Portal Chamar Táxi

Como funciona a eleição na Venezuela

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Venezuela. Ordenadas mudanças no Estado Maior Superior das Forças Armadas


O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira mudanças no Estado Maior Superior das Forças Armadas Bolivarianas (FANB).



Venezuela. Ordenadas mudanças no Estado Maior Superior das Forças Armadas






"Sob os carvalhos e o samán [árvore local] da Academia Militar do Exército, ordenei mudanças no Estado-Maior das FANB", afirmou Maduro numa mensagem publicada no canal Telegram, acompanha por um vídeo.




As alterações incluem a nomeação do major-general Alexis Rodríguez Cabello como diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN, serviço de informações), em substituição do general chefe Gustavo Enrique González López.




Também do major-general Javier Marcano Tábata como chefe da Guarda de Honra Presidencial e diretor da Direção-geral de Contrainteligência Militar (DGCIM, serviços de informações militares), em substituição do major-general Iván Hernández Dala.




"Ratifiquei o general chefe Vladimir Padrino López como Ministro do Poder Popular para a Defesa e o general chefe Domingo António Hernández Larez como chefe do Comando Estratégico Operacional" explicou o chefe de Estado.



Por outro lado, Maduro anunciou ter nomeado o major-general Johan Alexander Hernández Larez para o Comando Geral do Exército Bolivariano e o almirante Ashraf Andel Hadi Suleimán Gutiérrez para o Comando da Marinha Bolivariana.



O major-general Lenín Lorenzo Ramírez Villasmil vai comandar a Aviação Militar Bolivariana.



Foram ainda nomeados os majores-generais Elío Ramón Estrada Paredes e Orlando Ramón Romero Bolívar, para o Comando-geral da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) e da Milícia Bolivariana, respetivamente.



Nicolás Maduro renovou também os encarregados pelas Regiões de Defesa Integral (REDI).



Os majores-generais Pedro Esteban González Ovalles, José Gregorio Martínez Campos, Royman Antonio Hernández Briceño, Jesús Rafael Villamizar Gómez, Dilio Guillermo Rodríguez Díaz, Juan Ernesto Sulbarán Quintero e Wilfredo Alexander Medrano Machado vão dirigir as REDI Ocidental, Los Andes, Los Llanos, Central, Capital, Oriental e Guayana, respetivamente.



Por outro lado, o almirante José Rafael Hernández Abchi será responsável pela REDI Marítima e Insular.



"Agradeço àqueles que desenvolveram o seu trabalho durante todo este tempo perante as importantes responsabilidades que desempenharam de forma impecável e desejo sucesso àqueles que são chamados a servir. A missão é a mesma: continuar a garantir a independência, a segurança e a paz, três bens primordiais da nossa querida pátria", concluiu Nicolás Maduro.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Parlamento convida Nicolás Maduro para tomar posse como presidente


O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro disse ter recebido um convite da Assembleia Nacional (AN, parlamento) para tomar posse como chefe de Estado reeleito.



Parlamento convida Nicolás Maduro para tomar posse como presidente






"Recebi um convite da direção da AN para prestar juramento como presidente para o período 2025 - 2031, no próximo dia 10 de janeiro (...) e confirmo publicamente que recebi a carta de convite e que estarei formalmente presente", disse na terça-feira na televisão estatal.



A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirmou que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um ciberataque de que alegadamente foi alvo.



Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de mais de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Relatório da ONU sobre crimes na Venezuela é "documento novelesco"


A Venezuela condenou o relatório da Missão Internacional Independente de Determinação dos Factos da ONU e classificou o documento, que denuncia crimes cometidos pelas autoridades durante as eleições presidenciais de julho, de "ser novelesco".



Relatório da ONU sobre crimes na Venezuela é documento novelesco






"A Venezuela rejeita energicamente o panfleto publicado pela vergonhosa Missão de Determinação dos Factos, por ser um documento novelesco, um guião fantasioso herdado do defunto Grupo de Lima e do regime norte-americano que, apesar da sua danificada moral em matéria de direitos humanos, finge dar lições ao mundo", reagiu na terça-feira Caracas em comunicado divulgado pela Missão Permanente da Venezuela junto da ONU, em Genebra




Na nota, Caracas acusa a Missão Internacional de Determinação dos Factos da ONU de nunca ter estado na Venezuela e de mesmo assim ter gastado mais de seis milhões de dólares (5,5 milhões de euros) "em propaganda política a favor da direita fascista venezuelana".




"A existência desta missão nula é um sinal do sequestro do Conselho dos Direitos Humanos [da ONU] por um pequeno grupo de países ocidentais que tenciona levá-lo a sofrer o mesmo destino que o da antecessora, a falhada Comissão dos Direitos Humanos. Como se isso não bastasse, o seu mandato inválido decorre de uma resolução que obteve mais votos contra e abstenções do que votos a favor", notou.



Segundo o documento, "a missão, além de ter um impacto nulo na cooperação em matéria de direitos humanos com a Venezuela, a pseudo-metodologia e as fontes que utiliza são amplamente questionáveis devido à falta de rigor ao tomar como verdadeiros os relatos das redes sociais" e da imprensa.



"A Missão Permanente da República Bolivariana da Venezuela junto da ONU-Genebra continuará a trabalhar sob o sólido compromisso com os Direitos Humanos e reitera a condenação a qualquer tentativa de impor mandatos aos países sem o seu consentimento", concluiu.



A Missão Internacional Independente de Determinação dos Factos da ONU para a Venezuela divulgou na terça-feira um relatório a denunciar crimes cometidos pelas autoridades durante as eleições presidenciais de julho no país.



O relatório, que completa um outro divulgado recentemente, documenta várias violações e crimes, incluindo contra a humanidade, entre eles a prática de tortura para que as vítimas se incriminem por crimes graves como terrorismo.



"Estas violações incluem a detenção arbitrária, a tortura, os desaparecimentos forçados de curta duração e a violência sexual, que são levados a cabo como parte de um plano coordenado para silenciar os opositores ou os presumíveis opositores. Entre as vítimas contam-se crianças e adolescentes, assim como pessoas com deficiência", referiu a Missão.



O documento, de 158 páginas, acusa as forças de segurança e grupos civis armados afetos ao regime de cometerem "assassínios, desaparecimentos forçados, atos de tortura e violência sexual e de género", antes, durante e depois de umas eleições que foram marcadas pela perseguição a opositores e a repressão de protestos.



"Os detidos são ameaçados, incluindo através de atos de tortura, para se incriminarem por crimes graves como o terrorismo. A falta de provas e a ausência de advogados da sua escolha colocam as vítimas numa posição particularmente vulnerável, uma vez que a autoincriminação pode conduzir a penas de prisão desproporcionadamente elevadas", explicou ainda o relatório.



De acordo com o documento "é particularmente grave a situação das crianças e adolescentes detidos, que enfrentam as mesmas ameaças e não beneficiam das medidas de proteção especiais exigidas pelo direito internacional".



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

ONU expõe crimes cometidos durante presidenciais da Venezuela


A Missão Internacional Independente de Determinação dos Factos da ONU para a Venezuela divulgou na terça-feira um relatório a denunciar crimes cometidos pelas autoridades durante as eleições presidenciais de julho no país.



ONU expõe crimes cometidos durante presidenciais da Venezuela






O relatório, que completa um outro divulgado recentemente, documenta várias violações e crimes, incluindo contra a humanidade, entre eles a prática de tortura para que as vítimas se incriminem por crimes graves como terrorismo.



"Estas violações incluem a detenção arbitrária, a tortura, os desaparecimentos forçados de curta duração e a violência sexual, que são levados a cabo como parte de um plano coordenado para silenciar os opositores ou os presumíveis opositores. Entre as vítimas contam-se crianças e adolescentes, assim como pessoas com deficiência", explica a Missão.



O documento, de 158 páginas, acusa as forças de segurança e grupos civis armados afetos ao regime de cometerem "assassínios, desaparecimentos forçados, atos de tortura e violência sexual e de género", antes, durante e depois de umas eleições que foram marcadas pela perseguição a opositores e a repressão de protestos.



A Missão acusa ainda o Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços de informações), a Direção Geral de Contra-Inteligência Militar (DGCIM, serviços de informações militares), a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) e a Polícia Nacional Bolivariana de estarem "maciçamente envolvidas" em violações dos direitos humanos da população.



