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Dealema

helldanger1

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A Batalha
Dealema

De corpo são e mente sã,
Vamos avançar, vamos construir o amanhã
É a batalha não vai parar,
Corpo são e mente sã, construir o amanhã

Detenção, alta tensão, perigo de vida
Choque de doses letais de energia
Segunda vinda, bem-vindo à terra prometida
Não há saída, é perfeita a sintonia de Dealema
Renegados do sistema, é grande cena
Em qualquer arena ou druida
O alquimista faz a mistura química
Moldando sentimentos na batida
A rima é transformada em elixir da longa vida
É o dote lírical do sacerdote liricista
Começa a odisseia, soltem a primeira pomba branca
É o sinal de esperança, a seguir à tempestade vem a bonança
Tudo que sei é tudo que tenho, é a minha herança
Pra humanidade, poeira lançada nos cosmos, sementes de fertilidade
A necessidade de sugar informação ao núcleo
Para materializar pensamentos em bruto
Na Meca, inter-galáctica biblioteca,
Cassiopeia andrômeda de alfa a ómega
Começa a saga, sobre a forma de palavra
Vou activando o meu charter da garganta
Quando retiro o antídoto do veneno das serpentes
Sussurram por entre os dentes,
vou circuncizando mentes (Circuncizando mentes!)

Já vi este movimento sem ninguém
Ao frio e ao vento como terras do alem
O amor mudou e as fases também
Mas eu continuo a ser quem
Sou o mesmo de sempre
Não quero nada em troca
Vivo à custa dos sentimentos de quem fundo me toca
Por dentro os arrepios são intensos
Abraços, corpos quentes,
Esta é aquela ***** que tu realmente sentes
Juras ou mentes?
Eu não minto nem juro, rumo ao futuro
Amor verdadeiro procuro no dia-a-dia poderia
Te fazer transbordar de alegria
Respiro por ti, sonho contigo noite e dia
Às escondidas, percorremos avenidas
Dediquei-te as palavras mais bonitas e sentidas
Agora, sinto a tua fragrância que me ficará na memória
Para sempre guardada como as horas de glória

De corpo são e mente sã,
Vamos avançar, vamos construir o amanhã
É a batalha não vai parar,
Corpo são e mente sã, construir o amanhã

Porque um Deus do conhecimento no cérebro de quem poder
Para alem da nuvens mais cinzentas e de todas as chuvas que aparecer
Faço chover, invoco espíritos, dos laços de memórias
Rodeado por pensamentos mágicos
Festas fantasmagóricas, acontecimentos trágicos
Levados por ventos 360º intensos
Unidos formamos raios de energia que lançamos para o cosmos
Fazem despertar os nossos sentidos remotos
De anciões, ciclones e trovões, núcleos crescem terramotos
(?) ao som de violinos majestosos, aferindo-nos ,
trompetas de estilhaçar vidros
Pombos ferozes e corvos de mil vozes afastam inimigos
Olhando a lua no céu vejo uma princesa toda nua
Com uma coroa na cabeça formada por estrelas
Ofereço-te pérolas e rubis pela tua beleza
Até me invadirem lágrimas de felicidade
Que sufocam a minha tristeza da apatia deste mundo
Ao qual eu me abstenho,
Às vezes tudo aquilo que eu partilho é tudo aquilo que eu tenho
Amor ofereço-te todo o meu calor que aquece multidões
É mais forte que as chamas imitadas das 7 cabeças dos dragões
Demónios enganam gerações e gerações
Serão decapitados por palavras que se movem como espadas
Cuidado! Podes ser a próxima vitima,
Tentado pelo poder e mordido pela ganância
Hipócritas cospem-te nas costas
Eu cuspo sangue na cara porque eu não sou cínico
É o poder lírico, 2º piso é mesmo assim
O estilo dealemático a fechar o tasco
Observa o pentágono a atingir o ponto máximo, grande cena
 

helldanger1

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A cena toda
Dealema

Nós Temos
Nós Vamos
Tentamos
Criamos

Nós Temos
Nós Vamos
Tentamos
Criamos

Houveram tempos frios e nós sozinhos
A fundação no mundo dealema 5
Durante tempos e momentos mais escuros
Iluminados por abraços puros
Familiares e amigos, críticas ou elogios
Aprendemos com tudo aquilo que foi dito
Multiplicamos tudo o que sentimos por isto
E dividimos tudo em corações no infinito
O sentimento é mutuo quando utilizamos palcos
Um sincero obrigado, pelos vossos aplausos
Cada sorriso, cada olhar, cada brilho
Vou para o eterno quando a morte for comigo
Temos orgulho naquilo que somos
Para onde vamos não sabemos
Mas irão haver muitos encontros
Nova Gaia, Invicta estandarte da vida
Respiramos juntos em cantos de alegria


Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude


Vocês são a razão principal
Pela qual
Batalhamos diariamente
Porque atrás vem sempre gente
Do litoral ao interior
Vamos a todo o vapor
Não poupamos em esforços para partilhar o valor
Entre B-Boys e MC's
Writers e DJ's
Latas e vinyls
Canetas gastas e rascunhos de papeis
Nós mantemo-nos fiéis desde 96
Incentivando putos como mandam as leis
Mano sei que nos sentes tambem te sentimos por perto
Vemos em ti o reflexo imenso deste projecto
Nós somos tantos
E ao mesmo tempo tão poucos
Porque ainda há quem insista fazer menos e ser mais
que os outros
É fodido enfrentar este fogo agressivo
Senão fosses do deserto eu nem estaria vivo
Podes contar comigo tamos juntos nesta guerra
Na paz, e na alegria e na tristeza
É uma *****
Porque Deus quando parte
É para todos igual
Não cabe a homem nenhum
Decidir o nosso final
Vamos em frente
Rumo ao sol nascente
Em busca de boa gente
Antes que o cinzento na cidade se torne permanente
Quem nos tentar dividir não deve tar consciente
Das graves consequências que isso acarreta para a
mente
Nós construímos o futuro no presente
Dealema está de volta com a mesma cara de sempre


Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude


Esta vai para todos os que acreditaram em nós
Para todos os que nunca nos deixaram sós
Para quem se sente representado pela voz de Dealema
Vossos advogados de defesa
Para vocês pego na caneta e escrevo esta letra
Temos a vossa confiança não dizemos treta
Selo de garantia para quem nos inspira
Obrigado pelo apoio, respeito e simpatia
Pela comparência nos concertos e ovações
Estas rimas são dos nossos para os vossos corações
Como agradecimento, pelo reconhecimento
O nosso suor em prol do movimento
O vosso amor engole os maus momentos
Damos tempo ao tempo cientes do nosso talento
Desculpem a demora não estava na hora
Tivemos a limar as arestas até agora

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Mano best, caveira, mota e destruidor
Juntos ou separados espalhamos amor
Aldoar, Ramalde e Fonte da Moura, grande onda
No bairro todo o sonoro bomba
Obrigadão Quebrantões, marquês, ratos do beco
Sem vocês não curtia tanto os concertos
Saudações gente da grande Lisboa
Quando vamos aí oh mano é grande loucura
Pessoal de Gaia e Beira Rio
Esta corja não se ensaia tem outro brilho
Pó ppl de Espinho, Viseu e Matosinhos
E todos os sítios onde somos bem acolhidos
Um abraço pardelhas, Alentejo, Geração do Algarve
No Verão tragam uma grade
Movimento hardcore activista
Porto arredores e lisa longa vida
Custóias e Senhora da Hora
Todos os que tão de saco hey
Aguentem o barco
Para a minha mãe, minha avó e meus dois irmãos
E toda a gente aí fora que está no coração
Toda a gente aí fora que luta a opressão
E toda a gente aí fora que está no coração
Toda a gente aí fora que luta a opressão
Vocês sabem quem são
 

helldanger1

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A cova que eu cavo
Dealema

Refrão 1:
Sonhos de infância que vemos a desvanecer
E o tempo que parecia parado agora passa a correr...


Enquanto caminhas com o sol à frente
Viras costas à destruição e ao desmoronamento
A vida é como é, como conheces, como aprendes
Até que ponto estás atento?
Ainda te dás ao trabalho de olhar para trás
Será que queres saber mais?
Põe em causa toda a tua infância, toda a tua vivência
Sabes que existe mais
Para além do horizonte que é imposto
Para além do acreditar no que é suposto
Para além das chaves, muralhas ou grades, berços de
ouro ou cicatrizes no rosto
Já contaste os amigos que tens?
Quem morreria por ti? Quem te quer bem?
A amizade é sólida como uma rocha quando a verdade não
é hipócrita
Vês pessoas vitimizadas que pedem satisfação com a
riqueza na mão
Quanto mais sabes, mais sofres
Quanto mais vives intensamente, mais morres por
dentro
Bem-vindo à vida, 360º graus de sentimento
Limpa a raiva da cara
Pergunto de novo: até que ponto estás atento?
Será que o teu coração aguenta suportar, sentir que
tudo está mal?
A infelicidade na alienação a uma vida normal é
brutal
Não perdi a fé no homem, mas a desilusão rouba-me a
energia
Bato no fundo, respiro fundo, saio do fundo salvo pela
vida


Refrão 2:
O mundo é estranho, a vida é sentimento e lixo
Uma fracção de tempo num só pensamento torna tudo
limpo
Espaço e vento, perdes a noção do que vais vendo no
caminho
Cristalino, a lágrima descarta o sofrimento


Toda a gente quer que eu seja aquilo que eles querem
que eu seja
Não frequento a igreja
Não tenho intermediários
Falo com Deus directamente do meu santuário
Chamam-me reaccionário
Mas se é assim foi por ter pensado por mim
Ter tido a coragem de ser diferente
Lidar com a rejeição, seguir em frente
Não quis ir de negro até à Universidade
Ao funeral da minha integridade pessoal
Já quis seguir pegadas
Agora crio as minhas passadas
Crianças são limitadas por uma falta noção da
realidade que as rodeia
Criam barreiras entre a sua mente e imaginação
Vemos escolas em degradação


Refrão 2:
O mundo é estranho, a vida é sentimento e lixo
Uma fracção de tempo num só pensamento torna tudo
limpo
Espaço e vento, perdes a noção do que vais vendo no
caminho
Cristalino, a lágrima descarta o sofrimento


Refrão 1:
Sonhos de infância que vemos a desvanecer
E o tempo que parecia parado agora passa a correr...
 

