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Biografias

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Juliette Adam
(1836-1936)


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Juliette Lambert, conhecida pelo apelido de casada. Escritora e política francesa ligada à Maçonaria. Casou em segundas núpcias com o senador republicano E. Adam e teve um salão literário em Paris, em 1865. Republicana, fundou, em 1879, a revista La Nouvelle Revue, onde defendeu as suas ideias e onde se estrearam nas letras Paul Bourget, Daudet, Pierre Loti, Paul Veléry, entre outros. Em 1858 criticou Proudhon em «Idées antiproudhoniennes sur l'amour, la femme et le mariage». Escreveu novelas, sendo de destacar «Pagã» (no original Païenne) (1883) que escandalizou por falar em amor paixão. Atacou o poder temporal dos Papas e admirou Garibaldi. Escreveu também romances e livros de viagens. Viria a converter-se ao cristianismo, em 1905.
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Sara Afonso
(1899-1987)


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Pintora e ilustradora portuguesa teve uma participação impar na vida artística dos anos trinta, embora se não possa dissociar a sua vida da do seu marido, José de Almada Negreiros. Sara, nasceu em Lisboa numa família burguesa, filha de um oficial do Exército e de Alexandrina Gomes Afonso. Passou a infância no Minho, que a viria a inspirar em temas populares de grande beleza e ingenuidade. Em 1924, ainda solteira, partiu sozinha para Paris, depois de ter tido lições com o pintor Columbano Bordalo Pinheiro. Paris foi uma experiência determinante, então também a cidade de Picasso e Hemingway. Ali expôs com sucesso no Salon d'Automne. Regressou a Portugal e, à sua custa, voltou para Paris entre 1928 e 1929, trabalhando no atelier de uma modista fazendo croquis de moda, gosto que lhe ficou, tendo colaboraria mais tarde com desenhos de moda para revistas portuguesas. Sara Afonso de regresso a Lisboa seria a primeira mulher a frequentar o café A Brasileira do Chiado, então exclusiva do sexo masculino. Contemporânea de Bernardo e Ofélia Marques, Carlos Botelho e outros. Era previsível que havia de casar com um pintor. Participou no primeiro Salão de Artistas Independentes em 1930. Casou aos 35 anos com José de Almada Negreiros. Sara Afonso conciliou a sua vida de mãe de família e de pintora. Fez uma exposição individual, em 1939 e participou na Exposição do Mundo Português, em 1940. Em 1944 recebeu o Prémio Sousa Cardoso. Em 1953 integrou a delegação portuguesa à Bienal de São Paulo. Não deixou de pintar até quase ao fim dos seus dias. Fez retrospectivas dos seus trabalhos em 1953, 1962, 1975 e 1980. Sara Afonso dedicou especial atenção às festas populares e às tradições portuguesas em cores doces e luminosas. Por ocasião do centenário do seu nascimento, em 1999, realizaram-se exposições comemorativas em Viana do Castelo e Porto.

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ISABEL ALLENDE
Lima - Perú, 1942


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Se não fosse o golpe militar de Pinochet, talvez Isabel Allende continuasse a ser uma jornalista que gostava da sua profissão, não se tornando assim na mais famosa romancista contemporânea da América Latina. A morte de seu tio, presidente socialista democraticamente eleito, e o clima de terror que se seguiu ao atentado, obrigaram-na a abandonar o Chile, com a família, para buscar refúgio na Venuzuela. Na pátria ficou um velho avô, patriarca que havia assombrado na sua infância. Do exílio, para manter vivos os laços afectivos, a neta começa a escrever-lhe uma longa carta. Essa carta foi o ponto de partida da A Casa dos Espíritos (1980), um romance vigoroso que narra a história de uma família, parecida com a sua, desde o início do século, espelho das vicissitudes que o país entretanto atravessou. Formalmente inspirado no realismo mágico de Garcia Márques, mas sem perder de vista a realidade social chilena, o romance dá especial relevo a retratos de mulheres, que, sem terem o poder, possuem, contudo, poderes secretos, capazes de tomar a vida, no dia-a-dia, mais humana, de modo a contrabalançar a autoridade inquestionada dos tiranos domésticos. Com o correr do tempo, o livro, que em breve se transformou num êxito de vendas e foi adaptado ao cinema, acabou por intregar-se, naturalmente, numa trilogia de que fazem parte Filha da Fortuna (1999) e o recente Retrato a Sépia : no conjunto, uma saga familiar onde ecoam, mas vivências de sucessivas gerações, os problemas de um Chile conturbado que a escritora escolheu como pátria, apesar de ter nascido, acidentalmente, no Peru e de viver, actualmente nos Estados Unidos da América. De caminho, forma surgindo novas obras assinadas por Isabel Allende: entre outras, De Amor e de Sombra (1984), Eva Luna (1987), O Plano Infinito (1991), Afrodite (1994) e Paula (1995), onde a autora cumpre o luto por uma filha que acaba por morrer no termo de uma filha que acaba por morrer no termo de uma longa doença de que o seu amor não conseguiu salvá-la. Uma vez mais, a literatura como catarse, com resultados esteticamente brilhantes e existentes comoventes.
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MARQUESA DE ALORNA
(1750-1839)


