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A entrada em outubro trouxe uma notícia menos boa para as famílias que têm contratos de crédito à habitação com Euribor a 3 meses, já que, pela primeira vez em quase dois anos, quem tem empréstimos indexados a esta taxa - e revisão agendada para outubro - vai ver a prestação da casa aumentar.
Segundo simulações para a Lusa da DECO Proteste/Contas e Direitos, que se baseiam num cenário com um financiamento de 150.000 euros a 30 anos e um 'spread' (margem de lucro comercial) de 1%, no caso de um crédito indexado à Euribor a três meses, a prestação vai agora ser de 634,59 euros, acima dos 631,11 euros referentes à ultima revisão de julho, ou seja, mais 3,48 euros.
Nem tudo são más notícias
Por sua vez, um cliente com um crédito nas mesmas condições, mas tendo por referência a Euribor a seis meses verá a sua prestação recuar 23,28 euros para 640,69 euros, tendo em conta os valores da última revisão em abril.
Por outro lado, considerando o cenário de uma média da Euribor a 12 meses de 2,102%, será de 646,41 euros, quando no período homólogo estava em 710,60 euros, verificando-se assim uma descida de 64,19 euros.
Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro diretoras, incluindo a taxa de depósitos em 2,00%, considerada neutra para a zona euro, por não estimular ou travar o crescimento económico.
Assim, o Conselho do BCE decidiu manter a taxa de facilidade permanente de depósito nos 2,00%, a taxa de juro das operações principais de refinanciamento nos 2,15% e taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez continua em 2,40%.
Taxa de juro das novas operações de crédito à habitação cai para 2,86%
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação, que incluem renegociações, diminuiu em agosto pelo sétimo mês consecutivo, para 2,86%, o valor mais baixo desde novembro de 2022, divulgou o BdP.
Este recuo face à taxa de 2,89% em julho representa a 21.ª descida em 22 meses consecutivos (a exceção foi janeiro de 2025, em que subiu 0,03 pontos percentuais), sendo que, entre janeiro e agosto deste ano, esta taxa baixou de 3,23% para 2,86%.
Nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações atingiu 8,77% em agosto, registando uma redução de 0,06 pontos percentuais relativamente a julho, enquanto nos empréstimos para outros fins a taxa de juro média se manteve nos 3,53%.
De acordo com o BdP, em agosto, as novas operações de empréstimos aos particulares (incluindo novos contratos e contratos renegociados) totalizaram 2.972 milhões de euros, menos 497 milhões do que em julho.
Os novos contratos de empréstimos a particulares atingiram 2.551 milhões de euros, menos 485 milhões do que em julho, tendo a diminuição sido "transversal a todas as finalidades, mas mais acentuada nos empréstimos à habitação".
Os novos contratos totalizaram 1.767 milhões de euros na finalidade de habitação (-344 milhões do que em julho), 555 milhões de euros na finalidade de consumo (-78 milhões) e 230 milhões de euros nos outros fins (-63 milhões).
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