porta-a-porta.

Os críticos alegam que o local não foi devidamente selado e a ausência de pedidos de ajuda e de informação surpreendeu especialistas policiais britânicos. Em resposta, a polícia declarou não poder divulgar informação adicional devido a imperativos de carácter legal da lei portuguesa. Contrariamente ao que anunciam os críticos, agentes da PJ, junto com um funcionário do Ocean Club com um molho de chaves, revistaram todos os apartamentos do Ocean Club, os apartamentos e jardins próximos, e os comerciantes da zona foram inquiridos por agentes.

Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República (PGR), defendeu o tempo que está a demorar a fazer as investigações e comenta: "A Inglaterra de onde ela é natural, tem 1000 processos destes, nós temos 14 ou 15. E a percentagem de casos em que são descobertos, em países como Inglaterra, é de 20%. Por isso, ninguém se pode admirar do até agora insucesso no caso Maddie”.

Depois de criticarem a polícia portuguesa e pedirem a intervenção de peritos britânicos, os McCann e a opinião pública inglesa criticam a polícia portuguesa por ter constituído os McCann arguidos e ter agido com base nos resultados dos testes forenses feitos em Inglaterra e dos cães pisteiros trazidos de Inglaterra. Kate McCann explica o facto de os cães terem identificado um cheiro de cadáver nas suas roupas por ter antes das férias, estado em contacto com cadáveres durante o trabalho, e o ADN encontrado no carro por ter transportado entre outras coisas, as sandálias suadas de Madeleine e fraldas com fluidos corporais dos gémeos. Muitos órgãos de informação e líderes de opinião portugueses criticaram os meios envolvidos na investigação comparando-os a casos semelhantes envolvendo crianças portuguesas no passado.

Foi divulgado que a polícia não pediu imagens de vigilância envolvendo viaturas a sair da Praia da Luz na altura do desaparecimento de Madeleine nem da estrada que liga Lagos a Vila Real de Santo António, junto à fronteira espanhola. No entanto a Euroscut afirmou que as câmaras monitoram imagens da auto-estrada entre as 9 horas e as 18 horas, mas só gravam uma ou duas horas por dia. A porta-voz das Estradas de Portugal informou que as imagens gravadas só poderiam ser reveladas com ordem do tribunal.

Foi sugerido que o encarregado principal da investigação, o agente Guilhermino da Encarnação, terá focado demasiado a investigação num único suspeito, Robert Murat, embora a polícia admita não existirem evidências credíveis contra ele.

Foram estabelecidas comparações com o desaparecimento de outra criança, Joana Cipriano, desaparecida a 12 de Setembro de 2004 da sua casa na vila de Figueira, a 10 km do local de desaparecimento de Madeleine. O agente Encarnação esteve também envolvido nessa investigação que terminou na condenação da mãe e do tio de Joana pelo seu assassínio, embora não tenha sido encontrado o corpo nem tenha havido confissão.

Reacção da opinião pública ao caso Maddie:

- A escala da reacção pública a este caso desencadeou comentários negativos por parte de alguns comentadores. Na sua coluna a 17 de Maio, Matthew Parris desmascarou o que considerava o aproveitamento político por parte de membros do parlamento das emoções e sentimentos despoletados pelo caso.

- A 19 de Maio, o jornal The Guardian descrevia a reacção pública como histeria colectiva e estabeleceu um paralelo com a resposta à campanha do News of the World contra crimes relacionados à pedofilia.

- Alguns sugerem que o elevado grau de cobertura da imprensa pode ser atribuído à raça, nacionalidade e estatuto socioeconómico de Madeleine.

- O editorial do The Independent de 15 de Maio descreveu a cobertura como reveladora de prioridades desfocadas da realidade e condenou as críticas às autoridades portuguesas.

- Na sua coluna de 17 de Maio no jornal Público, o antigo bastonário da ordem dos advogados, José Miguel Júdice, afirmou que a enorme mobilização se deve ao facto de a menina ser inglesa, branca e filha de doutores.

- A 18 de Maio, a Inter Press Service chamou a atenção para o facto de que alguns observadores apontarem o facto de Madeleine ser proveniente de uma família abastada, ao contrário de tantas crianças portuguesas e filhos de emigrantes cujo desaparecimento despertou muito pouca atenção dos meios de comunicação social.

- Ainda a 18 de Maio, o jornal escocês The Scotsman comentou haver evidência de que a opinião pública, embora solidária com os pais de Madeleine, estar incomodada com o acompanhamento e especial atenção dada ao caso.

A Embaixada portuguesa protesta junto da comissão britânica reguladora de imprensa, Press Complaints Comission, contra um artigo de Tony Parsons publicado no tablóide Daily Mirror, que insultou o embaixador português por causa de uma entrevista ao The Times sobre o caso Madeleine.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Fundo para Madeleine!

Foi lançado um fundo, conhecido como "Madeleine’s Fund: Leaving No Stone Unturned", em Leicester a 16 de Maio, com apoio do antigo jogador de rugby Martin Johnson. O objectivo do fundo consiste em ajudar a família nos custos incorridos e em continuar a investigação independentemente, caso se torne necessário. A família declarou que quaisquer fundos adicionais serão utilizados para ajudar a procura de outras crianças desaparecidas. O website de suporte anunciou ter recebido 58 milhões de hits e 16.000 mensagens de suporte até 18 de Maio, dois dias apenas após o seu lançamento.

http://www.findmadeleine.com/pt/about_us/madeleines-fund.html

É possível aceder-se também a uma loja patrocinada pelo casal Mcann, onde são vendidos pósteres com a fotografia da criança, e pulseiras amarelas de recordação. Este facto levou já alguns órgãos de comunicação a questionarem o caracter comercial e financeiro da campanha.

Publicidade:

Foi lançado um website oficial para as buscas. Após o desaparecimento, foram registados um elevado número de websites. Muitos desses websites incluíam conteúdos não relacionados com o caso de Madeleine.

A família McCann lançou dois vídeos de apelo:

[video=youtube_share;nYzOq-YW-ig]http://youtu.be/nYzOq-YW-ig [/video]
O primeiro consiste numa montagem de vídeo e fotografia com banda sonora do tema "Don't You Forget
About Me", dos Simple Minds, e inclui uma animação da palavra LOOK.

O segundo consiste numa montagem de imagens com voz sobreposta da actriz Zoë Wanamaker mencionando o seu coloboma, pedindo informações sobre o seu paradeiro, e para fazer o download de um póster de Madeleine do site oficial.

Foi observado um minuto de silêncio não oficial por Madeleine a 21 de Maio, mas uma vez que foi organizado por um anónimo através de mensagens electrónicas, não parece ter sido muito observado. Robert Murat tentou dar a sua própria versão dos acontecimentos através da venda da sua história. No entanto, o editor Max Clifford indicou só estar disposto a representar Murat no caso de este ser ilibado de todas as acusações pendentes.

Recompensa:

O montante total de recompensas angariadas até ao momento excede o valor de 2,6 milhões de libras esterlinas, incluindo:
- 1,5 milhão de libras (cerca de 2,2 milhões de euros), incluindo:
- 250.000 libras do News of the World;
- 250.000 libras de Philip Green;
- 50.000 libras de Simon Cowell;
- 25.000 libras de Coleen McLoughlin.
- 1.000.000 milhão de libras (€1.470.000) pelo homem de negócios britânico Stephen Winyard.
- 100.000 libras (€147.000) por uma colega da Kate McCann.
- 15.000 libras (£10.250) pelo Record.
- 10.000 libras (€14.700) por The Sun.
Outros contribuintes incluem Richard Branson, J.K. Rowling e Bill Kenwright.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Adeus Maddie!

Caso encerrado:

A polícia portuguesa declarou que a menina não foi encontrada nem viva, nem morta e que não vai continuar com as investigações. Os pais de Madeleine McCann declararam que vão continuar as investigações por conta própria.

Novas revelações?

A Scotland Yard, que reabriu a investigação no Reino Unido, anunciou que tem trabalhado em novas pistas e com 38 pessoas, após analisar por dois anos os resultados das investigações portuguesas a pedido do primeiro-ministro britânico David Cameron. Essas pessoas não são necessariamente todas suspeitas, indicou a Scotland Yard. Entre elas, figuram portugueses e 12 britânicos que estariam em Portugal no momento em que Madeleine desapareceu. Os pais, convencidos de que ela foi sequestrada, chegaram a ser suspeitos pela polícia portuguesa, antes que a investigação fosse arquivada em 21 de Julho de 2008, após 14 meses de investigações controversas. Desde 2011, a Scotland Yard mobilizou 37 agentes para investigar o caso. Existem fortes suspeitas de que a menina morreu de forma acidental, ao bater com a cabeça na janela, quando estava a ver o pai que falava com um amigo na rua.

O desaparecimento de Madeleine McCann continua um mistério!
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Desaparecimentos Inexplicáveis (Parte 4)

Em todo o mundo, ocorrem desaparecimentos misteriosos de pessoas, veículos, aviões e navios, figurando na lista dos desaparecimentos inexplicáveis e misteriosos. Apesar desses casos serem investigados exaustivamente pelas autoridades, nunca os casos foram resolvidos, apesar do surgimento de variadas teorias para o sucedido.

Portais do Tempo? Raptos Extraterrestres? Outra explicação alternativa?


newwormhole.jpg




coi93rt0gmz1cqb5fk8.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Desaparecimentos Misteriosos no Deserto de Mojave (Califórnia)

No deserto de Mojave, na Califórnia, mais especialmente na área que envolve a Base Aérea de Edwards e o Vale dos Antílopes, San Bernardino e Kern, tem sido registado inúmeros desaparecimentos misteriosos de pessoas. A média é cerca de quatro vezes maior que em qualquer outro local dos Estados Unidos.

Curiosamente, antigas lendas indígenas falam de desaparecimentos inexplicáveis na área desde épocas remotas, e os especialistas no estudo dos ovnis afirmam que esta região é frequentemente sobrevoada por luzes coloridas intermitentes que se movem de maneira rápida e irregular. Também dizem que a região é conhecida por muitos casos de abdução (sequestro de pessoas por extraterrestres).
geminidmeteo.jpg

Segundo relatos, o primeiro desses casos de raptos ocorreu em 1919, quando Mike Childers, que passeava nas matas próximas a Tehacippi, foi levado a uma comunidade subterrânea habitada por alienígenas. Childers foi hipnotizado mais de 30 vezes pelo Dr. Denton Schaeffer, até à sua morte em 1995. Em todas as experiências hipnóticas, Childers descreveu profundas cirurgias cerebrais as quais teria sido submetido nos muitos meses que viveu entre seus raptores.

