Matapitosboss
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Empresário simulou rapto e exigiu 20 mil euros à mulher
Durante quase 20 horas, a família de um empresário da restauração de Gondomar viveu momentos dramáticos, imaginando-o nas mãos de perigosos raptores que ameaçavam tirar-lhe a vida. Dezenas de inspectores da Polícia Judiciária (PJ) do Porto foram envolvidos numa grande operação, apenas para descobrir que estavam perante um logro. O empresário, de 38 anos, um jogador, conhecido em vários casinos, tinha sido visto pela última vez às 14.30 horas da passada segunda-feira. E nada de anormal se passou até cerca das 22.30 horas. Foi a essa hora que a sua mulher recebeu uma mensagem no telemóvel com o primeiro aviso dos alegados raptores. Um quarto de hora depois, chegava o pedido de resgate - 20 mil euros.
Foi a mulher do empresário quem, uma hora depois e genuinamente apavorada, levou o caso à PJ. Um importante dispositivo, com "recurso a meios avançados de investigação", segundo a PJ, foi de imediato montado, para libertar a alegada vítima.
Os receios de que o caso pudesse acabar mal eram grandes. Até porque a mensagem seguinte levava junto uma foto do empresário, manietado, dentro da mala de um automóvel. O texto do SMS pressupunha uma clara ameaça à sua vida, caso o dinheiro não fosse pago.
Durante a madrugada e uma parte do dia, a PJ encaminhou as negociações no sentido de que fosse feita uma troca do dinheiro pela vítima. Desta forma, não só preparava a captura dos raptores, como também ganhava tempo para aprofundar a informação sobre o caso.
Terá sido precisamente esse tempo que permitiu aos inspectores explorar a faceta de jogador da alegada vítima. Esta pista trouxe as primeiras dúvidas sobre a história do rapto, quando se soube, já durante o dia seguinte, que, afinal, o homem tinha estado a jogar no casino de Espinho até às três da madrugada desse mesmo dia, ou seja já o "rapto" estava em curso. Tratava-se agora de o localizar e a tecnologia não tardou em fazê-lo, cerca das 20 horas, junto à marina do Freixo, no Porto, com o seu BMW 320, tranquilamente. Nem mesmo o facto de ter sabido que poderia estar a colocar em risco a vida de um filho doente o fez recuar na ideia. Acabaria por ser detido na marginal de Entre-os-Rios.
Diz ainda a PJ que o homem terá explicado o que fez dizendo que pretendia "dissimular um eventual suicídio, de forma a não prejudicar a reclamação pelos seus directos familiares de eventuais indemnizações". Explicou, ainda, que ele próprio, com o seu telemóvel, tirara a fotografia em que aparecia na mala do carro. Foi constituído arguido pela eventual prática de um crime de simulação de crime e "regressou à sua casa de morada habitual", diz a PJ. António Soares
Fonte Inf Jornal de Notícias
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Durante quase 20 horas, a família de um empresário da restauração de Gondomar viveu momentos dramáticos, imaginando-o nas mãos de perigosos raptores que ameaçavam tirar-lhe a vida. Dezenas de inspectores da Polícia Judiciária (PJ) do Porto foram envolvidos numa grande operação, apenas para descobrir que estavam perante um logro. O empresário, de 38 anos, um jogador, conhecido em vários casinos, tinha sido visto pela última vez às 14.30 horas da passada segunda-feira. E nada de anormal se passou até cerca das 22.30 horas. Foi a essa hora que a sua mulher recebeu uma mensagem no telemóvel com o primeiro aviso dos alegados raptores. Um quarto de hora depois, chegava o pedido de resgate - 20 mil euros.
Foi a mulher do empresário quem, uma hora depois e genuinamente apavorada, levou o caso à PJ. Um importante dispositivo, com "recurso a meios avançados de investigação", segundo a PJ, foi de imediato montado, para libertar a alegada vítima.
Os receios de que o caso pudesse acabar mal eram grandes. Até porque a mensagem seguinte levava junto uma foto do empresário, manietado, dentro da mala de um automóvel. O texto do SMS pressupunha uma clara ameaça à sua vida, caso o dinheiro não fosse pago.
Durante a madrugada e uma parte do dia, a PJ encaminhou as negociações no sentido de que fosse feita uma troca do dinheiro pela vítima. Desta forma, não só preparava a captura dos raptores, como também ganhava tempo para aprofundar a informação sobre o caso.
Terá sido precisamente esse tempo que permitiu aos inspectores explorar a faceta de jogador da alegada vítima. Esta pista trouxe as primeiras dúvidas sobre a história do rapto, quando se soube, já durante o dia seguinte, que, afinal, o homem tinha estado a jogar no casino de Espinho até às três da madrugada desse mesmo dia, ou seja já o "rapto" estava em curso. Tratava-se agora de o localizar e a tecnologia não tardou em fazê-lo, cerca das 20 horas, junto à marina do Freixo, no Porto, com o seu BMW 320, tranquilamente. Nem mesmo o facto de ter sabido que poderia estar a colocar em risco a vida de um filho doente o fez recuar na ideia. Acabaria por ser detido na marginal de Entre-os-Rios.
Diz ainda a PJ que o homem terá explicado o que fez dizendo que pretendia "dissimular um eventual suicídio, de forma a não prejudicar a reclamação pelos seus directos familiares de eventuais indemnizações". Explicou, ainda, que ele próprio, com o seu telemóvel, tirara a fotografia em que aparecia na mala do carro. Foi constituído arguido pela eventual prática de um crime de simulação de crime e "regressou à sua casa de morada habitual", diz a PJ. António Soares
Fonte Inf Jornal de Notícias
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