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Pobreza no Mundo!

ruionze11

GF Prata
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O terrível cancro da sociedade global.
Eu ajudo muito quando posso, mas é uma gota de água no meio do oceano.
O que me dá mais revolta é o facto de existir uma tamanha desigualdade, uns com tanto e outros sem nada.

Lamento.
 

mjtc

GF Platina
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Porque não acaba a fome no Mundo?

Um relatório datado de 2010, do sector de Agricultura e Alimentação da ONU, indica que ainda há 1 bilião de pessoas (portanto, um sexto da população) dentro da linha da desnutrição, ou seja, passando fome. Investigadores debatem-se com o problema da redução do número de pessoas com fome: o que impede a redução desse número será a falta de alimentos em si ou a dificuldade de acesso das populações mais pobres a esse alimento?

De acordo com a investigação, o motivo é realmente a pobreza. Não falta alimento, as pessoas é que não tem dinheiro para comprá-la. É claro que, por via das dúvidas, a ONU estimula práticas para aumento da tecnologia e da produção agrícola, que gera mais alimentos, mas a pesquisa aponta que o foco do problema não está aí, e dessa maneira a fome irá persistir.

Há um dado alentador, no entanto: o número de pessoas desnutridas está em queda, não apenas na percentagem, como também em números absolutos:
- Em 1970, quando havia 3 biliões e 700 milhões de seres humanos na face da Terra, cerca de 1 bilião e 300 milhões eram desnutridos. Já era mais do que hoje e representava expressivos 37% do total.
- Vinte anos mais tarde, já havia 5 biliões e 300 milhões de pessoas no planeta. Destas, 20% passavam fome, ou seja, 1 bilião e 60 milhões.
- Agora, outros 20 anos depois, estamos em 1 bilião de desnutridos, mas a pobreza impede que esse valor caia mais rapidamente.
A crise económica de 2008, onde houve aumento no preço dos géneros alimentícios básicos, travou essa evolução.

Existem outros dados desoladores: 30% de todo o alimento produzido no mundo é jogado fora.

E não é apenas em países desenvolvidos, nos próprios países pobres há desperdício, já que muitas vezes há alimento disponível, mas a maioria não pode comprar, razão pela qual os excedentes de estoque vão directo para o lixo. A maioria dos desnutridos, em números absolutos, está na Ásia, mas em números relativos é a África subsaariana quem mais sofre com a fome devido à pobreza.

Não é o crescimento populacional que atrapalha, exactamente. Os cientistas há muito temiam que o aumento do número de pessoas inviabilizasse a erradicação da fome, mas o crescimento populacional está diminuindo. E deve estabilizar-se até 2050, quanto o tamanho da família em quase todos os países pobres cair para 2,2 filhos por mulher. Mesmo que a população aumenta, portanto, a disponibilidade total de calorias por pessoa crescerá ainda mais. Produzir comida suficiente para todos, no futuro, é perfeitamente possível. É claro que a escassez de alguns recursos que hoje ainda são abundantes, como água e terras férteis, vai dificultar as populações.

O problema está na área disponível para produzir. Estimativas da ONU afirmam que pode haver mais de 1 bilião e 600 milhões de hectares de terras cultiváveis por explorar. Isso equivale a 16 milhões de km², quase o dobro da área do Brasil, e a maioria destas áreas está espalhada pela África e América Latina. Este número não abrange as áreas florestais ou reservas naturais. O problema, entretanto, pode permanecer mesmo com o uso destas terras: os cientistas afirmam que o impedimento não está na produção, e sim na distribuição!
 
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mjtc

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A Fome Afecta as Crianças no Mundo!

Segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas):
- A fome e a desnutrição levam à morte todos os anos mais de 5 milhões de crianças, a maioria nos países em desenvolvimento!
- No mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem tecto!
- Existem 1 bilião de analfabetos e 1,1 bilião de pessoas que vivem na pobreza!

A fome ainda atinge crianças recém-nascidas de uma forma alarmante:
- Anualmente, 20 milhões de crianças nascem abaixo do peso em países em desenvolvimento.
- Em alguns países como a Índia e Bangladesh, o número de casos de crianças nascidas abaixo do peso chega a 30% do total.

Dos países que sofrem de subnutrição, o pior resultado é a Eritreia, em África, que apresenta 35% da população subnutrida.

No Brasil, a falta de condições básicas, como água limpa, saúde, condições sanitárias, moradia, educação e informação, levam cerca de seis milhões de crianças a viverem em condições de absoluta pobreza, segundo relatório da UNICEF.

A fome mata uma criança a cada 5 segundos!

A desigualdade social, juntamente com a corrupção, contribui para a subnutrição no mundo!

No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional. Em distribuição de renda, o Brasil só perde para a Serra Leoa, na África!

O Brasil é recordista mundial em arrecadação de impostos o que permitiria ter:
- Melhores escolas públicas;
- Melhores estradas;
- Melhor saúde pública;
- Melhores hospitais,
- Melhor educação e segurança.
Mas o desvio de verbas, a corrupção que alastram por todo o Senado e Câmaras em todo o Brasil, não permite que o que é arrecadado chegue de facto ao destino.