"Os detidos são ameaçados, incluindo através de atos de tortura, para se incriminarem por crimes graves como o terrorismo. A falta de provas e a ausência de advogados da sua escolha colocam as vítimas numa posição particularmente vulnerável, uma vez que a autoincriminação pode conduzir a penas de prisão desproporcionadamente elevadas", explica o relatório.



De acordo com o documento "é particularmente grave a situação das crianças e adolescentes detidos, que enfrentam as mesmas ameaças e não beneficiam das medidas de proteção especiais exigidas pelo direito internacional".



Ainda segundo a Missão, 25 pessoas foram assassinadas com arma de fogo, centenas ficaram feridas e milhares foram detidas simplesmente por exercer o direito fundamental à liberdade de expressão.



No relatório, a Missão reitera o apelo ao Estado venezuelano para que liberte todas as pessoas arbitrariamente detidas e respeite a integridade física e psicológica dos detidos, e o direito a um processo justo.



A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um ciberataque de que alegadamente foi alvo.



Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de mais de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.



Segundo a ONG Fórum Penal (FP), a Venezuela tem 1.916 cidadãos detidos por motivos políticos, dos quais 240 são mulheres e 70 são adolescentes com idades entre os 14 e 17 anos.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Opositor acusa Maduro de planear "fraude gigantesca" nas presidenciais


O opositor venezuelano Antonio Ledezma acusou hoje, em entrevista à Lusa, o líder venezuelano, Nicolás Maduro, de preparar uma "fraude gigantesca" nas eleições presidenciais de julho, apelando aos militares para que cumpram a Constituição e respeitem a soberania popular.


Opositor acusa Maduro de planear fraude gigantesca nas presidenciais






A vitória do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, nas eleições presidenciais de 28 de julho - não reconhecida pelo regime liderado por Nicolás Maduro -, "foi conquistada com sangue, suor e lágrimas", descreveu o opositor, exilado em Espanha desde 2017, depois de mais de mil dias em prisão domiciliária na Venezuela na sequência de uma condenação a 26 anos de prisão por participar numa alegada conspiração para derrubar Maduro.




"Este processo [eleitoral] estava repleto de irregularidades, não só no dia 28 de julho, mas durante muitos meses. Maduro estava a planear uma fraude gigantesca. Foi possível derrotá-lo com a união de todos os setores políticos da Venezuela e com a mobilização de um povo inspirado pelas orientações que María Corina Machado [líder da oposição] e depois Edmundo González Urrutia deram a conhecer", defendeu Antonio Ledezma.




A oposição divulgou 83% das atas eleitorais das presidenciais, que revelam uma "vantagem monumental" de mais de quatro milhões de votos no candidato da oposição, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos.




"Enquanto Edmundo González e María Corina mostram as atas, Maduro escondeu-as e pretende levar a cabo uma fraude para roubar não só as eleições, mas para roubar o futuro dos venezuelanos", considerou Ledezma, que assiste hoje à tarde no parlamento português a um debate agendado pela Iniciativa Liberal, que pede o reconhecimento do candidato da oposição como Presidente eleito da Venezuela.




Sobre o papel das forças armadas da Venezuela, que têm declarado lealdade ao regime de Maduro, o opositor afirmou que os "militares são chamados a se submeterem ao que diz o artigo 328.º da Constituição, para defenderem a soberania".




"E essa soberania está a ser vítima de um golpe de Estado por Maduro, porque, como diz o artigo 5.º da nossa Constituição, a soberania reside no povo, que a exerce livremente, e o povo exerceu livremente a sua soberania, dando um mandato a Edmundo González, no dia 28 de julho", sustentou.




"Não queremos que os militares façam proclamações a favor da oposição ou de María Corina ou de Edmundo. Não. Queremos que os militares se mantenham firmes na [defesa da] nossa Constituição", salientou Antonio Ledezma.




O antigo presidente da câmara de Caracas (2008-2015) apelou aos militares para que "não se prestem a cometer crimes contra a humanidade, que não permitam que as suas insígnias ou as suas bandeiras continuem a ser manchadas pelo sangue que Nicolás Maduro está a derramar".




Os militares, acrescentou, "sabem como foi o triunfo de Edmundo González, porque estavam em todos os centros de votação".




Para a oposição, Maduro está "cada vez mais isolado".



"Nenhum governo democrático no mundo, em todo o mundo, apoiou a proclamação de Maduro a 28 de julho, o que é muito importante", salientou Ledezma, que considera que o Presidente venezuelano "não tem apoio popular" e está "apoiado no cassetete".




Na entrevista à Lusa, o opositor lamentou também que a Venezuela se tenha transformado, disse, "num narco-Estado".




"Éramos um Estado petrolífero, deixámos de produzir petróleo, agora estamos a produzir cocaína, para vergonha dos venezuelanos. Antes, em Portugal, falava-se da Venezuela feliz, da Venezuela bela, da Venezuela dos músicos, da Venezuela dos poetas, da Venezuela que tinha grandes recursos minerais. Agora fala-se do grupo Tren de Aragua [organização criminosa que se dedica ao tráfico sexual, tráfico humano e tráfico de drogas]", deplorou.




O que a oposição propõe, declarou ainda Antonio Ledezma, "é fechar esse ciclo sombrio, vergonhoso, doloroso, para inaugurar um tempo em que a luz da liberdade e do progresso ilumine o território nacional".



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Venezuela. Igreja Católica volta a pedir divulgação das atas das eleições


A Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) pediu hoje ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que divulgue as atas das assembleias de voto das eleições presidenciais de julho, cuja vitória contestada pela oposição foi atribuída a Nicolás Maduro.


Venezuela. Igreja Católica volta a pedir divulgação das atas das eleições






"As palavras do Senhor Jesus Cristo 'a verdade os fará livres' têm ressoado com insistência nas nossas mentes e nos nossos corações. Por isso, queremos reiterar o nosso apelo ao CNE para que publique detalhadamente os resultados do processo eleitoral do passado dia 28 de julho, que demonstrou a vontade de mudança do povo venezuelano, de acordo com a Constituição e a lei", explica a CEV.



No comunicado, os bispos venezuelanos frisam que "a apresentação dos resultados é um passo essencial para preservar a confiança dos cidadãos no voto e para recuperar o verdadeiro significado da política".



"Só assim poderemos avançar juntos para a construção de uma Venezuela democrática e pacífica", sublinham.



Os bispos dizem ainda condenar de maneira categórica "a repressão das manifestações, as detenções arbitrárias e as violações dos direitos humanos" que ocorreram no país após as eleições, e exigem "a libertação dos detidos, incluindo os menores de idade".



"Ao contemplarmos a difícil situação que o nosso país está a atravessar, sentimo-nos interpelados pela palavra de Deus que nos convida a escutar o clamor do povo e a consolá-lo. Renovamos o nosso compromisso com todos os nossos irmãos e irmãs que sofrem, para continuar a acompanhá-los através da oração, do acolhimento, da companhia, do intercâmbio e do serviço que prestamos através das diferentes instâncias eclesiais" lê-se no documento.



Por outro lado, a CEV reafirma o compromisso de estar ao seu lado dos irmãos que sofrem nestes momentos difíceis e manifesta a disponibilidade da Igreja para promover iniciativas que contribuam para a resolução pacífica das diferenças.



O documento começa por explicar que entre 15 e 17 de outubro se realizou a 45.ª Assembleia Plenária Extraordinária da CEV "para rezar e refletir sobre a realidade social, política e eclesial do país".



Os bispos convidam os venezuelanos "a reavivar a esperança" e manifestam ainda apoiar várias iniciativas de oração que estão a ser promovidas desde diversas instâncias, para rezar pela paz e pelo bem-estar da Venezuela.



A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.



Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de mais de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.



Segundo a ONG Fórum Penal (FP), a Venezuela tem 1.916 cidadãos presos por motivos políticos, dos quais 240 são mulheres e 70 são adolescentes com idades compreendidas entre 14 e 17 anos.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Detido ex-ministro venezuelano acusado de entregar informação aos EUA


O Ministério Público da Venezuela anunciou hoje a detenção do ex-ministro do Petróleo Pedro Tellechea, acusado de entregar aos Estados Unidos informação importante da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA).