O desaparecimento de pessoas no deserto de Mojave estaria relacionada com abduções alienígenas, ou os desaparecidos seriam vítimas de Portais para outra dimensão naquela região?
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Triângulo de Michigan!

O Triângulo de Michigan tem sido responsável pelo desaparecimento misterioso de navios e aviões e suas tripulações inteiras. Alguns relatam que, enquanto navegavam ao longo do Triângulo, o tempo parecia ter parado, ficado mais lento ou acelerado.
b85bc2_766563d4a1e44c0088c384e6ad82845a~mv2.webp

2gxgko9gsefszxmckghq.jpg
O Triângulo de Michigan situa-se no Lago Michigan,
cujo litoral se estende pelos Estados americanos de
Illinois, Michigan, Indiana e Wisconsin.

Em 1937, o desaparecimento do capitão George Donner criou de vez o status de lugar estranho ao Triângulo de Michigan. Durante uma entrega de carvão de rotina, Donner deu ordens para sua equipa acordá-lo quando o navio chegasse ao porto. Três horas depois, os marinheiros foram a sua cabine, mas Donner tinha desaparecido, apesar de a porta da cabine estar trancada por dentro.

Em 1950, o voo 2501 da Northwest Airlines desapareceu enquanto voava de Seattle sobre o Triângulo de Michigan, com destino a Nova Iorque. Com 58 pessoas a bordo, o avião desapareceu no ar. Os passageiros e o avião nunca foram encontrados novamente.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
O Holandês Voador

O Navio Fantasma "Holandês Voador" costuma assombrar os navegantes dos sete mares. Surge por breves momentos à frente dos navios, deixando os marinheiros atónitos. Consta-se que foi avistado em pleno século XX, por navios militares e grandes transatlânticos modernos, sem ser detectado nos radares.
2342CC4F521514B5147660

Na realidade, o navio existiu e as lendas dizem que seu capitão (que seria adepto das
práticas de magia negra) foi castigado por uma maldição divina, condenado assim a
vaguear sem rumo por toda a eternidade, juntamente com a toda a sua tripulação.

Mas se é mesmo uma miragem, aqueles que o viram dizem parecer ser bem real: são perfeitamente visíveis os contornos do grande barco-espectro na sua fantasmagórica escuridão, somente envolvida por uma sinistra espécie de aura avermelhada, muito assustadora. E avista-se ainda o vento enfunando as velas, sem produzir qualquer som ou ruído. Alguns gritos de socorro oriundos do navio fantasma foram presenciados pelos tripulantes do navio "HMS Inconstant" da Marinha Real Britânica, e mais recentemente por alguns tripulantes de barcos pesqueiros na Nova Zelândia.

O Mito do "Holandês Voador"

Os antigos marinheiros, especialmente na Idade Média, eram muito supersticiosos, mas ainda hoje, crenças antigas sobrevivem, apesar de todo o avanço na cultura, no conhecimento e na tecnologia. Nos antigos documentos, pode-se encontrar registo de um navio que zarpou de Amesterdão, em 1680, e foi alcançado por uma tormenta no Cabo da Boa Esperança, vindo a naufragar. Como o capitão insistira em dobrar o cabo, foi condenado a vaguear para sempre pelos mares, atraindo outros navios e por fim, causando sua destruição.

Vários relatos sobre o tal navio foram considerados miragens, embora haja uma grande variedade de detalhes descritos pelas testemunhas. No entanto não é o primeiro mito destas águas, podemos citar também o Adamastor descrito por Camões nos "Lusíadas". Existem histórias que citam o capitão de um navio que, ao atravessar uma tempestade, foi visitado por Nossa Senhora, que atendia às preces dos marinheiros desesperados. Culpando-a pelo infortúnio, atacou a imagem ou amaldiçoou-a, atraindo para si a maldição de continuar vagueando pelos sete mares até ao fim dos tempos.

Existem muitos contos e histórias diferentes sobre o "Holandês Voador". A primeira lenda surgiu em 1795, quando o carteirista irlandês George Barrington escreveu seu "Voyage to Botany Bay". De acordo com o livro, os marinheiros contavam uma história sobre um navio holandês que se perdeu no mar durante uma tempestade horrível. Depois o mesmo navio naufragou outros navios durante um sinistro nevoeiro. Esse evento era atribuído ao comportamento do capitão Bernard Fokke, que era conhecido pela velocidade diabólica nas suas viagens da Holanda para Java. Alguns diziam que Fokke era ajudado pelo diabo.

Outra versão da lenda começa em 1641, quando um navio holandês naufragou em torno da costa do Cabo da Boa Esperança. A viagem ao Extremo Oriente tinha sido bem-sucedida, e o navio estava de volta para a Holanda. O capitão Van der Decken estava satisfeito e absorto em pensamentos, não se apercebeu que se aproximavam nuvens negras. Só quando ouviu o grito amedrontado do vigia, ele compreendeu que navegava em direcção a uma forte tempestade. Van der Decken e a tripulação lutaram durante horas para sair da tempestade, mas em seguida, eles ouviram uma forte batida: o navio atingiu uma rocha e começou a afundar. Enquanto o navio afundava, o capitão ciente de que a morte estava se aproximando, proferiu uma maldição: "Eu ​​vou contornar este cabo, mesmo que eu tenha que continuar velejando até ao Juízo Final".

Avistamentos do "Holandês Voador"

Sempre que uma tempestade surge ao largo do Cabo da Boa Esperança, é dito que não se deve olhar para o centro dela, porque pode-se ver o "Holandês Voador". E quem vê o navio tem uma morte terrível. Apesar de muitos concordarem que o "Holandês Voador" é apenas uma lenda, o navio teria sido avistado em várias ocasiões, no Cabo da Boa Esperança, por testemunhas confiáveis.

Aqui está uma lista seleccionada de avistamentos famosos:

Em 1823, o capitão Owen, do navio "HMS Leven", registou dois avistamentos do temível "Holandês Voador".

Em 1835, os marinheiros de um navio britânico viram um navio abordá-los no meio de uma tempestade. Pensaram que haveria uma colisão, mas o navio de repente desapareceu.

Em 11 de Julho 1881, o navio "HMS Inconstant" contorna a ponta de África, quando a sua tripulação foi confrontada com a visão do "Holandês Voador". O Almirante, que mais tarde tornou-se o rei Jorge V, registou que ele e a sua tripulação, composta por 12 homens, tinham avistado o "Holandês Voador" e usou essas palavras para descrevê-lo: "Uma estranha luminosidade vermelha como a de um navio fantasma todo iluminado. Seus mastros, vergas e velas sobressaíam nitidamente". Logo após o avistamento, um dos vigias do navio acidentalmente caiu de um dos mastros e morreu completamente despedaçado. Assim que chegaram ao seu destino, o Almirante contraiu uma doença que por pouco não o matou.

Em 1879, a tripulação do navio "SS Pretória" viu o "Holandês Voador", e em 1911 um navio baleeiro quase colidiu com ele antes do navio fantasma desaparecer.

Em 1923, alguns membros da Marinha Britânica avistaram o navio assombrado e forneceram a documentação para a Sociedade de Pesquisas Psíquicas.

Em 1939, em plena Segunda Guerra Mundial, o contra-almirante nazi Karl Donitz, oficial de alto escalão da Marinha Alemã, comandante-general dos submarinos, reportou a Hitler, que uma das suas tripulações mais rebeldes tinha comunicado e confirmado em diário de bordo, que não iria participar do ataque à cidade egípcia de Suez, pois havia visto o navio fantasma "Holandês Voador", e isso era um sinal que a missão fracassaria.

Na cidade do Cabo, na África do Sul, assistiu-se a vários avistamentos do "Holandês Voador":
- Em 1939, 100 nadadores descansavam na Baía Falsa, na África do Sul, quando avistaram o "Holandês Voador" a todo o pano navegando contra o vento.
- Em 1941, testemunhas na praia de Glencairn, viram o navio fantasma desaparecer antes que ele se chocasse contra as rochas.
- Em 1942, quatro testemunhas viram o navio entrar na Baía de Mesa, e em 1959 o navio "Magelhaen" quase colidiu com o navio fantasma.

A lenda do navio fantasma Holandês Voador é muito antiga e temida como sinal de falta de sorte e possui outras versões:

A mais corrente é do século XVII e narra que o capitão do navio se chamava Bernard Fokke, o qual, em certa ocasião, teria insistido, a despeito dos protestos de sua tripulação, em atravessar o conhecido Estreito de Magalhães, na região do Cabo Horn, que vem a ser o ponto extremo sul do continente americano. Ora a região, desde sua primeira travessia, realizada pelo navegador português Fernão de Magalhães, é famosa por seu clima instável e suas geleiras, os quais tornam a navegação no local extremamente perigosa. Ainda assim, Fokke conduziu seu navio pelo estreito, com suas funestas consequências, das quais ele teria escapado, ao que parece, fazendo um pacto com o Diabo, numa aposta de jogo de dados, em que o capitão venceu, utilizando dados viciados. Desde então, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar perpetuamente e causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem, colocando-as dentro de garrafas, segundo a lenda.


O navio foi visto pela última vez em 1632, no Triângulo das Bermudas, comandado pelo seu capitão fantasma Amos Dutchman. O marinheiro disse que o capitão tinha a aparência de um rosto de peixe num corpo de homem, assim como seus tripulantes. Logo após contar esse relato, o navegador morreu. Uns dizem que foi para o reino dos mortos; outros, que hoje navega com Dutchman no "Holandês Voador".

Nos trópicos equatoriais, existem lendas que surgiram no século XVIII, sobre Davy Jones ser o capitão do "Holandês Voador". Nessa lenda, Davy Jones seria o capitão amaldiçoado do navio e estaria condenado a vaguear para sempre no mar pela ninfa (rainha das sereias) do Mar Calipso, podendo desembarcar por 1 dia a cada 10 anos. Essa é também a lenda utilizada no filme "Piratas das Caraíbas". Essa lenda também serviu de inspiração para o compositor alemão Richard Wagner, ao criar a ópera "O Holandês Voador".

Explicação científica:

Apesar das descrições de abomináveis luzes, os cientistas apresentam uma explicação mais razoável para o mito: o "Holandês Voador" poderia ser uma Fata Morgana: uma miragem que ocorre devido a uma inversão térmica, onde em tempo calmo, o ar quente repousa logo acima do denso e frio ar próximo à superfície do oceano. O ar entre as duas massas funciona como uma lente de refracção, que irá produzir uma imagem de cabeça para baixo, distorcida do objecto na posição vertical. Mesmo que um navio possa estar além do horizonte, o espectador pode ver uma imagem invertida e desfocada do navio miragem que pode aparecer várias vezes maior do que seu tamanho real, e muito perto.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Estranhos Desaparecimentos Temporais!