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A fonte
Dealema

Filho de josé pereira e clara cerqueira,
Renascido das cinzas, pra um dia voltar a ser poeira
A linha que melhor me define é real e verdadeira
Megalomania sem claustrofobia à minha beira
Minha parceira: a humildade, melhor amigo: o trabalho
Eu abracei o microfone, mas comecei pelo soalho
Diferente, inteligente, com distinto quociente
Rico por dentro como subsolo do médio oriente
Não julgo livros pela capa, seu interior é sumarento
Saiu-me o tiro pela culatra, outro no pé ao mesmo tempo
Não tenho palas, tenho valas para crânios cadavéricos
Como para faces repletas de todo o tipo de cosméticos
Produzo bombas sonoras, que há muito ignoras
Das quais não tocas, como a rádio, a determinadas horas
Música é a minha vida e a minha vida é música
Muito mais do que um negócio ou fama de figura pública.

A fonte, a dádiva, o ódio, o amor
A solidão, a dor… guerreiro genial
A luz, o medo, a ilusão ao sonho
Do berço ao túmulo… sou especial

(ex-peão)

Escolhe a tua máscara e entra na facha
Eu deixo-te escolher a tua campa
Eu dou-te estaladões vindos do nada
Que batem mais do que andares a cheirar essa branca
Mal traçada, a jugular rebenta,
Jorra sangue pras paredes e pras folhas da sebenta
E eu parto, não entro em modas, entro em zen
Subo ao palco, gunas abrem rodas de slam
Não venhas dar a missa ao padre
Fundo movimentos como sei das tuas bases sem me ter suicidado
Na verdade, estou no limiar da sanidade
Prestes a saltar do outro lado, está calado
(shhhiu) tenho que me concentrar,
Estas vozes que me falam ao ouvido já estão a gritar:
Pára, sente a vibração porque é rara
Causo avarias no sistema… dealema

A fonte, a dádiva, o ódio, o amor
A solidão, a dor… guerreiro genial
A luz, o medo, a ilusão ao sonho
Do berço ao túmulo… sou especial

M… a… z… e
Mais atitude, zero ego
Convicto percorro o meu caminho com fé
Com valores humanos que nunca renego
A minha luta é contra a falta de sentimentos
Abro a porta do teu coração com pensamentos
Mais profundos que os abismos da alma
Mais astutos do que sábios com calma
Trago tácticas de sobrevivência urbana
Altero consciência nesta era desumana
Operação mental de decantação alquímica
Metal, transmutado, fim da escravatura psíquica
Do caos, da dor, do engano, da miséria
Emerge um novo mundo: os teus sonhos matéria
O tempo não existe, mente e corpo em simbiose
Ergue-se a fénix, começa a metamorfose

A fonte, a dádiva, o ódio, o amor
A solidão, a dor… guerreiro genial
A luz, o medo, a ilusão ao sonho
Do berço ao túmulo… sou especial

(eu sou) o quinto anjo.. fusão
Mosto megacéfalo, com fome de som
Poeta encapuçado, vocábulo envenenado
Uma alucinação visual e acústica do diabo
(eu sou) hipocentro que te abala por dentro
A sensação de choque que percorre o teu esqueleto
O meu fetiche pelo terror martela-me o cérebro
Desci à terra porque cristo tem fobia de pregos
(eu sou) alinhamento perfeito fora de ângulo
Vândalo quando canto, sonâmbulo quando ando
Manipulo músculo verbáculo (?)
Como um testículo ejaculo alfabeto diabólico para o óvulo
Tentáculos incrédulos especulam o meu cálculo
Não me atingem um verbináculo (?) mental nem a binóculo
Terráqueo sem vínculo do berço ate ao túmulo
Engole o fogo do meu íntimo.. inspector mórbido.

A fonte, a dádiva, o ódio, o amor
A solidão, a dor… guerreiro genial
A luz, o medo, a ilusão ao sonho
Do berço ao túmulo… sou especial
 

helldanger1

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A fundação
Dealema

Bem-vindo ao rés do chão deste prédio,
aqui começa a revolução, isto é a sério
indica acesso à recruta de soldados de rua
tu és mais um, e esta é a sub cultura
o rés do chão, é a linha da frente
onde B-boys fazem movimentos potentes
movem sentimentos(frente a frente)
os rebatadores criam pistas aéreas
fazem tremer a terra como máquinas de guerra
batalhão de minas e armadilhas
sente o cheiro de borracha queimada, das sapatilhas
manobras mortíferas
o corpo são, a mente sã
mesmo assim perigosos, como víboras
em vários tipos de solo, até cimento
quem os defrontar vai ver o vermelho, no cinzento
os alicerces, lutadores de rua
estes são os mestres, a próxima cultura
é EPS

(Primeiro piso) é o esquadrão de propaganda submersiva
planeiam os ataques nesta célula activa
pra mais uma investida, mais um bombardeamento
temos mapas, horários e todo o equipamento
turnos diurnos, estratégia de combate
soldados e uns atiradores aperfeiçoam a arte
desta componente gráfica, estética, técnica
colorir a cidade sempre, com certa ética
em turnos nocturnos, passamos à acção
(Plutão, alerta máxima de prontidão)
armas, soldatas, marcadores e autocolantes
posters e moldes com mensagens importantes
temos luvas e gorros, pra passarmos incógnitos
missão de invasão, à estação de comboios
inspiração, provém dos nossos laboratórios
passem o segundo piso, e escutem só os sonoros

Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido

Bem-vindo o nível dois, laboratório, sonoro
DLM colectivo, a força do qual incorporo
tubos de ensaio, formas de notas multicolores
químicos,vapores, centenas de cientistas produtores
objectos, estudam as sonoras
e seus efeitos secundários, com pressão de amostras
em hinos revolucionários
ascendemos com o sol, renascemos com a lua
o cansaço não atenua, até que o ritmo te possua
na rua escola, trabalho, metro au autocarro
manos juntam-se no bloco ao som da assalto ó rádio bravo
é a produção, é a coligação entre postos
entre que diferentes tribos
veio os médios e nobres
necessária precisão, perspicácia, ilusão, eficácia
ser mais minucioso na prática
disciplinada e autentico, na forma de compor
leva esta remessa de batidas para o piso superior

(Terceiro piso) departamento tri-arquivo
incrivel, decifra o código
ejecto o sonoro a fundo, nano ó tecnológico
a estratégia é ditada ao timbre de guerra
coordenação do som, super-digital, vocal
FM, esquece agora a frequência, é DLM
microfones alinhados, em silêncio ninguém geme
(tudo a postos) a ansiedade escorre pelo rosto
(tudo pronto) transmitimos ao sinal do bombo
iniciada a revolução dealemática
cobiçada por 51 pinoples na área
não vêem nada, muda a operação, é camuflada
de novo, caçou-se o teu bairro, moço alerta
citadino, antena aberta
é a arte da guerra, compacta, segunda vinda
saturas-te o novo estado mental
és tagado, digico, se nóbio, é o nível quatro


Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
 

helldanger1

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A Grande Tribulação
Dealema

Foi como todo Universo submerso na escuridão
No dia em que o planeta alterou o seu eixo de rotação
Não sobrou intacta uma torre de alta tensão
E assim nasceu um motim nos dias do fim da televisão
Cadáveres acumulados em corredores de hospitais
Sem energia para reanimar quem perdera sinais vitais
Bancos tomados de assalto, sangue fresco no asfalto
Crianças choram com medo em pânico e sobressalto
Casas barricadas, tábuas cobrem todas as janelas
A noite é guerra sem tréguas, vigilância à luz de velas
Era dos poucos sentinelas vivos naquela região
Outros partiram para a montanha e formaram rebelião
Mantido no sótão a acumular mais informação
Num diário de bordo de acordo com o protocolo da minha missão
Na rua começa a luta por mantimentos e munições
Humanos salivam furiosamente em cerebrais disfunções

Não sabia que podia haver o dia em que o céu era cor do sangue
O pânico chegou num instante
Idosos não resistem aos destroços, foram mortos
Há fogo na cidade, a noite é arrepiante
Lagartas de aço esmagam restos mortais
A carne presa na blindagem dos tanques atrai os cães
A fúria da população é alucinante
Pinto o quinto círculo do inferno de Dante
Vejo animais carbonizados por cocktails molotov
Em pilhagens há demónios com fome
Vejo o reflexo das chamas nos olhos de uma criança
Que arrasta o pai pelo chão, é tarde demais
Mais um órfão da destruição humana,
Altifalantes anunciam paz nas ruas, liguem os canhões de água
Tudo aquilo em que acredito teve o fim naquele dia
Tive que matar o meu melhor amigo, sobrevivo

O que é que vais fazer quando a energia cessar e a escuridão emergir?
Ninguém te irá socorrer, vai-te já preparando para o que virá a seguir