Detido ex-ministro venezuelano acusado de entregar informação aos EUA






"Após uma exaustiva investigação científica, foi detido Pedro Tellechea Ruiz, juntamente com os seus colaboradores mais próximos, pela prática de crimes graves que atentam contra os mais altos interesses da nação, (...) incluindo a entrega do Sistema Automatizado de Controlo e Comando, conhecido como o cérebro da PDVSA, a uma empresa controlada pelos Serviços de Inteligência dos EUA, violando assim todos os mecanismos legais e a nossa soberania nacional", explica o MP em um comunicado.



No documento, o MP adianta que "estas ações foram levadas a cabo no estrito cumprimento da lei, com a plena cooperação constitucional do Chefe de Estado [Presidente Nicolás Maduro], na luta permanente pela defesa da integridade institucional do país".



Militar e engenheiro mecânico, Pedro Tellechea Ruiz anunciou na sexta-feira que se demitia do cargo de ministro de Indústria e Produção Nacional, alegando "problemas de saúde que requerem atenção imediata".



Nicolás Maduro nomeou no mesmo dia ministro de Indústria e Produção Nacional o empresário Alex Saab, detido em Cabo Verde em 2020 e extraditado para os Estados Unidos sob acusações de corrupção, sendo mais tarde entregue à Venezuela no âmbito de um acordo de troca de prisioneiros.



Segundo a imprensa local, Tellechea torna-se o quarto responsável do Ministério do Petróleo e da PDVSA a ser preso por irregularidades.



Anteriormente foram detidos Nelson Martínez e Eulogio Del Pino, ambos em 2017, e Tareck El Aissami, em abril de 2024.



Nelson Martínez faleceu na sequência de uma doença crónica, depois de ter passado um ano na prisão sem ter sido condenado.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Maduro avisa que vai continuar a combater corrupção na Venezuela


O Presidente venezuelano avisou hoje que o Governo perseguirá "firmemente" os corruptos, "sejam eles quem forem", horas depois de o Ministério Público ter confirmado a detenção do ex-ministro do Petróleo Pedro Tellechea e de vários membros do seu gabinete.



Maduro avisa que vai continuar a combater corrupção na Venezuela







"Estamos numa batalha incansável", sublinhou Nicolás Maduro, atacando aqueles que, tendo responsabilidades, "viram as costas ao povo".



"Não darei descanso ao meu braço nem descanso à minha alma na luta contra a corrupção, contra os traidores, os indolentes, vamos atrás deles", frisou o Presidente num discurso televisionado.




Maduro não fez alusão a nenhum caso específico, embora o seu discurso tenha ocorrido poucas horas depois de o Ministério Público ter confirmado a detenção de Tellechea por atacar "os mais altos interesses da nação" ao supostamente ceder um sistema de controlo da gigante estatal PDVSA, uma empresa que seria "controlada pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos".




Tellechea, que ocupou a pasta do Petróleo até agosto passado, quando foi substituído pela vice-presidente Delcy Rodríguez, teria incorrido em irregularidades na entrega do Sistema Automatizado de Comando e Controle, descrito pelo Ministério Público como o autêntico "cérebro" da PDVSA.




Na passada sexta-feira, já tinha sido afastado do Ministério da Indústria e Produção Nacional, segundo a sua própria versão, demissão motivada por "problemas de saúde" que exigiam "atenção imediata". Na despedida nas redes sociais, agradeceu a Maduro "pela compreensão e apoio" durante sua passagem pelo Executivo.




Segunda-feira, o Ministério Público da Venezuela anunciou a detenção de Pedro Tellechea.




"Após uma exaustiva investigação científica, foi detido Pedro Tellechea Ruiz, juntamente com os seus colaboradores mais próximos, pela prática de crimes graves que atentam contra os mais altos interesses da nação, [...] incluindo a entrega do Sistema Automatizado de Controlo e Comando, conhecido como o cérebro da PDVSA, a uma empresa controlada pelos Serviços de Inteligência dos EUA, violando assim todos os mecanismos legais e a nossa soberania nacional", explica o MP em um comunicado.




No documento, o MP adianta que "estas ações foram levadas a cabo no estrito cumprimento da lei, com a plena cooperação constitucional do Chefe de Estado, na luta permanente pela defesa da integridade institucional do país".




nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Prémio Sakharov atribuído a Edmundo González e María Corina Machado


Galardão atribuído pelo Parlamento Europeu.


Prémio Sakharov atribuído a Edmundo González e María Corina Machado






Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, líderes da oposição da Venezuela, são os vencedores do prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, galardão atribuído pelo Parlamento Europeu, 4 pela "luta para restaurar a liberdade e democracia" no país, anunciou, esta quinta-feira, a presidente do Parlamento Europeu (PE).



"O Prémio Sakharov 2024 para a Liberdade de Pensamento é atribuído a María Corina Machado e ao presidente eleito Edmundo González Urrutia pela sua luta corajosa para restaurar a liberdade e a democracia na Venezuela", anunciou Roberta Metsola no hemiciclo de Estrasburgo (França).



A presidente do PE acrescentou que os dois vencedores procuraram uma "transição de poder justa, livre e pacífica, defenderam destemidamente os valores de milhões de venezuelanos" e também batalharam pela "justiça, democracia e Estado de direito".




Roberta Metsola recordou que o Parlamento Europeu "está ao lado" da população venezuelana e dos dois opositores ao regime de Nicolás Maduro: "Este prémio é deles."



A escolha dos dois opositores ao regime venezuelano para o Prémio Sakharov 2024 foi feita pelas delegações portuguesa e espanhola do Partido Popular Europeu (PPE) e depois incluído como proposta do grupo político.




"Ambos são a voz do corajoso povo venezuelano na sua luta pela liberdade e pela democracia", escreveu o PPE, do qual a Aliança Democrática (AD) faz parte, na rede social X.




María Corina Macho foi eleita candidata presidencial da oposição venezuelana pela Plataforma Unitária em 2023, mas acabou por ser desqualificada pelo Conselho Nacional Eleitoral.



O antigo embaixador da Venezuela em Buenos Aires Edmundo González Urrutia apareceu como candidato da Plataforma Unitária.




Os dois opositores e vários observadores denunciaram a ocultação dos resultados oficiais por parte do regime venezuelano e contestaram a vitória atribuída ao Presidente em exercício, Nicolás Maduro.




Na sequência de um mandado de detenção, González Urrutia deixou o país em setembro. O prémio vai ser atribuído em dezembro.




O deputado da AD Sebastião Bugalho já reagiu ao prémio, também na rede social X, garantido que, para ele, é uma "grande, grande felicidade".



A lista candidatos ao prémio era composta por Ubad Ibadoghlu, um professor universitário e ativista anticorrupção do Azerbaijão, e pelos movimentos Women Wage Peace e Women of the Sun de Israel e da Palestina.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Edmundo González agradece a "solidariedade" da Europa após ganhar Sakharov


O candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, galardoado hoje com o Prémio Sakharov, agradeceu à Europa pela sua "profunda solidariedade" com o povo venezuelano.



Edmundo González agradece a solidariedade da Europa após ganhar Sakharov







"Este prémio representa, acima de tudo, a profunda solidariedade dos povos da Europa para com o povo venezuelano e a sua luta para recuperar a democracia", afirmou o opositor político ao Presidente Nicolás Maduro, de 75 anos, que vive exilado em Espanha desde 08 de setembro, numa mensagem publicada na rede social X.




Edmundo González e Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana, receberam o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído pelo Parlamento Europeu e o mais importante prémio de direitos humanos da União Europeia.




"A luta ainda não terminou", prosseguiu Edmundo González, que manifestou também a "gratidão, orgulho e admiração" que sente pelos seus compatriotas que, "com o maior civismo, coragem e determinação, enfrentaram durante anos e continuam a enfrentar um regime que viola sistematicamente os direitos humanos".




"Os meus compatriotas foram os protagonistas da grande manifestação democrática que teve lugar a 28 de julho", referindo-se às eleições presidenciais na Venezuela.



"Apesar de milhões de pessoas terem sido impedidas de votar, as que o fizeram conseguiram ultrapassar todo o tipo de obstáculos", disse Edmundo González, acrescentando: "Não só conseguimos derrotar a ditadura nas urnas, como também conseguimos provar esta estrondosa vitória eleitoral".



