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Rússia lança novo grande ataque noturno e faz dois mortos em Kyiv
A Rússia lançou cerca de 400 'drones' e 18 mísseis contra a Ucrânia durante a noite, com um balanço de dois mortos e 16 feridos, denunciou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo Zelensky, o novo bombardeamento em grande escala teve como alvo Kiev e a área circundante.
Cerca de metade dos 'drones' era do tipo Shahed, uma tecnologia que Moscovo adquiriu ao Irão no início da guerra e que agora produz em massa nas fábricas russas, referiu numa mensagem publicada nas redes sociais.
Entre os mísseis disparados pela Rússia, havia vários mísseis balísticos, disse Zelensky, citado pela agência notícias espanhola EFE.
Zelensky confirmou o número de vítimas adiantado anteriormente pelas autoridades regionais, de dois mortos e 16 feridos, todos na capital, Kyiv.
De acordo com a força aérea ucraniana, foram neutralizados 164 'drones' Shahed, oito mísseis balísticos Iskander-M e seis mísseis de cruzeiro Kh-101.
Zelensky disse que o ataque também afetou as regiões de Chernobyl (norte), Sumi e Kharkiv (nordeste), e Kirovograd e Poltava (centro).
A Força Aérea Ucraniana informou que 33 'drones' de ataque atingiram diretamente oito locais diferentes em regiões não especificadas da Ucrânia.
Fragmentos de 'drones' intercetados caíram em 23 outros locais.
A Ucrânia costumava intercetar praticamente todos os 'drones' Shahed lançados pela Rússia, mas a capacidade de o fazer diminuiu consideravelmente nos últimos meses, em parte devido à escassez de munições.
Kiev espera que o anúncio feito pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que irá enviar mais meios de defesa aérea para a Ucrânia para compensar a falta de munições, seja concretizado o mais rapidamente possível.
"Temos de ser mais rápidos com as sanções e, assim, pressionar a Rússia a sentir as consequências do seu terrorismo.
Os nossos parceiros devem ser mais rápidos a investir na produção de armas e no desenvolvimento tecnológico", afirmou Zelensky.
O Presidente ucraniano vai presidir hoje, em Roma, à 4ª Conferência Internacional sobre a Reconstrução da Ucrânia, juntamente com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Zelensky disse que vai falar sobre a possibilidade de obter financiamento adicional para a produção ucraniana de 'drones' de interceção para responder aos ataques russos.
A Ucrânia já usa 'drones' desenvolvidos e produzidos pela indústria de defesa ucraniana e espera em breve utilizá-los em grande escala para repelir os ataques aéreos russos.
Agente das 'secretas' ucranianas assassinado a tiro em plena luz do dia
Um agente dos serviços secretos da Ucrânia (SBU) foi hoje morto a tiro em Kyiv, anunciou o próprio organismo, numa ocorrência considerada rara, mesmo em contexto de guerra.
Num comunicado enviado à AFP, o SBU confirmou a abertura de uma investigação criminal ao homicídio de um dos seus elementos, ocorrido no distrito de Golosiïvsky, na capital ucraniana.
As autoridades não revelaram a identidade da vítima.
Segundo a mesma nota, os serviços de segurança e a polícia estão a "tomar todas as medidas necessárias para apurar as circunstâncias do crime e levar os responsáveis à justiça".
Uma gravação de videovigilância, partilhada em canais ucranianos na plataforma Telegram e não verificada pela AFP, mostra um homem encapuzado a disparar contra outro junto a um parque de estacionamento, antes de fugir do local.
A polícia ucraniana confirmou que, à chegada ao local, encontrou o corpo de um homem com ferimentos de bala, sublinhando que está empenhada em apurar todos os pormenores do caso.
Segundo o meio de comunicação independente Ukrainska Pravda, a vítima será o coronel Ivan Voronytch. A mesma fonte, citando elementos do SBU, indica que o agressor disparou cinco vezes com uma arma equipada com silenciador.
Apesar da guerra em curso desde fevereiro de 2022, ataques desta natureza em plena luz do dia são pouco comuns em Kiev.
Desde o início da invasão russa, há mais de três anos, tanto Moscovo como Kyiv têm-se acusado mutuamente de estarem por trás de operações de assassínio, sabotagem e espionagem contra alvos políticos e militares.