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Marquesa de Alorna, a 4ª desse título, nome de baptismo de Leonor de Almeida Lorena e Lencastre. Escritora, nasceu em Lisboa durante o reinado do rei D. José. Neta dos marqueses de Távora, e filha de D. João de Almeida Portugal, 2º marquês de Alorna e 4º conde de Assumar e de Dª Maria de Lorena, filha dos marqueses de Távora, suspeitos do atentado ao rei. Dos presumíveis implicados uns foram executados e Leonor, com a mãe e irmã encarceradas no convento de S. Félix em Chelas. Foi aqui que, desde pequena, a futura marquesa começou a ler e a instruir-se não desprezando a leitura de Bossuet, Fénelon, Boileau, Corneille e Racine, bem como Voltaire, d'Alembert, Diderot e o inglês Locke. Começou cedo a escrever poesia. Teve como mestre de latim Filinto Elísio (padre Francisco Manuel do Nascimento) e aprendeu Filosofia e Ciências Naturais. Tomou, como era uso no tempo, o nome literário de Alcipe. Leonor de Almeida Portugal saiu da prisão quando subiu ao trono D. Maria I. Tinha então vinte anos. Casou, em 1779 com o conde de Oeynhausen e em 1780 foram viver para a Viena de Áustria. Enviuvou, com 43 anos, em 1793 e ficou com seis filhos pequenos para cuidar. Regressou a Portugal e foi perseguida por Pina Manique, dadas as suas ideias liberais. Exilou-se em Londres entre 1804 e 1814. Foi escrevendo poemas que acompanhavam as angustiosas mudanças políticas no país, desde as invasões francesas à partida da família real para o Brasil. Esteve contra Napoleão o que não aconteceu com muitos fidalgos portugueses, incluindo a filha que foi amante de Junot. Herdou o título de marquesa, pela morte do irmão. D. Leonor de Almeida deixou seis volumes de "Obras Poéticas" com temas diversos, sendo de referir a importância das cartas particulares. Foi também tradutora de Lamartine, Pope, Ossian, Goldsmith, Young, entre outros. Alexandre Herculano fez-lhe o elogio fúnebre, considerando-a a "madame de Staël portuguesa."
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Sophia de Melo Breyner Andresen
(1919-2004)


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Poeta e ficcionista portuguesa, nasceu no Porto numa família aristocrata. Muito pequena começou a escrever poesia. O seu imaginário riquíssimo foi embalado nas histórias da "Nau Catrineta" ,bem como nas aventuras de Gulliver, em "Sindbad o Marinheiro" e nas "Mil e Uma Noites". Foi uma poeta apaixonada pelo mar e pela cultura grega. Estudou Letras em Lisboa, que não concluiu. Escreveu "Poesia" em 1944 a que se seguiram "Dia do Mar", "Coral", "No Tempo Dividido", Mar Novo", "O Cristo Cigano", “Livro Sexto”, “Geografia”, “Dual”, "O Nome das Coisas", "Navegações" e "Ilhas". Casada com o jornalista Francisco de Sousa Tavares, foi mãe de cinco filhos e para eles terá começado a escrever, os enormes sucessos como livros para a juventude como a "A Menina do Mar", "A Fada Oriana", "O Cavaleiro da Dinamarca" e "A Floresta". Sophia, politicamente de esquerda, teve bastantes problemas com a polícia política do regime salazarista. Lutou pela liberdade como tantos outros. É considerada a mais importante poeta da literatura contemporânea. Recebeu diversos prémios e na Internet pudemos encontrar muitos poemas seus. "leme"
 

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Victoria de los Ángeles
(1924-2005)


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Soprano espanhola, nascida em Barcelona de seu nome completo Victoria de los Ángeles López García de Magriñá. Foi uma das mais destacadas do séc. XX. Cantou pela primeira vez em público em 1945 e em 1947 recebeu o 1º Prémio numa competição internacional em Genéve que lhe abriu a portas da fama. Paris ouviu-a em 1949 e Salzburgo em 1950. Seguiu-se o Covent Garden em Londres no papel de “Mimi” da ópera La Bohéme. Foi uma extraordinária “Cármen” da ópera de Bizet. Dedicou-se, longos anos, a dar concertos. Cantou no Scala de Milão e no Metropolitan de Nova Iorque e depois de uma carreira de sucesso deu a derradeira récita em 1979. Recitais pelo mundo inteiro deram-lhe imensa fama. Em 1991 a Espanha atribuiu-lhe o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes. Retirou-se da vida artística em 1994. "leme"
 