Em várias partes do mundo existem estranhos relatos de casos de crianças que desaparecem diante dos olhos dos pais e até mesmo certas pessoas são capturadas por estranhos Túneis do Tempo, dos quais alguns já tiveram a sorte, ou quem sabe o raro privilégio, de voltar.

Em 1909, no País de Gales, um menino de 11 anos chamado Oliver, ia ao poço da sua residência buscar água. Era noite e logo após ter saído de casa gritara por socorro. Quando os seus pais aflitos, logo acorreram munidos de uma lanterna não viram nada, só escutando aquele que foi o último grito do menino que dizia: "Socorro, socorro, estão a levar-me!". A polícia local ficou intrigada pelo facto de que as pegadas da criança iam da porta até à metade do caminho que levava ao poço e simplesmente sumiram bruscamente.

Um outro caso bastante notável ocorreu em 1924 com um avião militar britânico, em voo de reconhecimento sobre o deserto da Mesopotâmia. Após ser dado como desaparecido, as equipas de busca encontraram o aparelho pousado nas areias em perfeito estado e com bastante combustível. Perto dele, as pegadas do tenente Dat e do co-piloto Steward mostravam que ambos caminharam juntos até um certo ponto, distante cerca de 40 metros do aparelho. Sem maiores explicações, ambas as pegadas desapareciam subitamente na areia escaldante. E até hoje não se soube mais do paradeiro daqueles dois aviadores!

Já em 1968, na Argentina, o Dr. Gerardo Vidal, a sua esposa, e também o carro no qual circulavam pelos arredores da cidade de Baía Blanca, foram subitamente envolvidos no estranho nevoeiro. Ao recuperarem os sentidos, o automóvel estava totalmente danificado, a pintura violentamente arrancada ou queimada, como se o carro tivesse atravessado um túnel de material altamente abrasivo e desgastante. Os seus relógios pararam, e na periferia de uma estrada diferente daquela onde estavam, viram uma placa que os deixou gelados: estavam no México! Surpresos, procuraram ajuda no consulado da Argentina naquele país, quando também souberam que tinha passado cerca de 48 horas depois da misteriosa entrada no tal nevoeiro, vindo sabe-se lá de onde!

Em 1994, um casal de brasileiros viajava no seu automóvel desde São Paulo a Minas Gerais, através de um percurso que demoraria normalmente cerca de 16 horas. Durante a viagem, já de noite, viram um túnel muito escuro com luzes estranhas à frente, que os raptaram. Ao entrarem e saírem desse túnel, já do outro lado, notaram que estavam a cerca de 45 minutos do seu ponto de destino, ou seja, tinham inexplicavelmente economizado nada menos que 7h e 15m de viagem!

No Brasil, um casal em férias atravessava as rasas águas do desaguadouro do Rio Martim de Sá, na praia da Caraguatatuba, no Estado de São Paulo. Repentinamente, e para o espanto da noiva, o seu noivo desapareceu simplesmente, evaporando-se no ar diante dos seus atónitos olhos. Como se tivesse cruzado uma porta invisível para o desconhecido!

Extensas buscas realizadas por autoridades policiais e também pela empresa multinacional de automóveis, da qual ele era funcionário, nada encontraram. Pensou-se tratar-se de areias movediças ou que talvez um buraco o tivesse tragado, e foram feitos estudos geológicos no local, mas não foi encontrado nada.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Portas para a Quarta Dimensão!

Todos os anos desaparecem no mundo, centenas de milhares de pessoas:
- Criminosos mergulhados no submundo das grandes metrópoles;
- Homens e mulheres cansados da vida;
- Crianças que fogem de casa;
- Gente solitária que se retira de seu meio social para viver sozinha.
Também desaparecem pessoas que sofrem acidentes e morrem, sem que ninguém nunca reclame seus corpos nos hospitais, esquadras e morgues.

Mas existem casos misteriosos que desafiam as nossas vidas normais. Casos fantásticos, inexplicáveis, sem qualquer tipo de solução:

- Uma mulher, mãe de dois filhos, logo depois de ter posto a mesa para o almoço, desapareceu e nunca mais foi vista. Ou o caso do homem que saia de casa para tomar ar e depois de conversar com o seu vizinho, desaparece sem deixar rasto.

- Uma jovem mulher que ia todos os dias para o trabalho, de comboio, até ao dia em que o comboio chegou à sua estação sem ela.

Mas existem casos que aparentemente inexplicáveis podem de facto, ter uma explicação normal para o caso:

No dia 22 de Fevereiro de 1978, durante o carnaval de Wissbaden, na Alemanha, depois de uma festa, o casal Misfeld voltou para casa de autocarro. Quando Wilhelm Misfeld, senhor idoso, aposentado, desceu do autocarro e se virou para ajudar a esposa descer, teve um choque: "Ela sumiu, desapareceu como se tivesse sido engolida pela terra", disse mais tarde à polícia. Desde aquele dia, Margarete Misfeld, de 64 anos, nunca mais apareceu. Comentário da polícia: "Era um casamento feliz, sólido, e o casal estava bem de vida. Este caso é um autêntico enigma". Alguns dias depois, a imprensa que publicara notícias estrondosas sobre o desaparecimento, perdeu o interesse. A polícia arquivou o caso na secção de pessoas desaparecidas.

Mais tarde foi feita uma investigação sobre o caso, e Margaret Misfeld surgiu na forma de um corpo sem vida boiando no Rio Reno. As autoridades de Wissbaden chegaram à conclusão de que a senhora Margaret planeara suicidar-se e que, naquele dia, escondeu-se do marido no interior do autocarro. Ninguém sabe se essa versão é verdadeira. De qualquer forma, serve para mostrar que, na abordagem de qualquer caso de desaparecimento misterioso, devemos conservar uma atitude céptica.

A história e a literatura fantástica narram muitos desses casos misteriosos e inexplicáveis.

Quem não se lembra da aventura do flautista de Hamlin, na pequena cidade alemã, que no ano de 1284, livrou o vilarejo de uma praga de ratos? E que depois de esperar em vão a recompensa prometida pelo presidente da câmara da cidade, começou a tocar sua flauta, fazendo-se acompanhar por todas as crianças da cidade, levando-as para uma montanha que se abriu em frente deles e se fechou de novo, depois da última criança entrar? Fábula ou resquícios de um relato remoto tornado mito?

N02689_10_thumb%25255B1%25255D.jpg
 

Anexos

  • N02689_10_thumb[1].jpg
    N02689_10_thumb[1].jpg
    68.6 KB · Visualizações: 1
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Casos por solucionar!

Actualmente existem casos mais recentes, descritos nos arquivos de várias cidades, com depoimentos assinados por testemunhas juradas:

Em 1813, em Leamington Warwickshire (Inglaterra), vivia um sapateiro, de nome James Burnes Worson, que era um homem honesto e trabalhador que gostava muito de beber nos bares da cidade. Quando jovem, ganhara fama de atleta, correndo longas distâncias sem se cansar. Quando mais tarde, começou a beber demais, gabava-se de suas proezas quando era jovem. Um dia, o seu amigo, Barham Wise, apostou que ele não aguentaria ir e voltar correndo até Coventry, que ficava a 65 km. Worson aceitou a aposta e imediatamente começou a andar, acompanhado por Wise e mais duas pessoas.

Os primeiros quilómetros foram fáceis para Worson, e não mostrou sinais de cansaço, sendo acompanhado pelos seus amigos que seguiam-no numa carruagem. De repente, a uma distância de cerca de 10 metros, Worson pareceu tropeçar em algo. Ele gritou e desapareceu subitamente. Pareceu cair num buraco profundo. Mas os amigos aproximaram-se e viram que nenhum buraco existia. Worson simplesmente desapareceu e nunca mais voltou ao nosso mundo conhecido.

Outro desaparecimento incompreensível foi o de Charles Ashmore, em I878. Charles tinha 16 anos e morava com seus pais e irmã numa fazenda perto de Quincy, Illinois (E.U.A.). Em 9 de Novembro de 1878, Charles saiu de casa para ir buscar água ao poço. Eram cerca de 9 horas da noite. Meia hora depois, como ele não voltava, a família estranhou. O pai, Christian Ashmore, acendeu uma lanterna, e junto com a filha mais velha, Martha, saiu à procura de Charles. Tinha caído um pouco de neve naquela tarde, e as impressões dos pés de Charles estavam bem nítidas. Chegando ao meio do caminho para o poço, pai e filha pararam, surpresos: o rasto de Charles na neve sumia de repente. O resto do caminho até ao poço estava intocável, branco. Parecia que o rapaz tinha levantado voo. Para não estragar o rasto, ambos deram uma volta até chegar ao poço. Lá descobriram outra coisa chocante: a água do poço estava coberta por uma fina camada de gelo, obviamente sem ser perturbada há horas. Charles não chegara ao poço.

Voltando para casa, notaram que a neve dos dois lados do caminho também estava sem pegadas. Charles nunca mais apareceu. Quatro dias depois, a mãe do rapaz, angustiada, foi ao poço buscar água. Quando voltou à casa, estava a chorar sem parar e dizia ter ouvido a voz do filho chamando por ela. Com a ajuda dos vizinhos, a família recomeçou a procurar Charles. Sem resultado. A imaginação e angústia da mãe poderiam explicar esse fenómeno. Mas dias depois, os outros membros da família e até os vizinhos escutaram a voz de Charles chamando. A partir daí várias vezes essa voz fez-se ouvir, até desaparecer completamente no Verão seguinte.

Este caso foi muito estudado pelo investigador Ambrose Bierce, que anos mais tarde, também desapareceu de forma misteriosa, sem deixar vestígios, quando visitava o México em 1914.
j-h-e-partington_s-1895-por.jpg

0sfxhf1k0zjvac51q1s4.jpg

Ambrose Bierce (1842-1913/14?), crítico satírico, escritor
e jornalista norte-americano.

Existem teorias que afirmam que Bierce foi fuzilado pelos revolucionários mexicanos do exército de Pancho Villa. Presume-se que teria falecido aos 71 anos de idade, algures em Dezembro de 1913 ou 1914, no México.

Será que Ambrose Bierce (tal como Worson e Charles Ashmore) desapareceu num buraco da terceira dimensão para chegar à quarta dimensão e depois não conseguiu voltar?

Ou será que a ciência moderna é capaz de oferecer uma explicação mais razoável para tais desaparecimentos?
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Pessoas vítimas do Buraco Dimensional?

