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Aumenta o risco de impactos de Asteróides com a Terra!

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GF Platina
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Novos estudos sobre o meteorito Chelyabinsk sugerem que eventos como esse podem ser mais comuns do que se pensava. O risco de impactos de asteróides, como a explosão do meteorito Chelyabinsk, que devastou a cidade russa no início de 2013, pode ser 10 vezes maior do que se pensava, é o que vários novos estudos sobre a origem dos meteoritos pode nos revelar.

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A explosão do meteorito sobre Chelyabinsk, na Rússia, no dia 15 de Fevereiro de 2013, foi a primeira entrada de um objecto deste tamanho gravado em vídeo, e foi muito conhecido por causar danos substanciais e lesões. Foi a maior explosão dos últimos tempos desde o famoso evento de Tunguska, em 1908, também na Rússia. Os mergulhadores recuperaram do fundo do lago Chebarkul em 16 Outubro, o maior fragmento conhecido do meteorito Chelyabinsk, com peso de cerca de 650 kg. Os satélites também registaram a entrada do meteorito na atmosfera terrestre. Diversos estudos sobre a explosão do meteorito em Chelyabinsk foram detalhados em edições das revistas Science e da Journal Nature.

Onda de choque

A onda de choque do asteróide começou a se desenvolver com cerca de 90 km a partir do solo. A bola de fogo teve seu pico de brilho e temperatura a uma altitude de cerca de 30 Km, a uma velocidade de aproximadamente de 67.000 km/h. Essa onda de choque quebrou as janelas de mais de 3600 prédios e mais de 1200 pessoas foram hospitalizadas naquele dia. Ao todo, a onda de choque atingiu uma área de 90 km ao redor da região do impacto.
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O vídeo feito pela BBC mostra o meteorito Cheliabinsk de 570 kg a ser retirado do lago Chebarkul, na Rússia.
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No vídeo mostra a entrada do meteorito na atmosfera, que foi registada de diferentes locais da Rússia.
O meteorito causou um clarão realmente intenso e amedrontador.

O evento ocorreu à 1h20m, do dia 15 de Fevereiro de 2013, a 80 km de Satka, uma cidade de 45.000 habitantes, situada a cerca de 100 km da fronteira com o Cazaquistão e 2000 km a leste de Moscovo. A entrada deste corpo celeste na atmosfera provocou uma gigantesca bola de fogo seguida de uma violenta onda de choque que quebrou as vidraças de diversas casas. O meteorito de 10 toneladas fragmentou-se em vários pedaços, iluminando grande parte da região, quando explodiu a cerca de 40 km de altitude por conta do grande atrito ao entrar na atmosfera. A onda de choque estilhaçou vidraças de milhares de casas, danificou edifícios, disparou alarmes de automóveis e deixou mais de 1000 feridos.

Os cientistas estimam que a energia total do evento foi equivalente a uma explosão de cerca de 500 quilotoneladas de TNT. Em comparação, as bombas atómicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki, cada uma tinha o poder explosivo de apenas cerca de 16 quilotoneladas de TNT. Estes estudos revelam que os danos causados por impactos de asteróides são diferentes daqueles causados por uma bomba nuclear, isso porque uma bomba nuclear acaba concentrando toda a sua energia, que é libertada a partir de um único ponto. Em contraste, os asteróides tendem a quebrar-se quando caem, espalhando seus danos e difundindo a grande energia do impacto. No seu brilho máximo, a bola de fogo parecia ser 30 vezes mais brilhante que o Sol.

De mais de 1000 pessoas entrevistadas pela Internet:
- 25 pessoas relataram queimaduras;
- 315 pessoas sentiram um calor muito quente;
- 415 sentiram uma leve onda de calor.
Em Korkino, 30 km do ponto de brilho máximo, uma pessoa relatou descamação de pele após uma leve queimadura (por conta dos raios ultravioleta que intensificam os efeitos do impacto).

Os investigadores estimaram que o asteróide Chelyabinsk pesava cerca de 12.000 toneladas e um diâmetro de cerca de 19 metros, embora tenha deixado um buraco de apenas 7 metros de largura no gelo. Os cientistas estimaram que o asteróide Chelyabinsk tinha cerca de 4,45 biliões de anos. Apenas uma pequena fracção do asteróide atingiu o solo. Com base em análises do meteorito Chelyabinsk, os cientistas prevêem um número de asteróides de 10 a 50 metros de largura que podem colidir com a Terra, e esse número pode ser 10 vezes maior do que se pensava. Foi realizado uma pesquisa global em áreas de explosões que sofreram impactos de pelo menos 1 quilotonelada e descobriram que os modelos sugerem uma hipótese de 13% de um impacto igual ou maior que o de Chelyabinsk, para um período aleatório de 20 anos.

Embora o evento Chelyabinsk possa ser julgado como um caso isolado, um impacto de 1500 quilotoneladas provavelmente aconteceu em 1963, e o impacto de Tunguska em 1908 foi de 3000 a 15.000 quilotoneladas. Isso mostra que o número desses grandes eventos sugerem que objectos deste tamanho podem atingir a Terra com mais frequência do que se estimava actualmente. "Pode haver mais objectos, com dezenas de metros que podem afectar a Terra, e isso não foi sugerido através de observações por telescópios", informa o autor do estudo, Peter Brown, cientista planetário da Universidade de Western Ontario e principal autor de um estudo divulgado na revista Nature. "Não há registos de impactos globalmente devastadoras que possam acontecer nos próximos 100 anos, mas eventos como o de Chelyabinsk são mais comuns do que pensávamos, e devemos encontrar uma maneira de lidar com isso", acrescentou Brown.

Tentar fazer um levantamento de objectos com 20 metros não é prático, uma vez que existem milhões deles, mas um sistema para detectá-los quando estão em rota de colisão seria muito bom. Não poderemos alterar a rota do objecto, mas podemos fornecer dados sobre os possíveis locais de impacto e informar as autoridades locais para que sejam feitos sistemas de evacuação. Isso pode salvar muitas vidas.
 
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