Edmundo González, antigo embaixador da Venezuela em Buenos Aires, fazia referência à sua vitória nas eleições presidenciais como candidato da Plataforma Unitária, segundo a oposição, com mais de 67% dos votos, enquanto Maduro, o Presidente em exercício, foi declarado vencedor com 52% dos votos.




Os dois opositores e vários observadores denunciaram a ocultação dos resultados oficiais por parte do regime venezuelano e contestaram a vitória atribuída ao Presidente em exercício, Nicolás Maduro.



Os resultados oficiais não foram reconhecidos pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por vários países latino-americanos, que exigiram, em vão, que o Governo venezuelano apresentasse os relatórios das assembleias de voto para que pudessem ser verificados.




Edmundo González temia pela sua vida e fugiu da Venezuela a 08 de setembro, após um mês em clandestinidade, acabando por se refugiar em Espanha com a sua mulher.



O opositor foi alvo de um mandado de captura, após o Ministério Público ter aberto um processo por "desobediência à lei", "conspiração", "usurpação de funções" e "sabotagem".



María Corina Macho foi eleita candidata presidencial da oposição venezuelana pela Plataforma Unitária em 2023, mas acabou por ser desqualificada pelo Conselho Nacional Eleitoral e vive agora escondida no seu país.




A escolha dos dois opositores ao regime venezuelano para o Prémio Sakharov 2024 foi feita pelas delegações portuguesa e espanhola do Partido Popular Europeu (PPE) e depois incluído como proposta do grupo político.





nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Líder da oposição venezuelana diz-se "honrada" com prémio Sakharov


A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, defensora da vitória da oposição nas presidenciais contra Maduro, declarou-se hoje "honrada" por receber o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, com Edmundo González Urrutia, o candidato presidencial da oposição.



Líder da oposição venezuelana diz-se honrada com prémio Sakharov






"É uma honra para mim acordar com a notícia de que o Parlamento Europeu atribuiu o Prémio Sakharov 2024 ao movimento democrático venezuelano", escreveu num comunicado publicado nas redes sociais María Corina Machado, de 57 anos, que foi impedida de se candidatar às eleições presidenciais de julho, tendo sido declarada inelegível.




"Este reconhecimento é para cada preso político, requerente de asilo, exilado, para cada cidadão do nosso país que luta por aquilo em que acredita", sublinhou.



María Corina Machado foi escolhida, em primárias, como candidata presidencial da oposição venezuelana pela Plataforma Unitária em 2023, mas acabou por ser desqualificada pelo Conselho Nacional Eleitoral e vive agora na clandestinidade no seu país.




Também Edmundo González Urrutia, que acabou por ser o candidato presidencial da oposição venezuelana, agradeceu hoje à Europa a sua "profunda solidariedade" com o povo venezuelano ao saber-se distinguido com aquele que é o mais importante prémio de direitos humanos da União Europeia (UE).



"Este prémio representa, acima de tudo, a profunda solidariedade dos povos da Europa para com o povo venezuelano e a sua luta para recuperar a democracia", afirmou o opositor político ao Presidente em exercício, Nicolás Maduro, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).



"A luta ainda não terminou", prosseguiu Edmundo González, de 75 anos e que está exilado em Espanha desde 08 de setembro, manifestando também a "gratidão, orgulho e admiração" que sente pelos seus compatriotas que, "com o maior civismo, coragem e determinação, enfrentaram durante anos e continuam a enfrentar um regime que viola sistematicamente os direitos humanos".



"Os meus compatriotas foram os protagonistas da grande manifestação democrática que teve lugar a 28 de julho", referindo-se às eleições presidenciais na Venezuela.



"Apesar de milhões de pessoas terem sido impedidas de votar, as que o fizeram conseguiram ultrapassar todo o tipo de obstáculos", disse Edmundo González, acrescentando: "Não só conseguimos derrotar a ditadura nas urnas, como também conseguimos provar esta estrondosa vitória eleitoral".



Antigo embaixador da Venezuela em Buenos Aires, Edmundo González referia-se à sua vitória nas presidenciais como candidato da Plataforma Unitária, segundo a oposição, com mais de 67% dos votos, ao passo que Nicolás Maduro foi declarado vencedor com 52% dos votos.



Os dois opositores e vários observadores denunciaram a ocultação dos resultados oficiais por parte do regime venezuelano e contestaram a vitória atribuída ao Presidente em exercício, Nicolás Maduro.



Nas ruas da Venezuela, manifestações espontâneas fizeram pelo menos 27 mortos e cerca de 200 feridos. E cerca de 2.400 pessoas foram detidas, segundo fonte oficial.



Os resultados oficiais não foram reconhecidos pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por vários países latino-americanos, que exigiram, em vão, que o Governo venezuelano apresentasse as atas das assembleias de voto para que pudessem ser verificadas.



Edmundo González temia pela vida e fugiu da Venezuela a 08 de setembro, após um mês na clandestinidade, acabando por se refugiar em Espanha com a mulher.



O opositor foi alvo de um mandado de captura, após o Ministério Público venezuelano ter aberto um processo pelos crimes de "desobediência à lei", "conspiração", "usurpação de funções" e "sabotagem".



A escolha dos dois opositores ao regime venezuelano como vencedores do Prémio Sakharov 2024 foi feita pelas delegações portuguesa e espanhola do Partido Popular Europeu (PPE, direita, principal força política no hemiciclo comunitário) e depois incluída como proposta do grupo político.



Os seus nomes receberam igualmente o apoio do grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), no qual têm assento os eurodeputados do partido de extrema-direita Irmãos de Itália, da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.



O Prémio Sakharov, no valor de 50.000 euros, tem o nome do dissidente soviético e físico nuclear Andrei Sakharov, galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1975.



A cerimónia de entrega do prémio realizar-se-á no dia 18 de dezembro, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.




A 30 de setembro, a María Corina Machado foi distinguida pelo Conselho da Europa com o Prémio Vaclav Havel para os Direitos Humanos.



A primeira latino-americana a receber este galardão, Machado reagiu afirmando, por videoconferência, que "a ditadura" no seu país caminha para a sua "inevitável queda"



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Comunistas exigem divulgação das atas das eleições na Venezuela


O Partido Comunista da Venezuela (PCV) exigiu à comissão eleitoral que divulgue as atas desagregadas das presidenciais de 28 de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito mas cujos resultados a oposição contesta.



Comunistas exigem divulgação das atas das eleições na Venezuela






"Os votos têm de ser contados, as urnas têm de ser abertas e os resultados têm de ser mostrados ao país e ao mundo para gerar a confiança e a transparência que exigimos e a que temos direito", disse na terça-feira Maribel Diáz, do comité político do PCV.




Durante uma conferência de imprensa em Caracas, Diáz explicou que, enquanto os resultados não forem apresentados, não é possível apresentar uma queixa, por não poder saber se há inconsistências em alguma mesa ou município.



"O país e o mundo em geral têm o direito de conhecer os resultados quadro a quadro, centro a centro. É isso que está estabelecido e é habitual no nosso país", disse a dirigente, sublinhando que já passaram três meses das eleições presidenciais.



"Muitas vozes se levantaram porque não têm esses resultados, tal como era uma prática e costume neste país. O que temos visto tem sido um aumento da repressão das vozes dissidentes. Hoje há mais de duas mil pessoas detidas sob acusações terríveis, como terrorismo, incitamento ao ódio", lamentou Diáz.




Segundo a dirigente, "muitos dos detidos", que saíram legitimamente a protestar contra os resultados oficiais, "são menores de idade, outros são pessoas com deficiência, e recentemente tivemos a detenção da jornalista Nelín Escalante e de uma ativista no estado de Bolívar [leste], Omaira Salazar".




"De janeiro a outubro, já contámos 15 jornalistas detidos (...). Hoje, na Venezuela, podemos dizer que o jornalismo está a tornar-se uma profissão muito arriscada. Os jornalistas são detidos, são levados sem o devido processo, sem a possibilidade de as suas famílias saberem onde estão, sem a possibilidade de terem defensores privados. É isso que estamos a viver", disse Diáz.



"Exigimos a plena liberdade para os ativistas políticos, jornalistas e trabalhadores que foram detidos sem um processo justo", frisou a dirigente.




A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano atribuiu a vitória ao atual Presidente do país, Nicólas Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.




