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O português, de 56 anos, terá sido enganado, através das redes sociais.
Segundo o Correio Braziliense, Casimiro de Lemos Francisco, que é natural de Guimarães, ter-se-á apaixonado por uma mulher, que provavelmente não existe, no Facebook, e tentava arranjar fundos para a ajudar.
De acordo com o jornal brasileiro, a informação partiu da Defesa do português que agora vai ter de cumprir quase sete anos de prisão em Inglaterra.
No tribunal, a advogada Rachel Shenton explicou que Casimiro foi, em certa parte, "um homem ingénuo, apaixonado por uma mulher" que "entrou em algo que não faz sentido e acabou cometendo um crime".
O português acreditava estar a ajudar a suposta namorada a receber uma herança. No entanto, a advogada destacou também que Casimiro tinha acabado de sair da prisão em Portugal, "estava cheio de dívidas" e "esperava receber algum dinheiro pelo transporte".
"Em relação a este crime, ele não é uma vítima. Ele sabia o que estava a fazer, aceita sua culpa e responsabilidade", notou Rachel Shenton.
Não era a primeira viagem de cadeira de rodas para Inglaterra
Já o juiz responsável pelo julgamento salientou que a tentativa de contrabando de Casimiro não era "o tipo de operação simples que vemos com malas cheias de drogas", era algo relativamente sofisticado.
O magistrado levou apenas em conta a viagem em que vimaranense foi apanhado pelas autoridades britânicas, embora haja provas que ele já tinha feito o mesmo trajeto anteriormente, com a cadeira de rodas.
Após cumprir parte da pena de quase sete anos de prisão, Casimiro deverá ser deportado para Portugal e impedido de regressar a Inglaterra.
Fingiu deficiência para traficar 1 milhão de euros em cocaína
O caso remonta a 30 de março deste ano, dia em que Casimiro fingiu ser portador de uma deficiência para entrar no Aeroporto de Manchester, em Inglaterra, com 1 milhão de euros em cocaína escondidos numa cadeira de rodas elétrica.
As autoridades britânicas desconfiaram do comportamento do português e ao fazer-lhe uma vistoria encontraram 12 kg de droga escondidos no assento e no encosto do equipamento.
Já na bateria estava um dispositivo para seguir o estupefaciente, instalado pela rede criminosa responsável pelo negócio ilícito.
Segundo a Agência Nacional do Crime (NCA) do Reino Unido, esta foi a segunda condenação semelhante feita este ano. Em fevereiro, o canadiano Ronald Lord, de 71 anos, foi condenado a seis anos de prisão após ser detido no Aeroporto de Gatwick com 8 kg de cocaína escondidos numa cadeira de rodas elétrica, avaliados em quase 700 mil euros.
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