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Ictiose do harlequin, Imunoterapia, Incontinência de Infecção congénita...

migel

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Olá amigos;
Como é do vosso conhecimento, Saúde & Bem Estar consta de variadissimos temas divididos por vários tipos de
DOENÇA/INFORMAÇÃO e para que não se verifique dispersão de assuntos, convido todos os membros a postarem por ordem alfabética.

Sendo assim, a partir desta data, todo o tipo de Informação relacionado com a letra I, será lançado neste tópico.

I

Icterícia
Ictiose do harlequin
Imunoterapia
Incontinência de esforço
Incontinência mista
Infantilismo (parafilia)
Infecção congénita
Infecção hospitalar
Infecção por Adenovírus
Iniencefalia
Insuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência renal
Insuficiência renal aguda
InsôniaInsônia Familiar Fatal
Intoxicação
Isosporíase
Outros


Com esta reorganização, pretendemos melhor consulta de quem nos visita, para que seja mais fácil obter o pretendido relativamente ao assunto, Saude & Bem estar.

O nosso muito obrigado a todos vós por cumprirem c/ o determinado


 
Última edição:

xicca

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Incontinência Urinária Feminina




Já lhe aconteceu provavelmente sentir uma vontade imperiosa de ir à casa de banho e pensar que não vai chegar a tempo ou perder urina quando tosse, espirra, pratica dança ou desporto.

A incontinência urinária A incontinêcia urinária significa que não consegue controlar o momento de esvaziar a sua bexiga. Se já se confrontou com esses sintomas e os confidenciou a uma amiga ou familiar talvez a tenham consolado dizendo-lhe que isso é uma condição normal de ser mãe.


A perda de urina involuntária é comum nas mulheres e em menor grau nos homens, mas não é em caso algum normal: quatro em dez mulheres com idades superiores a quarenta e cinco anos podem sofrer de algum tipo de incontinência.


Os sintomas surgem gradualmente agravando-se com o decorrer dos anos se nada for feito. Este valor poderá contudo ser considerado conservador uma vez que a extensão do problema não é correctamente conhecida.

De facto, muitas mulheres por vergonha ou embaraço ou mesmo ignorância não recorrem a cuidados médicos: num estudo realizado no Hospital de S. João, no Porto, constatou-se que somente 14% das mulheres com problemas de incontinência urinária procuraram ajuda médica.

A incontinência, nas suas diversas formas, provoca na mulher efeitos físicos e psicológicos devastadores, dado que o receio de perda de urina em público leva a mulher a isolar-se, com prejuízo da sua qualidade de vida, podendo levar nos casos mais graves a depressões profundas.

Esta condição tem também um elevado impacto nas famílias tanto no aspecto psicossocial como económico. Os custos associados à incontinência podem ser muito elevados, representando um peso significativo tanto no orçamento familiar, como nos sistemas de segurança social e de seguros.

Na verdade, este problema terá mesmo tendência a agravar-se no futuro, uma vez que estudos prospectivos efectuados em Centros da União Europeia revelam que a população com mais de 65 anos irá aumentar 20% até 2010, relativamente a 1995, o que conduzirá a um aumento automático de 10% do orçamento global com a saúde, quatro quintos dos quais referentes a cuidados médicos de pessoas com mais de 75 anos.

A imprensa e os media em geral têm um papel fundamental na pedagogia das populações no sentido de eliminar receios e tabus na procura de ajuda médica.

Os ganhos são duplos: quer para a mulher que após tratamento renova a alegria de viver, quer para a sociedade em geral, que através de uma gestão eficiente desta patologia e da promoção e disseminação de boas práticas, conduz não só a uma redução de custos, que pode atingir 20%, como ainda poupa recursos escassos para combater outras doenças mais graves.

A incontinência, na sua condição mais prevalente, está geralmente associada a um enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico, sendo conhecida como incontinência de esforço, por se revelar quando é feito um esforço (tossir, fazer desporto).