A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.



Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.




O regime de Caracas diz estar em curso um golpe de Estado, mantendo nas ruas milhares de polícias e militares para controlar os manifestantes, e pediu à população que, de maneira anónima e através da aplicação VenAPP, denuncie quem promove os protestos.



Segundo a organização não-governamental venezuelana Foro Penal (FP), 1.953 pessoas estão detidas por motivos políticos na Venezuela, o maior número registado no século XXI.




De acordo com a FP, entre os detidos, 1.711 são homens e 242 mulheres e 1.792 são civis e 161 militares, incluindo 69 adolescentes.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Parlamento da Venezuela cria grupos de amizade com Portugal e Guiné-Bissau


A Assembleia Nacional da Venezuela anunciou a criação de grupos parlamentares de amizade com seis países, incluindo Portugal e Guiné-Bissau.


Parlamento da Venezuela cria grupos de amizade com Portugal e Guiné-Bissau






O parlamento venezuelano estabeleceu grupos de ligação ao Egito, Senegal, Jordânia e Cazaquistão, todos presididos por deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), no poder, indicou em comunicado.




Os grupos vão trabalhar para fortalecer e consolidar as relações "diplomáticas e cooperativas" com aquelas nações, referiu a Assembleia.



O parlamento já estabeleceu grupos de amizade com Nepal, Quirguistão, Iraque, Bahrein, Azerbaijão, Laos, Líbano, Timor-Leste, Quénia, Gâmbia, Malásia e a União Africana.



A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de julho, com o Conselho Nacional Eleitoral a atribuir a vitória ao atual Presidente do país, Nicólas Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.



Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.



O regime de Caracas disse estar em curso um golpe de Estado, mantendo nas ruas milhares de polícias e militares para controlar os manifestantes, e pediu à população que, de maneira anónima e através da aplicação VenAPP, denuncie quem promove os protestos.



A organização não-governamental venezuelana Foro Penal (FP) indicou que 1.953 pessoas estão detidas por motivos políticos na Venezuela, o maior número registado no século XXI.



Entre os detidos, 1.711 são homens, 242 mulheres, 69 adolescentes, incluindo 1.792 civis e 161 militares, acrescentou.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Venezuela chama seu embaixador para consultas e agrava crise com o Brasil


A Venezuela convocou hoje o seu embaixador no Brasil, Manuel Vedell, para consultas, depois do assessor internacional do Governo brasileiro, Celso Amorim, declarar que Brasília não reconhece a eleição de Nicolás Maduro, Presidente venezuelano, por falta de transparência.



Venezuela chama seu embaixador para consultas e agrava crise com o Brasil






"Informa-se a comunidade nacional e internacional que, seguindo instruções do Presidente, Nicolás Maduro Moros, foi decidido convocar imediatamente o embaixador Manuel Vadel, que nos representa em Brasília, para consultas", afirmou o Governo venezuelano num comunicado.



Na terça-feira, Amorim disse numa audiência no Congresso brasileiro que "o princípio da transparência não foi respeitado" nas eleições presidenciais venezuelanas realizadas em 28 de julho, portanto, a vitória proclamada por Maduro não pode ser reconhecida pelo Brasil.



O assessor brasileiro explicou que, nas suas tentativas de mediação, o Brasil tem-se orientado pelos princípios da "defesa da democracia, da não ingerência nos assuntos internos e da resolução pacífica de controvérsias".



No comunicado, o Governo da Venezuela manifestou o seu "total repúdio" a essa atitude que classificou "anti-latino-americana" consumada já no veto do Brasil, na cimeira dos BRICS em Kazan, na Rússia, à inclusão da Venezuela como membro associados do grupo fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.



"Da mesma forma, denunciamos o comportamento irracional dos diplomatas brasileiros, que, contrariando a aprovação dos demais membros do BRICS, assumiram uma política de bloqueio, semelhante à política de medidas coercitivas unilaterais e punição coletiva de todo o povo venezuelano", lê-se na nota emitida por Caracas.



Também em resposta ao Governo brasileiro, o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, anunciou que vai pedir que Amorim seja declarado 'persona non grata', alegando que estaria alinhado a Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, ou seja do Governo dos Estados Unidos, nas eleições de 28 de julho.




Em nota, Rodríguez acusou Amorim de atuar em nome de Sullivan como observador nas eleições presidenciais venezuelanas para "prejudicar o desenvolvimento normal do pleito", cujo resultado oficial deu vitória a Nicolás Maduro, que o Brasil não reconheceu e assegurou não reconhecerá até que as atas detalhadas da votação sejam publicadas.



Na opinião do negociador chefe do chavismo, Amorim comportou-se "mais como um interlocutor do Governo dos Estados Unidos" do que "no papel supostamente atribuído" pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.



"Daí a sua posição absolutamente prostrada aos desígnios do império agressor contra a nossa nação, profundamente zelosa pela defesa da sua liberdade", disparou o presidente do Parlamento venezuelano.



As relações bilaterais entre os dois países deterioraram-se gradualmente após as eleições presidenciais, especialmente dada a insistência do Brasil em publicar as atas detalhadas do processo, como também é exigido por grande parte da comunidade internacional, incluindo a União Europeia, considerando que não há evidências de vitória de Maduro.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Maduro diz que líder da oposição María Corina Machado abandonou Venezuela


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegou que a líder da oposição, María Corina Machado, "fugiu do país" em direção à Colômbia e ao Panamá "procurando reuniões" e "pedindo sanções".



Maduro diz que líder da oposição María Corina Machado abandonou Venezuela






"E a outra, a María 'Violencia' Machado, o que é que ela fez? Também fugiu, foi-se embora, agora está entre a Colômbia e o Panamá", declarou o chefe de Estado na sexta-feira, numa cerimónia oficial da Guarda Nacional venezuelana.




Machado "caminha agora entre a Colômbia e o Panamá, andando e procurando reuniões, dizendo mil palavrões e ataques contra a Venezuela e pedindo sanções", disse Maduro.



O Presidente criticou tanto Machado como Edmundo González Urrutia, o candidato presidencial da oposição, exilado em Espanha desde 08 de setembro. "São apátridas", disse Maduro.



"O que é que ele fez? Mostrou a cara, saiu para a rua, fugiu, escondeu-se", afirmou o líder da Venezuela, referindo-se a Urrutia.



María Corina Machado foi escolhida, em primárias, como candidata presidencial da oposição venezuelana pela Plataforma Unitária em 2023, mas acabou por ser desqualificada pelo Conselho Nacional Eleitoral e vive agora na clandestinidade no seu país.



Machado e Edmundo González Urrutia venceram na semana passada o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2024, o mais importante prémio de direitos humanos da União Europeia (UE).



O Prémio Sakharov, no valor de 50 mil euros, tem o nome do dissidente soviético e físico nuclear Andrei Sakharov, galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1975.



A cerimónia de entrega do prémio realizar-se-á no dia 18 de dezembro, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.



A 30 de setembro, a María Corina Machado foi também distinguida pelo Conselho da Europa com o Prémio Vaclav Havel para os Direitos Humanos.



A primeira latino-americana a receber este galardão, Machado reagiu afirmando, por videoconferência, que "a ditadura" no seu país caminha para a sua "inevitável queda".



A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Nicólas Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.



Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.



O regime de Caracas diz estar em curso um golpe de Estado, mantendo nas ruas milhares de polícias e militares para controlar os manifestantes, e pediu à população que, de maneira anónima e através da aplicação VenAPP, denuncie quem promove os protestos.




nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

EUA/Eleições: Oposição venezuelana felicita Trump


A oposição que reclama a vitória nas eleições presidenciais venezuelanas felicitou hoje Donald Trump pela eleição para a presidência dos Estados Unidos da América (EUA), afirmando contar com o apoio do republicano.



EUA/Eleições: Oposição venezuelana felicita Trump






Dou os meus parabéns ao Presidente eleito Donald J. Trump e ao povo dos Estados Unidos pelo processo eleitoral cívico e massivo", escreveu María Corina Machado na sua conta da rede social X (Twitter).



A líder da oposição venezuelana, que vive na clandestinidade em Caracas desde que Nicolás Maduro foi declarado o vencedor das eleições presidenciais de julho, acrescentou que a "Venezuela vive dias decisivos para milhões de cidadãos e para a democracia e para a estabilidade na região".