Alegado suicídio de ex-ministro dos Transportes choca elite política da Rússia
O alegado suicídio do ex-ministro dos Transportes russo Roman Starovoit, anunciado pouco depois de ter sido demitido na segunda-feira por presumível corrupção, chocou a elite política do país.
O funeral realizou-se hoje num cemitério de São Petersburgo, na presença da família e colegas, mas na ausência do Presidente russo, Vladimir Putin, que também não compareceu no velório, na quinta-feira.
Embora as circunstâncias da morte de Roman Starovoit, de 53 anos, permaneçam por esclarecer, a imprensa russa noticiou uma investigação de corrupção, afirmando que a detenção do ex-ministro devia acontecer em breve.
Demitido por Putin, terá provavelmente cometido suicídio, de acordo com os resultados iniciais da investigação, ainda a decorrer.
A demissão aconteceu na segunda-feira, depois de drones ucranianos terem causado o caos nos aeroportos russos, especialmente em Moscovo e São Petersburgo, onde foram cancelados e adiados mais de 2.000 voos em três dias por questões de segurança.
Poucas horas depois, o corpo de Starovoit foi encontrado dentro do seu automóvel, com um ferimento de bala.
Durante o velório, onde a agência de notícias francesa AFP esteve presente, a mulher de um colega de Starovoit foi a única a lamentar a morte, afirmando ser "uma grande perda e muito inesperada".
Depois de depositarem grandes ramos de rosas vermelhas no caixão, os antigos colegas de Starovoit, vestidos com fatos escuros, deixaram rapidamente o local em luxuosos carros pretos, num ambiente que, segundo o jornalista, fazia lembrar um funeral no filme de culto "O Padrinho", de Francis Ford Coppola.
Roman Starovoit foi governador da região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, antes de ser promovido a ministro em Moscovo, em maio de 2024, três meses antes de as tropas ucranianas terem tomado o controlo de uma pequena parte do território numa ofensiva surpresa. O ataque foi um revés para o Kremlin.
O sucessor como chefe da região, Alexei Smirnov, foi preso na primavera por desvio de fundos destinados ao reforço das fortificações fronteiriças.
O caso Starovoit faz parte de uma recente repressão contra altos cargos suspeitos de enriquecimento ilegal durante a ofensiva russa na Ucrânia.
Embora Putin prometa regularmente combater a corrupção --- tendo sido acusado de enriquecimento ilícito por críticos ---, as raras detenções de responsáveis costumavam ser usadas para atingir opositores ou acabar com disputas internas entre os escalões mais baixos do poder na Rússia.
Desde a ofensiva na Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022, "algo no sistema começou a funcionar de forma completamente diferente", sublinhou a politóloga Tatiana Stanovaya, do Carnegie Russia Eurasia Center, proibido na Rússia por ser uma "organização indesejável".
"Qualquer ação ou omissão que, aos olhos das autoridades, aumente a vulnerabilidade do Estado a ações hostis do inimigo deve ser punida impiedosamente e sem concessões", afirmou à AFP.
Para o Kremlin (presidência russa), a campanha na Ucrânia é uma "guerra santa" que reescreveu as regras, considerou Nina Khrushcheva, professora na The New School, uma universidade em Nova Iorque, e bisneta do líder soviético Nikita Khrushchev.
"Durante uma guerra santa, não se rouba (...) apertam-se os cintos e trabalha-se 24 horas por dia", resumiu.
Vários generais e oficiais de defesa foram presos por peculato nos últimos anos e, no início de julho, o ex-vice-ministro da Defesa Timur Ivanov foi condenado a 13 anos de prisão.
Esta atmosfera, segundo Tatiana Stanovaya, criou uma "sensação de desespero" entre a elite política de Moscovo, que dificilmente diminuirá.
"No futuro, o sistema estará disposto a sacrificar figuras cada vez mais proeminentes", alertou.
Rússia afirma que Coreia do Norte ajudou na "libertação de Kursk"
O chefe da diplomacia da Rússia, Sergei Lavrov, reconheceu hoje o envolvimento de soldados norte-coreanos na "libertação da região de Kursk" e descreveu-o como prova da "irmandade inquebrável" entre os dois países.