A pobreza pode ter vários motivos:
- Causas Naturais para justificar a fome: seca, terramotos, inundações, pragas nas lavouras.
- Causas Humanas: como má administração dos recursos naturais, instabilidade política, guerras, conflitos civis, falta de recursos para os pequenos trabalhadores rurais, invasões, falta de planeamento agrícola, concentração de terra ainda nas mãos de poucos.

As consequências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos e o aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças. A desnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, aumenta a taxa de mortalidade, em parte pela fome, além da perda da capacidade de combater as infecções. As crianças desnutridas não crescem direito, e quando vão à escola, não conseguem aprender. A fome causa efeitos irreversíveis.

A fome tem feito crescer o trabalho infantil. Na falta de comida, os pais permitem que as crianças a partir dos 3 anos começam a exercer trabalhos extremamente perigosos para sua idade. Essas crianças perderam sua infância, o direito garantido à comida, à moradia, à saúde e educação.

Fonte: UNICEF
 
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Crianças Pobres no Mundo!

[video=youtube;Pfk1O1YKnYM]http://www.youtube.com/watch?v=Pfk1O1YKnYM[/video]
Fotos tristes acercade de crianças sem futuro e com fome!
 
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mjtc

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Publicidade Mostra como Crianças Dividem uma Sanduíche!

[video=youtube;4ebmUstFnJY]http://www.youtube.com/watch?v=4ebmUstFnJY[/video]
 

mjtc

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Porque existe Fome no Mundo?

Sabendo que tudo o que é produzido no mundo é o suficiente para todos terem comida farta todos os dias, porque será que um bilião de pessoas no mundo são assoladas pela fome?

Cenário Agro-Pecuário actual!

É errado pensar que a fome no mundo é causada por uma população excessiva, ou o facto de não ter terras cultiváveis suficientes no mundo.

Primeiro de tudo, sabemos o seguinte:
- Temos terras suficientes para que todos no mundo possam ter acesso à comida. A culpa mesmo é do modo de produção actual!
Para um melhor entendimento, temo de averiguar sobre o cenário agro-pecuário actual.

Se com as terras actuais poderia haver comida farta para todos, porque será que isso não acontece?

Politica de Monocultura:

Em muitos países, predomina a cultura de apenas um produto principal, para suprir outros países, geralmente desenvolvidos. Estes países pobres, não investem em tecnologias para manufacturar outros bens, e acabam tendo que importar maquinaria e outros bens industrializados. Pior ainda, o preço que será pago pelo único produto produzido nesse país pobre é imposto pelos países ricos que decidem qual o preço a praticar. E o preço que esse país pobre terá de pagar para comprar produtos manufacturados, também são os países ricos que determinam. Assim, o preço que o país pobre terá de pagar para comprar os bens manufacturados são maiores que os preços de venda de seus produtos, sendo obrigado a comprar quantidades insuficientes de produtos industrializados para não gerarem dívidas. Produtos insuficientes adquiridos no exterior pelos países pobres devido ao elevado preço praticado pelos países ricos originam uma população com fome! Quem contribui para a fome nesses países pobres são os países ricos com a venda dos seus produtos caros, originando grandes lucros.

Multinacionais:

Empresas de carácter mundial que tem como objectivo, lucros massivos. Actuam em países onde há matéria-prima barata e limitados direitos dos trabalhadores. Exploram diversos países e pagam pouco ou nenhum imposto nesses sítios. Assim, os países que são abusados passam a não ter acesso a nenhum produto, pois o que é produzido é exportado. Apenas uma minoria terá dinheiro para comprar os manufacturados importados.

Emprego nos Países Monocultores:

Em países monocultores, o número necessário de pessoas para trabalhar é drasticamente menor do que a população, principalmente pela substituição por máquinas. Ou seja, apenas uma pequena parte da população pode trabalhar e ter dinheiro para comprar os produtos manufacturados importados. O resto, sem nenhuma outra oportunidade de trabalho, acaba não tendo acesso a alimentos. Isto acontece muito nos países africanos, onde a produção dos países está relacionada com minérios ou produtos agrícolas. Por isso há uma percentagem de miséria e fome tão abundante nesta parte do planeta. Países monocultores são resultados de uma cadeia de produção errada.

Outras causas da fome:

Não é apenas pela exploração agrícola dos países que a fome é causada. Outros diversos factores constituem um mal a ser combatido. Entre eles, podemos destacar:

Dívidas Externas:

Países menos desenvolvidos acabam contraindo dívidas com os países desenvolvidos ao comprar produtos manufacturados. Pouco a pouco, a dívida aumenta, junto com os elevados juros. Mas se os países menos desenvolvidos decidirem pagar as dívidas, acabam não possuindo fundos para comprar alimentos manufacturados.

Conflitos Armados:

Em todo o mundo, o que é gasto com armas e equipamentos militares nos diversos conflitos armados pelo mundo num mês, seria o suficiente para alimentar toda a população mundial por 13 meses. Sem falar que, num meio em que há conflitos militares, a distribuição de alimentos é ainda mais precária.

Neo-colonialismo:

Muitos países se tornarem independentes no século XX, principalmente a partir de 1945. Antes, dependentes de suas metrópoles, mesmo depois de independentes continuaram com fortes relações de comércio, abusivo, por falta de infra-estrutura.