Tento manter a calma, não entrar em choque
Deambulo pelo caos, sinto o cheiro da morte
Sigo os animais em fuga para a Natureza
Dentro de mim grita o instinto de sobrevivência
Tenho que encontrar abrigo, acender uma fogueira
Escavar uma trincheira para escapar à hipotermia
Em busca de um refúgio sem GPS ou bússola
De dia sigo o sol, à noite guio-me pela ursa
Maior, Orion, Polaris, Cassiopeia
Recordo a infância e livros de astronomia
A prioridade é a segurança, afio uma lança
Com um canivete suíço, que trago sempre comigo
Às vezes repouso o corpo, mas a mente não descansa
Colho bagas, mato a fome, mas a sede pede um rio
Não desisto, a necessidade aguça o engenho
Sobreviver agora só depende do meu empenho

2012 não foi o fim do mundo
População em sono profundo, escrava do fundo
Monetário Internacional
Agora formei comunidade, fora de uma cidade em caos total
Os donos destes mundo levaram a avante
O plano de destruição fez correr o sangue
Dos espectadores às suas ordens
Viemos das prisões e correntes na Inquisição
Às mentes alienadas dos jovens pela televisão
E agora despertam do coma e os que se apercebem
Sentem revolta, querem de volta a liberdade
Nesta comunidade, permacultura e naves terrestres são uma realidade
Sem depender de electricidade, excluir com certeza
Outras formas destruidoras da natureza
Reconstrução do planeta de forma lucrativa
Na nova economia, aqui a vida é gratuita

A pobreza, impossível outro nível de consciência
Com base na auto-suficiência
Criei colectivos para gerir recursos naturais
Ambientar água, solos, plantas, animais
Sociedade de consumo rejeitada, auto-gestão
Porque a vida é uma dádiva divina, uma criação
E a terrível especulação do mercado nos priva
Mas um dia este lugar deixará de ser utopia
 

helldanger1

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A Última Criança
Dealema

Eu vejo a nova geração levar o tempo em vão
Uma nação liderada para a escuridão
Eu vejo no futuro mano uma abominação
No novo nascimento nasce a luz para a salvação
Coração é o abrigo que aquece a solidão
Não dês um "passo-bem" a uma criança sem mão
A indiferença, escravidão da nova educação
O egoísmo conta flores no jardim da maldição
Filhos que mendigam por afecto,
Pais não têm tempo, tempo muda para amanhã
O céu coberto, um gesto, um sorriso, um choro, uma palavra
Um cheiro, um sonho, uma infância abençoada
A inocência de uma lágrima evapora
A ferrugem que corrompe a mente humana é desumana
Ainda vamos a tempo, este é o hino
Um minuto de atenção pode mudar um destino

Ainda há esperança na última criança
Na sua herança mora a boa aventurança
Pró futuro da raça o ódio é uma ameaça
O amor é a chama, a hora de mudança (x2)

Tu és bravo, puto persegue o teu sonho
Não te limites a um cenário medonho
Imprime o teu cunho, reflecte o orgulho
Que vem do empenho do trabalho feito a punho
Tu podes ser tudo que te propuseres
Tu podes ter tudo aquilo que tu quiseres
O livro da vida está em branco á tua frente
Escreve-o sempre com o fim feliz em mente
Não permitas que o passado seja um obstáculo
Deixa essas memórias serem sugadas para o vácuo
Vive com brio, brilha neste mundo sombrio
Ilumina o caminho dos que trazes contigo
Mesmo quando pareças perdido nunca esmoreças
Mantém a visão, por favor não te esqueças
Que o futuro deste planeta depende de ti
Por isso absorve as rimas que te deixo aqui

Ainda há esperança na última criança
Na sua herança mora a boa aventurança
Pró futuro da raça o ódio é uma ameaça
O amor é a chama, a hora de mudança (x2)

Trabalho com empenho
Para um filho que ainda não tenho
Sempre puro e sem engenho
Na relação que mantenho
Dar-te-ei um lar com as condições que nunca tive
Educação exemplar, que disso ninguém duvide
Serás tu quem decide, todo o homem nasce livre
Serei o teu melhor amigo, que nada te intimide
Faremos longos passeios, o nosso melhor desporto
Vestidos a rigor, no estádio do nosso porto
Dar-te-ei conforto até que o meu corpo caia morto
Dou por mim absorto, perdido, imaginando o teu rosto
Mostrar-te-ei ferramentas de múltipla escolha
Neste mundo selvagem, não viverás dentro da bolha
Procurarei incentivar as tuas aptidões
Estarei lá para confortar as tuas más decisões
Dou-te mimos e sermões, aniversários com balões
Entre berlindes e piões, carrinhos e aviões

Ainda há esperança na última criança
Na sua herança mora a boa aventurança
Pró futuro da raça o ódio é uma ameaça
O amor é a chama, a hora de mudança (x2)

Hoje não ligamos a televisão
Sonhamos sem nenhuma limitação
Nem me acredito que já estas ao meu lado
Estar contigo é sonhar acordado
Olho nos teus olhos e encontro o prazer de viver
Desde o dia em que eu te vi nascer
Não pode haver um sentimento mais puro
Esqueço o passado, o presente, o futuro
Antes de teres nascido tinha sonhado contigo
Dizem que é o fim do mundo, quero ser o teu abrigo
Estou aqui para ti estás no meu coração
E quando eu não estiver presente escuta esta canção

Ainda há esperança na última criança
Na sua herança mora a boa aventurança
Pró futuro da raça o ódio é uma ameaça
O amor é a chama, a hora de mudança (x2)
 

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Amo-te
Dealema

(Refrão:)
Música, eu nasci p'rá musica, para te ver sorrir e a sonhar.

E se escutares com atenção tens o bater do teu coração na minha música

(bis)x1

Dedico este som a alguém que conheci,
alguém que a partir desse dia nunca mais esqueci.
Saliva eu perdi, dinheiro eu gastei, mas nunca, nunca me importei
porque sei que sempre te amarei, em quatro anos entrei na loucura
luta dura contra tudo e todos
filmes eu passava para te ver a sorrir e a sonhar,
que doce esse teu olhar.
Força, nunca desistas há muito que caminhar a vida é
longa e o tempo nunca vai parar
se alguém um dia te disser que te esqueci,
chora pois, nesse dia eu morri.
Lágrimas chorei na boca encantos afrodisíacos eu lancei,
no ponto eu toquei,a ti te conquistei,pela melhor fase da minha vida eu passei.
Erros cometidos,sem serem resolvidos eram esquecidos,
culpa minha,andava cego,não via que eras a rainha de todo o meu reino
e sem saber porquê perdi todo o paleio.Receio nunca mais te ter,creio
que todo o sentimento de revolta em mim te vai atingir.Ouve com atenção,
se ele nasceu p'rá música,então eu nasci p'ra ti,só p'ra ti.
Musa inspiradora de todos os meus prazeres.Dona e senhora a ti te
deixo esta canção,que nada é mais que a libertação de um sentimento,
p'ra todos os que sabem o que é este sufoco,o que é viver com pouco
e é o que sinto,e é por ti(e é por ti)

(Refrão)

Da roseira nasce a rosa,da lua nasce o luar
da mulher nasce o homem e eu nasci para te amar
Há quem diga que nada merece as nossas lágrimas.
seres falsos queimam em câmaras magmáticas.
Corrida contra o tempo da porta da loucura
e eu fui à procura de alguma amargura,foi encontrada!
fui encantado por um pózinho mágico que por uma fada foi lançada.
Eu fui levado e abençoado nas mãos de alguém que me fez homem
acarinhado como de mãe p'ra filho,era.
Sem estrilho caminhava pelas ruas deste mundo,contigo,um segundo
era uma eternidade,juntos caminhávamos para o bem desta irmandade
tudo era claro,nada mais havia a acrescentar,aos poucos tudo se veio a degradar,
não quero nem pensar,mil desculpas pelo que te fiz passar.
Processo original de arrependimento,passo concluido,dito,produzido,com peso e medida
vejo o guia que me controla,ciclo vicioso que gira como uma bola,
sistema harmonioso que nos enrola. a vida contigo quero passar, o passado
contigo e só contigo quero rasgar.
P'ra quê matutar no que passou,o que interessa é o que se vai passar
ya p'ra quê lembrar.noites a agarrar em ti p'ra não fugires,junto a ti, conto algo para te rires.
Se algum dia quiseres e saíres daquela porta,todo o meu reino vai caír,
toda a corte se vai rir,todo o meu ser será eleminado, cuidado!
Algum dia o amor vai ser perfeito, p'ra essa doença eu receito o ritmo influencia.
Mas nada feito, tudo a preceito,há um mundo imperfeito. com dignidade, pelos caminhos da verdade escrevo o que vejo e não o que invejo
porque sempre fui bem verdadeiro,assim me despeço.
Querendo ser o teu parceiro,e p'ra sempre.