"Os soldados do Exército Popular da Coreia, juntamente com os soldados russos, à custa de sangue e até de vidas, trouxeram mais perto a libertação da região de Kursk dos nazis ucranianos", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
O exército ucraniano conseguiu tomar centenas de quilómetros quadrados na região de Kursk, após uma ofensiva surpresa, lançada em agosto de 2024. Moscovo anunciou a recaptura do território em abril, após meses de combates.
De acordo com a agência de notícias estatal russa Tass, Lavrov falava na cidade de Wonsan, no sudeste da Coreia do Norte, durante um encontro com a homóloga norte-coreana, Choi Son-hee.
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, Choi afirmou que as autoridades norte-coreanas "apoiarão incondicional e inabalavelmente a política russa de proteção da soberania estatal e da integridade territorial".
Algo que faz parte da "escolha estratégica" e da vontade da Coreia do Norte em defender a "justiça internacional em oposição às maquinações hegemónicas dos imperialistas", acrescentou a ministra.
Realçando o "nível de cooperação" com a Rússia, a chefe da diplomacia da Coreia do Norte destacou "o desejo e a aspiração" de ambos os países de "aprofundar ainda mais a sua troca estratégica de pontos de vista".
Choi apelou ainda a "expandir e desenvolver as relações tradicionais de amizade e cooperação em todas as áreas", para fortalecer relações que "já atingiram o nível de cooperação inquebrável".
Sergei Lavrov permanecerá na Coreia do Norte até domingo, numa nova ronda de consultas políticas com as autoridades do país.
Na sexta-feira, Lavrov afirmou que a Rússia vai proteger a Coreia do Norte de provocações de outros países, antes de viajar de Kuala Lumpur, onde participou numa cimeira de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), para Pyongyang.
Os laços militares entre Moscovo e Pyongyang fortaleceram-se após a assinatura de um tratado de parceria estratégica em 2024, que inclui uma cláusula de defesa mútua.
Pyongyang também enviou tropas para apoiar a invasão russa da Ucrânia.
De acordo com dados do Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul, cerca de 15 mil soldados norte-coreanos participaram na guerra até à data, com baixas estimativas em mais de 4.700, incluindo cerca de 600 mortes.
Ataque russo com drones e mísseis faz 2 mortos e 20 feridos na Ucrânia
A Ucrânia afirmou hoje que a Rússia lançou quase 600 drones e disparou 26 mísseis de cruzeiro contra o país, fazendo dois mortos e 20 feridos, apesar de ter conseguido abater mais de metade dos drones e mísseis.
"O inimigo atacou com 623 armas aéreas", informou o exército ucraniano, precisando que o ataque usou 597 aeronaves não tripuladas, conhecidas como drones, e 26 mísseis; cerca de 344 desses aparelhos foram abatidos, ou seja, mais da metade, incluindo 25 mísseis e 319 drones, anunciaram as Forças Armadas da Ucrânia, citadas pela agência notícias Europa Press.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou a nova onda de ataques russos ao país, a partir de Kharkiv e Sumy, no leste do país, até às regiões ocidentais de Leópolis e Bucovina, esta já no sudoeste ucraniano, dividida com a Roménia.
Zelensky indicou na sua conta no X, citada pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), que a defesa aérea conseguiu abater mais de 20 mísseis e "a grande maioria" dos drones, mas alguns projéteis acabaram por atingir "infraestruturas civis e edifícios residenciais".
Um desses impactos matou dois civis em Chernivtsi, na região de Bucovina, de acordo com o Presidente, que insistiu mais uma vez na importância de impor sanções adicionais à Rússia e de receber mais defesas aéreas para se proteger dos ataques.
Por seu lado, o Ministério da Defesa russo limitou-se a informar da interceção de mais de 30 aviões ucranianos não tripulados contra várias regiões do país.
"Durante a noite, os sistemas de defesa aérea em serviço destruíram e intercetaram 33 veículos aéreos não tripulados de tipo aeronáutico ucranianos", informou o ministério num comunicado.
De acordo com o comunicado ministerial, 16 drones foram destruídos sobre a região de Briansk, cinco sobre o Mar Negro, quatro sobre a Crimeia, três sobre a região de Rostov, dois sobre a região de Kursk e um sobre cada uma das regiões de Voronezh, Krasnodar e o Mar de Azov.