O dinheiro gasto em conflitos armados poderia ser muito bem investido no combate à fome e à miséria!

Quais as soluções no combate à fome?

Incentivos para instalação de indústrias em países monocultores.

Ter uma melhor distribuição de empresas pelo mundo, principalmente nos países monocultores, onde todos pudessem ter acesso a dinheiro para comprar alimentação. Empresas do sector alimentício nestes países seriam de grande valia, para acabar com a dependência dos países ricos e com os altos preços cobrados por eles. Esta medida deveria ser feita de forma gradual, para não ocasionar uma forte crise nos países ricos.

Solução e eliminação dos conflitos armados.

Chega ser ridícula a quantidade de dinheiro gasto em material bélico. Este dinheiro poderia ser usado em diversos fins que ajudariam no combate da fome mundial.

Agricultura de susbistência.

Existem grandes áreas de terras disponíveis, ou ocupadas pelo sector agrícola das grandes empresas. O governo poderia ao menos garantir pequenas terras ou latifúndios colectivos, com um mínimo de infra-estrutura para garantir uma alimentação no mínimo suficiente. Investir na especialização da população para conseguir ao menos obter alimento próprio da terra – não é uma tarefa impossível! A partir dai, poderia ser criado futuramente, cooperativas de comércio de alimentos, que se tem mostrado eficientes em vários lugares no mundo.

Controle de distribuição.

O que é produzido actualmente no cenário agrícola, é suficiente para satisfazer a população. O problema está na distribuição que serve de intermediário dos produtos agrícolas aos mercados, afectando a agricultura, comprando barato ao agricultor e vendendo caro no mercado.

Pagamento das Dívidas dos Países Monocultores.

Acumular dinheiro com a eliminação da corrupção, e eliminando os conflitos armados por um curto período do tempo, seria o suficiente para pagar as dívidas dos países monocultores. Isso acabaria com a dependência que tem em relação aos países ricos.

Distribuição mais interna de alimentos.

Criar uma política de diversidade de alimentos em todos os países, em conjunto com as empresas alimentícias internas. Assim, seriam produzidos na terra diversos alimentos e transformados em manufacturados dentro do país, acabando com a dependência que há nos países pobres. Evitando a necessidade de comprar alimentos a outros países, procurar assegurar alimento suficiente para toda a população e uma balança comercial favorável, evitando contrair dividas. Em países sem recursos naturais, procurar investir em outros sectores, para que haja uma troca equilibrada de produtos com outros países com abundancia de alimentos.

Agricultura de subsistência deveria ser no mínimo uma garantia de sustento em países com problemas crónicos de fome!
 
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A Fome, a Miséria e a Hipocrisia no Mundo!

Uma criança morre de fome a cada 5 segundos, no mundo. Até você terminar de ler esta simples mensagem, algumas dezenas dessas crianças não existirão mais:
- São cerca de 6 milhões de crianças que morrem todos os anos por não terem o que comer.
Além delas, outros 925 milhões de pessoas passam fome no planeta.

Segundo dados da FAO/ONU, seriam necessários cerca de 30 biliões de dólares por ano para se acabar com a fome no mundo.

Isso é muito dinheiro? Não é nada, se comparado com o facto de que somente os países desenvolvidos gastam com armamento 1,2 trilião de dólares por ano. Só isso seria suficiente para alimentar todos os famintos da Terra por 40 anos. Assista ao vídeo e reflicta.
[video=youtube_share;wiFq8WfvqQo]http://youtu.be/wiFq8WfvqQo[/video]
 
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Aumenta o Número de Moradores de Rua na Grécia Devido a Crise Económica na Europa!

[video=youtube_share;x43B4QCK_vU]http://youtu.be/x43B4QCK_vU[/video]
É grande o número de gregos que estão agora em situação de pobreza desde que teve início a crise da dívida
do país. Houve um aumento no número de sem-tecto, tornando-se uma cena comum na Grécia. Este é o caso
principalmente, daqueles que foram atingidos pela crise económica e ficaram desempregados.

O desemprego na Grécia superou os 18%, e a pobreza ameaça 20% da população!
 
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Os Novos Sem-Tectos Gregos!

[video=youtube_share;QibmxwuTHoI]http://youtu.be/QibmxwuTHoI[/video]
De acordo com o ONG grega "Klimaka", nos últimos 3 anos tem havido um aumento de 25% no número de
pessoas que acabam sendo empurradas para as ruas!
 
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Sérgio Aires e o Mundo da Pobreza Europeia!

[video]http://pt.euronews.com/2012/09/06/sergio-aires-e-o-mundo-da-pobreza-europeia/[/video]
Sérgio Aires foi eleito, recentemente, Presidente da EAPN,
sigla inglesa para Rede Europeia Antipobreza. Trata-se de
uma organização não-governamental fundada em 1990, em
Bruxelas, e que está presente em 30 países. Numa Europa
em crise, falou à euronews sobre a questão da luta contra
a pobreza.

A Rede Europeia Anti-pobreza (EAPN) estima que haja 120 milhões de europeus pobres!