(Refrão)
 

helldanger1

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Anatomia do Espírito
Dealema

Os livros da nossa escola sempre esconderam a cara
Só nos mostravam a coroa dessa moeda roubada
Monopólios e banqueiros em África como aqui
Quanto mais exploram lá mais força têm contra ti

Tantas mentiras falsas doutrinas
Disciplinas inúteis e impigidas
Comungado como julgo
Estes putos são tratados tipo escravos condenados ao
lucro
E crescem como o ramo morto
De uma economia que os guia para o trabalho e para o
matadouro
Não existem miúdos burros
Apenas educações estupidas e alunos cheios de dúvidas
Caga na religião e moral
Dou-te alimentação e orientação espiritual
Após a morte lutadores conhecem o criador
Longe do sangue e do mal
De volta ao mais alto ideal
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Não tás sozinho eu estou contigo
Tu és divino, eu sou divino
Ninguém tem de ser escravo do destino
Eu acredito...
Abrimos estradas nunca antes percorridas
Não nos limitamos a seguir pegadas doutros indíviduos
Agarrar opurtunidades
Crescer em força com toda a dignidade somos criativos
Esta é a nossa anatomia
Feitos de sonhos desejos não somos mercadoria
Crianças têm de viver sem medos
Com esperanças em falsos deuses e a natureza como
aliança
Qual é a diferença entre a sala de aula e a cela?
É quase igual, uma jaula e uma janela
A nossa causa não irá provar a derrota
E esta luta significa agora mais do que nunca
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Não tás sozinho eu estou contigo
Tu és divino, eu sou divino
Ninguém tem de ser escravo do destino
Eu acredito na liberdade
Juntos vamos criar um sítio mais propício a
felicidade
Não é o enpobrecimento que causa movimento mafioso
Nos bairros e guettos urbanos gangs organizados
Os nossos manos na prisão quando saiem não há
reinserção
Lidam com a exclusão
Olhando o vazio de coração frio
Tremendo mentalmente
Parece que ainda estão lá dentro
Tá tudo a toa meu irmão
Não te vou enganar e aclamar que tás na boa
É tudo bom, porque a minha vida que está em jogo aqui
A minha família que está em jogo aqui
Um dos meus poucos prazeres é defender
Com unhas e dentes os meus
Deus me perdoe se tiver de matar
Mano eu morro aqui

Temos de continuar a manter o sonho vivo
Eu acredito na liberdade
Temos de continuar a manter o sonho
Acredita na tua capacidade

Temos de continuar a manter o sonho vivo
Eu acredito na liberdade
Temos de continuar a manter o sonho
Acredita na tua capacidade
 

helldanger1

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Bófiafobia
Dealema

What are you here for?
I'm here to kill you

Hey!
Existe um policia adormecido dentro de cada um de
nós,
E ele deve ser abatido
Morre um no Cerco, morre outro em Aldoar
É tempo de perguntar o que é se tá a passar
Há abuso da autoridade,
Brutalidade, nas rusgas aos bairros sociais da cidade
Agentes intimidam inocentes com cacetetes
Dealers despejam droga nas retretes
Agua! Agua!
Soam as sirenes
Vem um carro dos judites, vem um carro do INEM
Rusga, pé na porta, bófia vasculha
Não importa, se é gente boa ou pulha
Força bruta, seja guna ou ****
Tudo em fila, pia fino ou ainda levas com a batuta
Geninhos sem cabeça, decapitam a presa
Matam com tinto a sede de violência
Passam multas, enquanto mulheres ficam viúvas
Tão nas calmas, enquanto ressacas roubam casas
É só fachada, corrupção organizada
Porque o maior furto, é o do polícia corrupto
São os guardas prisionais que levam o produto
Quem foi dentro também tem acesso a tudo
Putos injectam na penitenciária
Gajos de pasta ficam em domiciliária
A rua não tem medo, da retaliação
Para cada acção, existem a reacção

Agimos motivados pelo medo
Desta nova babilónia, a bófia
Agimos motivados pelo medo
Podes vê-los bem cedo
Engole em seco

Não queremos
Mas raiva é o nosso estado mental
Pois vivemos numa sociedade policial
Prejudicial, à saúde emocional
Condenam os nossos crimes
Cometem outros muito piores
E quem se safa?!
Quem tem a massa
Menores são detidos
Por pequenos delitos
Numa instituição de correcção
Será que a punição levará a algum lado
Sairá curado ou mais revoltado
Não deposito confiança em distintivos nem fardas
Somos instintivos eles andam atrás de indivíduos
Pacíficos, que rolam o cachimbo da paz
Em prol ...
São o real inimigo
Invadem bairros e guetos
Fazem guerras entre brancos e pretos
Gajos sem escrúpulos, dos mais corruptos
... mas nós não baixamos os punhos

Agimos motivados pelo medo
Desta nova babilónia, a bófia
Agimos motivados pelo medo
Podes vê-los bem cedo
Engole em seco
 

helldanger1

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Bons Velhos Tempos
Dealema

A saudade aperta...o futuro acorda, mas há coisas que a mágoa não afoga
Bons velhos tempos em que a vida era um rascunho onde anotava pedaços do meu destino
Éramos um só...todos juntos num só caminho...À descoberta da existência de um movimento
Era tudo verdadeiro e puro, na época a música voava como um sonho de um miúdo
Ninguém competia apenas aprendia e brilhava quando mostrava aquilo que fazia
Poesia genuína 100% urbana, do coração, sem exibição, sem cobiça
Cada um à sua justiça reinava...da amizade e da rua extraía a sabedoria que adquiria
De um abraço, uma palavra ou um sorriso de um amigo, era motivo de antalgia
Mas tudo muda, incluindo a vida, mas nada compra, pensamentos de bons velhos tempos.

Refrão:
É o regresso ao passado, o presente é o futuro
Máquina do tempo, o velho testamento em que não existia o veneno
Bons velhos tempos, continuo aqui o mesmo

Se os amigos fossem diamantes eu era rico, se o amor fosse um rubi eu era bilionário
Mas se a amizade é uma migalha gratuita, a felicidade é o meu abrigo em ser um pobre mendigo
Nos nossos dias...o veneno separa amigos à medida que os objectivos vão crescendo
Eu continuo aqui o mesmo, puro e duro, a mandar foder quem quer manchar o meu futuro
Naqueles tempos não existia público, hoje o público são filhos da **** na luta pelo pódio
Através do plágio...o caminho mais curto, estão fodidos lutaremos até ao último sufoco
Cito com orgulho o dito do labirinto...a felicidade não é a meta, é o caminho
Sinto falta dos velhos tempos, dos nossos tempos, tou longe do passado separado por quilómetros.

Refrão:
É o regresso ao passado, o presente é o futuro
Máquina do tempo, o velho testamento em que não existia o veneno
Bons velhos tempos, continuo aqui o mesmo
 

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Causa Perdida
Dealema

Poucos seriam os que teriam coragem de dar a vida por uma causa perdida
Ainda mais raro são os que tem mérito reconhecido pela sua audácia
Isto é uma menção honrosa a todos aqueles que dedicaram a sua existência à garantia da sobrevivência do próximo

Tinha uma das mãos na arma
A outra na cabeça
Decidiu abandonar a sua própria existência
Tantos anos de luta, labuta,
Anti-depressivos na gaveta em cima de uma pilha de livros, resignado
Sem nenhuma dignidade
Num quarto degradado na baixa da cidade
Poeta visionário com rima sublime
O seu pai tinha sido assassinado pelo regime

Acende um cigarro, sentado,
Ex-combatente no braço tatuado
E pensa, já não vale a pena lutar
Relembra num poema
A sua mãe a olhar no vazio
Dois filhos para criar, a chorar o seu amor não iria voltar
Mas a realidade voltou, a dor apertou o coração e foi então que o gatilho acertou

Chamem me teimoso, obstinado persistente
Caio e levanto-me obcecado resistente
Sinto um certo magnetismo pelo abismo
Cerro os punhos lanço golpes de exorcismo
Os demônios interiores permanecem vivos
Tenho que os manter latentes, adormecidos
Continuo suspenso na ponte do rio sem margens
Com visões de um futuro passado em miragens

Param os relógios são desabas nos pés
Os glaciares degelam sobem as marés
Convicto percorro o meu caminho com fé
Apesar das vozes que sussurram (desiste né)
As multidões rezam a São Judas Tadeu
Eu movo dimensões quando vês o céu (breu?)
Trespassado dor mil sabres no momento derradeiro
Estarei de cabeça erguida sou guerreiro

Contra tudo e contra todos
Contra ventos e marés
Lutas na causa perdida
Sem saberem quem tu és (x2)

O mundo é destruído em direcção ao abismo
Entra na fila alista-te a causa perdida
Esta na hora da revelação
Corvos largam paginas do Apocalipse de São João
Canibalismo incentiva a prosseguição
A humanidade é faminta mastiga-me o coração
o símbolo do homem cravado na testa
Carrego escrituras à procura da besta
As asas de uma ave ainda batem no petróleo
olha um sol engolido no ultimo fôlego
A voz de uma criança ainda chora após a morte
Ainda canta numa igreja destruída na guerra santa
O tempo é um brinquedo adormecido
Brincam com o futuro e limpam lágrimas de medo
Vivemos numa galeria de hipocrisia
Aquecimento global
Somos estátuas de gelo

Ele caminha entre chamas e telhados abatidos
No olhar à esperança de sairmos deste inferno vivos
Na causa daria a sua vida pelo próximo
Soam as sirenes no quartel
Herói anónimo
O único no ultimo piso do edifício
Com uma criança nos braços
Felicidade, sacrifício
Corpo marcado por queimaduras tatuado
Acorda de noite sufocado pelas chamas do passado
Um fardo pesado, um fado embebido em magoa
Muitos partiram antes da primeira linha de água
Quantos voluntários no exercício da função
Ceifados deste mundo pelas chamas da escuridão
Jovens adolescentes bravos combatentes
Saudade e coragem no seio dos seus parentes
Soldado da paz, audaz, anjo na terra parte da cidade em direcção ao pico da serra

Contra tudo e contra todos
Contra ventos e marés
Lutas na causa perdida
Sem saberem quem tu és (x2)

Convicto percorro o meu caminho com fé
Na causa deia a sua vida pelo próximo
Convicto percorro o meu caminho com fé
Sou guerreiro
Herói anónimo

Contra tudo e contra todos
Contra ventos e marés
Lutas na causa perdida
Sem saberem quem tu és (x2)
 

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Chave Da Saida
Dealema

Mano a vida é o que tu fazes dela
Custa-me ver-te fechado dentro dessa cela
Sabedoria é a chave da saída
Dessa maldita viela para onde miséria nos guia