Dra. Teresa Mascarenhas
 

migel

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Iniencefalia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


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A Iniencefalia é um defeito pouco comum do tubo neural que combina uma retroflexão extrema da cabeça (que se dobra para atrás) com defeitos graves da espinha dorsal. O menino afetado tende a ser de estatura baixa e apresentar uma cabeça desproporcionadamente grande. O diagnóstico pode-se realizar imediatamente após o nascimento porque a cabeça apresenta uma retroflexão tão séria que a cara olha para acima. A pele do rosto está conectada diretamente à pele do peito e o couro cabeludo está conectado diretamente à pele da costas. Geralmente, o pescoço está ausente. A maioria dos indivíduos com iniencefalia têm outras anomalias associadas tais como anencefalia(defeito do tubo neural que ocorre quando a cabeça não consegue se fechar), cefalose (um trastorno no qual parte do conteúdo cranial se sobressai do crânio), hidrocefalia, ciclopia, ausência da mandíbula, lábio leporino e paladar hendido, trastornos cardiovasculares, hérnias do diafragma e malformações gastrointestinais. O trastorno é mais comum nas meninas. O prognóstico para os pacientes com iniencefalia é extremamente pobre. Os recém nascidos com iniencefalia muito poucas vezes vivem mais de umas horas. A distorção do corpo do feto também pode representar um perigo para a vida da mãe.

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Intoxicação

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




A intoxicação consiste em uma série de efeitos sintomáticos produzidos quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contacto com a pele, olhos ou membranasmucosas.

Este símbolo de risco indica que uma determinada substância é tóxica


Praticamente qualquer substância, se ingerida em grandes quantidades, pode ser tóxica. Porém, entre os mais de 12 milhões de produtos químicos conhecidos, menos de 3.000 causam a maior parte das intoxicações. Os idosos e as crianças são particularmente vulneráveis à intoxicação acidental.
Os sintomas de intoxicação dependem do produto, da quantidade ingerida e de certas características físicas da pessoa que o ingeriu. Algumas substâncias não são muito potentes e exigem uma exposição contínua para que ocorram problemas. Outros produtos são mais tóxicos e basta uma gota sobre a pele para causar graves problemas.
O tratamento mais comum para os casos de ingestão acidental de substâncias tóxicas consiste em ministrar grandes doses de carvão activado ao paciente, pois esse produto tem a capacidade de absorver os elementos tóxicos que se encontram em suspensão em seu aparelho digestivo.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 

migel

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Isosporíase



A isosporíase é uma doença causada pelo parasita unicelular coccidio Isospora belli. São ingeridos com comida ou água contaminadas. Infecta o lúmen do intestino, onde tem fases de reprodução assexuada, e sexuada, com produção de zigotos que saiem com as fezes. Existe em todo o mundo. Em pessoas imunocompetentes causam gastroenterite (responsável por 5% dos casos), com diarreia de até 15 dias, dor abdominal, nauseas moderadas, sendo muitas vezes, assintomáticas. Em doentes com SIDA/AIDS causam diarréia abundante, febre, perda de peso e colecistite perigosas. O parasita é destruido com o fármaco cotrimoxazole ou com a associação de (Sulfametoxazol + Trimetropim) por 10 dias, com esquema profilático por mais 3 semanas.
 

migel

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Sempre aflita?

incontinencia.jpg
Incontinência Urinária Só em Portugal, calcula-se que cerca de seiscentas mil pessoas, maioritariamente mulheres, sofram de incontinência urinária. As idas
frequentes à casa de banho e a aflição provocada pela urgência em urinar são alguns dos transtornos de quem vive «refém» da própria bexiga