As últimas estatísticas oficiais remontam a 2010:
- Havia quase 116 milhões de cidadãos em risco de pobreza, contra 79 milhões três anos antes. As crianças e os idosos são as mais vulneráveis. A taxa de pobreza infantil atingia, em 2010, quase os 27% e dos idosos rondava os 20%.
No terreno, a crise fez diminuir as doações e aumentar o número de pedidos de ajuda junto das organizações sociais. Algumas lutam para manter as portas abertas. No auge da crise do euro, a Comissão Europeia propôs dedicar 25% do futuro orçamento ao Fundo Social Europeu e consagrar pelo menos 20% desse fundo à luta contra a pobreza. Mas as negociações com os Estados membros serão difíceis.
 
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O que é o S.O.S. Fome?

"Enquanto vocês discutem as causas e explicações,
eu me ajoelho ao lado dos mais pobres dos pobres e
cuido de suas necessidades".

(Madre Teresa de Calcutá)

Num contexto de dor e miséria social, a AMIC vem desde 1990, trabalhando no Combate à Fome e na Inclusão Social, numa luta amorosa, silenciosa e diária, para levar não só o alimento material, mas o conforto espiritual e a esperança a famílias que vivem além da margem da miséria.

É este S.O.S. FOME prático que devemos levar a todos os lugares como uma ponte de luz, ligando a realidade às discussões políticas e teóricas.

Assim, vale ressaltar a importância de pequenas iniciativas como essa, fraternas, amorosas e cristãs, que têm surgido em diversos pontos do planeta, e que vêm fazendo a diferença para inúmeras pessoas totalmente excluídas da sociedade.

Muitas vezes queremos fazer grandes coisas, mas esquecemos que o oceano é formado de infinitas gotas. O dia se faz de horas. Uma grande mudança se faz pequeninas mudanças.

Este trabalho ampliado é o oceano que a AMIC quer formar e você pode ser uma das gotas, contribuindo, participando e divulgando esta rede de amor.

Amic - Amigos da Criana
 
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Crianças Pobres no Mundo!

Segundo as Pontifícies Obras Missionárias a situação actual das crianças no mundo são as seguintes:
- 14 milhões de crianças orfãs por causa da sida;
- 130 milhões de crianças não vão à escola;
- 180 milhões de crianças desnutridas;
- 250 milhões de crianças são exploradas no trabalho;
- 2 milhões de crianças vítimas do comércio sexual;
- 400 milhões de crianças escravas usadas nos campos, minas, indústrias e latifundiários.
- Meio milhão de crianças usadas como soldados na guerra.
Resumindo: Uma criança em cada sete nascida em países pobres, está destinada a morrer antes dos 5 anos de idade. Cerca de 250.000 crianças morrem anualmente vítima da fome e doenças.

Nos países em desenvolvimento, de acordo com o estudo realizado pela ONG Anesvad, as crianças estão expostas a doenças infecciosas como a diarreia, doenças respiratórias agudas, malária e sarampo, responsáveis pelo aumento da mortalidade infantil.
 
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A Ordem Criminosa do Mundo!

Documentário exibido pela TVE espanhola, que aborda a visão de dois grandes humanistas contemporâneos sobre o mundo actual: Eduardo Galeano e Jean Ziegler.

Pode se dizer que há algo de profético nos seus depoimentos, pois o documentário foi feito antes da crise que assolou os países periféricos da Europa, como a Espanha. A Ordem Criminal do Mundo, o cinismo assassínio que a cada dia enriquece uma pequena oligarquia mundial em detrimento da miséria de cada vez mais pessoas pelo mundo.

O poder se concentrando cada vez mais nas mãos de poucos, os direitos das pessoas cada vez mais restritos. As corporações controlando os governos de quase todo o planeta, dispondo também de instituições como FMI, OMC e Banco Mundial para defender seus interesses. Hoje 500 empresas detêm mais de 50% do PIB Mundial, muitas delas pertencentes a um mesmo grupo.
[video=youtube_share;GYHMC_itckg]http://youtu.be/GYHMC_itckg[/video]
 
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Ex-Combatentes: Sem-Abrigos!

Não se sabe ao certo quantos combateram nas Guerras Coloniais, mas segundo a Associação de Combatentes do Ultramar Português (ACUP), estima-se em 200 ex-combatentes a viver nas ruas.
[video=youtube;KC7BU5o-r3Y]http://www.youtube.com/watch?v=KC7BU5o-r3Y&feature=youtube_gdata_player[/video]
Cerca de 40% dos ex-combatentes vivem sem tecto.
 
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Opinião sobre a Pobreza!

A liberdade ganha-se com a derrota da pobreza e a pobreza vence-se com todos os actos,
pequenos e grandes, com todos os gestos, com todos os sacrifícios.
Mas combate-se sobretudo, com vontade e esperança".

Causas da Pobreza:

- Factores político-sociais: corrupção; inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático; fraca igualdade de oportunidades.

- Factores económicos: exploração dos pobres pelos ricos; sistema fiscal inadequado, representando um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a própria pobreza, que prejudica o investimento e o desenvolvimento, economia dependente de um único produto.

- Factores sócio cultural: reduzida instrução; discriminação social relativamente ao género ou à raça; valores predominantes na sociedade; exclusão social; crescimento muito rápido da população.