Para quê tantos trabalhos e preocupação
Por sermos donos do mundo querem tirar-nos a criação
Aspirações por uma vida mais humana
A minha voz exprime o drama
De varias gerações
As nossas mães e avós
Já tiraram da sua boca para nos dar a nós
Dor e tristeza
A sua maior riqueza eram as terras
Que lhes foram retiradas através das décadas

Será uma maldição ou a religião que nos impede
De querermos o melhor para nós, ter uma maior visão
Somos os deuses na Terra
E passamos meses à espera
De um ordenado que só nos traz mais miséria
Como é que pode ser, deixar de olhar o horizonte
Começar a ver o sonho desvanecer
Nem pensar vamos crescer, vingar, brilhar
Justificar a presença neste lugar

Olho para ti sabes o que é que eu vejo?
Vejo-me a mim reflectido num espelho
Tenho flashes de memórias, milhares de histórias
Algumas são alegres, outras melancólicas
E o coração bate cada vez mais forte
A cada rima que debito sinto o bafo da sorte
Como recompensa desta intensa labuta
Dura luta
Com astuta perseverança
Já te vi na miséria, vou-te ver na fartura
Brindemos com o cálice da boa aventurança
Amigo, já não consigo ver-te passar fome
Com o microfone dou-te pérolas, mano come
Pensa por ti, cuidado com a mente criminosa
Há muitos manos que eu não quero ver na choça
Porque essa ***** é suicídio
É mortífero como sexo com uma desconhecida
Sem preservativo

Jovem mulher é melhor respeitares o corpo
Tens o poder para gerar no interior um fruto
Reinamos fortes com raízes mais profundas
Para no futuro cultivarmos terras mais fecundas

Desde sempre nesta frente estou contigo podes crer
A sinceridade nesta humilde cidade fez-nos crescer
O que eu tenho a dizer é curto e passo a transcrever
Uma breve história para que todos nos possam entender

Santos, ontem via-te no recreio
Hoje vejo-te às seis no passeio
Em direcção àquela fábrica sem receio
Quem diria que uma homem com um nato talento
Tem que se sujeitar a uma rotina de *****
Para manter no prato o sustento
Primo eu acredito que o teu valor é infinito
O meu amor por ti é genuíno e este disco é o nosso
titulo
Mano pina conseguimos mais um capitulo
Uma caixa de surpresas juntos quebrando o ciclo da
rima
Tenho orgulho em ter-te como amigo em ter-te conhecido

Uma das chaves para a porta do meu sexto sentido
André contigo estará sempre algo positivo
Mesmo quando o cenário é depressivo, extremo e fodido

Sereno e imune a todo o tipo de veneno
Do tempo que não rimavas
Desconhecendo o talento que por dentro transportavas
Nuno em resumo um dos mais criativos
Mc's portugueses a visitar os nosso ouvidos
Estamos distantes por quilómetros mas continuamos
unidos
Tenho saudades dos velhos tempos e de todos os nosso
amigos
Dos dias de escola de outrora, e velhos ensaios
semanais
Centenas de instrumentais, milhares de versos reais
 

helldanger1

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Escola dos 90
Dealema

Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários

já não somos putos, somos gajos adultos
na indústria musical provocamos tumultos
nós somos músicos, não nos damos por meninos
somos Jorge Palmas, somos Sérgios Godinhos
cagámos para rótulos, criamos o nosso nicho
chamam-nos bandas de culto, de núcleo rijo
sendo assim exijo, devido reconhecimento, atribuído
para regozijo deste movimento
não é hobby, é trabalho árduo sem lobby
vivemos aqui ao tempo, não aterrámos num óvni
regressámos para recolher o dízimo em dívida
porque isto não é só uma profissão, é a nossa vida

HAN, quando ouvires Dealema, mano grita, grande cena
nova gaia, porto, mano grita, grande cena
otários contaminam o tempo de antena
quem é que realmente traz a bomba que rebenta
não queremos ser famosos, porquê?
porque estupidificação, ilude-vos, preenche-vos
nunca iremos ter sucesso porquê?
somos reais demais, a escrita eleva-nos, transcendo-nos
estamos noutra prateleira, pára e pensa
atingimos ofensa como um tiro na cabeça
não temos paciência para abrir falência
bombardeamos em potência com super potência
palhaços transformam isto num circo de rua
hip-hop não se resume a esses filhos da ****
chavála não tens culpa, desliga a musica
a MTV torna a tua mana numa...

Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários

Infiltrámos como vimos, a indústria musical, droga mental
põe a ver o invisual, donde vimos
a simplicidade é essência
os fingidos só reconhecem a aparência
rimas são tiros, balázios líricos, que matam tiranos
dão vida a criativos
a precursão abre o portão da percepção
e a palavra, acaba com a manipulação
e o controlo,
de frequências dá de novo o significado à tua existência
formamos juntos escudo de luz dourado
que canaliza informação num estado alterado
verbalizando, neutralizamos nos actos
moldando, de forma drástica, a estrutura dos átomos
com rimas, que revelam novos paradigmas

Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários
 

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Expresso do Submundo
Dealema

Shhhh
Pouco barulho puto
Já és MC puto?
Vais aos concertos dos Dealema puto?
As letras foram escritas por ti puto?

Esta carta foi enviada do submundo para te dar sorte
Já deu a volta ao mundo mas está na tua posse
Envia-a pelo correio, mas não envies com dinheiro
Senão terás 24h por dia de azar o ano inteiro
De madrugada, irás receber um pacote em casa!
Não o abras, senta-te e primeiro acende um Paiva
Relaxa, observa a chama,
Abre o pacote é uma cassete a tua mãe viu, esconde e
disfarça...
Sobe para o teu quarto
Vai puto, rápido, pega num invólucro e fecha a porta à
chave
Aviso-te, é necessário, o dicionário, caso contrário,
o esgotamento é prematuro
Concentra-te, senão consegues espera não faz mal
Imagina esta cassete como capacete virtual
Tu és capaz rapaz, põe a fita no aparelho
Agora deita-te e aguarda, acende mais um Paiva no teu
quarto
Á tua volta sinto hologramas, silhuetas que saem das
paredes como fantasmas
O teu espirito levanta-se e mistura-se com as cinco
figuras que se movem com o fumo
Não te assustes puto vê o teu reflexo no espelho
Observa como vês tudo mais límpido
O teu espirito regressa de novo ao teu corpo, o som é
inimigo do teu sono
Não penses que foi um sonho, olha para o aparelho está
ligado
Não te sentes nem um pouco curioso?
Repara bem no nome que vem na fita, VÁ-LÁ DIZ DEALEMA

Bem vindo á **** DA MÁGNIFICA VERDADE
Aprende e compreende...PUTO não vez...que mudamos a
tua vida para sempre...retiras a fita do
aparelho...carrega no botão vermelho...envia a carta
que recebeste e esquece....

Copia tudo aquilo que eu vi....esquece puto
Queres falar aquilo que eu falo...fica mudo 2x
Veste tudo aquilo que vesti...és roubado
Guarda apenas isto que eu te dou...é um começo


Pergunta á tua mãe porque é que tens a minha cara,
O meu cabelo, os meus olhos, os meus gestos a minha
fala
Carrega numa ou duas teclas á escolha
PREPARA-TE, puto, vou apagar a tua memória
Passa-me o microfone dou-te um segundo
Espero que não sejas claustrofóbico vou te levar ao
submundo
Tal e qual, aquela fabula de natal daquele forreta
Pobre de espirito, menino rico sem sacrifícios
Sobe aquelas escadas, vês o fumo que sai da porta
Agora entra e observa, podes falar que ninguém nota...

Aquele ali é o MUNDO o verdadeiro, o maestro
Já fazia instrumentais ainda tu eras um Feto...
Aquele no sofá é o IX-PIÃO de microfone na mão
Ouve a voz serena, é o MAZE rei do
vocabulário...fez-te juntar dinheiro para comprares um
dicionário
Shhhh, pouco barulho GUSE está ali a dormir no canto
Está cansado com as mãos a cheirar a plástico, ouve o
que eu te digo puto
Não penses que te tornas MC num minuto
Há muitos grupos, mas o importante é o produto
Copias tudo, mas não basta para seres um puro, mas sim
um mudo
Conhece-te a ti próprio porque agora é o começo
Ano zero, DEALEMA tem respeito ou ficas surdo
 

