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Cavaco quer mais empresas nas energias renováveis

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Set 22, 2006
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O Presidente da República defendeu esta segunda-feira, no Porto, que «as energias renováveis criam empresas, empregos e podem transformar-se num factor de desenvolvimento e de competitividade do país».
Cavaco Silva falava aos jornalistas durante uma visita à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), integrada na II Jornada do Roteiro para a Ciência, dedicada às tecnologias limpas, em particular às energias renováveis.
«Trata-se de promover junto dos portugueses as energias renováveis, compatíveis com a sustentabilidade do ambiente e também chamar a atenção para as possibilidades que este sector abre quanto à criação de empresas, empregos e riqueza», disse.
Cavaco Silva sublinhou que «Portugal é um dos países europeus com maior dependência externa em relação ao petróleo e tem ao mesmo tempo, compromissos no domínio ambiental a respeitar».
O PR considera que este é um dos sectores que, por exigir grande capacidade de inovação, pode trazer a comunidade científica portuguesa para junto dos empresários, tornando o país mais competitivo, através de parcerias entre as universidades e seus centros de investigação e as empresas.
Cavaco Silva afirmou que, embora Portugal esteja neste momento «bem colocado em termos de energia eólica», tem ainda «algumas dificuldades no que respeita às metas vinculativas estabelecidas por Bruxelas quanto às emissões de gases que produzem efeitos de estufa».
O PR defendeu, no entanto, que, «se Portugal avançar mais neste domínio e também na produção de energia hídrica, poderá cumprir as metas estabelecidas».
O PR iniciou hoje a jornada do Roteiro pela Ciência no Parque Eólico de S. Paio, em Vila Nova de Cerveira, um investimento de 12,2 milhões de euros, do consórcio Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho, que produz 24,4 gigawatts por ano.
Constituído por cinco aerogeradores, o Parque Eólico de S. Paio funciona desde Fevereiro de 2006 e é um dos 10 que até finais de 2008 vão ser construídos nos seis concelhos do Vale do Minho.
Trata-se de um investimento global de 370 milhões de euros que vai resultar na obtenção de uma potência total de 300 megawatts e tornará o Vale do Minho numa região exportadora de electricidade, uma vez que a que ali vai ser produzida «excederá largamente» as necessidades de consumo da região.
«Podemos estar quase ante uma segunda Auto-Europa», disse Cavaco Silva, referindo-se a este empreendimento que envolve a instalação de cinco fábricas na zona de Viana do Castelo dedicadas à fabricação de componentes para aerogeradores.
Na FEUP, o PR visitou o Laboratório de Hidráulica, onde se inteirou dos projectos em curso nos domínios dos ambientes costeiros, recursos hídricos e poluição atmosférica, enquanto no INESC/Porto tomou contacto com as investigações sobre redes eléctricas inteligentes e integração de energia renováveis.
No Laboratório de Fluidos e Calor da FEUP, Cavaco Silva ficou a par das investigações avançadas em projectos sobre energias renováveis e eficiência energética das cidades.
Respondendo a perguntas dos jornalistas, o PR escusou-se a efectuar um balanço sobre os dois anos do actual Governo, afirmando que essa avaliação cabe «aos partidos políticos, que pensarão uns de uma maneira e outros de outra».
«O Presidente da República não deve entrar nessa polémica. A única coisa que posso fazer é desejar bom trabalho ao Governo para que possa resolver os problemas dos portugueses», disse.
«Não quero dizer que não tenha a minha opinião, mas acho que tenho também o dever de reserva nesta matéria», acrescentou.
 
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