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A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas no Estádio do Bessa, no Porto, no âmbito de uma investigação a alegados crimes económicos relacionados com a SAD do Boavista, confirmou à Lusa fonte ligada ao processo.
Os inspetores da PJ forçaram a entrada no interior do estádio, com as diligências a prosseguirem. Em causa estarão suspeitas de corrupção e gestão danosa, em vários episódios que terão contribuído para o agravamento da situação financeira do Boavista, que acabou por levar à insolvência da sociedade desportiva, responsável pela administração do futebol profissional axadrezado.
Em nota enviada às redações, a PJ explicou que procedeu ao cumprimento de dez mandados de busca domiciliária e não domiciliária no Grande Porto e em Viseu, por factos em investigação ocorridos entre 2023 e finais de 2024, relacionados com um grupo de empresas ligadas ao fenómeno desportivo e lucros ilícitos estimados em cerca de 10 milhões de euros.
Os crimes de fraude fiscal, frustração de créditos e branqueamento terão sido praticados por "quadros dirigentes, contabilistas certificados, escritório de advogado e sociedade de revisores oficiais de contas", segundo a mesma nota.
"O modus operandi em causa implicou a utilização de contas bancárias de passagem tituladas por terceiros singulares, transferências internacionais e depósitos em numerário de origem e destino não clarificados, movimentos esses justificados apenas parcialmente e por contratos de empréstimos cruzados que levantavam suspeitas quanto à ocultação de rendimentos, desvio de fundos com vista a prejudicar credores e ulterior branqueamento", continua a PJ.
Foi apreendida diversa documentação relacionada com os crimes em investigação, assim como equipamento informático. Foram constituídos seis arguidos, singulares e pessoas coletivas.
Nas imediações do estádio está a comunicação social e cerca de uma dezena de curiosos.
O Boavista, que devia disputar esta época a II Liga de futebol, falhou a inscrição nas competições profissionais. Mais tarde, viu também negado o licenciamento por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para participar na Liga 3, decorrendo o prazo para apresentar recurso para o Conselho de Justiça do organismo.
IN:JN