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Fado Vadio
Dealema

Fado Vadio
Tudo que eu tenho é uma caneta e o pôr do sol
desenhado
No canto de um papel, amarrotado pelo meu ódio
Acredito em pesadelos belos
Quando a vida dá-me estalos com luvas de ferro,
mano
Queimo tempo como nicotina acesa ao vento
Dou poemas para amigos, empatia vou colhendo
Dealema colectivo, na tempestade o meu abrigo
Procura o teu porque nem o céu é o limite
Carrego o meu orgulho como um amuleto ao peito
Sujeito a ser comido por este mundo imperfeito
Respiro música, fria como a rua escura
Necessito a vossa ajuda, temos que tagar a lua
Prefiro inimigos do que falsos amigos
Isto é o fado dum poeta vadio de bolsos lisos
Mas de coração cheio...Vou compreendendo
Que a máquina que move a vida é o sentimento
Desde os blocos de cimento às salas de julgamento
Noventa por cento de nós acabam por ir dentro
Acredita em mim, mano. A reputação é fachada
Perante os obstáculos diários nesta longa caminhada
Num dia temos tudo, no outro não temos nada
Bem ou mal, nunca percas o equilíbrio, há que ser
racional
Porque o amor é a um passo do ódio
Nas situações extremas, tens que ser frio para
resolver problemas
Porque quem tem tudo, vive por trás de um escudo
Mas quem não tem nada, vive pela lei da espada
A sentença é pesada, mas encara-a de frente
Quem tem vergonha do que sente, perde sempre e nunca
ganha
O peso na consciência é clara evidência da falta de
experiência
No campo do relacionamento humano
Eu mantenho-me distante do que considero inoportuno
Comandante do meu rumo, sou eu quem faz o meu turno
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
A brilhar como o orvalho na madrugada
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Levamos músicas até às últimas consequências
O impacto altera a consciência
Há quem viva esta vida em vão
Sem dar valor à dádiva, sem acção
Como um espectador de televisão
Qual é a direcção? Quem saberá...
Vivemos ao Deus dará
Muita gente tira e muita pouca dá
A vida são dois dias, um deles é para acordar
O tempo começa a apertar
Está na altura de expulsar os vendilhões do templo
Criar sustento, parar, pensar e apreciar o momento
Somos guiados por valores:
Uma voz interior que me move
Encontro o verdadeiro norte
O coração sofre quando alguém parte
Porque o amor é forte como a morte
E foi na arte de viver que nos reconhecemos
Erguemos isto desde os velhos tempos, que saudade!
A nossa história é única, como uma rubrica
Canto esta canção com paixão, como se fosse a
última
Vivemos tempos soturnos, nestes locus horrendus
Não é à toa que vêm à tona os nossos medos mais
intensos
Nós lidamos com sentimentos, sem ressentimentos
Seguimos pressentimentos
Vozes interiores sussurram orientação
Dão-nos a obrigação de ver na vida uma benção
Apesar da sucessão de depressões e desilusões
Perdi batalhas, mas nunca perdi lições
Aos dezasseis a vida eram rimas e sprays
Dias bem difíceis que passava para os papéis
Ansiedades e angústias abalavam a alma
Anestesiava os sentidos, tentava manter a calma
Vi sonhos ruírem como castelos de cartas
Quase desacreditei, abandonei as palavras
Neste mundo de mau carma, armas e pragas
Invado-me... A minha imaginação tem asas
Exorcizo fantasmas nas folhas de um caderno
Através da criação eu consigo ser eterno
Poeta boémio, gato vadio
Noctívago nas ruas deste Porto sombrio
Os meus pais perguntam-me o que é que eu vou fazer
da vida
Prometo-vos, é este o ano em que tudo cambia
Tenho fé, esse é o meu trunfo na manga
Junto com os meus manos dou o grito do ipiranga
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Verso a verso, passo a passo
Cinzas, pó e nada...
 

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Família Malícia
Dealema

Esta casa tem demónios, é um pandemónio
O chefe da casa chega sempre tarde ao escritório
Cota meia idade, calvo, pinta de azeiteiro
Aquele suspeito que ninguém suspeita o manja que é suspeito
Conhecido na rua como o António Centopeia
Identificado na PJ como KID bengaleira
Tecla a toda a hora, engata mais uma lola
Cuidado com este cota, é produtor de filmes de ****

Ela é viciada em compras, agarrada a montras
Nunca faz as contas, dá facada, sai à socapa sobre as pontas
O marido, três biscates, ouro, uns quantos kilates
Quinta-feira é dia santo para amigas e engates
Discotecas e boates são locais de referência
Gira com tipas sem assunto, pois detesta concorrência
Um casamento fachada, uma vivenda hipotecada
Um marido depravado, esta casa está assombrada

Ela sente-se mal com o corpo dela
Enfarda e vomita porque quer ser bela
LoL é o nick no fórum de engate
Procura um homem mais velho que a resgate
É gótica e pálida como um vampiro
Fechada num quarto que é o seu retiro
Usa laminas do avô para cortar as coxas
Tem piercings na sua pele com marcas roxas

Ela, tem o diabo no corpo
Tem o, rosto enrugado como barcos no porto
Faz bruxedos e feitiçaria
Esta casa tem demónios
Será obra da avó maria ?
Diz que faz costura , acupunctura
Espeta agulhas em bonecas
Ela, já não tem cura
No quarto fechada, é doida por cultos
Na casa assombrada por 8 malucos

Esta casa tem demónios (4x)

Toni, 12 anos, é a cara chapada do pai
Adora ver sangue, ainda mama leite da mãe
Chavalo gordo, mete medo, é meio paneleiro
Limpa o leite do bigode e faz peito, de pau feito
Boneco preferido, era um coveiro
Desde cedo aprendeu a soletrar espancamento
O pai deu-lhe um fato de latex no aniversário
"Parabéns Toni, vais ser actor secundário"

Totoloto, totobola, euromilhões
Loto2, lotaria, ele quer é cifrões
É autoritário, fanático, católico
A mulher e a neta tornam-no psicótico
Disciplina militar (sentido) levado ao extremo
O stress pós traumático provoca-lhe medo
Gasta toda a reforma, no jogo ao domingo
Só sai para ir à missa mas depois vai ao Bingo

Barrote na cabeça tipo Rambo
Trabalhava para o Drácula no contrabando
Quim, tio maluco, o ressacado
Desaparecia com tudo, chamavam-lhe o mágico
O quarto cheio de drunfos e garrafas de cerveja
Bonecos dos estrunfes e a caixa de esmolas da igreja
Em tempos tinha sido Rockeiro
Agora rocka forte a fugir dos ninjas o dia inteiro

O vizinho é uma persona não vive sem o seu Nokia
Sabe a vida de tudo e todos não tem uma própria
Torna os Malícia e motivo de chacota
5 mil metros de má língua de porta em porta
Ele é um livro aberto Expresso ou Jornal de Notícias
Esmiúça os sufrágios como as produções fictícias
Frequentador de missas o beata Boa Nova
Soprador de botijas, a língua que melhor desdobra

Esta casa tem demónios (4x)
 

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Infiéis
Dealema

Debitamos decibéis em pistas sobre infiéis
Gajos apanham papeis facilmente decifráveis mal os
avistas
Carregados de aparato muito paleio de saco
Preparados para abater o 1º gajo que pisar o palco
È **** da luta pela sobrevivência
Todos sabem mas negam ter conhecimento da sua
existência
Não andamos aqui ao doce sabor da brisa e não tão
pouco mudamos de cara como quem muda de camisa
Fazemo-nos a vida através da nossa própria musica sem
nenhuma empresa publica
Sabes quanto isso custa?
Muita vontade, trabalho, dedicação e empenho
Noites em branco não tás a ver um ******* é melhor te
fazer um desenho
Cinzento como a cor dos sonhos perdidos
Onde angustia e miséria cruzaram 5 indivíduos
Preparados, munidos para o que der e vier
Batalhar até morrer para ver um filho nascer

DLM ninguém teme

Tem cuidado mano to a um palmo da insanidade
Este gajo calmo também perde a serenidade
Nesta área és persona não grata se não respeitares
espera muitos azares
Acerta o passo meu caro não tens classe ainda tens
muito que melhor a sintaxe
Até lá baixa as orelhas rabo entre as pernas espuma-te
de inveja destas rimas soberbas
Sempre, sempre com astúcia atacamos com música
Nós viemos para fazer a denuncia
A nossa postura firme é única
Tamos a cagar para a opinião pública
Olho por olho dente por dente, punho a punho, nós
fazemos frente
Há certas merdas que não engulo
Brincas com o meu futuro e eu juro faço-te um furo

DLM ninguém teme

Rubrica de necologia
Imagina o dia que encontras a tua fotografia
A tua vida de 8mm é uma película sorri foste gravado
por cima
Olho por olho rima por rima toma a pílula fodemos
infiéis como conas de lolitas
Emergência, emergência na alfandega é Dealema musica
negra contrabando
Partilho voz com o meu bando
...como maço de tabaco tira um podes ir fumando
Fica atento ao nosso rasto soluções a curto prazo
tamos aqui a longo prazo
Gravamos pistas em formatos de tragédia
Cd's copiados como encriptações de guerra
Não somos uma ceita mas somos mais que oitenta
Em direcção ao teu óvulo como geita

DLM ninguém teme

Vozes da rua tu não podes deter
Dizemos o que temos a dizer doa a quem doer
Lado a lado ano após ano vamos a luta com a voz mano a
mano
Artista, vira casaca desiste já desta profissão de
vocalista
Andamos pela fé e não pela vista
Cada canção é como uma acção terrorista
Contra a **** da opressão a nossa opinião não conta
temos só uma opção
Afrontar quem quer que se atravesse a frente por
interesse ou para desencorajar
Em nome da industria do lucro da musica não venhas
contra a minha equipa oube lá
Se não eu prego-te com um balázio és mediático nós
para sempre dealemáticos.
 

helldanger1

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Lei das Ruas
Dealema

Esta é a lei das ruas, filhos das putas (4X)
Levanta-te moço,tas aí a fazer o quê?
O nosso povo só se acredita naquilo que vê
No nosso bairro as estrelas não têm brilho
Vocês perdem o pio,porque o olhar destes putos é frio

Estrilho é o que vai na mente destes jovens
Pois o diabo apoderou-se da mente destes homens
A delinquência
Que reproduz
A criminosa
À velocidade da luz
Trocam os estudos por charutos
Amigos, tornam-se Chibos e dão-te migos
Sem dares por ela
Na viela
A rapariga mais bela
Era a maior cadela
E os otários como tu
Andavam todos atrás dela
A fama
Todos a queriam meter cama
Por isso fodem-se uns aos outros
Para andar na boca do globo
Moço,
Arranja mas é um projecto novo
Porque o gajo invejoso
Nunca virá a ser líder do povo
Movimento e independente
Nova gaia faz frente
Trás gente
Para quebrar a corrente
Da censura da indústria
Porcaria oculta
A linguagem dura
Da música da rua pura
Amadurecida com o tempo
Depois de passar fome
Debaixo de chuva e vento
É difícil
Reconhecerem-te o talento
Enquanto vives
Mais fácil será talvez enquanto partires

Refrão:
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
Este é o nosso projecto
****-se não te venhas meter
Qual é a tua?
Fazemos isto como deve de ser
Nós somos
Música de rua pura
Como deve de ser
Pura

Rua,cada qual com a sua
Nem colhões tens para dar um passo na tua
Na boa
Ninguém te julga pela roupa que usas
Qual é o fumo que fumas?
Rua,cada qual com a sua
Nem colhões tens
Para dar um passo na tua
Na boa
Ninguém te julga pela roupa que usas
Qual é o fumo que fumas?

Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Nós temos potência
Falamos com inteligência
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Nós temos potência
Falamos com inteligência

Mãos ao alto,esta ***** é um assalto
Traz o povo e todo o resto e junta-te ao manifesto
Clínico
Poder psíquico
Forte espírito
Vives o que eu vivo?
Sentes o que eu digo?
Varejo o perigo
Faço dele um amigo
E quando faz frio
Sinto-me mais sombrio
Não admira que me tomes por um gajo louco
Porque no fundo neste mundo
Somos todos um pouco

(Briga)

O pior cego
É aquele que não quer ver
Nem sequer envolver
Na ***** que está a acontecer
Muitos sócios em negócios porcos
Maços de notas,facadas nas costas
Gajos sem as postas e muito baleio
Tu és independente mas só por mês e meio
Interesseiro até o teu bolso ficar cheio
Sair um pato feio
Moço, sabes que eu não entro no rodeio
Lembras-te de mim?
Sou verdadeiro
Não troco nenhum amigo por dinheiro
Porque acho isso foleiro
Cago na fama,porque a fama traz drama
Me troco todo pelo sufoco
Do porto
Sempre com sangue, lágrimas e esforço
Porque sinto esta ***** de música no corpo

Refrão:
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
Este é o nosso projecto
****-se não te venhas meter
Qual é a tua?
Fazemos isto como deve de ser
Nós somos
Música de rua pura
Como deve de ser
Pura
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
 

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Léxico Disléxico
Dealema

Não sou teu servo
Se não entendem o que escrevo
Não tenho culpa
Marca consulta filho da ****
Chavalo eu dou-te um chapo e fotografo
Dou-te o segundo chapo e fotografo, toma fiz-te um gif animado
Entra na carrinha, é um rapto, és levado ao ponto mais alto do teu fracasso
Dj empurra o gajo montanha abaixo
2º piso escola de esgrima vírgula a vírgula
Triplo 6 tatuado na piça a tinta-da-china
Andamos escondidos no fabrico do sonoro
Mais fodidos, mais ruídos, despedimos otorrinos
Avisa os teus amigos, trazemos explosivos
Somos hardcore como 70 quilos presos nos mamilos
Se eu estiver a mentir ponham o braço no ar
Quem não ouvia dlm, mano, começou a rimar
Um, dois, um, dois, teste som, podes cantar
Mas fala pra piroca que os colhões já estão a gravar.

Trazemos carga emocional demasiado pesada
Como pianos de cauda que caem de altura elevada
Estilo sombrio, como a noite escura da alma
Sente-se o frio da desolação, não há vivalma
São correntes de pensamentos como torrentes de lava
Ninguém nos trava, ninguém nos cala, ó moço cava
A tua cova, ninguém nos dobra é dealema
Na manobra, lançamos-te a nossa anátema
Tinta venenosa que entra via intra-venosa
No sistema, de forma extremamente dolorosa
Ficas congelado, empedernido como gárgula
Usado como lição de moral na nossa fábula
Crápula, nem tentes decalcar a fórmula
Não é nada agradável o estilhaçar da rótula
Nós somos mais que muitos, tu és só uma partícula
Motivo de chacota com essa pose ridícula

Dealema bate mais que coca, a tua cara cora, ficas todos fora
E agora, o que é que vais fazer quando eu for embora?
Rebobino de volta, a voz da revolta
Soltas faíscas em pistas perigosas, precisas de escolta
Nós alastramos por guetos urbanos
Direitos humanos
Enquanto adoras, fazemos obras
Pisamos cobras, não nos dobras, temos manobras
Cavas a tua própria cova a defrontar o pentágono
Esmago, mc's como um maço de tabaco vazio
Tenho substância no compasso, nunca vacilo
Vendidos são atingidos por realidade
5 indivíduos em alta fidelidade
Eu entro, em qualquer bairro ou gueto e nunca cedo
Não tenho medo, tenho respeito pelo meu povo, eu escrevo
Não vale a pena interferirem
Pagam com a pena de vida se insistirem
Não há saída…

Não vale a pena, temos pena no vale
Tudo pentagonal, fractura da coluna vertebral
Lexicalmente, à frente, vocalmente
Liricalmente, sempre, universalmente
Eu junto léxico e disléxico, sem comércio numérico
Lição de inquérito a editoras falidas sem crédito
Tu em débito chama-me inédito, imperfeito, como o pretérito
Na batalha sem medalhas de mérito
Sem porte atlético ou esquelético
(?????) genético, o meu direito é assimétrico
Sou genérico, acessível sem médico
Analgésico, frenético, épico no valor ético
Poético, feto céptico, filho de epiléptico
Tu és patético, corte no paramétrico
Discurso profético, o futuro é hipotético
Hoje chamam-me técnico, galileu ou copérnico
 

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Mais uma sessão
Dealema

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, MUNDO SEGUNDO)

Super lirical sempre tenso e complexo
Eis a chave da saída e não a chave do sucesso
Ficarias perplexo se te explicasse verso-a-verso
Que grande parte dos MC's tem um estilo supérfluo
Superficial, trivial, irreal
Falso de fachada, fantasia, Carnaval
Aqui mora o real, hip-hop de Portugal
14 anos de clássicos no panorama musical
Esses que tentam abafar-nos (quê?) não têm vida
Fundo de desemprego (quando?) já de seguida
Aguarda na fila porque já dá a volta ao bloco
Cresce e aparece, procura mérito próprio
Mais um colóquio comitiva dealemática
Sem patilha de segurança, vocal semi-automática
Certo como matemática, insurrectos na temática
Psicossomática, gramática, acrobática

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, MC MAZE)

Sou malabarista lírico, rei do vocabulário
Incendiário, satírico no comentário
Com salário dependente de datas no calendário
O que é bizarro é que eu nem canto eu falo rápido
É o meu tique, libertação de rimas em cadeia
Sopa de letras contra-indicação, cefaleia
Ginástica acrobática da mente elástica
Rápida, sinapse eléctrica, automática
Conteúdo extra-nutritivo, pode ser nocivo
Consumido, em sobre dosagem é suicídio
Para novos MC's do fluxo básico, primário
Que absorvem estas rimas como um penso diário
Troco sangue, suor e lágrimas por um honorário
E sentes logo a vibração, a palpitação do teu coração
É dealema em acção, é dealema em acção

(Quem?) Mundo, Fuse, Maze e Ex-Peão
(Com) DJ Guze, estamos à patrão
(Quando) Quando o tópico é revolução
(Nós) Damos início a mais uma sessão [x2]

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, EX-PEÃO INFILTRADO)

Palavras mágicas, reais e trágicas Imagens rápidas,
reactivadas como flashes flácidos na mente
São os clássicos, dealemáticos com palavras bifurcadas
Por entre as serpentes, liga os máximos
Não consigo ver um palmo à frente
Reconhece a cidade pelo nevoeiro
Juntos nesta missão poética que brilha na métrica
E espalha a mensagem duma visão profética
Eis-nos sempre clarividentes na linha da frente
Como antigos réis do médio Oriente
Usamos tácticas revolucionárias
Tiramos máscaras a gajos cínicos Não damos mentes plásticas
Sou mecânico e orgânico em simultâneo
Criando pânico, nunca o ódio, decifra o código
Léxico, técnico, ao nível óptico
Assaltamos mentes neste caos babilónico

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, FUSÍVEL, INSPECTOR MÓRBIDO)

Desci à terra sob a forma de MC, olha para o ar
Fusível, encripta o Céfalo, o meu avatar
Noctívago olímpico, dou trepas quando trepo em versos
como um lince ibérico nacrófago para encéfalos
Ejaculo em crápulas com particularidades másculas
A vossa fórmula é partícula minúscula na prática
A minha ostentação vernácula é dealemática
Sementes de veneno arrancadas pétala a pétala
Gramática estrambólica, a inoculação de metáforas
é fantástica, DLM acústico, aeronáutica
A quantidade diabólica, da informação melódica
Que te injectamos provoca-te obesidade mórbida
O quinto anjo assim saiu do céu subterrâneo
Mas eu no máximo eu vejo a escuridão num grande ângulo
A válvula fica trémula com a literatura sádica
Amplificação, prestem vénia a quem dribla com a lábia

(Quem?) Mundo, Fuse, Maze e Ex-Peão
(Com) DJ Guze, estamos à patrão
(Quando) Quando o tópico é revolução
(Nós) Damos início a mais uma sessão [x4]
 

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Mergulha na felicidade
Dealema

Naquelas horas em que tu choras
nuvens escuras pairam ameaçadoras
dias sem aurora saiem da caixa de pandora
E agora?Que toda a felicidade foi embora
tás a um passo do abismo no epicentro do sismo
O pessimismo toma pose no metabolismo
e é por isso que um mal nunca vem só
vem um atrás do outro como peças de dominó
Em catadupa
Problemas são como agulhas em constante tortura em que
te atulhas
vais enchendo o saco, acumulas, aguentas até que chega
a altura em que tu rebentas
tanta amargura ainda te leva à loucura
Se vives com pena de ti..ninguém te atura
essa postura imatura é uma sala obscura
a cura está no amor, procura no interior

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

...