"Sabemos que temos o apoio dos povos das Américas e dos seus governos democráticos para assegurar uma transição sem demora para a democracia. E sabemos também que sempre pudemos contar consigo", escreveu Machado, dirigindo-se diretamente a Trump para garantir que a fação política que representa "será um aliado fiável".



"O governo democrático que nós, venezuelanos, elegemos a 28 de julho e que assumirá o seu mandato constitucional a 10 de janeiro [data da tomada de posse oficial do presidente venezuelano], será um aliado fiável para trabalhar com a sua administração", defendeu.



A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.



Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de mais de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.



O Supremo Tribunal ratificou a vitória de Maduro, cuja equipa continua a garantir que tomará posse a 10 de janeiro.



Durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, entre 2017 e 2021, Trump adotou uma linha dura em matéria de sanções económicas contra a Venezuela e reconheceu o então líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino, numa tentativa vã de afastar Maduro do poder.



González Urrutia, atualmente exilado em Espanha, também felicitou Trump.



"Com a mesma responsabilidade de presidente eleito, desejo reforçar as nossas relações", indicou.



Donald Trump, 78 anos, reivindicou a vitória nas eleições presidenciais de terça-feira, embora os resultados finais ainda não tenham sido confirmados.



Quando ainda decorre o apuramento dos resultados, e segundo as projeções conhecidas, o republicano já ultrapassou os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para regressar à Casa Branca (presidência dos EUA).



Trump segue também à frente da adversária democrata Kamala Harris no voto popular, com 51,1% contra 47,4% dos votos contados.



Será a primeira vez em mais de um século que um ex-presidente volta ao cargo após perder uma eleição (em 2020) e também a primeira vez que um criminoso condenado irá ocupar a presidência do país.



O Partido Republicano recuperou ainda o Senado (câmara alta do Congresso) ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes (câmara baixa) segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Maduro pede revisão de processos de adolescentes detidos nos protestos


O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu às autoridades locais para reverem os processos judiciais de adolescentes detidos nos protestos pós-eleições presidenciais de 28 de julho, admitindo que pode ter ocorrido algum tipo de erro procedimental.


Maduro pede revisão de processos de adolescentes detidos nos protestos






"Apelo a Tarek William Saab [Procurador-geral da Venezuela], apelo aos juízes do país, como chefe de Estado: se houver algum caso para retificar e também para rever que haja justiça", afirmou o chefe de Estado venezuelano, que falava durante uma nova emissão do programa radiofónico e televisivo "Com Maduro +", formato transmitido em simultâneo pelas redes sociais.



"A justiça é justa porque pune quem deve ser punido e estabelece a verdade em todos os casos e perdoa quando deve ser perdoado, no caso de ter havido algum tipo de erro processual", prosseguiu o governante, frisando que nos dias seguintes às eleições presidenciais, de 29 a 30 de julho, foram registados tumultos no país, "com violência aqui, ali", mas que "de repente chegou a paz".



A organização não-governamental (ONG) venezuelana Foro Penal denunciou hoje que atualmente 1.963 pessoas estão detidas por motivos políticos na Venezuela, entre elas 69 adolescentes.



"Balanço de presos políticos registados pelo Foro Penal na Venezuela: 1.963 presos políticos dos quais 1.836 desde 29 de julho de 2024 [início dos protestos pós-eleições presidenciais]. Registámos e qualificámos o maior número de presos políticos conhecido na Venezuela, pelo menos no século XXI, e continuamos a receber e a registar detidos", denunciou a ONG na rede social X.



De acordo com a organização, entre os detidos, 1.720 são homens e 243 mulheres e 1.801 são civis e 162 militares, tendo sido registadas seis novas detenções na última semana.



A ONG precisou ainda que apenas dos 148 detidos foram condenados por tribunais.



"Desde 2014 foram registadas 17.952 detenções políticas na Venezuela. O Foro Penal deu assistência gratuita a mais de 14.000 detidos, hoje ex-carcerados, e a outras vítimas de violações dos seus direitos humanos", referiu a ONG, precisando que "mais de 9.000 pessoas continuam sujeitas arbitrariamente a medidas restritivas da sua liberdade".



Em 20 de outubro, centenas de pessoas anti-regime manifestaram-se em vários países para pedir ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) que ajude as crianças detidas na Venezuela após as eleições presidenciais de 28 de julho.



Na altura, o partido da oposição Vente Venezuela (VV), liderado pela ex-deputada María Corina Machado, disse que as manifestações tiveram lugar em 60 cidades de países como os Estados Unidos, Espanha, Suécia, Israel, Itália, Austrália, Nova Zelândia, Bélgica e Países Baixos.



Na Venezuela são frequentes as queixas de familiares de detidos no âmbito dos protestos pós-eleições, denunciando que têm de viajar centenas de quilómetros para tentar, muitas vezes sem sucesso, visitar os familiares detidos.




A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente do país, Nicólas Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.




Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Líder da oposição venezuelano critica "respostas tímidas" a Maduro


O líder do partido da oposição venezuelano Voluntad Popular (VP), Leopoldo López, criticou em entrevista à Lusa as "respostas tímidas" dos países democráticos face à reeleição do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.



Líder da oposição venezuelano critica respostas tímidas a Maduro







"O que é que a Rússia, a China e o Irão dizem? Que Maduro ganhou as eleições. Dão apoio financeiro e militar a Maduro. E o que é que recebemos dos países democráticos? Respostas tímidas. Precisamos de clareza e empenhamento", afirmou Leopoldo López à Lusa, que esteve em Lisboa como orador na WebSummit 2024.





A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente do país, Nicólas Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.




"O povo venezuelano votou, expressou a sua vontade e agora precisamos do apoio da comunidade internacional. E o que temos visto é muito moderado. Portugal não reconheceu claramente Edmundo González como o Presidente eleito", sublinhou o político venezuelano.



López considera que a comunidade internacional não deve "reconhecer a ditadura", mas sim "responsabilizar a ditadura, apoiar a Comissão de Direitos Humanos da ONU e o Conselho de Direitos Humanos, apoiar o Tribunal Penal Internacional (TPI) na sua investigação a Nicolás Maduro" e apoiar todos os mecanismos, como sanções, para limitar o financiamento do Presidente venezuelano.



"Acredito que não existe apenas uma 'bala de prata', mas sim todas as [soluções] anteriores. O que é que deve ser feito? Tudo. Quando? Agora. Quanto? Tudo. É nisso que eu acredito", resumiu.



Leopoldo López é ativista e líder da oposição na Venezuela, co-fundador e coordenador nacional do Partido Voluntad Popular e esteve em Lisboa como orador na WebSummit 2024 na palestra "Fazer Frente aos Autocratas", acompanhado pela ativista russa Yulia Navalnya.



Entre 2000 e 2008, o político venezuelano foi presidente do município de Chacao, em Caracas, e, antes de encontrar refúgio em Espanha, foi prisioneiro político de 2014 a 2020, após ter sido condenado a catorze anos de prisão por liderar protestos não violentos e resistência civil em 2014.



O político venezuelano elogiou, por outro lado, a posição do Brasil, não só por vetar a entrada da Venezuela no BRICS (bloco das principais economias emergentes), mas também por "denunciar Maduro e o roubo das eleições".



"Eu apoio a posição do Governo brasileiro e acreditamos que é coerente e é a coisa certa a fazer e é muito importante porque o Brasil é o maior país da América Latina mas também porque, até agora, Lula estava alinhado ideologicamente com Maduro", afirmou.



López referiu ainda que "os responsáveis pela fraude devem ser sancionados, as pessoas que roubaram os recursos da Venezuela devem ser sancionadas", defendendo ainda o aumento da recompensa pela captura de Maduro "de 15 milhões de dólares (14.2 milhões de euros) para 100 milhões de dólares (94.7 milhões de euros), como muitos propuseram".



O líder da oposição lembrou o ambiente de repressão que os ativistas venezuelanos enfrentam, onde "todos os venezuelanos que se dedicam ao ativismo político têm sido perseguidos, muitas pessoas vivem na clandestinidade, dezenas de pessoas que foram presas" ou mesmo mortas.