Existem peritos do assunto que afirmam o seguinte: No meio do nosso mundo visível existem lugares vazios, de certa forma buracos na estrutura dimensional, por onde seres vivos e objectos podem desaparecer. Isso aconteceu, por exemplo, com navios, aviões e pessoas, no famoso Triângulo das Bermudas.

Tais buracos se abrem e fecham. São talvez, portas para uma outra dimensão, onde nossas ideias de comprimento, altura e largura não valem mais. Naquele espaço não existe nada comparável às coisas do nosso mundo, mesmo que fosse possível transcorrer uma existência naquele mundo. Sobre tais buracos negros, o físico inglês John Taylor diz: "Quem ultrapassa a fronteira do espaço-tempo de um buraco negro abandona para sempre, seu próprio mundo. A partir daquele momento ninguém mais pode vê-lo, ele desaparece sem que ninguém perceba".

Um desaparecimento desse tipo também pode ser efectuado com a ajuda de poderes sobrenaturais, conforme afirma sir Ernest Wallis Budge, uma autoridade nos assuntos do antigo Egipto e da Caldeia, e que até recentemente era um dos mais altos funcionários do Museu Britânico. Numa entrevista ao Daily Express, ele explicou: "Conheci um africano e um hindu que, durante uma conversa, tinham o costume de desaparecer, como dissolvidos no ar. Parecia a história do gato da obra "Alice no País das Maravilhas"; eles estavam lá; de repente eu ouvia apenas os seus sorrisos, e depois mais nada! Não se tratava de hipnose, porque eu podia andar sobre o espaço até há pouco ocupado por eles sem encontrar obstrução. Do mesmo modo, eles ressurgiam, empurrando os presentes, sem muita cerimónia, enquanto se densificavam novamente".

Jean Durant, canadiano de origem francesa, também tinha o mesmo poder: exibia-se frequentemente ao público, até um dia durante um espectáculo, desapareceu e nunca mais foi visto. Durant deixava-se trancar numa sala, que era lacrada e vigiada de fora. Ele se desmaterializava no interior de um cómodo e surgia fisicamente do lado de fora, em frente aos seus guardas.

De acordo com um relato de Ray Freedy, em Guide and Ideas (Londres, Novembro de 1936), três médicos confirmaram essa capacidade de Durant. Um certo Williams declarou perante um tribunal que vira Durant desaparecer, olhando através da fechadura do quarto onde ele estava trancado. Segundo Williams, seu roupão caiu ao chão, vazio. Mas depois disso, Jean Durant caiu doente porque, conforme disse, alguém o tinha espiado. Por isso ele exigia, nas suas experiências feitas perante médicos e polícias, que todos ficassem do lado de fora do quarto, onde aparecia sua forma materializada. Todas as saídas da sala estavam hermeticamente lacradas e assim permaneciam até à realização do fenómeno.

Finalmente, Durant foi convidado para dar uma demonstração em Chicago, tendo os seus braços e pernas sido algemados, e a entrada da sala, foi selada. Desta vez, porém, o público esperou em vão. Depois de uma hora, os guardas abriram a porta. Cordas e algemas estavam no chão, mas Durant desaparecera de vez. Conforme o depoimento de alguns médicos, podemos aceitar que, durante as experiências, Durant entrava num estado de transe profundo. Os médicos percebiam, às vezes, momentos antes do seu reaparecimento, uma forte respiração atrás da porta. Respiração de quem se encontra num estado de sono profundo.

Existem ainda casos de pessoas que desaparecem para anos depois, reaparecerem:

O Dr. Jaseph Lauterer, de Chicago, conta que durante a dinastia Tang, na China (618 a 807), existia um relato sobre um lenhador que encontrou dois homens jogando xadrez na floresta. Antes de terminarem a partida, o lenhador percebeu com espanto, que o cabo de seu machado tinha apodrecido. Ele voltou à aldeia, mas encontrou um lugar totalmente diferente. Ninguém o conhecia, e todos lhe eram estranhos. Ele disse seu nome, e consultados os cartórios, descobriu-se que há 300 anos atrás, um lenhador com seu nome saíra da aldeia para nunca mais voltar. Ouvindo isso, o homem começou a tremer sem controlo, caiu no chão e morreu.

Um caso semelhante é contado, no poema "Der Munch von Heisterbach", de Wolfgang von Konigswinter (1816-1873):

Um monge de Heisterbach, na Alemanha, foi de manhã à floresta, para meditar sobre as palavras do salmo: "Porque para ti mil anos são como um dia". À noite voltou, ouvindo os sinos da abadia. Uma pessoa desconhecida abriu o portão, e ele foi cercado por outros monges surpresos e desconhecidos. Consultadas as crónicas do mosteiro, descobriu-se que há alguns séculos um monge, com o mesmo nome desaparecera misteriosamente na floresta.

Será realmente possível cair vítima de uma tal ruptura das dimensões?

E se uma pessoa ou um objecto podem realmente desaparecer de modo inexplicável da nossa dimensão conhecida para uma outra estranha, não seria possível para seres de uma outra dimensão saírem da deles e entrarem na nossa?

Em 22 de Dezembro de 1955, dois desenhadores, Nilliam Shannon e George Brinsmaid, de Alexandria, na Virgínia (E.U.A.), dirigiam-se para o trabalho. Percorriam a grande rodovia Mount Vernon, quando de repente, o pára-brisa do seu carro estourou, voando pedaços de vidro para todos os lados. Dentro do carro, eles encontraram um peixe de mais ou menos 15 centímetros, totalmente congelado. Um peixe caíra com tanta força que atravessou o pára-brisa. Não havia outros carros, nem aviões, nas proximidades.

Nos anos 70, em Long Beach, na Califórnia, um empregado da firma "Smith", revendedor de carros usados, estava a lavar um automóvel quando ouviu um som estranho, como se alguém assobiasse nas proximidades. Levantou a cabeça e viu alguns objectos luminosos caindo na sua direcção. Momentos depois, um pedaço de gelo do tamanho de um homem caiu em cima do carro, espalhando pedaços em todas as direcções. Os meteorologistas encontraram uma explicação para o fenómeno: o pedaço de gelo se desligara da asa de um avião. Mas as autoridades da aeronáutica negaram esta possibilidade.

Quase todos os casos de desaparecimentos inexplicáveis referem-se a pessoas isoladas. Mas existem relatos de desaparecimentos de grupos inteiros de pessoas que também nunca mais foram encontradas:

No dia 3 de Março de 1975, o jornal Al Ahram, o mais importante do Cairo, e a sucursal egípcia da Associated Press, enviaram a todo o mundo a notícia de que um grupo de 800 egípcios muçulmanos, em viagem de peregrinação a Meca, no mês de Dezembro, nunca mais voltaram para casa. O grupo inteiro desapareceu sem deixar rastos.

Em 1898, desapareceu um grupo de soldados ingleses no Sudão. E durante uma batalha na frente noroeste entre a Índia e o Afeganistão, aconteceu o mesmo com uma companhia inteira de soldados ingleses nos arredores do Passo Khyber. A brigada de socorro incumbida de procurá-los informou apenas que os rastos dos soldados terminavam de repente; todos os rastos prosseguiam normalmente para um certo ponto, e terminava.

Estes desaparecimentos misteriosos e inexplicáveis levantam questões filosóficas, parapsicológicas e também na física. Podemos encarar a possibilidade de estarmos a enfrentar a possível aproximação da matéria e espírito. O que poderia levar à origem do fenómeno do desaparecimento na Quarta Dimensão. Tais ideias são apoiadas pela grande maioria dos matemáticos e físicos do mundo. Cientistas como Albert Einstein, Karl Friedrieh Gauss, Johan Heinrich Lambert, Hermann von HeImhoItz, Bernard Riemann, Henri Poincarée, Hermann Minkovski, cogitaram a existência de espaços de quatro, cinco, ou mais dimensões. Poincaré, por exemplo, dizia: "Não quebrem a cabeça com a questão da quarta dimensão. É absolutamente impossível imaginá-la, mas mesmo assim ela existe, e os hiperespaços de sua existência são factos incontestáveis".
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
David Paulides relata curiosos casos nos seus livros

David Paulides, criptozoologista, investigador e escritor, é conhecido principalmente por seu trabalho, incluindo dois livros autopublicados, dedicados a provar a realidade do Bigfoot, e por sua série de livros autopublicados, "Missing 411", em que ele especula sobre o desaparecimento de pessoas nos parques nacionais e em outros lugares. Paulides atribui causas misteriosas e não especificadas a esses desaparecimentos inexplicáveis.
31BiDC8Z54L._UX250_.jpg

O investigador jornalista e perito na área de desaparecimento de pessoas, David Paulides afirma: "Na grande parte dos casos que estão catalogados, as pessoas são encontradas inconscientes ou semiconscientes, e normalmente em áreas que já haviam sido procuradas e nada havia sido encontrado. Na maioria dos casos são crianças, e não conseguem se expressar (ou não são acreditadas), têm alguma deficiência que as impossibilita de reportar o ocorrido, ou então simplesmente não se lembram de nada. Nos casos em que lembram, realmente é algo impressionante".

No seu livro "Missing 411", David Paulides investigou 411 casos bastante misteriosos de pessoas desaparecidas. David sugere que no mundo há 30 pontos geográficos onde a maioria dos desaparecimentos ocorrem. Nesses locais os desaparecimentos ocorrem em instantes, e em áreas cercadas de testemunhas.

Sabemos que muitos casos são de cunho criminal, porém muitos continuam sem resposta.

Em 2008, Odair José Berti, sem saber como aconteceu, foi parar em cima de uma pedra com cerca de 300 metros de altura, onde teve que permanecer durante 17 horas até conseguir ser resgato pelos bombeiros, numa operação que durou 12 horas. Para os bombeiros, o ocorrido não tem uma explicação lógica, e que seria impossível ele subir em cima de tal pedra por conta própria. Mesmo após ser dito pelo programa brasileiro "Fantástico" que Odair Berti é sonâmbulo, os moradores locais e a maioria das pessoas, continuam achando ser impossível uma pessoa entrar na mata fechada e escalar 80 metros enquanto dorme.

Terá Odair José Berti sido vítima de uma brecha no Espaço-Tempo?
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Personalidade Históricas que desapareceram Misteriosamente!

Ao longo da história, personalidades notáveis desapareceram misteriosamente sem deixar rastos. Os seus desaparecimentos povoam o imaginário da humanidade, fazendo até parte de lendas e mitos da história. Um desses mitos é Espártaco, um escravo que ousou desafiar o Império Romano.