As trevas entecedem a alvorada da alma
Quando estiveres na *****, por favor, tem calma
às vezes apetece desligar o interruptor
mas o maior lapso é olvidar o amor
Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Riqueza a valer é saúde e saber
só o espírito rico vencerá a miséria
Toma rédia curta no que te está a acontecer
Se este governo só te dá desemprego
e tens mulher e crianças para alimentar
e tás farto de viver no limiar do degredo
é o sistema quem te vai obrigar a emigrar
Se um ente querido partiu e tens a alma dorida
honra a sua ida, leva avante a tua vida
Porque um pessimista soma fracassos e desgraças
o optimista alcança vitórias e dá a graças

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

...

A vida és tu quem controla a objectiva
e é tudo uma questão de prespectiva
À nossa volta tudo roda como num caleidóscopio
foca para não te desviares do teu propósito
Se a doença abate e se torna um anti-cape
escapa a imaginação, não tem limite
Quando a violência impera quebra a algema
e foge para bem longe do problema
Se estás na corda bamba entre o amor e o ódio
ama-te a ti próprio antes de amar o próximo
Se foste traído por um amigo mais chegado
lembra-te que mais vale só que mal acompanhado
Vence a inércia, fortalece a auto-estima
Se estás em baixo, um dia estarás na mó de cima
Luta, acredita, valoriza as virtudes, sublinha os
defeitos com pureza nas atitudes

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, amaaaa...
 

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Nada Dura Para Sempre
Dealema

Nada dura para sempre
Nem os frutos nem as sementes
Nada dura eternamente
Somos como estrelas cadentes
Por isso diz o que sentes
E vive sem medo
Ama os teus parentes
Nunca percas tempo
Aproveita toda a inocência da infância
Vive a irreverencia da adolescência
Usufrui da maturidade da idade adulta
Partilha a sapiência que da velhice resulta
Luta pela tua felicidade
Cria agora a tua realidade
Neste organismo em constante mutação
Mecanismo pelo *(tanque)* transformação
Onde a única certeza na incerteza da vida
É que tudo que inicia também finda

Nada dura para sempre(x4)

Nunca mais e para sempre
Tudo que começa acaba
Com o sol poente
Aqui nada é permanente
O tempo corre o relógio bate
Chove na minha face
Sinto o fim aproximar-se
O vento sopra
Sussurra nos meus ouvidos
Aqui agora estas vivo
Desperta os sentidos
Tudo é passageiro
O material é uma ilusão
Tentei agarrar coisas que me escaparam das mãos
Farei...
Vivi o dia como se fosse o último
Senti a chuva como se fosse a última
Beijei a mulher como se fosse a única
Enquanto canto corrosão da desencanto
Apatia que me consome por dentro
Melancolia do novo dia que nasce
Relembro-me do amor impossível
Um flash em frente aos meus olhos
O sonho desfaz-se
E desvane-se com o sol expoente
Restão 4 palavras
Nunca mais e para sempre

Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente (x4)

Nada dura para sempre
E todo o corpo decai
E só o amor se perpetua
Através de quem não retrai
Foste filho serás pai
E um dia talvez tenhas netos
Mas essa família unida
Nem sempre estará por perto
Daqui não levamos nada
Deixamos tudo
A casmurrice da velhice
As traquinices de miúdo
Impagável cada segundo de existência
Neste mundo que estes versos
Sejam o expoente do termo profundo
Tu aproveita o dia
Aproveita a vida e respira
Aproveita a bem comida
A muito quem a desperdiça
Procura igualdade e no vale semeia justiça
O mal de quem cobiça e o ritual
De quem muito permissa
Não queiras ser cigarra nesta colónia de formigas
E no inverno chorar pelas cantos
Tristezas não pagam dividas
Falo com deus pessoalmente sem intermediário
Ansioso pelo próximo equinócio planetário!

Nada dura para sempre (x4)

Admirável mundo novo
Não acredito as trevas não me levam
Porque amo o meu filho
Coros de suicido dão-me um sorriso ao ouvido
Mundo depressivo
Vivo como um anjo caído
A certeza inquestionável de sentir poder na arte
Respirar no universo aparte
Tudo pela arte
A visão e escrita
A vida e um combate
Brinco as escondidas
Com o impressionante
Não quero ver a minha mãe a partir
Não quero sentir a dor incomparável quando a hora surgir
Sentimento não e monocromático
O vermelho e intenso entre o preto e o branco
Retrato o terror da paisagem num poema
O meu amor nasceu num concerto de Dealema
A tempestade e intensa mas a chama ainda acende
Para sempre e muito tempo eu quero amar-te no presente

Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente (x4)

Nada dura para sempre(x4)
 

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O Olho Que Vê Tudo
Dealema

O olho que vê tudo tem-me sempre na mira
Apago a luz fecho a cortina, mas ele ainda respira
Na minha nuca o que suscita a minha ira
Destruí a televisão, estava farto de mentira
Comunicação social é a arma estatal
Que controla o mental, lança o pânico geral
Na área, cancelei a conta bancária
A reforma está guardada debaixo do colchão
Para sobreviver à bancarrota planetária
Cuidado, eles andam a cruzar informação
Vigiar e punir, promover a ignorância
Para manter o poder, dominar desde a infância
Iludir e mascarar a infinita abundância
Querem perpetuar o fermento da ganância
Propagandear a crise com voto unânime
Impedir-me totalmente de ascender na pirâmide

Nascemos formatados por valores e dados
Manipulados mentalmente no vale dos condenados
Mal informados pela ignorância castrados
Sem meios de reprodução como escravos condicionados
Levados à dependência de uma económica recompensa
Onde não singra quem perde só prevalece quem vença
No concurso global do homem bem sucedido
O mais bem adaptado ao sistema que lhe é oferecido
Manipulação corrupção e vigilância
Constantemente desde os tempos de infância
Com precisão satélites de fluxo informativo
Sabem o teu próximo passo e de cada individuo
Cadastrado no registo com número de série
Fornecemos ferramentas para apoteótica intempérie
Não mais marcados como gado, fim de comunicado
As paredes têm ouvidos, ficheiro eliminado.

Desde os tempos de criança nós perdemos a lembrança
O ecrã suga a inocência - vigilância
E só fica o vazio, preenchido com propaganda
Mas eu vejo mais, vejo mais para alem do que a vista alcança

Tu nem imaginas… o último dia
A ultima vida… ate me arrepia
A galáxia respira, o homem conspira
Fuga espiritual a tua liberdade é politica
Cuidado com a net, quem te lê, quem te viu
Cuidado com a civilização que te pariu e traiu
Religiões e ciências, partidos e seitas
O bem e o mal, o julgamento final
Na caneta ou na arma, na alma ou na lâmina
O sangue é o combustível que alimenta a grande máquina
Eu tive um sonho… uma criança que chora
O mundo em chamas, o relógio que pára
Cuidado com a televisão, corta-lhe o som
Cuidado com o fato a quem apertas a mão
Cuidado com o tempo, a fé e o destino
Cheguei a tempo? ou tenho que ter cuidado contigo?

Desde os tempos de criança nós perdemos a lembrança
O ecrã suga a inocência - vigilância
E só fica o vazio, preenchido com propaganda
Mas eu vejo mais, vejo mais para alem do que a vista alcança
 

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O Que É Feito?
Dealema

Tudo o que eu queria era um rádio para escutar este
som...
Com todos os meus manos, em qualquer bloco ou
quarteirao...

Mas o que é feito, do respeito e do reconhecimento,
terá a humildade desvanecido pouco a pouco tempo...
Hoje em dia, tudo depende da identidade pela qual
assinas, muito boicote, o Hip-Hop já nem depende só de
rimas...
E é triste mano, ver como tudo isto muda, muitas mãos
atiram pedras e nenhuma delas ajuda...
MC's à presidência, abafam a residência de quem lutou
pela sobrevivência desta cultura...(REFRÃO)

Abaixo da superfície obscura, não é só no teu bairro
que se assiste à tortura, da vida dura...
Está difícil para todos, nos quatro cantos do
território, fala-se muito do dinheiro mas escacear e
notório...
Tudo cresce e aparece e em imagem a olhos vistos, os
meus manos na linha da frente, aos anos que continuam
a ser Cristos...
Entre linhas mesquinhas de Básicos ao Quadrado, tudo o
que escrevo é sagrado, nada é escrito ao acaso...
Mantenho um bom aço, no papel desabafo enquanto traço,
linha a linha mano, por tudo aquilo que passo...

REFRAO 1X

Quem me dera ter tempo para fazer tudo aquilo que eu
quero, mas à aprendidades na vida, e são elas a quem
me entrego...
Na bolsa de Hip-Hop, grito a dizer que não preciso,
ninguém quer passar o resto da vida a alimentar-se só
de lixo...
Muitos putos nesta cultura, vivem na ilusão, tirem
essa dificuldade de virem a ter um emprego, uma
profissão...
O momento é agora e o lugar é aqui, nada aparece feito
puto, tens de o fazer por ti...
Porque o tempo vai mais rápido que um meio conto de
algibeira, aproveita o segundo, tenta não fazer
asneira...
Mente que vageia sem destino enfrenta as consequências
do rumo perdido, estacionar carros na praça, mano todo
fodido...
Evita confusões, subros com soluções, espirito que
conserva em si, a força de mil e um trovões...
Tudo é possível, quando temos noção da dimensão do
nível, o complicado torna-se, mais acessível...

REFRÃO 4X
 
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