Ainda assim, apesar de muitos dos membros do seu partido, Voluntad Popular, terem sido forçados ao exílio, o movimento continua empenhado em "fazer o que for preciso, onde quer que estejamos, para enfrentar a ditadura".




nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Venezuela vai rever relação com G7 após reconhecimento da vitória da oposição


O Governo venezuelano anunciou hoje que vai rever as relações com a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, os países que compõe o G7, após o reconhecimento do bloco da vitória da oposição nas presidenciais.





Notícia







O anúncio de Caracas acontece após o bloco das sete maiores economias mundiais (mais a União Europeia) ter manifestado "profunda preocupação" com as "contínuas violações e abusos dos direitos humanos" na Venezuela, ter reclamado a libertação de "todos os presos políticos injustamente detidos" e de ter reconhecido o opositor Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.




"Advertimos os países do G7 que esta atitude arrogante e ingerente não passará sem contestação. A Venezuela procederá a uma revisão exaustiva das suas relações com cada um dos Governos que compõem este grupo, porque o respeito pela soberania nacional não é negociável", referiu o executivo venezuelano num comunicado.




No texto, Caracas condena "categoricamente o absurdo pronunciamento sobre o processo eleitoral e político venezuelano emitido pelo G7", argumentando que este grupo de potências "insiste em acreditar ser o árbitro da democracia global enquanto encobre os seus próprios fracassos políticos, económicos e morais, apoiando genocídios e estimulando a propagação da ideologia nazi e fascista na Europa e no mundo".




Para as autoridades da Venezuela "é irónico" que estes países, "que fizeram o maior estrondo do ridículo em 2019 ao reconhecerem um impostor como presidente interino", agora "finjam dar lições sobre vontade popular e processos eleitorais".




"Estão a tentar, a partir do complexo colonialista e imperialista, preparar o terreno para desrespeitar as instituições e as decisões do povo venezuelano" reforçou o Governo venezuelano, fazendo alusão aos acontecimentos ocorridos em janeiro de 2019, quando o ex-presidente do parlamento, Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder.




Segundo Caracas, "a história já demonstrou que o povo bolivariano não aceitará mais tutelas".




"A Venezuela é livre e continuará a sê-lo, por muito que isso custe aos que não superaram os seus complexos imperiais", concluiu a nota oficial.



Reunidos entre segunda-feira e hoje em Itália, os chefes de diplomacia do G7 adotaram uma declaração final, reservando a parte final do texto à situação de instabilidade na Venezuela na sequência das eleições presidenciais de julho passado.



"Em 28 de julho, o povo venezuelano fez uma escolha clara nas urnas, votando a favor da mudança democrática e apoiando Edmundo González Urrutia por uma maioria significativa, de acordo com os registos eleitorais publicamente disponíveis", apontaram os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7.



Afirmando que continuarão a "apoiar os esforços dos parceiros regionais para facilitar uma transição democrática e pacífica liderada pela Venezuela que garanta o respeito pela vontade dos eleitores", os países do G7 indicaram estar "profundamente preocupados com as contínuas violações e abusos dos direitos humanos, incluindo as detenções arbitrárias e as severas restrições às liberdades fundamentais, que visam em especial os opositores políticos, a sociedade civil e os meios de comunicação social independentes".



"Todos os presos políticos injustamente detidos devem ser libertados", frisaram ainda.



A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que Urrutia obteve quase 70% dos votos.




Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.




Entre os presos políticos detidos após as eleições conta-se um lusodescendente, Williams Dávila Barrios, cujo estado de saúde motiva preocupações, tendo levado a Organização de Estados Americanos (OEA) a pedir, no passado sábado, a libertação deste antigo governador de Mérida (Venezuela), para que possa ter assistência médica adequada.




Em 09 de agosto, o Governo português já exigira às autoridades venezuelanas "a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios", de 73 anos e com nacionalidade portuguesa.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Oposição venezuelana questiona embaixador português: "Equidistante?"


A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, questionou hoje a recente recomendação do embaixador de Portugal na Venezuela, João Pedro Fins do Lago, à comunidade lusa para que se mantenha "equidistante" de questões que dividam o país.





Notícia






"O que significa ser equidistante, Sr. Embaixador? Ignorar que Maduro perdeu as eleições por mais de 40% dos votos e se recusou a publicar os resultados? Ignorar que 2.000 venezuelanos foram presos, entre eles 198 crianças e adolescentes?", questionou a opositora na sua conta do Instagram, sem referir o nome do diplomata.





Na mesma rede social, Maria Corina Machado questionou ainda se ser equidistante é "ignorar que torturaram, abusaram sexualmente e assassinaram os detidos" e "ignorar que neste momento há asilados na Embaixada da Argentina, sob proteção brasileira, que estão a ser assediados e os deixam sem eletricidade, água e alimentos".




Acrescentou se significa ignorar ainda que "há crianças e jovens presos e torturados, porque protestaram pacificamente ou porque simplesmente caminhavam pela rua".



"Você recomenda aos seus compatriotas que sejam equidistantes entre a justiça e a corrupção, entre o bem e o mal, entre as vítimas e os criminosos. A equidistância não existe na Venezuela de hoje. Não há neutralidade possível, nem apelo à ignorância sobre o que está a acontecer", afirmou.



Maria Corina Machado sublinhou que "a sociedade venezuelana não está dividida sobre estes temas" e que em 28 de julho (eleições presidenciais) ficou demonstrado que "existe um povo unido que anseia viver com dignidade, justiça e liberdade, e que enfrenta corajosamente uma tirania criminosa na sua fase terminal".


"Quem decidir se calar perante esta realidade, decidiu escolher o lado do opressor. Os venezuelanos e a história julgarão implacavelmente", sublinhou.



A líder opositora venezuelana juntou aos seus questionamentos uma carta de Mariana, uma jovem de 16 anos, detida um dia depois das presidenciais, que diz à sua mãe que "prefere suicidar-se antes que continuar sofrendo".


Vários utilizadores do Instagram questionaram também as declarações do embaixador, alguns deles com mensagens em língua portuguesa.


Em 30 de novembro último, o embaixador de Portugal na Venezuela recomendou que a comunidade portuguesa permaneça tranquila e "sólida nos seus propósitos", mas equidistante de questões que dividam o país, onde Maduro foi proclamado Presidente reeleito em julho, um resultado contestado pela oposição.


João Pedro Fins do Lago falava na Casa Portuguesa de Arágua, em Maracay, no encerramento da 3.ª sessão do Conselho Social da Venezuela, que reuniu diplomatas, conselheiros das comunidades, cônsules-gerais e honorários, e dirigentes do movimento associativo português.



"A comunidade deve permanecer trabalhadora, tranquila, equidistante de questões que podem ser de grande debate na Venezuela, muito candentes [...]. Deve permanecer equidistante relativamente a essas questões que podem dividir mais o país. Deve permanecer sólida nos seus propósitos, que são trabalhar e manter as suas famílias unidas, prósperas e a produzir", disse.


Em declarações à agência Lusa, João Fins do Lago explicou que a comunidade lusa está "perfeitamente integrada na Venezuela, perfeitamente consciente dos desafios que existem no país e com uma memória muito viva daquilo que foram os últimos cinco, seis anos da sua permanência na Venezuela".


"Vejo uma comunidade que está muito empenhada em trabalhar, que está preocupada com a sua proteção, com as suas famílias, mas ao mesmo tempo muito motivada para ficar num país que deseja que seja próspero, onde se encontrem diálogos que permitam, de facto, avançar por caminhos de paz", afirmou.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

MP da Venezuela diz que foram libertados mais 200 presos políticos


O Ministério Público (MP) da Venezuela anunciou hoje que foram revistos mais 200 processos de detidos após as eleições presidenciais de 28 de julho, elevando para 733 o número de presos libertados.





Notícia






"O MP informa que entre os dias 19 e 20 de dezembro, requereu, e foram concedidas pelo Poder Judiciário, 200 revisões de medidas a processados pelos atos de violência ocorridos após as eleições presidenciais de 28 de julho, que pretendiam gerar uma guerra civil", afirma em comunicado.



Segundo o MP "com estas novas solicitudes aprovadas, o número de 733 libertações de presos atingiu o número de 733 libertações efetuadas no âmbito do devido processo garantido pela Constituição da República".


"O MP, de maneira coordenada e inspirado pelo princípio de colaboração entre os poderes públicos (...) continuará o processo de revisão exaustiva destes casos, nas próximas horas, na defesa da paz, da justiça e dos direitos humanos", explica o documento.