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YASSER ARAFAT
Mohammed Abdel-Raouf Arafat
Líder palestiniano, 1929-2004


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Yasser Arafat foi, durante largos anos, a mais importante figura do movimento que tem vindo a pugnar pela formação de um Estado palestiniano. Convencido da superioridade das reivindicações do seu movimento, combateu, com ardor, todos aqueles que se opuseram à sua causa, surgindo, nos últimos anos, como uma espécie de mártir.
Arafat sempre se retraiu a expor a sua vida privada. O seu casamento com a palestiniana Suha Tawil, foi mantido em segredo largos meses. Deste enlace teve uma filha, Zahwa. Embora existam divergências sobre o seu local de nascimento, declarou ter vindo ao mundo em Jerusalém, a 24 de Agosto de 1929. Ainda criança, foi, com a sua família, para o Egipto, tendo concluído, em 1956, o curso de engenharia, na Universidade do Cairo. Nesse ano, durante a crise do Canal do Suez, participou voluntariamente no exército egípcio, tendo Iniciado, a seguir, a sua carreira como engenheiro no Kwait.
Em 1959, fundou o grupo Fatah, hoje uma das principais facções da Organização para Libertação da Palestina (OLP). A Organização, formada em 1964, compreendia, para além do Fatah, um apreciável número de grupos que pugnavam pela libertação da Palestina. Foi a Fatah, no entanto, quem, a partir da Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, demonstrou possuir um maior poder organizativo, pelo que, desde então, passou a liderar a OLP. A partir dessa altura, Arafat assumiu a presidência do Comité Executivo desta Organização. Uma parte apreciável da população palestiniana passou a ver em Arafat um estratega capaz de zelar pelos seus interesses na disputa territorial com os israelitas.
A ideia inicial da OLP era a constituição de um Estado palestiniano no lugar do Estado de Israel. No entanto, Arafat, ao reconhecer, em 1988, o Estado de Israel, passou a pressupor a existência de um Estado palestiniano coexistindo com os territórios israelitas. Para alguns analistas políticos, este reconhecimento não invalidou a percepção que Arafat detinha sobre o conflito.
Arafat recusou, nos anos noventa, uma proposta de paz apresentada pelo presidente israelita Ehud Barak, uma vez que esse acordo não contemplava uma solução para o regresso dos refugiados palestinianos e não tecia quaisquer considerações sobre o estatuto da cidade de Jerusalém, que ambos os povos disputam.
Em 1993, surgiu, no horizonte, uma esperança para o fim do conflito. Reunidos em Oslo, Arafat e o primeiro-ministro israelista Yitzak Rabin, tentaram conciliar as suas divergências, trazendo para o povo palestiniano a esperança de, em breve, poder constituir um estado próprio. A boa vontade demonstrada por ambos os líderes conduziu a que o prémio Nobel da Paz lhes fosse atribuído em 1995. Na sequência dos acordos de paz estabelecidos na reunião de Oslo, decorreram, em 1996, eleições na Palestina, tendo Arafat sido eleito presidente da Autoridade Palestiniana. Infelizmente, as cláusulas do acordo foram sendo, pouco a pouco, desrespeitadas, o que levou alguns analistas políticos a considerar que se perdeu uma boa oportunidade de encetar novos processos que conduzissem a uma situação de paz real na região.
Tendo fracassado todas as tentativas de conciliação, a guerra entre os dois povos endurece.
No ano 2000, surge, na Cisjordânia, a segunda Infantada, que os israelitas consideram ser impulsionada por Arafat, pelo que cercam os seus escritórios em Ramallah, na Cisjordânia, mantendo-o numa situação de isolamento apenas quebrada a 28 de Outubro 2004, em virtude do líder da Autoridade Palestiniana necessitar de tratamento médico urgente. Conduzido ao Hospital Militar de Paris, acaba por falecer a 11 de Novembro desse ano, deixando atrás de si um sonho por realizar e um futuro incerto na região."leme"
 

RSCSA

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Marie-Geneviève Charlotte Thiroux d'Arconville
(1720-1805)


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Escritora e cientista francesa, casou aos catorze anos, com um político. Dos três filhos que teve dois foram executados durante a Revolução Francesa. Estudou botânica, anatomia e filosofia. Leu Voltaire e Lavoisier e escreveu obras como: Sobre a amizade (1761), As paixões (1764), Tratado sobre a Putrefacção (1766) e consta que estudou em mais de uma centena de cadáveres, para se documentar. Foi considerada uma pessoa excêntrica por se dedicar a temas pouco comuns numa mulher. Foi também tradutora. "leme"
 

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O LADRÃO PORTUGUÊS mais famoso de sempre​



 

orban89

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MAFALDA SANCHES | A filha de D. Sancho I que se tornou a RAINHA SANTA MAFALDA


 
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