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Já todos ouvimos algum guru do mundo fitness a apelar à prática de exercício físico em jejum, mas a dúvida persiste: afinal, em que momento do dia é mais benéfico treinar? Podemos e devemos tomar pequeno-almoço antes do treino?
É muito comum experimentarmos alguma teoria que ouvimos nas redes sociais e desistirmos, por vezes, por falta de resultados. No entanto, é assim que a ciência funciona, os efeitos da prática de exercício físico em jejum nunca seriam imediatos.
Para se perceber como realmente se aplica esta teoria que continua a dividir opiniões foi realizado um estudo que compara a realização de diferentes exercícios físicos, tanto em jejum como depois de um pequeno-almoço. 'Efeitos do exercício em jejum versus em estado de alimentação no desempenho e no metabolismo pós-exercício: uma revisão sistemática e meta-análise' é o nome do estudo conduzido por Aird, Davies e Carson.
Para perceber resultados concretos, os investigadores avaliaram as respostas corporais a diferentes tipos de exercícios, tanto em regime de alimentação antes do treino como em jejum.
A conclusão a que estes investigadores chegaram e, que vai ao encontro desta ideia socialmente aceite de se ser “mais benéfico treinar em jejum” está relacionado com o conceito de “oxidação de gordura”. Os autores do estudo descrevem este fenómeno como um "processo metabólico realizado para a produção de energia" e que, consequentemente, acaba por favorecer o processo de emagrecimento. Não obstante, os autores deste estudo sublinham que esta prática só é recomendada se for para se começar o dia com exercícios aeróbicos, como uma caminhada ao ar livre.
Para atividades de “desempenho prolongado e de maior impacto é recomendado que se tenha uma alimentação de pré-treino”, uma vez que melhora a qualidade de execução de exercícios e aumenta a energia dedicada a esse treino.
Associar atividade física matinal em jejum a mudanças na composição corporal pode então ser um meio para quem procura "resultados mais simples". Ainda assim, não é totalmente correto que se associe a "aumento da massa muscular e perda de gordura", de acordo com os autores.
Apesar das conclusões deste estudo, os investigadores reforçam a necessidade de serem desenvolvidos mais estudos no seguimento do conceito de “oxidação de gordura”.
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