- Factores naturais: desastres naturais, climas ou relevos extremos; doenças.

- Problemas de Saúde: adição a drogas ou álcool; doenças mentais; doenças da pobreza como a SIDA e a malária; deficiências físicas.

- Factores históricos: colonialismo; passado de autoritarismo político.

- Insegurança: guerra; genocídio; crime.

Consequência da Pobreza:

Muitas das consequências da pobreza são também causas da mesma criando o ciclo da pobreza. Algumas delas são:
- Fome;
- Analfabetismo;
- Baixa esperança de vida;
- Doenças;
- Elevada criminalidade;
- Falta de oportunidades de emprego;
- Carência de água potável e de saneamento;
- Maiores riscos de instabilidade política e violência;
- Emigração;
- Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis;
- Existência de pessoas sem-abrigo;
- Tráfico de pessoas;
- Prostituição;
- Adição a drogas e álcool;
- Depressão.
Uma em cada seis pessoas no mundo vive em condições de pobreza extrema, não tem acesso a medicamentos nem à educação básica. Por outro lado, 12% da população global (o grupo dos 22 países mais ricos do mundo), consome 80% dos recursos naturais disponíveis.

Mistério: como a riqueza causa a pobreza no mundo!


Há um mistério que deve ser explicado:

Como é possível que, se os investimentos empresariais e a ajuda estrangeira, além dos empréstimos internacionais, aumentaram de forma espectacular em todo o mundo ao longo da última metade do século XX também tenha aumentado a pobreza? O número de pessoas pobres está a crescer numa proporção maior que a da população mundial. O que podemos concluir disto?

Na segunda metade do século XX, os bancos e a indústrias dos E.U.A. (além de outras empresas ocidentais) investiram muito nas regiões pobres da Ásia, África e América Latina conhecidas como "Terceiro Mundo". As transnacionais são atraídas pelos ricos recursos naturais, o alto rendimento devido aos baixos salários, e pela quase completa ausência de impostos, regulamentos ambientais, direitos laborais e custos de segurança laboral.

O governo dos E.U.A. subsidiou esta fuga do capital mediante a concessão às empresas de isenções fiscais destes investimentos no mundo, e inclusive com o pagamento de parte dos gastos de transferência, o que escandalizou os sindicatos que vêm como os postos de trabalho se evaporam na sua própria casa. As transnacionais expulsam os negócios locais no Terceiro Mundo e apoderam-se dos seus mercados.

O cartel norte-americano da indústria agro-pecuária, generosamente subsidiado pelos contribuintes dos Estados Unidos, inunda o mercado de outros países com os seus produtos excedentes de baixo custo e afunda os agricultores locais.

Tal como descreve Christopher Cook na sua obra "Dieta para um Planeta Morto":
- «Expropriam as melhores terras para o cultivo industrial destes países, para convertê-la habitualmente em monocultura, o que requer grandes quantidades de pesticidas, reduzindo cada vez mais as áreas cultivadas de centenas de variedades de colheitas que tradicionalmente seriam de alimento às populações locais».

Mediante a deslocação das populações locais das suas terras e do saqueio das suas fontes de auto-suficiência, as empresas criam mercados de trabalho saturados de gente desesperada e forçada a viver em bairros de lata e a trabalhar duro por salários de miséria (quando podem trabalhar), violando amiúde as leis destes países sobre salário mínimo.

No Haiti, por exemplo, paga-se aos trabalhadores 11 centavos por hora quando trabalham para empresas gigantes como Disney, Wal-Mart e J.C. Penny. Os E.U.A. são um dos países que se recusaram a firmar a convenção internacional para a abolição do trabalho infantil e do trabalho forçado. Esta posição deve-se às práticas de trabalho infantil por parte das empresas norte-americanas no Terceiro Mundo e no próprio interior dos Estados Unidos, onde crianças de 12 anos padecem uma alta proporção de acidentes e mortes, recebendo muitas vezes pagamentos inferiores ao salário mínimo.

As poupanças que os grandes negócios arrecadam da força de trabalho barata no estrangeiro transformam-se em preços baixos para os seus consumidores de outros lugares. Não é para que os consumidores dos E.U.A. poupem dinheiro que as empresas contratam força de trabalho barata em regiões remotas. Contratam-na para aumentar a sua margem de lucro. No ano de 1990, os calçados feitos por crianças indonésias que trabalhavam 12 horas diárias por 13 centavos à hora, custava apenas 2,60 dólares, mas era vendido por 100 dólares ou mais nos E.U.A.

Ajuda norte-americana aos países estrangeiros normalmente vai a par do investimento transnacional. Essa ajuda é canalizada para a construção das infra estruturas que as empresas no Terceiro Mundo precisam: portos, autoestradas, refinaria. A ajuda concedida aos governos do Terceiro Mundo é condicionada. Muitas vezes tem de ser gasta em produtos americanos, e pede-se ao país receptor que dê preferências de investimento às companhias norte-americanas, substituindo o consumo de mercadorias e alimentos internos por outros importados, com o que se cria mais dependência, fome e dívida.

Uma boa parte da ajuda monetária nunca vê a luz do dia, pois vai directamente para os bolsos de funcionários corruptos dos países receptores.