A Ucrânia realiza ataques aéreos quase diários contra a Rússia, enquanto as forças russas também continuam a bombardear cidades ucranianas, no âmbito da ofensiva russa contra a Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022.
Rússia reivindica controlo da aldeia de Mirne na Ucrânia
A Rússia reivindicou hoje que controlou mais uma aldeia na região oeste de Donetsk, na Ucrânia, possibilitando que as tropas avencem lentamente em direção à região vizinha de Dnipropetrovsk.
O Ministério da Defesa de Moscovo informou que as tropas russas tomaram a aldeia de Mirne, que designou pelo seu nome soviético de 'Karl Marx', noticia a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
A aldeia fica perto da fronteira administrativa entre as regiões de Donetsk e Dnipropetrovsk.
O ministério russo afirmou que o exército tinha penetrado "profundamente na defesa do inimigo" para tomar Mirne.
A ofensiva de Moscovo contra a Ucrânia dura há mais de três anos e os ataques intensificaram-se este verão. As negociações conduzidas pelos Estados Unidos até agora não conseguiram pôr fim aos combates.
A Rússia recusa há vários meses o cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos e Kiev na Ucrânia.
Trump anuncia envio de sistemas de defesa antiaérea Patriot para Ucrânia
O presidente norte-americano anunciou que os EUA vão enviar sistemas de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia, num momento em que as relações entre Donald Trump e o homólogo russo mostram sinais de deterioração.
"Vamos enviar-lhes Patriots, que eles precisam desesperadamente", disse Donald Trump no domingo, duas semanas depois de Washington ter anunciado a suspensão de algumas entregas de armas a Kyiv.
"Ainda não decidi a quantidade, mas eles vão recebê-las porque precisam de proteção", acrescentou.
O fornecimento de armas faz parte de um acordo com a NATO, que vai pagar aos Estados Unidos pelo material que vai enviar para a Ucrânia, de acordo com Trump.
"Na verdade, vamos enviar vários equipamentos militares muito sofisticados e eles vão pagar-nos 100%", disse Donald Trump à comunicação social.
Os Patriots são considerados um dos principais sistemas de defesa antibalísticos do exército norte-americano, uma vez que são utilizados para intercetar ataques lançados por adversários por terra e ar.
Trump disse também que hoje será feito um anúncio sobre a Rússia - depois de semanas a expressar frustração com o Presidente russo, Vladimir Putin, pela recusa deste em aceitar uma trégua e parar com os bombardeamentos em território ucraniano -, embora não tenha detalhado possíveis sanções.
"Putin surpreendeu muita gente. Fala bem e depois bombardeia toda a gente à tarde. Portanto, há um pequeno problema e eu não gosto disso", afirmou.
O senador republicano Lindsay Graham, um dos mais próximos de Donald Trump, disse no domingo que isso poderia envolver um pacote de sanções contra Moscovo.
Rússia ataca a Ucrânia com drones antes da visita de enviado dos EUA
A Rússia lançou quatro mísseis e 136 'drones' contra a Ucrânia horas antes da visita do representante norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, a Kyiv para discutir o envio de armas pelos Estados Unidos, divulgou hoje a imprensa internacional.
Entre os 136 'drones' havia várias réplicas destes aparelhos, que os russos utilizam apenas para confundir as defesas ucranianas, sublinhou a Força Aérea ucraniana num comunicado, citado pela agência de notícias EFE.
Keith Kellogg, enviado especial do presidente Donald Trump para a Ucrânia e a Rússia, já chegou a Kyiv, de acordo com um alto funcionário ucraniano.
Do total de aparelhos aéreos não tripulados lançados esta noite pelos russos contra a Ucrânia, cerca de 90 eram 'drones' Shaded, referiu o comunicado.
As defesas aéreas ucranianas neutralizaram 61 'drones' Shahed. Outros 28 'drones' de ataque atingiram 10 locais diferentes não especificados pela Força Aérea ucraniana, que registou também a queda de fragmentos de 'drones' intercetados noutros quatro locais.
