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Ambiente: Portucel anuncia correcções após "chuva de cinza" em Cacia
Aveiro, 09Set(Lusa) - A Portucel anunciou hoje que vai corrigir a caldeira de biomassa de Cacia, no próximo ano, apontada por populares como a causa da "chuva de cinza" ocorrida no fim-de-semana.
O grupo Portucel Soporcel vai investir cerca de 10 milhões de euros na Fábrica de Cacia para efectuar correcções no sistema da caldeira de biomassa, acrescentou fonte da empresa.
"Isso vai corresponder a uma alteração profunda da tecnologia de funcionamento, que passará a acolher a melhor solução disponível para queima de biomassa", acrescentou.
Segundo a fonte da empresa, "de acordo com o planeamento da obra, oportunamente comunicado às autoridades industriais e ambientais da Região Centro, a alteração será efectuada no período compreendido entre 15 de Janeiro e 06 de Fevereiro de 2009".
António Pinto, da Associação de Defesa do Ambiente de Cacia e Esgueira (ADACE), disse hoje à Lusa que durante o fim-de-semana caíram cinzas negras sobre Cacia atribuindo o facto à fábrica da Portucel de Cacia.
De acordo com o dirigente associativo, a situação não é nova já que, em Março de 2007, após denúncia ao Ministério do Ambiente, "a Portucel assumiu que o problema tinha origem na caldeira de biomassa e prometeu que o iria resolver".
"Cacia acordou com um manto negro, que cobriu hortícolas e pastagens e pode ser um problema de saúde pública. No meu próprio pátio estava tudo cheio de cinzas, incluindo o carro e as plantas", descreveu à Lusa António Pinto.
Em esclarecimento enviado à Lusa, o grupo Portucel Soporcel admite que "dentro das instalações existentes na Fábrica de Cacia, a caldeira de biomassa é aquela cujas emissões de partículas pode episodicamente provocar, em condições atmosféricas particularmente desfavoráveis (como é o caso dos tectos de nuvens baixas das madrugadas), dificuldades à normal dispersão das partículas emitidas, podendo ocasionar fenómenos esporádicos de queda de cinzas em zonas próximas da fábrica".
No entanto, segundo a empresa, "no fim-de-semana, os registos de trabalho da caldeira não apresentam situações anormais ou de instabilidade, pese embora o facto de esta altura do ano ser propícia a fenómenos de nevoeiros e tectos de nuvens baixos".
A mesma fonte da empresa salientou que "a Fábrica de Cacia procedeu à realização de um estudo aprofundado das condições de funcionamento da caldeira de biomassa, que contou com a participação de especialistas internacionais, a que se seguiu a selecção da proposta técnica mais adequada tendo em vista implementar as acções correctivas identificadas".
"Sabendo que este tipo de situações afecta a população da região, a qual se tem mostrado compreensiva e confiante na sua resolução a breve prazo, o grupo, não obstante não ter no momento dados que lhe permitam conhecer a origem específica da ocorrência do passado fim-de-semana, reafirma o seu empenho em implementar as referidas acções correctivas", conclui o esclarecimento da Portucel Soporcel.
MSO.
Lusa/fim
Aveiro, 09Set(Lusa) - A Portucel anunciou hoje que vai corrigir a caldeira de biomassa de Cacia, no próximo ano, apontada por populares como a causa da "chuva de cinza" ocorrida no fim-de-semana.
O grupo Portucel Soporcel vai investir cerca de 10 milhões de euros na Fábrica de Cacia para efectuar correcções no sistema da caldeira de biomassa, acrescentou fonte da empresa.
"Isso vai corresponder a uma alteração profunda da tecnologia de funcionamento, que passará a acolher a melhor solução disponível para queima de biomassa", acrescentou.
Segundo a fonte da empresa, "de acordo com o planeamento da obra, oportunamente comunicado às autoridades industriais e ambientais da Região Centro, a alteração será efectuada no período compreendido entre 15 de Janeiro e 06 de Fevereiro de 2009".
António Pinto, da Associação de Defesa do Ambiente de Cacia e Esgueira (ADACE), disse hoje à Lusa que durante o fim-de-semana caíram cinzas negras sobre Cacia atribuindo o facto à fábrica da Portucel de Cacia.
De acordo com o dirigente associativo, a situação não é nova já que, em Março de 2007, após denúncia ao Ministério do Ambiente, "a Portucel assumiu que o problema tinha origem na caldeira de biomassa e prometeu que o iria resolver".
"Cacia acordou com um manto negro, que cobriu hortícolas e pastagens e pode ser um problema de saúde pública. No meu próprio pátio estava tudo cheio de cinzas, incluindo o carro e as plantas", descreveu à Lusa António Pinto.
Em esclarecimento enviado à Lusa, o grupo Portucel Soporcel admite que "dentro das instalações existentes na Fábrica de Cacia, a caldeira de biomassa é aquela cujas emissões de partículas pode episodicamente provocar, em condições atmosféricas particularmente desfavoráveis (como é o caso dos tectos de nuvens baixas das madrugadas), dificuldades à normal dispersão das partículas emitidas, podendo ocasionar fenómenos esporádicos de queda de cinzas em zonas próximas da fábrica".
No entanto, segundo a empresa, "no fim-de-semana, os registos de trabalho da caldeira não apresentam situações anormais ou de instabilidade, pese embora o facto de esta altura do ano ser propícia a fenómenos de nevoeiros e tectos de nuvens baixos".
A mesma fonte da empresa salientou que "a Fábrica de Cacia procedeu à realização de um estudo aprofundado das condições de funcionamento da caldeira de biomassa, que contou com a participação de especialistas internacionais, a que se seguiu a selecção da proposta técnica mais adequada tendo em vista implementar as acções correctivas identificadas".
"Sabendo que este tipo de situações afecta a população da região, a qual se tem mostrado compreensiva e confiante na sua resolução a breve prazo, o grupo, não obstante não ter no momento dados que lhe permitam conhecer a origem específica da ocorrência do passado fim-de-semana, reafirma o seu empenho em implementar as referidas acções correctivas", conclui o esclarecimento da Portucel Soporcel.
MSO.
Lusa/fim