A ajuda também provém de outras fontes:
- Em 1944 as Nações Unidas criaram o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O poder de voto em ambas as organizações está estabelecido de acordo com as contribuição financeira de cada país. Como maior doador, os E.U.A. têm a voz dominante, seguido pela Alemanha, Japão, França e Grã-Bretanha. O FMI opera em segredo com um grupo de banqueiros selecto e altos funcionários dos ministérios da economia seleccionados maioritariamente entre os países ricos.

Supõe-se que o BM e o FMI devam prestar assistência às nações para o seu desenvolvimento. O que ocorre na realidade é outra coisa:
- Um país pobre solicita um empréstimo ao BM para o fortalecimento de alguns aspectos da sua economia. Se acontecer não poder devolver os altos juros porque diminuem as exportações ou por qualquer outra razão, ver-se-á forçado a pedir um novo empréstimo, mas desta vez ao FMI.

Mas o FMI impõe um "programa de ajuste estrutural", que assinala aos países devedores a concessão de isenções fiscais às transnacionais, a redução dos salários, a não protecção das empresas locais das importações e das aquisições estrangeiras. Pressiona-se os países devedores a que privatizem suas economias e vendam a preços escandalosamente baixos suas minas, ferrovias e serviços públicos às empresas privadas. Estes países são forçados a abrirem as suas florestas para o corte e as suas terras para serem estripadas em benefício de explorações mineiras a céu aberto, sem a menor consideração pelo dano ecológico que possam causar.

Os países devedores também devem cortar os subsídios para a saúde, a educação, o transporte e os alimentos, com o objectivo de gastar menos com a sua gente para dispor de mais dinheiro para satisfazer os pagamentos da dívida. Pressionados a aumentar os cultivos destinados à exportação e dispor de rendimentos, estes países tornam-se cada vez menos capazes de alimentar a sua própria população.

Por estas razões os salários reais minguaram em todo o Terceiro Mundo, e a dívida nacional cresceu tão vertiginosamente que chegou ao ponto de absorver quase todos os rendimentos de exportação dos países pobres, o que cria mais empobrecimento até levar o país devedor até mesmo à impossibilidade de prover às necessidades da sua população.

Expliquei o mistério: não existe naturalmente, o referido mistério, a não ser que se seja partidário da mistificadora teoria do gotejamento:
- Segundo a qual a riqueza dos ricos acaba beneficiando, gotejando os pobres;
Segundo esta teoria, os governos devem ajudar as empresas porque assim se realiza o círculo virtuoso pelo qual se cria riqueza, o que por sua vez cria emprego, que provoca maior consumo e todo o mundo sai felizmente beneficiado.

Por que a pobreza aumentou enquanto a ajuda externa e os empréstimos e os investimentos cresceram?

Resposta: Empréstimos, investimentos e outras formas de ajuda estão concebidos não para combater a pobreza e sim para o aumento da riqueza dos investidores transnacionais a expensas das populações locais.

Não existe o tal gotejamento e sim uma transferência dos muitos que trabalham para os poucos endinheirados. Na sua permanente confusão, alguns críticos liberais concluem que a ajuda estrangeira e os ajustes estruturais do BM e do FMI não funcionam; o resultado final é que há menos auto-suficiência e mais pobreza para os países receptores, asseguram.

Por que os membros dos Estados ricos continuam a contribuir com fundos para o FMI e o BM?

Serão os seus líderes menos inteligentes que os críticos que continuam a adverti-los de que as suas políticas estão a ter o efeito contrário?

Resposta: Não, são os críticos que são estúpidos e não os líderes ocidentais e os investidores que tanto possuem deste mundo e que desfrutam de imensas riquezas e êxito. Continuam com a sua ajuda e os programas de empréstimos estrangeiros porque tais programas funcionam. A pergunta é: para quem funciona?

O propósito por trás dos seus investimentos, empréstimos e programas de ajuda não é elevar o bem-estar das massas em outros países. Este não é o negócio deles. O propósito é servir os interesses da acumulação de capital mundial, possuir as terras e as economias locais da população do Terceiro Mundo, monopolizar seus mercados, rebaixar seus salários, encadear seu trabalho com dívidas enormes, privatizar seu sector público e impedir estes países de se converterem em competidores comerciais não permitindo que se desenvolvam normalmente. No que se refere a isto, os investimentos, os empréstimos externos e os ajustes estruturais funcionam muito bem.

O mistério real:

Por que algumas pessoas consideram que uma análise como esta é muito improvável, uma invenção conspirativa?

Por que são tão avessas a aceitar que os governantes dos E.U.A. exercem de maneira cúmplice e deliberadamente, estas implacáveis políticas (contenção dos salários, redução da protecção ambiental, eliminação do sector público, corte dos serviços humanitários) no Terceiro Mundo?

Já não será hora de que os críticos liberais deixem de crer que as pessoas que já possuem uma grande parte do mundo, e querem apoderar-se de tudo, são incompetentes ou insensatas, ou que erram na avaliação das consequências não intencionadas das suas políticas?

Não avisado pensar que os inimigos não são tão inteligentes quanto nós mesmos. Eles sabem onde estão os seus interesses, e nós também deveríamos sabe-lo.