Espártaco (109 A.C.-71 A.C.): O Gladiador Escravo


Espártaco foi um gladiador de origem Trácia, líder da mais célebre revolta de escravos na Roma Antiga. Espártaco liderou durante a revolta, um exército rebelde que contou com 70.000 a 90.000 escravos. Acabou por perder a guerra contra as legiões de Crasso, membro do Primeiro Triunvirato. O corpo de Espártaco nunca foi encontrado pelo comandante romano.
revolta-de-espartaco-gladiador-da-roma-antiga.jpg

Embora tenha supostamente morrido em batalha, o corpo
do escravo rebelde Espártaco jamais foi recuperado, e seu
destino permanece desconhecido.

A história de Espártaco ficou famosa por representar um grande perigo para Roma e também por ser um símbolo da luta contra a exploração e injustiça social.

Um dos primeiros europeus que chegaram ao continente norte-americano, é Giovanni Caboto, conhecido em inglês como John Cabot, (1450-1499).

Navegador e explorador italiano, Caboto é considerado um dos primeiros europeus que chegaram ao continente norte-americano, em 1497. Henrique VII de Inglaterra financiou Giovanni Caboto que estabeleceu o domínio inglês na costa norte da América do Norte.
3135803.jpg

O explorador italiano Giovanni Caboto
desaparece, juntamen
te com seus cinco
navios, durante uma expedição em busca
de uma rota ocidental da Europa para a
Ásia.

As notícias das recentes descobertas de Colombo asseguram patrocínio para a empreitada. Caboto parte em 1497, com uma tripulação de apenas 18 homens. Segue para o oeste, passando pela Islândia e aportando em terras novas algum tempo depois. O local exacto de sua chegada nunca foi estabelecido com certeza, mas se supõe que tenha sido Labrador, no Canadá. Sem encontrar sinais de habitantes, toma posse da região, que denomina Terra Nova, em nome do rei da Inglaterra. Regressa a Bristol, porém logo anuncia nova partida, que acontece em Fevereiro de 1498. Com cinco navios e cerca de 200 homens, a viagem é turbulenta e há indícios de que a frota se perdeu no mar, sem deixar sobreviventes.
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Família Corte-Real

Corte-Real é o nome de uma família distinta de navegadores portugueses dos séculos XV e XVI com o nome ligado ao descobrimento da Terra Nova, cerca do ano de 1472, por João Vaz Corte-Real, navegador português que para além desta expedição organizou ainda outras viagens que o terão levado até à costa da América do Norte, explorando desde as margens do Rio Hudson e São Lourenço até ao Canadá e Península do Labrador.
Gaspar_Corte-Real.png

João Vaz Corte-Real (1420-1496), navegador
português, esteve ligado ao descobrimento da
Terra Nova.

Em 1474 foi nomeado capitão-donatário de Angra e a partir de 1483, também da Ilha de São Jorge. Os seus três filhos, todos navegadores audaciosos, Gaspar Corte-Real, Miguel Corte-Real e Vasco Anes Corte-Real, continuaram o espírito de aventura de seu pai tendo os dois primeiros desaparecido depois de expedições marítimas, em 1501 e 1502 respectivamente. Vasco Anes quis ir em busca de seus irmãos mas o rei não lhe concedeu autorização, tendo sucedido a seu pai como Capitão-Donatário.

Gaspar Corte-Real (1450-1501?)

O navegador português Gaspar Corte-Real desaparece enquanto tentava encontrar a Passagem do Noroeste. Dois de seus navios retornaram a Lisboa, mas o terceiro, com ele a bordo, perde-se no mar.
250px-Gaspar_C%C3%B4rte-Real_-_Padr%C3%A3o_dos_Descobrimentos.png

Efígie de Gaspar Corte-Real no Padrão
dos Descobrimentos, em Lisboa.

Em 1500 fez a sua primeira viagem à Gronelândia, então chamada "Terra dos Corte-Reais". Partiu em 1501 numa segunda expedição ao continente americano e nunca mais voltou. Provavelmente terá morrido em algum naufrágio.

Miguel Corte-Real (1448-1502?)

Miguel Corte-Real parte à procura de seu irmão Gaspar, com três navios, e apenas dois navios retornam enquanto o terceiro, com ele a bordo, desaparece sem deixar vestígios. Navegador português, Miguel Corte-Real terá desaparecido nas costas da América do Norte por volta de 1502. O seu desaparecimento deu origem a várias pesquisas e teses controversas, a mais conhecida das quais é do seu naufrágio nas costas da Nova Inglaterra, onde teria mantido contacto com as populações índias e gravado a conhecida epígrafe da Pedra de Dighton.

A Pedra de Dighton é um bloco de rocha cuja superfície, na face voltada para cima, está recoberta de inscrições, muito erodidas, cuja origem tem alimentado uma polémica secular. Originalmente, a pedra estava dentro de água no estuário do Rio Taunton, em Berkley, no Massachusetts (em tempos parte da vila de Dighton, daí o nome da rocha). Para evitar os danos provocados pelo vandalismo, pela erosão das marés e pelos efeitos da variação térmica, em 1963, a rocha foi removida do rio e classificada como objecto protegido pelo Estado de Massachusetts.
350px-Face_dighton_rock.jpg

Fotografia da Pedra de Dighton, onde o Professor Edmund
Delabarre decifra Miguel Corte-Real, a Cruz da Ordem de
Cristo e a data de 1511.
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
D. Sebastião "O Desejado" (1554-1578)

D. Sebastião, 16º Rei de Portugal, é morto durante ou após a Batalha de Alcácer-Quibir. Filipe II manda trasladar para o Mosteiro dos Jerónimos um corpo que alegava ser o do rei, mas o povo recusa-se a acreditar na morte, o que leva ao surgimento do "Sebastianismo".

D. Sebastião foi Rei de Portugal e Algarves de 1557 até sua morte. Subiu ao trono aos 3 anos de idade, após a morte de seu avô, o Rei D. João III, com uma regência sendo instaurada durante sua menoridade, liderada primeiro por sua avó, a Rainha Catarina da Áustria, e depois por seu tio-avô, o Cardeal Henrique de Portugal.
280px-Sebasti%C3%A3o_de_Portugal%2C_c._1571-1574_-_Crist%C3%B3v%C3%A3o_de_Morais.png

D. Sebastião assumiu o governo aos 14 anos de idade em 1568, manifestando grande fervor religioso e militar. Cresceu na convicção de que Deus o criara para grandes feitos, e educado entre dois partidos palacianos de interesses opostos - o de sua avó que pendia para a Espanha, e o do seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique favorável a uma orientação nacional -, D. Sebastião, desde a sua maioridade, afastou-se abertamente dos dois partidos, aderindo ao partido dos válidos, homens da sua idade, temerários a exaltados, que estavam sempre prontos a seguir as suas determinações.

Nunca ouviu conselhos de ninguém, e entregue ao sonho de sujeitar a si toda a Berbéria e trazer à sua soberania a venerada Palestina, nunca se interessou pelo povo, nunca reuniu corte, nem visitou o seu país, só pensando em recrutar um exército e armá-lo, pedindo auxílio a Estados estrangeiros, contraindo empréstimos, arruinando os cofres do reino, tendo o único fito de ir a África combater os mouros.

Chefe de um numeroso exército, na sua maioria aventureiros e miseráveis, parte para a África em Junho de 1578; chega perto de Alcácer Quibir a 3 de Agosto e no dia 4, o exército português esfomeado e estafado pela marcha e pelo calor, e dirigido por um rei incapaz, foi completamente destroçado, figurando o próprio rei entre os mortos.

A desastrosa Batalha de Alcácer Quibir

Desde que a Índia começara a dar mais prejuízos que lucros, muitos estavam de acordo em que era preferível conquistar o Norte de África – zona rica em cereais e comércio – do que continuar a manter com grandes sacrifícios o Império do Oriente. Só que havia uma forte oposição à forma como D. Sebastião preparou e dirigiu a sua expedição ao Norte de África.

Em 1578, D. Sebastião, então com 24 anos de idade, partiu para Marrocos com um exército de 17.000 homens, dos quais cerca de um terço eram mercenários estrangeiros. Embora os militares mais experimentados na guerra o aconselhassem a não se afastar da costa de onde lhe poderia vir auxílio dos navios portugueses, o rei preferiu avançar para o interior com as suas tropas. Encontrou o exército muçulmano em Alcácer Quibir e aí se travou a célebre e infeliz batalha em que foram mortos ou feitos prisioneiros praticamente todos os portugueses que nela participaram.
images

O rei D. Sebastião morreu na batalha, mas nenhum dos portugueses que regressaram disse que viu o seu corpo. A chegada da notícia desse desastre a Lisboa provocou cenas de perturbação e dor indescritíveis, pois o rei tinha morrido solteiro e sem deixar descendentes. Dois anos depois, Portugal perdeu a sua independência política, visto que Filipe II, Rei de Espanha e neto do rei D. Manuel I, subiu ao trono de Portugal. Durante os anos que se seguiram, o povo acreditava que D. Sebastião não tinha morrido na batalha e iria regressar a Portugal, numa noite de nevoeiro. Então, reclamaria para si o trono e o reino ganharia de novo a sua independência. Esta crença popular ficou conhecida na história com o nome de "Sebastianismo".
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
O Sebastianismo

O Sebastianismo foi uma crença ou movimento profético que surgiu em Portugal em fins do século XVI como consequência do desaparecimento do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Uma vez que não havia um corpo, acreditava-se que D. Sebastião voltaria para salvar o Reino de Portugal de todos os problemas desencadeados após seu desaparecimento. As primeiras pretensões reais da volta de D. Sebastião se deram no arquipélago dos Açores.

Os Pretendentes ao Trono

Após o desaparecimento de D. Sebastião no norte da África, foi seu tio, o Cardeal D. Henrique quem assumiu o trono. Na época, D. Henrique já tinha 66 anos e era cardeal da Igreja Católica. A princípio, aceitou ser somente governador e defensor do reino, mas depois aceitou a Coroa de Portugal e se retirou do Mosteiro de Alcobaça, onde vivia recolhido, para ser coroado no dia 28 de Agosto de 1578, 14 dias após a chegada da primeira notícia do desaparecimento de D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir. D. Henrique ficou dois anos no poder, e morreu em Janeiro de 1580.