Por volta dos 60 anos, Luísa Nascimento começou a notar que estava a perder urina quando se ria, levantava pesos ou fazia algum esforço. «Como achei que estava a piorar, decidi procurar um especialista para pedir ajuda», diz. Foi, então, numa das consultas que confirmou tratar-se de uma incontinência urinária de esforço. O médico informou-a que, à data, havia uma técnica cirúrgica capaz de resolver o problema.
«Na altura, adiei por mais algum tempo a intervenção pois a cirurgia era dispendiosa», informa. Mais tarde, decidiu submeter-se ao TVT (sigla inglesa que significa tension-free vaginal tape), uma técnica recomendada para o tratamento da incontinência urinária de esforço. Desde a operação, nunca mais teve perdas de urina.
Casos de incontinência urinária de esforço devem-se «à falência das estruturas de contenção, nomeadamente o esfíncter e todos os músculos de ligamentos que suportam a bexiga e a uretra», explica Paulo Dinis, presidente da Associação Portuguesa de Neuro-Urologia e Uroginecologia (APNUG).
Há, ainda, outros quadros de incontinência, marcados pela «vontade súbita e imprevisível de urinar». São as situações conhecidas por imperiosidade. Por norma, «a bexiga distende, sem aumento de pressão, e esvazia de acordo com a nossa vontade, através de um mecanismo de comando do cérebro».
Acontece que, por alteração desta «cablagem», a bexiga pode contrair-se sem uma ordem expressa, provocando estes derrames espontâneos.

Novos tratamentos
«A incontinência urinária continua a ser motivo de grande embaraço e perturbação. As pessoas tendem a esconder o assunto, ao invés de procurarem ajuda, porque associam a incontinência a um fatalismo da idade», adianta o urologista. Resultado? «Apenas um quinto dos doentes afectados chegam a ser observados e tratados.»
Perante um primeiro episódio de perda de urina, o especialista aconselha o doente a procurar o seu médico assistente, já que, «raramente, a incontinência desaparece espontaneamente». A primeira instância deve ser o médico de família, que distingue o tipo de incontinência urinária e indica qual a melhor abordagem terapêutica: «Estas atitudes poderão ajudar uma percentagem enorme de doentes. E mesmo a fisioterapia, por si só, cura uma grande percentagem de doentes», assegura.
Paulo Dinis diz que, perante as alternativas terapêuticas, não existe «razão para sofrer em silêncio». Para situações de incontinência urinária de esforço, a técnica TVT «tem uma taxa de sucesso que ronda os noventa por cento».
Existem, porém, outros procedimentos «menos invasivos» que, com uma «pequena incisão vaginal, sem outros orifícios ou incisões, resolvem o problema». Falamos de intervenções que envolvem o uso de «pequenas redes (minislings) e que podem ser executadas em escassos minutos», refere o urologista: «Este será, provavelmente, o procedimento da próxima geração. Falta-lhe, contudo, o teste do tempo já efectuado com a técnica de TVT e similares.»
Tratando-se de uma incontinência por imperiosidade, a grande novidade é a «injecção de neurotoxinas na bexiga, nomeadamente a toxina botulínica». Com a administração desta substância, «verifica-se uma anulação das contracções involuntárias e indesejadas do músculo da bexiga, que levam à imperiosidade e, consequentemente, à incontinência».

Do lado de quem sofre
A Associação de Doentes com Disfunção da Bexiga (ADDB) surgiu em 2008 e, desde essa data, tem levado a cabo campanhas de informação e sensibilização para a população. Lígia Almeida, responsável pela ADDB, diz que, para além de divulgar «as patologias de disfunção urinária», é objectivo da associação «promover a troca de experiências entre os doentes e os profissionais de saúde», de forma a melhorar a qualidade de vida de quem sofre com estes problemas.
«Ao longo deste ano, temos gasto algum tempo em aspectos formais de legalização, participámos em actividades de divulgação da associação e temos respondido pessoalmente a pedidos de ajuda que nos têm chegado de doentes de todo o país», conta. Nos planos a curto prazo, está a criação de um site informativo, onde os doentes também podem colocar questões e partilhar experiências.
«A associação trabalha em estreita colaboração com os urologistas e uroginecologistas. Mas, na nossa opinião, é crucial a existência de um trabalho conjunto entre urologistas e a medicina familiar, para uma maior sensibilização e formação dos profissionais dos cuidados de saúde primários. Acreditamos que o sistema de saúde proporcionará um melhor serviço aos doentes, orientando e encaminhando os casos que necessitem de apoio médico especializado.»
Entre as disfunções do tracto urinário, a responsável refere que «a incontinência urinária, associada à cistite crónica e à chamada bexiga hiperactiva, tem sido relatada, em vários casos, como causa de desemprego e desagregação familiar». Isto é que não! ||

