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As doenças mais comuns nos recém-nascidos.

brunocardoso

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As doenças mais comuns nos recém-nascidos.


Mafalda Centeno, Interna de Medicina Geral e Familiar explica-lhe o que fazer perante cada uma delas, salientando as suas formas de diagnóstico e de tratamento. Esteja atenta aos sinais!

O período que decorre entre o 1º e o 28º dias de vida é uma fase muito especial do desenvolvimento da criança – é o período neonatal. Nesta etapa do desenvolvimento, o recém-nascido passa por uma fase de adaptação ao novo ambiente.
“Os recém-nascidos podem apresentar doenças que já existem por ocasião do nascimento e que tiveram a sua origem durante a vida intra-uterina, como acontece com as malformações congénitas e algumas doenças infecciosas. As doenças hereditárias têm origem na transmissão de caracteres dos pais para os filhos, através da informação codificada no ADN/nos genes dos espermatozóides e dos óvulos”, explica Mafalda Centeno, Interna de Medicina Geral e Familiar.

No hospital, durante o internamento, o bebé é observado pelo pediatra quando nasce e nos dias subsequentes. “Neste período, a equipa que cuida do bebé desenvolve actividades assistenciais que visam a certificação da saúde e bem-estar do recém-nascido”, adianta Mafalda Centeno. Após a saída do hospital, o recém-nascido e a sua mãe devem dirigir-se ao seu médico assistente, durante a primeira semana de vida, para o seguimento da evolução de ambos, no Centro de Saúde da sua área de residência.

Algumas doenças: o que há a saber

Icterícia neonatal
“A icterícia é causada pelo aumento da bilirrubina no sangue. A icterícia neonatal pode ser fisiológica ou patológica. Existem diversos factores que aumentam o risco do aparecimento de icterícia neonatal, quer relacionados com o recém-nascido, quer com a mãe, como por exemplo, a prematuridade, o tipo de sangue da mãe e do bebé, infecções ou doenças congénitas, sexo masculino e amamentação exclusiva”, salienta Mafalda Centeno.

A icterícia surge em 50% dos recém-nascidos de termo e numa percentagem mais elevada nos de pré-termo. É detectada pela coloração amarela da pele e/ou das escleróticas (parte branca dos olhos) e a sua quantificação é efectuada em análise sanguínea. “Quando é detectada a presença de icterícia, os pais devem dirigir-se ao seu médico assistente. A avaliação do recém-nascido com icterícia pode permitir o diagnóstico da doença que causou o aumento da bilirrubina e o seu tratamento”, diz-nos Mafalda Centeno.

Nem todos os recém-nascidos com icterícia necessitam de tratamento. Em alguns casos, é necessário recorrer a fototerapia existindo ainda outros tratamentos para casos mais graves. Conforme salienta Mafalda Centeno, “a fototerapia envolve a exposição directa da pele do recém-nascido à luz com comprimento de onda azul-verde, que converte a bilirrubina numa forma excretável.

As alimentações frequentes (aproximadamente 10 vezes por dia) podem reduzir a incidência de icterícia neonatal nos bebés amamentados ao peito”. Existe risco para a saúde do recém-nascido em ter valores muito elevados de bilirrubina no sangue, pelo que a identificação de icterícia, a sua avaliação e, se necessário, o seu tratamento são importantes.

Dermatite das fraldas

É um problema frequente, apesar de ter diminuído muito a sua ocorrência com o uso das fraldas descartáveis, que conseguem manter a pele do recém-nascido mais seca. “Esta dermatite resulta do excessivo tempo de contacto das fezes ou urina com a pele, devido à diminuição da frequência da mudança de fraldas. No entanto, a dermatite das fraldas pode surgir mais rapidamente nos recém-nascidos com pele mais susceptível ao efeito irritante da urina ou em período de diarreia”, fundamenta Mafalda Centeno.

A pele irritada fica avermelhada na região coberta pela fralda, incluindo a parte inferior do abdómen e a parte superior das coxas. A prevenção e o tratamento incluem a lavagem da pele com água. Podem aplicar-se cremes apropriados. A mudança de fraldas deve ser frequente. A exposição ao ar da pele com dermatite, tanto quanto possível, é benéfica.

“A prevenção desta situação é importante e permite a manutenção de uma pele saudável. Se os sinais se mantiverem, deve ser consultado o médico, porque poder-se-á tratar de outra situação clínica”, explica a Interna de Medicina Geral e Familiar.

Fonte: Sapo Familia
 
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