Com o desaparecimento de D. Sebastião e a morte de seu tio, D. Henrique, houve uma disputa por quem sucederia ao trono português por falta de herdeiros directos. Logo após a morte do cardeal-rei, cinco governadores tiveram de assumir o reino. Meses depois, quem reivindicou o trono e chegou a ser aclamado em algumas cidades foi o Prior do Crato, D. António, sobrinho de D. Henrique. Embora não fosse considerado filho legítimo do Infante D. Luís (portanto, neto do Rei D. Manuel I), D. António gozava de muita popularidade entre os portugueses, uma vez que havia sido prisioneiro na Batalha de Alcácer-Quibir, na qual lutou junto com D. Sebastião.
Anthony_I_of_Portugal.jpg

D. António, Prior do Crato, aclamado pelos seus partidários,
Rei de Portugal em 1580.

Mas a empreitada de D. António foi infrutífera e o trono terminou nas mãos de seu primo, o Rei Filipe II da coroa espanhola da Casa de Habsburgo. Mesmo passados mais de dois anos do desaparecimento de D. Sebastião, havia em Portugal esperança de que ele retornasse para salvar o Reino, e assim nasceu o Sebastianismo.

Os Impostores

Entretanto, foi surgindo os chamados falsos reis "D. Sebastião". A primeira aparição de D. Sebastião data de 1584, protagonizada por um antigo noviço expulso da Ordem do Carmelo, que havia recolhido protecção de uma viúva de um soldado que morrera em Alcácer-Quibir. Junto da senhora, ouvira relatos da batalha e cedo começou a contar que nela tomara parte. Apesar das evidentes semelhanças físicas, desde logo o facto de ser de tez e cabelo escuro e o rei português ser loiro, muitos foram os que acabaram a acreditar que o homem era o próprio D. Sebastião. Denunciado, foi a tribunal e condenado às galés, tendo fugido durante a viagem da Invencível Armada, não havendo mais notícias dele, a não ser ter constado que um náufrago arribou às costas de França, andando pelas ruas a pedir esmola e a dizer ser el-rei D. Sebastião de Portugal. Este episódio, que não teve especial repercussão, foi conhecido como o Rei de Penamacor.

Um ano depois, surge um novo D. Sebastião: Trata-se de Mateus Álvares, filho de um pedreiro, natural da Vila da Praia, na Ilha Terceira, que depois da infância na sua terra açoriana, se fez eremita em terras da Ericeira. A aproximação física ao rei era mais notória, quer na idade, quer em características como o tom do cabelo. Constava que, de noite, se flagelava em remissão dos seus erros e que ecoavam os seus gemidos.
d-sebastio-5-728.jpg

Semelhança entre Mateus Álvares e D. Sebastião.

Ergueu à sua volta uma certa aura, reunindo muita gente, alguns com peso social, como foi o caso de Pedro Afonso, que combatera em Alcântara, nas hostes do Prior do Crato. Assim, fez-se o pedreiro açoriano aclamar Rei na Ericeira, tendo mesmo chegado a distribuir títulos, e à sua volta, organizou-se um exército de guerrilheiros que alertou o Rei Filipe II. Para pôr fim à aventura, de Lisboa partiram uma força militar que, após algumas batalhas, submeteu os guerrilheiros e prendeu o Rei da Ericeira, que foi enforcado a 13 de Junho de 1585. Porém, o impostor jurou perante os juízes que a sua intenção era patriótica, que pretendia tomar Lisboa numa noite de festejos populares em honra de São João, para logo anunciar quem era, apenas um português que queria devolver ao seu povo a liberdade.

O caso mais emblemático e importante para a constituição do que se chamou de Sebastianismo foi o do "Sebastião de Veneza", um calabrês, Marco Túlio Catizone, que se fizera passar por D. Sebastião.
Dom_Sebastian.jpg

Catizone tinha mulher e filhos vivos, mas ainda assim, foi tão convincente que por pouco, não escapou da empreitada com vida, já que, excepto o facto de não falar português, houve pessoas próximas a D. Sebastião que garantiram estar vendo o próprio rei em pessoa. Mesmo assim, todos acabaram condenados à morte. Antes do Sebastião de Veneza, uma série de outros pretendentes tentaram se passar pelo rei desaparecido e as tentativas foram punidas com a morte.

Outro caso emblemático foi o do "Confeiteiro de Madrigal", um jovem de nome Gabriel de Espinosa, que tinha mulher e filho, era bonito, sabia falar francês e alemão, mas não português, e assegurava que tinha esquecido a língua portuguesa no cativeiro. Foi enforcado. Incrivelmente, o Sebastião de Veneza obteve o apoio de vários fidalgos, letrados e religiosos portugueses, muitos deles ligados a corte exilada de D. António, Prior do Crato, que disputara com Filipe II a sucessão da coroa portuguesa. Entre eles, João de Castro (1551-1623), neto do homónimo navegador e vice-rei português da Índia (1500-1548), que dedicou seus anos finais de vida a provar e defender a causa Sebastianista. Foi João de Castro que deu forma letrada e constituiu um corpo mais teórico ao que antes era um conjunto de esperanças no retorno de um rei desejado.
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
A Colónia Desaparecida de Roanoke!

A Colónia de Roanoke, situada na ilha com o mesmo nome, no Condado de Dare (actual Carolina do Norte) foi um empreendimento financiado e organizado por Sir Walter Raleigh (1552 ou 1554-1618) famoso corsário e explorador britânico, ao serviço da Rainha D. Isabel I da Inglaterra.
user_book_20130514-103444_P003_I002_V001.jpg

Em fins do século XVI, Walter Raleigh estabeleceu a primeira colónia inglesa, no território da Virgínia, na América do Norte. Entre 1585 e 1587, grupos de colonos foram deixados ali com a intenção de povoar essa colónia. Com o decorrer dos anos, os colonos desapareceram dando origem a vários motivos: o principal motivo é que os colonos foram absorvidos por uma das populações indígenas locais, embora também possam ter sido massacrados, pelos espanhóis ou pelos índios Powhatan.

A colonização de Roanoke

Os primeiros colonizadores de Roanoke não foram muito afortunados, tendo recebido diversos ataques de nativos locais e sofrido pela escassez de alimentos em 1586, o que os levou a regressar à Inglaterra.

A primeira expedição colonizadora era composta por homens, muitos dos quais soldados veteranos, que haviam lutado para estabelecer o domínio inglês na Irlanda. O líder desta tentativa de assentamento, Sir Richard Grenville, ficou encarregado de avançar a exploração da área, estabelecer a colónia e voltar à Inglaterra com notícias sobre o sucesso do empreendimento. Mas a colónia atravessou dificuldades por falta de alimentos. Após uma exploração inicial da costa norte-americana, e de uma recepção cordial por parte das populações indígenas ali assentadas, os índios da aldeia de Aquascogoc foram acusados de roubar uma taça de prata. Em retaliação, Richard Grenville ordenou então que a aldeia fosse incendiada.

Apesar deste grave incidente e da falta de comida, em Agosto de 1585, Richard Grenville decidiu deixar Ralph Lane e 107 homens para fundar a colónia inglesa no norte da ilha de Roanoke, onde um forte havia sido construído. Prometeu regressar em Abril de 1586, com mais homens e suprimentos. Todavia, em Abril de 1586, Grenville já havia despertado grande hostilidade entre as tribos vizinhas. Rumores davam conta de que Wingina, cacique da tribo de Roanoke, planeava atacar os colonos antes que estes roubassem seus suprimentos; ao tomar conhecimento disto, Ralph Lane resolveu agir primeiro. Foi até a aldeia de Dasamonquepeuc com seus homens, pretensamente para discutir uma reclamação, e lá dentro, atacaram os índios a traição, decapitaram Wingina e puseram fogo à aldeia.

Em 1587, Walter Raleigh envia uma nova expedição colonizadora de 100 colonos junto de seu novo governador, John White. Nos novos colonos incluía 16 mulheres e 9 meninos. Os novos colonos eram pessoas que haviam investido no projecto, em troca de 500 acres de terra e participação na administração da colónia. Nesse mesmo ano, a filha do governador White, Ellinor Dare, deu à luz o primeiro bebé a nascer em solo americano, Virginia Dare.

Por causa desse acontecimento, o governador embarcou numa viagem de volta para a Inglaterra com o objectivo de espalhar a grande notícia e abastecer-se de novos suprimentos para a colónia. Infelizmente, John White não contava com a guerra que tomava conta das terras inglesas, e que o seu país precisava de todos os navios possíveis para poder combater a Espanha. Era a época da famosa Batalha Invencível, entre a Inglaterra contra a Espanha e Portugal. Época em que Portugal era governado pela dinastia Filipina espanhola.

Devido a essa guerra, o governador John White permaneceu na Inglaterra durante três anos, regressando a Roanoke em 1590, acompanhado por 40 homens. Para a sua surpresa, ao chegar lá, deparou com o local totalmente deserto, sem nenhum traço dos 100 colonos que ele deixara para trás três anos antes, e nem sinais de invasão ou batalhas. Os abrigos e casas não existiam mais, e tudo o que sobrara da colónia foi o alto cercado que envolvia o perímetro de onde Roanoke erguia-se.
0011c44bbe086d14f0c713f4d6dae6bcd4405866_00.jpg

Num dos postes da cerca, foi encontrado nele cravado a palavra "CROATOAN".
Também fora encontrado cravado numa árvore das redondezas, a palavra "CRO".

Motivos do desaparecimento da colónia perdida.

Existem muitas teorias que tentam explicar os motivos de a Colónia de Roanoke ter desaparecido tão inexplicavelmente:

- Toda a população morreu devido a uma doença, o que não faz sentido, pois não foram encontrados corpos no local.

- A colónia foi dizimada por fenómenos naturais, tais como tempestades e furacões, o que poderia fazer sentido se não fosse pelo facto de as cercas ainda estarem de pé quando o governador voltara para a colónia em 1590.

- Os colonos de Roanoke decidiram sair da colónia para viverem com os índios nativos da região. Essa é uma das teorias mais plausíveis, sendo possível que os colonos tenham decidido migrar para outra região.

- "Croatoan", a palavra que fora cravada na cerca do perímetro da colónia, também era o nome de uma ilha daquela área, e também o nome dos habitantes nativos. Não existem grandes evidências para provar essa teoria, como também não há muitas para desmenti-la.

- Os colonos foram assassinados pelos nativos da região. Essa é uma das teorias mais prováveis.

Os espanhóis foram responsáveis pelo desaparecimento da Colónia Roanoke?

Existe uma teoria que apoia que os espanhóis foram responsáveis pela destruição da Colónia Roanoke. Anteriormente no século XVI, os espanhóis destruíram as provas de uma colónia francesa em Fort Charles, na Carolina do Sul meridional, e depois massacraram os residentes de Fort Caroline, outra colónia francesa situada próxima da actual cidade Jacksonville, na Flórida. Mas a teoria não foi levada a sério, porque 10 anos depois do desaparecimentos dos colonos, os espanhóis ainda tentavam sem êxito, procurar a colónia inglesa.