Em causa
o acesso
ao tratamento

No país, cerca de trinta doentes têm diagnóstico confirmado de cistite intersticial (CI), uma doença crónica que se traduz por inflamação das paredes da bexiga, que provoca dores constantes e dificuldade em suster a micção. Susana Dias, 41 anos, é uma das pessoas que vivem com CI há mais de uma década: «Há dias em que a dor nem sequer nos deixa sair de casa», desabafa.
Até há alguns meses,
o único medicamento existente para a CI conseguia minimizar o sofrimento físico de Susana Dias. Acontece que, por ter sido retirado do mercado, esta e outras doentes ficaram privadas do tratamento. «O medicamento está disponível em Espanha e noutros países da Europa, mas deixou de estar acessível em Portugal.» Susana Dias está revoltada com a situação e lamenta a «falta de apoio». Por enquanto, a solução para estes doentes é deslocarem-se ao país vizinho para aceder a este tratamento: «Quem não tem condições económicas para adquirir o fármaco em Espanha, vê a sua qualidade de vida muito limitada. Só quem tem CI é que percebe o sofrimento que esta doença causa.»

Fonte:Açoriano Oriental


 

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“Partilha a tua história” já tem vencedor

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Passatempo promovido pela Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino A Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino já apurou o vencedor do passatempo “Partilha a tua história”, iniciativa desenvolvida em parceria com Abbott Laboratórios no sentido de promover a partilha de experiências entre jovens portadores da patologia.
A vencedora, Catarina Marques de 25 anos de idade, reside em Vila do Conde e é portadora de Colite Ulcerosa desde há três anos. Venceu o passatempo com a apresentação de um trabalho no qual teve a preocupação de relatar, de forma criativa e elucidativa, a sua experiência pessoal de como é viver com a Doença Inflamatória do intestino (DII), passando no seu discurso uma mensagem de esperança aos jovens que sofrem deste problema.
No testemunho, a vencedora do passatempo relata os sucessivos episódios de desenvolvimento da patologia, a sua gravidade, os sucessivos internamentos e todo o impacto que a vivência com a patologia trouxe à sua qualidade de vida. No final do seu trabalho, e numa mensagem de esperança, Catarina salienta: “esta é a minha história, acredito que deve haver uma razão para que tudo isto nos aconteça. Talvez porque somos especiais e “alguém” quer pôr à prova as nossas capacidades. E com isto tudo aprendi uma grande lição: devemos aproveitar cada minuto da vida, deixando-nos de guerras, zangas ou chatices com todos aqueles que nos rodeiam e com quem mais gostamos, porque nunca sabemos o que a vida nos reserva para o dia seguinte!”

Catarina Marques prepara-se agora para acompanhar a APDI no Encontro Europeu de Jovens com DII, organizado pelo grupo de jovens da Federação Europeia das Associações de Doentes de Crohn e Colite Ulcerosa (EFFCA), que decorre de 9 a 12 de Julho, em Amesterdão. “Vencer este concurso foi uma mais-valia para mim. Com o surgimento da minha doença, sempre ambicionei o encontro com jovens de outras partes da Europa, e talvez do Mundo, para partilha de experiências e ajuda mútua. Certamente que cada um de nós, com a nossa história, consegue motivar e ajudar outra pessoa com o mesmo problema”, salienta a vencedora.
O passatempo compreendeu a realização de um trabalho original, no qual cada jovem participante relatou a sua experiência pessoal de como é viver com a Doença Inflamatória do intestino (DII). Os trabalhos foram avaliados por um júri, composto pela APDI e pelo Grupo de Jovens com Doença Inflamatória do Intestino, tendo em conta a capacidade de descrição da experiência enquanto jovem com esta patologia e a criatividade da apresentação.
Segundo Ana Sampaio, presidente da APDI, este passatempo pretende “aproximar os jovens do trabalho da associação e desmistificar algumas ideias através da partilha de experiências, minimizando a probabilidade de isolamento social e mesmo o desconforto emocional que pode advir do sentimento de “ser diferente” e “ter de esconder” este problema”.

