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Porto: Casa transformada numa lixeira

xicca

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Maus cheiros, moscas, mosquitos e ratos são os "companheiros" de casa de uma mulher, com cerca de 60 anos, que vive na Rua da Senhora da Hora, em Campanhã, no Porto. Vizinhos responsabilizam a Junta e a Câmara.

Há 28 anos, Isaura Borges comprou um terreno na Rua da Senhora da Hora, em Camapnhã, e foi construindo, aos poucos, a casa, que até hoje, ainda está por terminar. Segundo os vizinhos, Isaura sofre de problemas mentais. "Sobe ao telhado durante a noite e começa aos gritos, não deixa ninguém dormir", conta Glória Nunes, umas das queixosas.

Os moradores garantem que já falaram com a Junta de Campanhã e com a Câmara do Porto. No entanto, ainda nada foi feito para resolver a situação. "Andamos nisto há muitos anos. Há 15 anos, um vizinho conseguiu que derrubassem parte da casa, mas ela voltou a pôr tudo igual", relata Glória.

Pilhas de roupa, que, segundo os vizinhos, é oferecida a Isaura por alguma associação que desconhecem, ocupam as varandas como se fossem guarda-roupas.

A passagem lateral de acesso às traseiras da casa está cheia de lixo e enormes silvas deixam passar maus odores. "Agora, nem colocamos o lixo na rua, porque tudo que ela encontra leva para casa e põe a monte", relata Glória Nunes.

"Se eu fosse nova, saía daqui. Isto é um inferno, não se aguenta o cheiro. Às vezes, até atira coisas para o meu terreno. Não tem água, não tem luz, nem sequer casa de banho", afirma, desanimada, Maria Moreira, outras das vizinhas queixosas.

Um cão (um pastor alemão), preso nas traseiras da casa com uma corda pequena foi adquirido, segundo Glória Nunes, recentemente por Isaura. O animal tem os movimentos limitados a um pequeno espaço onde come e faz as necessidades.

José Nunes, outro vizinho, é quem tem assinado, até agora, todas as queixas feitas pelos que moram mais próximo da casa de Isaura, com quem o JN não conseguiu falar.

"Conseguiram recuperar a Baixa ribeirinha em tão pouco tempo e deixam isto, que está a dois passos, estar assim durante tantos anos. A culpa é da Junta e da Câmara que não fazem nada, tendo conhecimento da situação", expressa umas das vizinhas mais próximas, apontando para as construções na Baixa que se conseguem ver da Rua da Senhora da Hora.

Contactada pelo JN, a Junta de Campanhã não quis prestar qualquer declaração. Quanto à Câmara, responsáveis pelo departamento de Salubridade e Segurança dizem ser um caso já antigo. A última visita que fizeram à casa foi no passado dia 7. No entanto, dizem não poder entrar por se tratar de uma propriedade privada. "Terá de ser a assistente social da Junta a convencê-la a deixar-nos entrar para ajudarmos", refere fonte da Câmara.



JN
 
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