O que se sabe é que a Colónia de Roanoke foi encontrada abandonada, e o destino dos colonos que a habitavam permanece desconhecido.

Conclusão:

Na realidade, Roanoke era uma ilha pantanosa e húmida, sujeita a cheias e tempestades. Durante os meses de Verão, os mosquitos infestavam a ilha e as doenças alastravam entre os colonos. Terá sido essas condições que levaram a migração desses colonos para outras paragens?
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Henry Hudson (1550-1611)

Navegador e explorador inglês, Henry Hudson ao serviço dos mercadores ingleses, empreendeu em 1608 e 1609, duas expedições aos mares árcticos para descobrir uma passagem para a China, pelo nordeste, e ao norte da Ásia, pelo noroeste.
ajaxhelper

Ainda em 1609, Hudson partiu com uma nova expedição financiada pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, e descobriu na América do Norte, o rio que recebeu seu nome: o Rio Hudson.
hudson_big.jpg

Durante a quarta expedição, em 1610, Hudson reconheceu o estreito e a baía aos quais seu nome também está ligado. Ao regressar desta expedição, no entanto, faltaram víveres e a tripulação revoltou-se. Perante o motim, Hudson foi deposto com seu filho e alguns marinheiros num bote e abandonados. Não se soube o que lhe aconteceu. Tinha redigido comentários de suas viagens, que foram editados em 1860.
s500.507.jpg

O que se sabe é que em 1611, após um motim no seu navio "Discovery", Henry
Hudson, seu filho adolescente e seis outros marinheiros são abandonados num
pequeno bote na Baía de Hudson, e nunca mais são vistos novamente.
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Friedrich Wilhelm Ludwig Leichhardt (1813-1848?)

Explorador e naturalista Prussiano, fez três expedições na Austrália, e desapareceu na última expedição: o seu corpo nunca foi encontrado.
leichhardt.gif

Leichhardt nasceu em Sabrodt, então Prússia (hoje Brandemburgo, na Alemanha). Entre 1831 e 1836, estudou filosofia, línguas e ciências naturais nas Universidades de Berlim e de Göttingen, mas não obteve nenhum diploma universitário. Em Inglaterra estudou no Museu Britânico em Londres, e no Jardin des Plantes em Paris. Pesquisou em várias áreas e em muitos países diferentes, incluindo França, Itália e Suíça.

Em 1842, partiu para Sydney de onde organizou três expedições importantes:

A primeira expedição partiu no dia 1 de Outubro de 1844, de Jimbour nos Darling Downs, sudeste da Austrália, e terminou após uma viagem terrestre de cerca de 4800 km em Port Essington, na costa norte, em 17 de Dezembro de 1845.

A segunda expedição começou em Dezembro de 1846, e era suposto percorrer os Darling Downs da costa ocidental e depois ir até ao Rio Swan e Perth. Percorridos 800 km, a expedição foi obrigada a alterar caminho em Junho de 1847 por causa de fortes chuvas, da malária e falta de alimentação. Depois de ter recuperado, Leichhardt passou seis semanas a estudar o curso do Rio Condamine e a região entre a rota seguida por uma outra expedição, a de Thomas Mitchell em 1846 e a rota da sua própria expedição.

Em Março de 1848, partiu do Rio Condamine para o Rio Swan. Leichhardt foi visto pela última vez em 3 de Abril de 1848, em McPherson's Station, Coogoon nos Darling Downs. O seu desaparecimento no interior da Austrália continua a ser um mistério.
h_oz_e_leichhardt_map.gif

A expedição é vista pela última vez em Darling Downs, e as provas sugerem
que a expedição tenha desaparecida no Grande Deserto Arenoso.
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Joshua Slocum (1844-1909): O Navegador Solitário!

Marinheiro, escritor e aventureiro, cidadão norte-americano, embora nascido no Canadá, Joshua Slocum escreveu livros sobre suas aventuras e foi o primeiro a velejar solitário ao redor do mundo.
2014-05-joshua-slocum.png

Joshua Slocum passou a maior parte da sua vida no mar. Quando seu barco, o "Aquidneck", naufragou na costa do Brasil no ano de 1887, ele construiu um barco chamado "Liberdade" (baptizado em português), com o qual voltou com a sua família para Washington. Em 1894 publicou seu primeiro livro, "Viagem da Liberdade" onde descreve esta aventura.
WHAT%20IS%20A%20SPRAY-1.jpg

Em Boston, nos Estados Unidos, Joshua Slocum reformou um barco pesqueiro armado com um mastro, uma vela grande e uma bujarrona avante, e baptizou com o nome "Spray". Em 24 de Abril de 1895 partiu de Boston com o seu navio "Spray" para só regressar em 27 de Junho de 1898, ancorando em Newport, tendo dado a volta ao mundo sozinho, uma distância de 74.000 km, em pouco mais de três anos.
51%2BSUTeLskL.jpg

Em 1899, Joshua Slocum descreveu sua viagem no livro "Sailing Alone Around the World" (Navegando solitário ao redor do mundo),publicado em 1900, um livro com sucesso imediato, hoje considerado um clássico da literatura de viagens. É uma maravilhosa aventura sobre a idade das viagens a vela e serviu de inspiração para muitos aventureiros que vieram depois.

Em Novembro de 1909, Joshua Slocum foi visto pela última vez saindo pelo Rio Orinoco no seu barco "Spray". Presumiu-se que tenha naufragado por uma colisão com uma baleia ou outro barco maior. Foi declarado legalmente morto em 1924. O que se sabe é que em 1909, o velejador Joshua Slocum desaparece após partir de Martha's Vineyard com destino a América do Sul no seu barco "Spray".
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Desaparecimento dos Pilotos Franceses!

Charles Eugène Jules Marie Nungesser, piloto e aventureiro francês, é melhor lembrado como rival do piloto norte-americano Charles Lindbergh. Nungesser teve 43 vitórias em combate aéreo durante a Primeira Guerra Mundial. O aviador Charles Nungesser e o seu camarada de guerra, François Coli (piloto francês conhecido por ter um olho tapado) desaparecem enquanto tentavam realizar o primeiro voo transatlântico de Paris a Nova Iorque no biplano "L'Oiseau Blanc".
5eb193da9b5f9479514905fd04e72729.jpg

O avião partiu de Paris, em 8 de Maio de 1927, e foi avistado mais uma vez pela Irlanda e nunca mais foi visto. O desaparecimento é considerado um dos grandes mistérios da história da aviação, e pensa-se que o avião perdeu-se no Oceano Atlântico.
c442ab2619770123cd87ee273e40b8c7--savoy-cabbage-family-history.jpg

As investigações na década de 1980 sugerem que o avião provavelmente chegou a Terra Nova, e pode ter caído no Maine (E.UA.).
12517602.jpg

Duas semanas após a tentativa de Nungesser e Coli, Charles Lindbergh realizou com sucesso
a viagem, voando de Nova Iorque a Paris, no seu avião "Spirit of Saint Louis".

Monumentos e museus que honram a tentativa de Nungesser e Coli existem no Aeroporto Le Bourget em Paris e nas falésias de Étretat, a partir da qual seu avião foi visto pela última vez na França.
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Roald Amundsen (1872-1928): O Explorador das Regiões Polares

Explorador norueguês das regiões polares, Roald Amundsen liderou a primeira expedição a atingir o Pólo Sul em 14 de Dezembro de 1911, utilizando trenós puxados por cães. Inspirado na leitura das aventuras do explorador inglês John Franklin, que provou a existência da Passagem do Noroeste, decidiu por uma vida de exploração ao desconhecido.
245px-Nlc_amundsen.jpg

Roald Amundsen, explorador norueguês
(1872-1928).

Com 16 anos, Amundsen estudava as regiões polares, tendo como referência a travessia da Gronelândia por Fridtjof Nansen. Embora tivesse frequentado o curso de Medicina, Amundsen decidiu seguir uma vida ligada ao mar e a exploração. Em 1897, com 25 anos, fez parte da tripulação do navio "Bélgica", como primeiro-oficial, na expedição à Antárctida. O navio "RV Bélgica" foi lançado ao mar em 1884 como navio baleeiro utilizando o nome de Patria (1884-1896). Em 1896 foi comprado pelo oficial da Marinha Real Belga, Adrien de Gerlache (1866-1934), e transformado em navio de pesquisa científica com o nome de "Bélgica".
img8.jpg

Amundsen passou o Inverno na Antárctida, entre 1897 e 1899, no navio
a vapor "Bélgica".

Em 1903, Amundsen parte para uma expedição que iria atravessar a passagem que liga os oceanos Atlântico ao Pacífico, na região norte do Canadá, a bordo do veleiro "Gjoa", que foi a primeira embarcação que navegou pela Passagem do Noroeste.
300px-Gj%C3%B8a_i_1903.jpg

"Gjoa" foi a primeira embarcação que navegou
pela Passagem do Noroeste.

Com uma tripulação de seis pessoas, liderada por Roald Amundsen, o navio "Gjoa" atingiu o Oceano Pacífico em 1906, após uma viagem de mais de três anos. Depois da Passagem do Noroeste, Amundsen fez planos para atingir o Pólo Norte. A bordo do lendário navio do explorador norueguês Fridtjof Nansen (1861-1930), o "Fram", partiu da Escandinávia em direcção à Antárctida em 1910.
Fram_lg.jpg

O veleiro "Fram" na Antárctida, na expedição de Roald Amundsen.

O seu grupo passou o Inverno na plataforma de gelo Ross, no local conhecido como a Baía das Baleias. Utilizaram o tempo para planear a jornada e estabelecer depósitos com alimentos, aguardando a partida prevista para a Primavera. Estava a 600 km distante da expedição rival britânica liderada por Robert Falcon Scott que estabelecera-se na Ilha de Ross. O explorador britânico Scott seguia uma rota descoberta por Ernest Shackleton, através da geleira Beardmore em direcção ao planalto Antárctico. Amundsen teve que procurar seu próprio caminho através dos montes Transantárcticos.

Robert Falcon Scott (1868-1912), oficial da Marinha Real Britânica e explorador, liderou duas expedições à Antárctida: a Expedição Discovery (1901-1904) e a Expedição Terra Nova (1910-1913).
captain-robert-falcon-scott-of-the-antarctic-1905-bw.jpg

Robert Falcon Scott (1868-1912), oficial da
Marinha Real Britânica e explorador.