Fonte:LPM Comunicações


 

migel

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Doenças inflamatórias

doenca.jpg

A doença de Crohn, segundo a definição do gastrenterologista, é «uma patologia inflamatória crónica, de causa não esclarecida, que pode atingir qualquer segmento do tubo digestivo». De acordo com os resultados de alguns estudos realizados em Portugal, calcula-se que o número de doentes esteja a aumentar, já que «por toda a Europa se tem observado, na última década, um acréscimo progressivo das doenças inflamatórias do intestino». Só no espaço de 14 anos (de 1991 a 2005), verificou-se que os dados relativos a novos casos da colite ulcerosa, em território nacional, passou de «1,27 para 5,76 casos por cada cem mil habitantes», aponta Leopoldo Matos, o médico que dirige o Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (Hospital de Egas Moniz), em Lisboa. Já em 2005, um estudo de prevalência realizado pelo professor Fernando Magro, presidente do Grupo de Estudo da Doença Inflamatória Intestinal, referia que a Doença de Crohn afligia «sessenta indivíduos em cem mil habitantes, enquanto a colite ulcerosa afectava 56 doentes por cada cem mil habitantes». A doença de Crohn, segundo a definição do gastrenterologista, é «uma patologia inflamatória crónica, de causa não esclarecida, que pode atingir qualquer segmento do tubo diges tivo». Por norma, afecta mais frequentemente a porção terminal do intestino delgado (íleon) e o intestino grosso (cólon). A doença traduz-se por uma inflamação com úlceras «em toda a espessura da parede do intestino». Por outro lado, a colite ulcerosa distingue-se da doença de Crohn pelo segmento do intestino lesado e pelo processo inflamatório que «se acompanha de ulcerações mais superficiais». Mas, de acordo com a definição de Leopoldo Matos, trata-se de «uma doença inflamatória crónica do intestino grosso (cólon), de causa não conhecida. Quando atinge exclusivamente o recto, designa-se por proctite ulcerosa». «Um terço dos casos de doença de Crohn tem o seu início entre os 20 e os 29 anos, existindo, porém, um segundo pico de incidência por volta dos 60 anos. Já a colite ulcerosa tem maior incidência entre os 15 e os 25 anos e depois entre os 55 e os 65 anos. Mas ambas podem iniciar-se em qualquer idade, desde a infância até idades mais avançadas.» Em qualquer das três patologias do intestino, os sintomas «podem ser variados», tudo depende da «zona atingida». Contudo, estas doenças caracterizam-se por «alterações do funcionamento intestinal», podendo ocorrer «diarreias prolongadas, presença de sangue na fezes, acompanhado por muco, cólicas, febre, anemia ou perda de peso», explica o especialista. O diagnóstico exige uma «avaliação clínica cuidada, numa consulta médica». Porém, a confirmação pode incluir «análises ao sangue, exames radiológicos (incluindo a TAC ou a Ressonância Magnética), uma colonoscopia e a comprovação histológica com biopsias [retira-se parte do tecido lesado e estuda-se o fragmento em laboratório]». Apesar de não haver uma cura, as doenças inflamatórias do intestino «têm tratamento». Segundo Leopoldo Matos, «existem medicamentos eficazes e os mais recentes constituem preciosas ajudas no tratamento das situações mais difíceis». Como se trata de situações crónicas, «estas patologias exigem um acompanhamento regular e uma abordagem terapêutica individualizada». Mesmo que a doença pareça estar controlada ou não manifeste sintomas, há cuidados especiais que não se podem menosprezar. Pois só assim se pode ter uma vida praticamente sem limitações. «O doente deve ser esclarecido pelo médico assistente sobre os cuidados alimentares. Uma dieta variada pode ser capaz de modificar o curso da doença e até evitar os períodos de agudização», refere o especialista.||


Fonte:Açoriano Oriental

 
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