A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória ao Presidente e recandidato Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.



A oposição afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.



Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, e registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.



O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ainda não divulgou as atas do sufrágio desagregadas por assembleia de voto.



O próximo Presidente da Venezuela tomará posse a 10 de janeiro de 2025 para um mandato de seis anos.




nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Rússia expressa apoio a Nicolás Maduro para novo mandato presidencial


A Rússia expressou apoio a Nicolás Maduro para o novo mandato presidencial de seis anos que começará a 10 de janeiro, anunciou sexta-feira o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil.




Notícia






O apoio, segundo Yván Gil, foi ratificado pelo seu homólogo russo Serguei Lavrov, durante uma conversa telefónica em que abordaram ainda temas de cooperação bilateral e multilateral.




"Tivemos uma conversa telefónica cordial com Serguei Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, com o objetivo de coordenar a cooperação bilateral e multilateral entre os nossos países", anunciou Yván Gil na sua conta do Telegram.


"Agradecemos sinceramente a reafirmação do apoio da Rússia ao novo mandato do Presidente Nicolas Maduro, que terá início em 10 de janeiro", sublinha.


A Venezuela realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos.



A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia -- atualmente exilado em Espanha -, obteve quase 70% dos votos.


A oposição e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.




Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Maduro propõe reforma constitucional para "democratizar" Venezuela


O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje a criação de uma equipa de assessores nacionais e internacionais que terá a missão de avançar com um projeto de reforma da Constituição que pretende "democratizar a sociedade venezuelana".





Notícia







"Criei uma equipa com grandes conselheiros internacionais, grandes conselheiros nacionais, para pensar em conjunto com o nosso povo, numa grande reforma constitucional que democratize ainda mais a sociedade venezuelana e dê poder aos cidadãos, que consolide a liberdade da Venezuela, que consolide a soberania nacional e a soberania popular", disse o governante.




O anúncio foi feito durante o arranque de uma jornada dedicada à saúde e a inauguração de um Centro de Diagnóstico Integral em Charallave, a 60 quilómetros a sul de Caracas, e foi transmitido pela televisão estatal venezuelana.




"Estamos cheios de grandes ideias, estamos imbuídos de um grande sentido de transformações de mudança", afirmou.




Nas mesmas declarações, Maduro frisou que a Venezuela terá mais e melhor democracia e participação popular.




"É uma mentira a velha filosofia liberal burguesa ocidental de que a democracia depende apenas dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, que são um torneio de demagogias, mentiras, enganos, falsas ofertas", defendeu.




A atual Constituição da Venezuela, promovida pelo chavismo, foi aprovada em referendo a 15 de dezembro de 1999



Segundo a atual legislação, as reformas constitucionais devem ser ratificadas por voto popular.



A Venezuela realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos.




A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia -- atualmente exilado em Espanha -, obteve quase 70% dos votos.




A oposição e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.




Em novembro passado, os Estados Unidos reconheceram Edmundo González Urrutia como Presidente eleito da Venezuela.





Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.



nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Três portugueses entre prisioneiros políticos na Venezuela


A organização não governamental (ONG) venezuelana Foro Penal disse que há três pessoas com nacionalidade portuguesa entre os 1.877 detidos por razões políticas na Venezuela.

Notícia






Numa nota publicada na rede social Instagram na segunda-feira, a ONG que lidera a defesa das pessoas detidas por motivos de consciência na Venezuela disse que, dos 1.877 reclusos, 19 são estrangeiros e 31 têm dupla nacionalidade.



Dos detidos com dupla nacionalidade, três são portugueses, 12 são espanhóis, nove italianos, seis colombianos e um chileno, disse a Foro Penal.


A ONG acrescentou que, dos 19 estrangeiros, quatro são colombianos, três equatorianos, dois espanhóis e os restantes são da Argentina, Guiana, México, Peru, Ucrânia, Uruguai e Estados Unidos.


Até quarta-feira, a Foro Penal tinha contabilizado 1.877 "presos políticos", incluindo seis adolescentes entre os 14 e os 17 anos.



De acordo com dados oficiais, cerca de 2.400 pessoas foram detidas no âmbito dos protestos pós-eleitorais, que causaram também 28 mortes, incluindo dois militares, e 192 feridos.



Horas antes, o Ministério Público (MP) da Venezuela anunciou que foram libertados mais 177 detidos após as eleições presidenciais de 28 de julho, elevando para 910 o número de libertações.



As revisões de medidas para os arguidos resultaram de uma avaliação dos processos judiciais ligados "à violência pós-eleitoral", em coordenação com o poder judicial, e "na sequência dos graves acontecimentos que pretendiam gerar uma guerra civil após as eleições presidenciais de 28 de julho", afirmou o MP venezuelano em comunicado.


Ascendem assim, adiantou, a 910 as "libertações efetuadas no âmbito do devido processo garantido pela Constituição da República".



"O Ministério Público continuará o processo de análise exaustiva destes casos em defesa da paz, da justiça e dos direitos humanos", concluiu.



No sábado, a ONG venezuelana Comité para a Liberdade dos Presos Políticos afirmou que "há sérias dúvidas com o número oficial" dos libertados, uma vez que, acrescentou, "esta não é a primeira vez que [o Governo] mente" sobre este assunto.



Além disso, acrescentou a organização, "a política de opacidade governamental persiste ao não oferecer informação atempada, relevante, de qualidade verificável e de livre acesso por parte das instituições do Estado".



A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente e recandidato Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.



A oposição afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.



A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.



O próximo presidente da Venezuela tomará posse a 10 de janeiro de 2025 para um mandato de seis anos.


nm
 

kok@s

GForum VIP
Entrou
Dez 9, 2019
Mensagens
9,291
Gostos Recebidos
427

Chavismo convoca "grandes marchas" para assinalar posse de Maduro


O movimento chavismo convocou hoje os militantes para "grandes marchas" em Caracas e cinco regiões da Venezuela, para o dia 10 de janeiro, quando o Presidente venezuelano Nicolás Maduro for empossado para um terceiro mandato consecutivo.





Notícia






Nicolás Maduro foi proclamado vencedor das eleições de julho pelo órgão eleitoral e insiste que irá ao parlamento para ser empossado como chefe de Estado para um terceiro mandato consecutivo.



Nesse dia, o chavismo pretende "encher" uma dúzia de avenidas em Caracas e marchar nos estados de Zulia, Táchira, Apure e Amazonas, todos fronteiriços com a Colômbia, assim como na região insular de Nueva Esparta, de acordo com Nahum Fernández, vice-presidente de mobilização e eventos do Partido Socialista Unido (PSUV), no poder, numa conferência de imprensa transmitida pelo canal estatal VTV.



"No dia 10, juro com Maduro", disse o também chefe de governo de Caracas, que garantiu que haverá "grandes marchas" em apoio ao Presidente, que, segundo ele, obteve uma "grande vitória" nas eleições de 28 de julho, cujos resultados ainda não são conhecidos em detalhe, embora a sua publicação tenha sido estabelecida no cronograma oficial.



Na opinião de Nahum Fernández, a "ultradireita" e a comunidade internacional "têm de entender" que será uma "grande celebração" a "vitória" do líder chavista no meio a um "bloqueio" e "medidas coercitivas".




O responsável disse que as manifestações fazem parte de uma agenda que inclui atividades culturais, desportivas e religiosas na capital durante todo o próximo mês e até 4 de fevereiro, altura em que se comemorará o 33.º aniversário do golpe de Estado falhado em 1992, liderado pelo então tenente-coronel Hugo Chávez.



A agenda, apelidada de "Janeiro da Vitória 2025", inclui celebrações do Dia de Reis, uma maratona de 21 quilómetros, desfiles, cortejos, ou concertos, e a realização de outro "congresso internacional antifascista" a 8 e 9 de fevereiro, segundo as autoridades locais.



Entretanto, a maior coligação da oposição - a Plataforma Democrática Unida (PUD) - reclama a vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia, de acordo com 83,5% dos resultados que diz ter recolhido junto de testemunhas e membros das mesas de voto, documentos que o governo considera falsos.




O líder da oposição, que se encontra asilado em Espanha, tem insistido que regressará a Caracas para tomar posse como chefe de Estado.



nm
 
Topo