Durante este segundo empreendimento, Scott esteve à frente de um grupo de cinco homens que chegaram ao Pólo Sul em 17 de Janeiro de 1912, apenas para verificar que tinham sido ultrapassados pelo norueguês Roald Amundsen na sua própria expedição. Na sua viagem de regresso, Scott e os seus quatro companheiros, pereceram devido a uma combinação de exaustão, fome e frio extremo.
20121113084019scott.jpg

Grupo de Scott no Polo Sul (18 de Janeiro de 1912). Da esquerda para a direita: (de pé) Wilson,
Scott, Oates; (sentados) Bowers, Edgar Evans.


Roald Amundsen, juntamente com Olav Bjaaland, Helmer Hanssen, Sverre Hassel e Oscar Wisting, atingiram o Pólo Sul, em 14 de Dezembro de 1911. O ponto mais ao sul do planeta foi alcançado numa tarde ensolarada com temperatura ambiente de -23 °C graus negativos, e ventos leves vindos do sudoeste. A bandeira de seda vermelha e azul da Noruega foi fincada na planície branca.
3-3e5b16e3c401a45f82d43878e2df0ab0eb8579f0.jpg

Roal Amundesen no Pólo Sul, no dia 14 de Dezembro de 1911.

Depois de atingir o Pólo Sul em 1911, Amundsen desejava alcançar novas conquistas. De regresso dos Estados Unidos, onde esteve em digressão de conferências, interessou-se pelo mundo da aviação, e em 1914, obteve o seu certificado de voo, o primeiro atribuído a um civil na Noruega. Em 1918, parte para o Árctico, no veleiro "Maud", mas depois de dois anos à deriva, não conseguiu chegar ao Pólo Norte. Em 1925, organizou a primeira expedição aérea ao Árctico, chegando à latitude de 87º 44' N. Um ano depois, foi o primeiro explorador a sobrevoar o Pólo Norte no dirigível "Norge", e a primeira pessoa a chegar a ambos os Pólos Norte e Sul.

Em 1926, Amundsen, Lincoln Ellsworth e o engenheiro italiano Umberto Nobile fizeram a travessia do Árctico no dirigível "Norge". Partiram de Spitzbergen, a maior das ilhas do arquipélago Árctico das Svalbard, em 11 de Maio de 1926.
360px-Airship_Norge_Ny-%C3%85lesund.jpg

Depois de 16 horas de voo, foram lançadas as bandeiras dos Estados Unidos, Noruega e Itália sobre o Pólo Norte. O dirigível "Norge" pousou em Teller no Alasca. A expedição percorreu 5456 km durante 72 horas de voo.

Em Junho de 1928, o explorador Roald Amundsen parte com seu hidroavião em missão de resgate ao dirigível "Itália", que levava a bordo o explorador e aviador italiano Umberto Nobile. Mas Amundsen desapareceu no Árctico. O seu hidroavião nunca foi encontrado. O corpo de Roald Amundsen permanece no Árctico. Quanto ao dirigível Itália, caiu a nordeste do arquipélago Svalbard ao retornar do Pólo Norte. Cinco países enviaram navios e aviões para os trabalhos de resgate dos sobreviventes do dirigível, que aguardavam numa massa de gelo flutuante. Os tripulantes sobreviventes foram resgatados pelo navio quebra-gelo russo "Krassin" em 12 de Julho de 1928, 19 dias após a retirada de Umberto Nobile do local por um avião da Suécia.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Glenn Miller (1904-1944)

Glenn Miller, músico de jazz norte-americano e líder de uma banda de músicos, foi um dos artistas que mais vendeu discos entre 1939 e 1942.
51PEdML6RnL.jpg

Em finais de 1939, Glenn Miller era já um famoso director de orquestra ligeira. O estilo de Jazz que praticava chamava-se Swing, muito popular na década de 30. Este estilo de música era usado em grandes orquestras dançantes, caracterizado por uma batida menos acentuada que a do estilo tradicional do Sul dos Estados Unidos, e menos complexo, rítmica e harmonicamente falando, do que o jazz moderno.

Glenn Miller ingressou no exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, tendo-lhe sido dado o posto de capitão, sendo promovido mais tarde a major e a director da banda da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos na Europa. Os triunfos de Miller nos salões de dança basearam-se em orquestrações doces executados meticulosamente. O som do trombone de Miller, imediatamente reconhecível e muito copiado, baseava-se em princípios musicais muito simples, como foram todos os seus grandes sucessos, incluindo a sua própria composição, "Moonlight Serenade" que nasceu de um exercício que tinha escrito para Joseph Schillinger.
[video=youtube;rjq1aTLjrOE]https://www.youtube.com/watch?v=rjq1aTLjrOE[/video]
"Moonlight Serenade" foi gravada em 4 de Abril de 1939, no RCA Bluebird, sendo um sucesso no
Top Ten nos Estados Unidos, atingindo o terceiro lugar nas paradas da Billboard, onde ficou durante
15 semanas. Glenn Miller teve cinco discos nas 20 melhores músicas de 1939 na lista da Billboard.

Dois filmes realizados em Hollywood, "Sun Valley Serenade", de 1941, e "Orchestra Wives", de 1942, não deixaram de contribuir para aumentar a sua reputação, mas o factor mais importante para a continuação do seu reconhecimento foi a saída em 1953, do filme biográfico, um pouco aligeirado "The Glenn Miller Story".
[video=youtube;aKb-qfwbZ2M]https://www.youtube.com/watch?v=aKb-qfwbZ2M[/video]
"Sun Valley Serenade" (Serenata ao Sol, título em Portugal), é um filme norte-americano de 1941, do
género comédia musical, dirigido por H. Bruce Humberstone e estreado por Sonja Henie, patinadora
artística, que ganhou 10 campeonatos mundiais (de 1927 a 1936) e triunfou nos Jogos Olímpicos de
Inverno de 1928, 1932 e 1936. Profissionalizou-se em 1936 e tornou-se actriz de cinema. Outro actor
era John Payne, que participou em muitos filmes de Western. A parte musical do filme era comandada
por Glenn Miller e sua orquestra.

Em 15 de Dezembro de 1944, o popular músico do Swing Glenn Miller, descola da Inglaterra para tocar para as tropas na França recém-libertada, quando o avião em que estava desaparece sobre o Canal da Mancha.
 

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,475
Gostos Recebidos
11
Testemunhas que viveram no Bunker de Hitler

Heinrich Müller (1900-1945?)

Heinrich Müller foi líder da Gestapo, a polícia secreta da Alemanha Nazi. Planeou e executou milhares de pessoas no Holocausto. Foi visto pela última vez no Bunker de Hitler, em Berlim, em 1 de Maio de 1945, e permanece como um dos poucos líderes nazis de alto escalão que nunca foram capturados.
fYHCaKY.jpg

De acordo com Johannes Tuchel, director do Memorial à Resistência Alemã, Müller morreu um pouco antes do final da guerra: a análise de documentos da época mostra que o seu corpo foi sepultado provisoriamente em Agosto de 1945, nas proximidades do antigo "Reichsluftfahrtministerium", e depois levado para o Jüdischer Friedhof Berlin-Mitte.

O que se sabe é que Heinrich Müller, líder da Gestapo e um dos ocupantes do Bunker de Hitler, é visto pela última vez no dia seguinte ao suicídio de Hitler. O seu arquivo na CIA e documentos relacionados avaliam que, apesar de seu destino não ser conhecido, provavelmente morreu em Berlim nos primeiros dias de Maio de 1945.

Constanze Manziarly (1920-1945?)

Constanze Manziarly, cozinheira de Hitler, desaparece enquanto tentava fugir de Berlim após a invasão soviética e a derrocada da Alemanha Nazi. Supõe-se que tenha sido violada e assassinada por soldados soviéticos num dos túneis do metro de Berlim.
1.jpg

Constanze Manziarly nasceu em Innsbruck, na Áustria, e começou a trabalhar para Hitler, de 1943 com sua estada em Berghof até aos seus últimos dias no Bunker de Hitler em Berlim, em 1945. Hitler solicitou pessoalmente que Constanze Manziarly, juntamente com as secretárias Gerda Christian e Traudl Junge, abandonassem o Bunker em 22 de Abril, sobre alegações de que ele temia pela sua segurança.

A cozinheira de Hitler fugiu do Bunker em 1 de Maio de 1945. O seu grupo foi liderado por Wilhelm Mohnke, das SS, e seguiram para norte até se encontrarem com outro grupo do exército alemão em Prinzenallee. Nesse grupo estavam o Dr. Ernst-Günther Schenck e as secretárias Gerda Christian, Else Krüger, e Traudl Junge. A secretária de Hitler, Traudl Junge, lembra que viu Constance Manziarly saindo com seu grupo dois dias antes, vestida como um soldado.

Traudl Junge, nascida Gertraud Humps (1920-2002), foi a última secretária pessoal de Hitler entre 1942 e 1945, tendo fornecido muita informação documentando sobre a vida do Führer para fins de registo histórico. É uma das testemunhas que afirma que Hitler morreu no Bunker de Berlim.
9d8aac88626560aea2ad0116ed9bb7a3.jpg

Em 1942 Traudl Junge foi a uma entrevista de emprego na famosa "Wolfsschanze" (Toca do Lobo), o centro do planeamento militar nazi situado na Polónia. Hitler escolheu-a sobretudo por ela ser originária de Munique, sua cidade alemã preferida e em certa forma o seu lar. Após o fim da guerra, em 1945, foi detida pelos soviéticos e depois pelos americanos, antes de se mudar para a Alemanha Ocidental, onde passaria o resto da vida.

Traudl Junge foi co-autora, com Melissa Müller, do livro "Até a Última Hora", publicado no Brasil, pela Ediouro, com o título "Até o fim". Neste livro, Traudl Jungle fala dos últimos dias de Hitler, e relata a sua vida como secretária do ditador alemão. Em Portugal, foi publicado pela Dinalivro com o título "Até ao Fim: Um Relato Verídico da Secretária de Hitler". Traudl Junge faleceu em 11 de Fevereiro de 2002, em Munique aos 81 anos. O seu corpo encontra-se sepultado em Nordfriedhof Muenchen, em Munique, na Baviera (Alemanha).

Na série de televisão "World at War" (O Mundo em Guerra), que através dos seus 26 episódios, abordava a Segunda Guerra Mundial, foram entrevistados grandes nomes da guerra, entre os quais, incluem a secretária de Hilter, Traudl Junge. A série planeada em 1969 levou quatro anos a ser produzida, tendo a sua estreia na ITV em 1973, com um custo de 900.000 libras. A série de televisão foi narrada por Laurence Olivier. Teve a produção de Jeremy Isaacs com a Thames Television.

[video=youtube;67wEwfo-a8U]https://www.youtube.com/watch?v=67wEwfo-a8U [/video]
 
Topo