Trump ameaçou e Moscovo já respondeu: "A Rússia não se importa"
Trump deu prazo de 50 dias à Rússia e ameaçou com "tarifas muito severas". Dmitry Medvedev fala num "ultimato teatral" e diz que Moscovo "não se importou" com as ameaças.
Moscovo reagiu, esta terça-feira, às ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, que falou em possíveis tarifas de 100% se a Rússia continuasse com a invasão ao território ucraniano. O vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, desvalorizou e disse que a Rússia "não se importa".
"Trump lançou um ultimato teatral ao Kremlin. O mundo tremeu, esperando as consequências. A Europa beligerante ficou desiludida. A Rússia não se importou", escreveu o também antigo presidente russo numa publicação na rede X (antigo Twitter).
Recorde-se que Donald Trump ameaçou Moscovo, na segunda-feira, com possíveis tarifas de 100% se não houver acordo sobre a guerra na Ucrânia no prazo de 50 dias, e confirmou entrega de armas a Kyiv, via NATO.
"Estou desapontado com o presidente (russo, Vladimir) Putin, porque pensei que teríamos um acordo, há dois meses. Mas isso não parece estar a acontecer", disse Donald Trump, na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
"Se não tivermos um acordo dentro de 50 dias, é muito simples, [os impostos alfandegários] serão de 100% e ponto final", apontou.
Trump disse ainda que as suas conversas com o homólogo russo são "muito agradáveis", contudo, "não significam nada", porque Moscovo continua a atacar a Ucrânia.
"As trocas comerciais são óptimas para resolver guerras", atirou.
Interrogado sobre a possibilidade de a Rússia vir a escalar a situação com os Estados Unidos, o presidente norte-americano foi direto. "Nem me venham com essa conversa", rematou.
Donald Trump ameaçou a Rússia com a aplicação de "tarifas muito severas", caso não haja um acordo de paz com a Ucrânia dentro de 50 dias, revelando estar "desapontado" com Vladimir Putin. O presidente dos Estados Unidos anunciou também que a NATO irá comprar armas norte-americanas para entregar à Ucrânia.
UE critica prazo "demasiado longo" para EUA sancionarem a Rússia
Face às palavras de Trump. a alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros pronunciou-se e considerou que o prazo de 50 dias que Washington deu à Rússia para acabar com o conflito na Ucrânia antes de eventuais sanções "é demasiado longo".
"É muito positivo [que Washington considere aplicar sanções], o presidente [Donald] Trump mostrou firmeza perante a Rússia. No entanto, 50 dias é um prazo demasiado longo", disse Kaja Kallas, em conferência de imprensa depois de uma reunião ministerial, em Bruxelas, advertindo que "morrem inocentes todos os dias".
"Não só sobreviveu, como ajudou." Espião dos EUA recebe passaporte russo
Daniel Martindale fez-se passar por missionário durante dois anos, até que o ano passado foi retirado de Donetsk pelas tropas russas. A informação que passou aos serviços secretos ajudou o Kremlin, dado que se tratou de informações sobre militares ucranianos.
Um norte-americano que espiou para Moscovo recebeu, esta terça-feira, a cidadania russa, numa cerimónia que foi gravada, e cujas imagens mostram o homem, Daniel Martindale, a receber o passaporte.
De acordo com as publicações internacionais, o homem, Daniel Martindale, agradeceu na cerimónia à Rússia "por terem-no aceitado" e apontou que tornar-se um cidadão russo "é um sonho."
"A Rússia não é apenas a minha casa, mas também a minha família", afirmou no vídeo divulgado por Moscovo.
Segundo o que explicam as publicações internacionais, Martindale chegou à Ucrânia em 2022, pouco antes da invasão do Kremlin, e com a intenção de chegar à região de Donetsk. Segundo o homem contou a bloggers pró-russos, foi até ao país sozinho e depois terá contactado os serviços secretos russos por sua iniciativa. Do 'lado de lá', disseram-lhe que ficasse em Vuhledar, à espera que as forças russas chegassem.
De acordo com o que Martindale explicou, ele manteve-se na cidade da região de Donetsk, pró-russa, e foi informando os serviços secretos russos das posições de militares ucranianos.
Fingiu ser um missionário no local e no outono de 2024 foi retirado pelas tropas russas quando esta invadiram a cidade.
