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Vire as costas à dor

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Vire as costas à dor

<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=3 align=right><TBODY><TR><TD bgColor=#eeeeee>
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</TD></TR></TBODY></TABLE>As hérnias discais e os «bicos-de-papagaio» são, juntamente com as gripes sazonais e as constipações, a principal causa de absentismo laboral. Mas já existe esperança para quem carrega a dor às costas. Uma técnica minimamente invasiva – a ligamentoplastia –, desenvolvida por um ortopedista português, provou ter uma elevada taxa de sucesso no tratamento destas patologias, mesmo em pessoas de idade avançada

As doenças degenerativas da coluna, de onde se incluem as hérnias e os conhecidos «bicos de papagaio», resultam do desgaste do dia-a-dia. A melhoria das condições de vida das populações, aliada aos progressos da ciência médica, contribuiu para o aumento da longevidade, o que alterou por completo o panorama das doenças da coluna. «Há umas décadas, oitenta por cento das pessoas submetidas a cirurgia sofriam de hérnias discais e só vinte por cento padeciam de artroses da coluna (os chamados «bicos-de-papagaio»). Hoje em dia, mais de metade da população entre os 60 e os 90 anos é afectada pelas artroses, uma vez que a esperança de vida aumentou», refere Manuel Enes, cirurgião da coluna. Segundo o especialista, os «bicos-de-papagaio geram uma situação de estenose espinal. Em termos simples, significa que há um estrangulamento do canal dos nervos que ligam aos membros inferiores, provocando dificuldades de locomoção.» Já as hérnias discais, que atingem os adultos profissionalmente activos, na casa dos 20 aos 50 anos, resultam da «ruptura do disco intervertebral.» O estilo de vida moderna propicia a degradação do disco, uma espécie de «almofada» que existe entre as vértebras e que amortece a «carga excessiva» que se coloca sobre as costas. «Este esforço provoca um rompimento do anel exterior do disco, permitindo a saída de um núcleo gelatinoso que vai penetrar no canal dos nervos, produzindo o que, normalmente, se designa por ciática (uma dor que irradia ou se faz sentir na perna).» Elos de ligação Se, para as hérnias discais, existem várias técnicas que permitem solucionar o problema, diferente é o que se passa em relação às artroses dos segmentos da coluna. Uma vez que os «bicos-de-papagaio» afectam, maioritariamente, as pessoas idosas, classicamente, os procedimentos usados fragilizavam o aparelho muscular. «Há uns anos, a cura visava a remoção de tecido ósseo. Só assim era possível fazer com que o canal (antes estreito) tivesse o espaço suficiente para os nervos passarem sem estrangulamento. Mas, para que isto acontecesse, era necessário retirar uma camada considerável de osso, que tinha um papel importante no suporte de ligamentos. Depois desta técnica, os nervos funcionavam bem, mas as costas ficavam debilitadas e incapazes de suportar peso», acrescenta o especialista. Começaram, então, a ser desenvolvidas alternativas a este procedimento, que permitissem colmatar o défice de osso. A investigação acabou por se cristalizar numa outra técnica: os elos eram soldados, usando-se parafusos de titânio, o que impedia o excesso de movimento dos segmentos fragilizados: «Embora este procedimento funcionasse bem em pessoas mais jovens, na população mais envelhecida, principalmente mulheres com ossos descalcificados, os parafusos não aderiam e acabavam por provocar um desgaste dos restantes segmentos.» Em conjunto com colegas alemães e coreanos, Manuel Enes começou a pensar numa técnica de ligamentos à base de polietileno, um material semelhante ao ligamento natural do organismo humano, ao invés de peças metálicas: «Com este procedimento – a ligamentoplastia – é possível reforçar a ligação entre as duas vértebras, sem as imobilizar completamente. Através da microcirurgia retiram-se os “bicos-de-papagaio” e, posteriormente, aplica-se o ligamento de polietileno.» Com esta técnica, que Manuel Enes já aplica em Portugal há 12 anos, garante o especialista que «obtém resultados já extremamente gratificantes». Compreende-se. Pois, independentemente da idade do paciente, a taxa de sucesso da ligamentoplastia é superior a noventa por cento. Para além de poder ser aplicada em qualquer grupo etário, este método minimamente invasivo, tem a vantagem de permitir uma recuperação rápida do doente, que não fica imobilizado. ||


Fonte:Açoriano Oriental


 
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