Benito Mussolini (1883-1945)
Ditador Fascista de Itália (1925-1945). Fundador do Partido Fascista Italiano (1919). Político e estadista italiano, nasceu em Dovia di Predappio (Romanha). Em 1902, para fugir ao cumprimento do serviço militar, vai para a Suíça, onde desempenha os mais díspares ofícios, enquanto se entrega a uma intensa agitação socialista, que continua em Itália após o seu regresso, em 1904. Em Trento, como jornalista, dirige o periódico socialista "Avvenire" (1909) e em Forli o "Lotta di Classe" (1910). Em 1912, faz parte da direcção do Partido do Socialista e dirige "Avanti", cuja tiragem aumenta de 20.000 para 100.000 exemplares. No limiar da I Guerra Mundial, rompe com o socialismo anti-intervencionista e funda "Il Popolo d`Itália" (14 de Novembro de 1914) como porta-voz do anticomunismo e reivindicacionismo italiano, ao mesmo tempo que organiza os «Fasci d`Azione Rivoluzionaria». Quando a Itália entra na guerra em Maio de 1915, Mussolini incorpora-se no XI Regimento de Infantaria, e ferido em 1917, volta às suas campanhas na direcção do "Popolo". Ao crescimento da luta operária responde com a fundação do Partido Fascista Italiano em 23 de Março de 1919. Nas eleições de Maio de 1921, obtém 35 lugares e ingressa na Câmara como deputado por Milão.
Em 29 de Outubro de 1922, realiza a marcha sobre Roma, com 30.000 "camisas negras", apodera-se do governo e dissolve a Câmara. A 3 de Janeiro de 1925, proclama a ditadura e dissolve os partidos políticos, e em 1926, funda a Academia de Itália estabelece a lei do Grande Conselho, que na cláusula de sucessão ao trono, impõe o seu domínio sobre a Coroa. Em 11 de Fevereiro de 1929, pelo Tratado de Latrão, pôs fim à questão romana. Em 1935-1936, criou o Império Italiano com a conqista da Abissínia. Os seus exércitos conquistaram a Etiópia (1935) e a Albânia (1939). Em 1937 firma, com a Alemanha e o Japão, o Pacto Antikomintern, e declara guerra à França e Grã-Bretanha. Em 10 de Junho de 1940, perante uma multidão delirante, Mussolini anuncia na Piazza de Roma a entrada da Itália na guerra, do lado do Eixo. O fracasso do seu exército no Norte de África e Grécia exige a urgente intervenção da Alemanha.
Benito Mussolini acompanhado pelo seu forte aliado, Adolf Hitler.
A invasão da Sicília pelos Aliados e a ameaça iminente de uma invasão da península levam o Grande Conselho Fascista a depor o seu "Duce", a 25 de Julho de 1943 e a mandar prendê-lo. Libertado pelos pára-quedistas de Skorzeny, criou a República Social Italiana, no Norte de Itália, que no entanto, já não é mais que um instrumento das exigências alemãs e do fascismo agonizante. Por fim, perante o incontrolável avanço aliado, dirige-se para a fronteira suíça; cai nas mãos da resistência, cujos elementos, na manhã de 28 de Abril de 1945, o fuzilam com a sua amante Clara Petacci, expondo os seus cadáveres ao escárnio e vingança públicos, pendurados pelos pés, numa praça milanesa. Mussolini que se autodenominava "Il Duce" (O Líder), impôs um regime fascista e ditatorial. A sua popularidade, granjeada por meio de um discurso populista e a imposição da ordem nas ruas, dava-lhe uma certa estabilidade, pois os seus seguidores, conhecidos como Camisas Negras, aterrorizaram o povo italiano. Ele pretendia recriar o poderio da antiga Roma, criando um novo Império Romano, mas os seus desejos não passaram de sonhos vãos.