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PF realiza ação contra tráfico de medicamentos 'tarja preta' para os Estados Unidos
Esquema criminoso exportava remédios psicotrópicos sem prescrição médica e descumprindo normais sanitárias
Rio - A Operação Tarja Preta mirou nesta terça-feira (11), um esquema de exportação ilegal de medicamentos do Brasil para os Estados Unidos. A Polícia Federal pretendia cumprir um mandado de prisão temporária e outros seis de busca e apreensão contra quatro pessoas físicas e duas jurídicas, em endereços residenciais e comerciais de Rio das Ostras, na Região dos Lagos. Dois envolvidos acabaram presos.
Nas buscas, os agentes apreenderam milhares de medicamentos prontos para serem enviados e um alvo foi preso em flagrante na prória casa. Já o líder da quadrilha acabou detido em Orlando, na Flórida, por oficiais do Governo dos Estados Unidos, e será deportado para o Brasil. Também foram apreendidos receitas médicas irregulares assinadas, mas sem nome de pacientes, celulares, mídias e documentos.
As investigações começaram em 2023 e apontam que o esquema era dividido em três núcleos, sendo eles as farmácias fornecedoras, intermediários, que faziam os envios, e os receptadores que distribuíam os remédios nos Estado Unidos. O grupo realizava remessas internacionais de fármacos psicotrópicos, conhecidos como "tarja preta", sem exigência de prescrição médica, descumprindo normas sanitárias dos dois países.
"Conseguimos identificar três núcleos no Brasil e nos Estados Unidos. Sendo o primeiro os fornecedores, onde já temos duas farmácias identificadas, pelo menos. (O segundo sendo) aqueles que faziam a remessa utilizando os Correios e também identificamos algumas remessas feitas por donos de farmácia. E o terceiro, aquele que era responsável pela parte logística, recebendo os medicamentos e fazendo a pulverização e distribuição para sua clientela cativa em solo americano", explicou o chefe da Delegacia de Polícia Federal em Macaé (DPF/MCE), delegado Adriano Espindula Soares.
Entre os envios identificados nas investigações, alguns foram interceptados pela Polícia Federal e o U.S Customs and Border Protection (CBP), em cooperação com a Drug Enforcement Administration (DEA). Nas remessas, havia remédios como Zolpidem, Alprazolam, Clonazepam, Pregabalina e Ritalina, todas classificados como psicotrópicos ou entorpecentes pela portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre substâncias sujeitas a controle especial no Brasil.
Os agentes da DPF ainda descobriram dezenas de movimentações financeiras atípicas e transferências bancárias, revelando indícios de lavagem de dinheiro e financiamento de atividade ilícita. A ação conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF), dos Correios e do Governo dos Estados Unidos. Os alvos poderão responder por organização criminosa e tráfico internacional de drogas. As investigações seguem para identificar outros envolvidos.
O Dia
Esquema criminoso exportava remédios psicotrópicos sem prescrição médica e descumprindo normais sanitárias
Rio - A Operação Tarja Preta mirou nesta terça-feira (11), um esquema de exportação ilegal de medicamentos do Brasil para os Estados Unidos. A Polícia Federal pretendia cumprir um mandado de prisão temporária e outros seis de busca e apreensão contra quatro pessoas físicas e duas jurídicas, em endereços residenciais e comerciais de Rio das Ostras, na Região dos Lagos. Dois envolvidos acabaram presos.
Nas buscas, os agentes apreenderam milhares de medicamentos prontos para serem enviados e um alvo foi preso em flagrante na prória casa. Já o líder da quadrilha acabou detido em Orlando, na Flórida, por oficiais do Governo dos Estados Unidos, e será deportado para o Brasil. Também foram apreendidos receitas médicas irregulares assinadas, mas sem nome de pacientes, celulares, mídias e documentos.
As investigações começaram em 2023 e apontam que o esquema era dividido em três núcleos, sendo eles as farmácias fornecedoras, intermediários, que faziam os envios, e os receptadores que distribuíam os remédios nos Estado Unidos. O grupo realizava remessas internacionais de fármacos psicotrópicos, conhecidos como "tarja preta", sem exigência de prescrição médica, descumprindo normas sanitárias dos dois países.
"Conseguimos identificar três núcleos no Brasil e nos Estados Unidos. Sendo o primeiro os fornecedores, onde já temos duas farmácias identificadas, pelo menos. (O segundo sendo) aqueles que faziam a remessa utilizando os Correios e também identificamos algumas remessas feitas por donos de farmácia. E o terceiro, aquele que era responsável pela parte logística, recebendo os medicamentos e fazendo a pulverização e distribuição para sua clientela cativa em solo americano", explicou o chefe da Delegacia de Polícia Federal em Macaé (DPF/MCE), delegado Adriano Espindula Soares.
Entre os envios identificados nas investigações, alguns foram interceptados pela Polícia Federal e o U.S Customs and Border Protection (CBP), em cooperação com a Drug Enforcement Administration (DEA). Nas remessas, havia remédios como Zolpidem, Alprazolam, Clonazepam, Pregabalina e Ritalina, todas classificados como psicotrópicos ou entorpecentes pela portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre substâncias sujeitas a controle especial no Brasil.
Os agentes da DPF ainda descobriram dezenas de movimentações financeiras atípicas e transferências bancárias, revelando indícios de lavagem de dinheiro e financiamento de atividade ilícita. A ação conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF), dos Correios e do Governo dos Estados Unidos. Os alvos poderão responder por organização criminosa e tráfico internacional de drogas. As investigações seguem para identificar outros envolvidos.
O Dia