Autor: Michael Parenti.

A Pobreza é fácil de ser explicada!

Académicos, políticos, clérigos e outros tipos sempre aparentam perplexidade frente à seguinte questão: por que existe pobreza no mundo? As respostas normalmente variam, indo desde exploração e ganância até escravidão, colonialismo e outras formas de comportamento imoral. A pobreza é vista como um fenómeno que deve ser explicado apenas por meio de análises complicadas, doutrinas conspiratórias, fórmulas mágicas e feitiçarias. Essa visão acerca da pobreza é na verdade, parte do problema, impedindo que a questão seja abordada correctamente.

Na realidade, há muito pouco de complicado ou de interessante na pobreza. A pobreza tem sido a condição natural e permanente do homem ao longo da história do mundo. As causas da pobreza são bem simples e diretas.

Em termos gerais, indivíduos em particular ou nações inteiras em geral são pobres por uma ou mais das seguintes razões:
- Eles não podem ou não sabem produzir muitos bens ou serviços que sejam muito apreciados por outros;
- Eles podem e sabem produzir bens ou serviços apreciados por outros, mas são impedidos de fazer isso;
- Eles voluntariamente optam por ser pobres.
O verdadeiro mistério é entender por que realmente existe alguma riqueza no mundo. Isto é, como uma pequena porção da população humana (na sua maioria no Ocidente), por apenas um curto período da história humana (principalmente nos séculos XIX, XX e XXI), conseguiu escapar do mesmo destino de seus predecessores?

Algumas vezes, referindo-se aos E.U.A., as pessoas justificam sua riqueza apontando para o facto de que o país é abundante em recursos naturais.

R: Tal explicação, entretanto, é insatisfatória. Fosse a abundância de recursos naturais a causa de riqueza, a África e a América do Sul seriam os continentes mais ricos do mundo, e não o lar de algumas das pessoas mais miseravelmente pobres do planeta. Em contrapartida, tal explicação, por uma questão de lógica, indicaria que países pobres em recursos naturais, como Japão, Hong Kong e Grã-Bretanha, deveriam ser miseráveis, e não estarem classificados entre os lugares mais ricos do mundo.

Outra explicação insatisfatória para a pobreza é o colonialismo. Esse argumento sugere que a pobreza do Terceiro Mundo é uma herança pelo facto de tais países terem sido colonizados, explorados e espoliados de suas riquezas pelos países colonizadores.

R: Ocorre, porém, que países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia também foram colónias; e ainda assim estão entre os mais ricos do mundo. Hong Kong foi colónia da Grã-Bretanha até 1997 - quando a China reconquistou a soberania da ilha -, mas conseguiu tornar-se a segunda mais rica jurisdição política do Extremo Oriente. Por outro lado, Etiópia, Libéria, Tibete e Nepal jamais foram colónias, ou foram por apenas alguns poucos anos, e ainda assim figuram entre os países mais pobres e mais atrasados do mundo.

Não obstante as várias críticas justificáveis ao colonialismo e devo acrescentar, às multinacionais, o facto é que ambos serviram como uma forma de transferência de tecnologias e de instituições ocidentais, fazendo com que pessoas de países atrasados entrassem em contacto com o mundo ocidental, mais desenvolvido.

Um facto trágico, embora pouco comentado, é que vários países da África passaram por expressivos declínios económicos após suas independências. Em muitos desses países, o cidadão médio pode dizer que comia mais regularmente e usufruía mais proteções aos seus direitos humanos quando ainda estava sob domínio colonial. As potências coloniais jamais perpetraram os indescritíveis abusos de direitos humanos - incluindo-se aí o genocídio - que vimos ocorrer em países como Burundi, Uganda, Zimbábue, Sudão, África Central, Somália e outros lugares após sua independência.

Qualquer economista que diga saber uma resposta completa para as causas da riqueza deve ser imediatamente visto com muita desconfiança. Simplesmente não sabemos plenamente o que torna algumas sociedades mais ricas que outras. Entretanto, podemos fazer suposições baseadas em correlações.

É relativamente simples. Comece enumerando os países de acordo com seu sistema económico. Conceitualmente, podemos ordená-los desde os mais capitalistas (aqueles que possuem um mercado mais livre) até os mais comunistas (aqueles que possuem ampla intervenção e planeamento estatal). Então consultamos a Amnistia Internacional e seu ranking de países ordenados de acordo com abusos de direitos humanos. E então utilizamos as estatísticas de renda fornecidas pelo Banco Mundial para ordenar os países da maior até a menor renda per capita.

Ao se compilar essas três listas, seria possível observar uma correlação muito forte, embora imperfeita: aqueles países com maior liberdade económica tendem também a oferecer maiores proteções aos direitos humanos. E seus cidadãos são mais ricos. Dado que tal descoberta não é uma coincidência, especulemos os motivos dessa correlação.

Direitos e Prosperidade:

Uma maneira de mensurar a proteção aos direitos humanos é perguntando até que ponto o Estado protege a propriedade privada e a liberdade de trocas voluntárias ou seja, o direito de adquirir, possuir e se desfazer de propriedade da maneira que mais aprouver ao indivíduo, desde que ele não viole os direitos de terceiros. A diferença entre a propriedade privada e a propriedade colectiva não é meramente filosófica.

