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O que fazer com os 200 milhões de migrantes ambientais em 2050?

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O que fazer com os 200 milhões de migrantes ambientais que pode haver no mundo em 2050?



Em 2050, pode haver 200 milhões de pessoas deslocadas das suas casas devido a problemas ambientais. E estes migrantes não serão adultos em idade para trabalhar que saem da sua terra para ganhar dinheiro: serão sobretudo os mais fracos, os mais velhos, as crianças. É a partir destes pressupostos que trabalham os cientistas e políticos que se preocupam com a relação entre as crises ambientais e a imigração - a partir de hoje reúnem-se em Bona, na Alemanha, numa conferência promovida pelas Nações Unidas.

Há zonas onde já é possível prever que os problemas se concentrarão. O Bangladesh, por exemplo, é muitas vezes apontado como o país que mais pode sofrer com as alterações climáticas: grande parte do território está abaixo do nível do mar e pode perder um quinto da sua superfície devido à subida do nível das águas causada pelo derretimento dos glaciares dos Himalaias.

O que pode acontecer já se está a ver nas consequências dos ciclones que devastam o país, como o crescimento do tráfico humano: por exemplo, as mulheres que ficam para trás quando os homens da casa partem em busca de trabalho, depois das cheias, são presa fácil de redes de prostituição e trabalhos forçados. Os homens, desesperados por empregos, acabam muitas vezes em fábricas onde são também forçados a trabalhar, diz-se na análise sobre o país do estudo Alterações Climáticas e Cenários de Migração Forçada (conhecido pela sigla em inglês Each-For) que será apresentada no encontro de Bona.

Este estudo analisa o que se poderá passar em 22 países em desenvolvimento e também em Espanha. Resultados definitivos só deverá haver no final do ano.

Por exemplo, Espanha e Portugal são os países europeus onde se prevê que o impacto do aquecimento global seja maior (com aumentos da temperatura no interior entre cinco e sete graus, diminuição da chuva e aumento da frequência das secas). O Sul dos dois países, que tradicionalmente era um foco de saída de emigrantes, tornou-se, sobretudo o de Espanha, um pólo de atracção dos novos imigrantes, que trabalham na agricultura e no turismo.

Ainda não há resultados disponíveis, mas a análise procurará obter resultados para prever o que se poderá passar no futuro, com a pressão conjunto da diminuição de recursos (a água, sobretudo) e o aumento da imigração de países ainda mais afectados, como os de África.




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