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Homem que esquartejou namorado na Lapa condenado a 25 anos de prisão
Condenado e vítima viviam juntos "sendo a relação pautada por confrontos, por vezes, com violência verbal e física".
O homem que esquartejou o namorado, na Lapa, a 12 de março do ano passado, foi condenado a 25 anos de prisão, sentença aplicada esta quarta-feira pelo Tribunal Criminal de Lisboa.
A Juíza aplicou a pena máxima a Noel Rojas e elencou "frieza" e "falta de empatia" por parte do homicida, acrescentando que o homem mostrou ser "calculista e perverso" porque quando matou o companheiro acabou por cortar o corpo de Paulo Machado ao meio e deitá-lo ao lixo. "Não há maior desprezo pela vida humana", disse.
O arguido, de nacionalidade espanhola, e a vítima, brasileira, viviam juntos, na Lapa, "sendo a relação pautada por confrontos, por vezes, com violência verbal e física".
Parte do corpo da vítima, de 35 anos, foi encontrado dentro de um saco junto a um caixote de lixo no bairro da Lapa. O tronco e cabeça nunca foram encontrados.
De acordo com o tribunal, que deu como provados todos os factos da acusação, foram aplicados 25 anos de cadeia pelo crime de homicídio qualificado e 1 ano e 9 meses profanação do profanação - tendo o cúmulo jurídico ficado no limite máximo de 25 anos de cadeia.
Durante o julgamento foram ouvidas várias testemunhas, entre amigos, familiares da vítima e do arguido e também investigadores da Polícia Judiciária, que foi "essencial" e "explicou todos os passos da investigação que os fez chegar ao arguido Noel".
O tribunal valorizou ainda as declarações prestadas pelo arguido, que confessou ter efetuado três golpes no corpo da vítima. "Através da confissão do arguido foi possível chegar a alguns pormenores .. mas só com a investigação é que se provou que ele matou o namorado", disse a juíza que leu o acórdão, mencionando a "frieza" e "insensibilidade" que usou para "matar e mutilar a vítima". "O senhor demonstrou falta de empatia com os pais da vítima (trocou mensagens com os pais da vítima a dizer que ele é que quis desaparecer e que ele o ia procurar)", disse a juíza ao arguido.
Depois de matar o companheiro, Noel "fez compras em diversos estabelecimentos comerciais, pintou a casa, passeou os cães .. fez uma vida normal". Tratou ainda de "dinamizar a venda da sua casa", mostrando "insensibilidade e falta de empatia". "Dúvidas não restam que cometeu os crimes", afirmou o tribunal.
Os três golpes foram do lado esquerdo do pescoço da vítima, com uma faca de cozinha, durante uma discussão. E o corpo cortado em duas partes. "Quis impossibilitar os familiares da vítima de praticar de forma normal cerimónias fúnebres", destacou a juíza.
O tribunal deu ainda como provado que queriam casar e o arguido fez testamento a favor da vítima dias antes da morte.
"Foi tal a brutalidade do crime que o sangue ficou por várias partes da casa e ele pintou a casa. Momentos a seguir ao homicídio criou um plano para sair impune da situação. Dificilmente poderemos encontrar atitude que dê mais desprezo a vida humana do que deita-la no lixo", destacou o acórdão.
Noel Rojas foi ainda condenado a pagar mais de 100 mil euros de indemnizações as pais da vítima.
Correio da Manhã

Condenado e vítima viviam juntos "sendo a relação pautada por confrontos, por vezes, com violência verbal e física".
O homem que esquartejou o namorado, na Lapa, a 12 de março do ano passado, foi condenado a 25 anos de prisão, sentença aplicada esta quarta-feira pelo Tribunal Criminal de Lisboa.
A Juíza aplicou a pena máxima a Noel Rojas e elencou "frieza" e "falta de empatia" por parte do homicida, acrescentando que o homem mostrou ser "calculista e perverso" porque quando matou o companheiro acabou por cortar o corpo de Paulo Machado ao meio e deitá-lo ao lixo. "Não há maior desprezo pela vida humana", disse.
O arguido, de nacionalidade espanhola, e a vítima, brasileira, viviam juntos, na Lapa, "sendo a relação pautada por confrontos, por vezes, com violência verbal e física".
Parte do corpo da vítima, de 35 anos, foi encontrado dentro de um saco junto a um caixote de lixo no bairro da Lapa. O tronco e cabeça nunca foram encontrados.
De acordo com o tribunal, que deu como provados todos os factos da acusação, foram aplicados 25 anos de cadeia pelo crime de homicídio qualificado e 1 ano e 9 meses profanação do profanação - tendo o cúmulo jurídico ficado no limite máximo de 25 anos de cadeia.
Durante o julgamento foram ouvidas várias testemunhas, entre amigos, familiares da vítima e do arguido e também investigadores da Polícia Judiciária, que foi "essencial" e "explicou todos os passos da investigação que os fez chegar ao arguido Noel".
O tribunal valorizou ainda as declarações prestadas pelo arguido, que confessou ter efetuado três golpes no corpo da vítima. "Através da confissão do arguido foi possível chegar a alguns pormenores .. mas só com a investigação é que se provou que ele matou o namorado", disse a juíza que leu o acórdão, mencionando a "frieza" e "insensibilidade" que usou para "matar e mutilar a vítima". "O senhor demonstrou falta de empatia com os pais da vítima (trocou mensagens com os pais da vítima a dizer que ele é que quis desaparecer e que ele o ia procurar)", disse a juíza ao arguido.
Depois de matar o companheiro, Noel "fez compras em diversos estabelecimentos comerciais, pintou a casa, passeou os cães .. fez uma vida normal". Tratou ainda de "dinamizar a venda da sua casa", mostrando "insensibilidade e falta de empatia". "Dúvidas não restam que cometeu os crimes", afirmou o tribunal.
Os três golpes foram do lado esquerdo do pescoço da vítima, com uma faca de cozinha, durante uma discussão. E o corpo cortado em duas partes. "Quis impossibilitar os familiares da vítima de praticar de forma normal cerimónias fúnebres", destacou a juíza.
O tribunal deu ainda como provado que queriam casar e o arguido fez testamento a favor da vítima dias antes da morte.
"Foi tal a brutalidade do crime que o sangue ficou por várias partes da casa e ele pintou a casa. Momentos a seguir ao homicídio criou um plano para sair impune da situação. Dificilmente poderemos encontrar atitude que dê mais desprezo a vida humana do que deita-la no lixo", destacou o acórdão.
Noel Rojas foi ainda condenado a pagar mais de 100 mil euros de indemnizações as pais da vítima.
Correio da Manhã