A propriedade privada produz incentivos e resultados sistematicamente distintos da propriedade colectiva.

Dado que os coletivistas frequentemente banalizam os direitos de propriedade privada, vale à pena elaborar essa questão. Quando os direitos de propriedade são aplicados integralmente à propriedade privada, todos os custos e benefícios das decisões que um indivíduo proprietário toma ficam concentrados nele e nele apenas. Já quando os direitos de propriedade são coletivizados, eles se tornam difusos e dispersos pela sociedade.

Por exemplo, a propriedade privada força os proprietários de imóveis a levarem em consideração o efeito que suas actuais decisões terão sobre o valor futuro de seus imóveis. Por quanto tempo mais um imóvel continuará sendo valorizado como uma boa moradia, e por conseguinte, ser revendido a um bom preço, é algo que vai depender exclusivamente de como seu proprietário irá cuidar dele. Assim, uma propriedade gerida privadamente faz com que a riqueza de um indivíduo seja refém de suas atitudes; esse indivíduo, para manter sua riqueza, terá de incorrer em uma atitude "socialmente responsável": economizar recursos escassos.

Compare esses incentivos àqueles gerados pela propriedade colectiva. Quando o governo é o proprietário de um imóvel, um indivíduo não tem incentivos para cuidar bem deste imóvel simplesmente porque ele, caso aja assim, não irá capturar o benefício completo de seus esforços. O resultado de seus esforços será disperso por toda a sociedade. Por outro lado, para este mesmo individuo, os custos de ele ser descuidado e desleixado com o imóvel coletivo também serão similarmente dispersos pela sociedade.

Não é necessário ser um génio para prever que, sob tais circunstâncias, os cuidados para com essa propriedade serão muito menores. Simplesmente não há incentivos para tal atitude; não há incentivos para se economizar recursos escassos.

A propriedade coletiva gera desperdício de recursos escassos, sendo portanto socialmente irresponsável - justamente o contrário do que almejam seus apologistas. Mas a propriedade nominalmente coletiva não é o único arranjo que desestimula essa responsabilidade social. Quando o governo tributa a propriedade, ele altera as características inerentes ao acto de possuir uma propriedade. Se o governo, por exemplo, impuser um imposto de 75% sobre a venda de imóveis, tal medida irá reduzir os incentivos que um indivíduo possui para utilizar sua propriedade de maneira sensata, economizando recursos escassos. Tal medida, na verdade, estimularia um comportamento mais desleixado do indivíduo proprietário, o que levaria a uma rápida deterioração do imóvel, uma destruição de recursos escassos.

Afinal, para que cuidar bem de algo que, ao ser vendido, não lhe trará grandes receitas?

Esse argumento se aplica para todas as atividades, inclusive trabalho e investimento. Qualquer medida que reduza o retorno ou aumente o custo de um investimento irá reduzir os incentivos para que se faça tal investimento. Isso é válido tanto para investimentos em capital humano quanto para investimentos em capital físico: isto é, aquelas actividades que elevam a capacidade produtiva dos indivíduos.

De maneira significativa, a riqueza das nações está incorporada nos seus cidadãos. O exemplo mais acabado disso é a experiência dos alemães e japoneses após a Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, os bombardeiros das forças Aliadas destruíram praticamente todo o estoque de capital físico desses dois países. O que não foi destruído foi o capital humano das pessoas: suas habilidades físicas e mentais, e sua educação. Em duas ou três décadas, ambos os países ressurgiram como formidáveis forças económicas. Não foi o Plano Marshall, tão pouco os outros subsídios americanos à Europa e ao Japão, que trouxe a recuperação a esses dois países; nem haveria sentido económico caso isso ocorresse.

A correcta identificação das causas da pobreza é algo crítico. Se ela for vista, como ocorre muitas vezes, como resultado da exploração, a política que naturalmente irá ser sugerida é a redistribuição de renda, isto é, o confisco governamental da renda "adquirida injustamente" por algumas pessoas e sua subsequente "restituição" aos seus proprietários "por direito".

Trata-se da política da inveja: programas assistencialistas cada vez maiores em nome de uma suposta igualdade, a qual é impossível de ser obtida na prática.

Quando a pobreza passar a ser vista como o que realmente é, a saber, o resultado de intervenções governamentais irracionais (como regulamentações, burocratização, tributação e inflação) e da falta de capacidade produtiva, políticas mais eficazes surgirão.

Autor: Walter Williams, professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros. As suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.



 
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mjtc

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Pobreza na Europa

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maar3amt

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Muito bom.

mjtc a penúltima mensagem deste tópico não se consegue ler por o texto estar muito escuro.
 

mjtc

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Pobreza no Brasil

A equipa da TV Brasil foi em busca de famílias pobres, vivendo no semiárido nordestino e nas favelas das grandes cidades. E encontrou histórias de vidas muito sofridas, mas também um quadro que começa a mudar. O Brasil já atingiu um dos objectivos propostos pela ONU: reduzir a pobreza pela metade. A desigualdade no país é a menor dos últimos 50 anos. Agora um novo esforço busca eliminar a pobreza extrema até 2015.
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