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Três dezenas de voluntários limpam mar de Albufeira

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Três dezenas de voluntários limpam mar de Albufeira

Acção de limpeza resultou na recolha de 100 quilos de rede de pesca e 28 quilos de armadilhas para peixes


Três dezenas de voluntários retiraram sábado do fundo do mar, em Albufeira, um total de 100 quilos de rede de pesca e 28 quilos de armadilhas para peixes, numa acção que tem lugar anualmente, por esta altura, escreve a Lusa.

A iniciativa - que responde a um apelo mundial do «Project Aware», visando acções de sensibilização para a limpeza dos oceanos ¿ desenvolveu-se, junto a terra, na zona do pontão dos pescadores e, no mar, a dois quilómetros da costa, com a ajuda de 13 mergulhadores voluntários.

Além do velho material de captura, mortal para os peixes, quase todo recolhido em alto mar, os cerca de 20 voluntários que apareceram junto a terra ¿ entre os quais alguns jovens escuteiros - recolheram 120 garrafas e 60 latas, entre muito outro lixo, que deu para encher 23 sacos de 30 litros.

«Todos os anos a quantidade de lixo cresce um pouco e este ano não fugiu à regra», sublinha Cláudia Soares, 36 anos, proprietária de um centro de mergulho.

Garante que as acções de sensibilização têm surtido efeito junto de turistas e pescadores e aponta como um sinal de mudança de mentalidades o facto de, este ano, a Associação de Pesca Desportiva e Recreativa da Baleeira ter oferecido embarcações e voluntários para o transporte de lixo.

Ao leme da embarcação que levou os mergulhadores ao largo da cidade algarvia, Saul Cruz, 54 anos, corrobora da opinião de Cláudia, ele que já se habituou a ver muitos quilos de lixo transportados para a marina pelos detentores de embarcações, que se recusam a deixá-lo no mar.

«Hoje, nos barcos, já quase ninguém atira lixo para o mar e os pescadores só deixam lá as artes porque não conseguem puxá-las para o barco. Essas artes perdem-se, por descuido, e não há maneira de as recolher. A não ser assim, com mergulhadores», afirma Saul, ele próprio ainda pescador.

Encarregada de organizar as equipas de mergulho a bordo do «Rei Pescador», a instrutora britânica Jo Onslow, 29 anos, garante que é «muito difícil» recolher as artes de pesca, pois na maior parte das vezes já se encontram fixadas no próprio coral.

«Por outro lado, é difícil trabalhar com estas cordas, muito finas, que amarram as bóias ao saco de lixo», acrescenta a co-proprietária da escola de mergulhadores, que há três anos faz recolhas nas águas algarvias, mas fez trabalhos semelhantes há uma década, no condado de Kent, onde vivia.

Depois de a embarcação chegar ao local de mergulho, é ela que divide os 13 voluntários, quase todos homens, em um grupo de cinco pessoas e dois de quatro, sabedora de que a entreajuda é fundamental neste tipo de recolhas pesadas, ainda que apenas a 15 metros de profundidade.


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