"Passou mais de dois anos em território controlado pelo inimigo. E não só sobreviveu, como ajudou. Apoiou as nossas forças, passou informação importante aos nossos serviços especiais, arriscou a sua vida", explicou Denis Pushilin, responsável pela parte ocupada da Ucrânia, na cerimónia desta terça-feira, acrescentando que não só Martindale provou a sua lealdade, "como também é um dos russos."
Segundo alguns jornalistas ucranianos, há provas que sugerem que o homem pode ter sido recrutado por Moscovo, já que ele visitou a Rússia entre 2016 e 2019, tendo também tirado alguns cursos.
Já durante a retirada de Martindale da Ucrânia, foi também publicado um vídeo no Telegram onde ele aparecia a dizer que os solados russos "arriscaram a vida para evacuar a aldeia" onde este viveu durante anos.
A Ucrânia realiza ataques aéreos quase diários contra a Rússia, enquanto as forças russas também continuam a bombardear cidades ucranianas, no âmbito da ofensiva russa contra a Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022.
Rússia faz 3 mortos num ataque a infraestruturas energéticas ucranianas
A Força Aérea ucraniana afirma que foram lançados 400 drones contra a Ucrânia, incluindo 255 kamikaze e ainda um míssil balístico Iskander-M.
A Ucrânia sofreu ataques russos por todo o país durante a noite desta quarta-feira que mataram, pelo menos, três pessoas e fizeram cerca de 40 feridos.
A Força Aérea ucraniana afirma que foram lançados 400 drones contra a Ucrânia, incluindo 255 kamikaze e ainda um míssil balístico Iskander-M. A defesa ucraniana conseguiu abater 198 drones, mas os restantes atingiram 12 zonas distintas.
Numa publicação na rede social X feita esta quarta-feira, Zelensky informa que as autoridades de emergência ainda estão no terreno, a auxiliar a população, e acrescenta que “em particular, foram atacadas infraestruturas de energia.” O presidente ucraniano garantiu também que o fornecimento energético “vai ser restabelecido durante o dia.”
Os drones russos abateram-se não só sobre capital, como também sobre as regiões mais a este, longe das linhas da frente do conflito.
A sul, a região de Dnipropetrovsk foi atingida por uma vaga de drones que levou a cortes de energia de larga escala, segundo o chefe da administração militar da cidade de Kryvyi Rih. O presidente ucraniano confirma que, pelo menos, 15 pessoas ficaram feridas só neste ataque.
No nordeste, em Kharkiv, foram registadas 17 explosões em apenas 20 minutos, segundo o governador regional. Os ataques focaram-se numa empresa civil que acabou por se incendiar. O governador regional relata que, pelo menos, um homem de 54 anos ficou ferido e o Kyiv Independent acrescenta quatro vítimas ao ataque.
Na região de Vinnytsia, outras oito pessoas ficaram feridas e tiveram de ser hospitalizadas pelos ataques dos drones russos. Em termos de infraestruturas, o serviço estatal de emergência ucraniano fala em duas indústrias atingidas, o que resultou num incêndio de grandes dimensões e danificou quatro prédios residenciais.
Em Donetsk e em Kherson também se fizeram sentir as explosões com danos registados em edifícios residenciais, casas e infraestruturas e que contou com quase vinte vítimas.
O ataque russo de larga escala surge dois dias depois de o presidente norte-americano ter dado um prazo de 50 dias à Rússia para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, sob pena de serem aplicadas “tarifas muito severas” a Moscovo. No mesmo dia, Trump disse estar “muito desapontado” com Putin.
Após os ataques da noite desta quarta-feira, Zelensky afirmou, no X, que a Rússia “não está a mudar a sua estratégia” e que é preciso continuar a fortalecer a defesa aérea ucraniana.
Será para isso que os Patriot norte-americanos, que Donald Trump garante já estarem a caminho de Kyiv, serão usados.
“Estão a vir da Alemanha e depois são substituídos pela Alemanha. E em todos os casos, os Estados Unidos são pagos na totalidade. Portanto, o que está a acontecer, como sabem, é que a União Europeia, a NATO, vão pagar-nos por tudo”, explicou Trump quando questionado sobre os sistemas de defesa.
Kremlin pede aos EUA que pressionem Kyiv para terceira ronda negocial
O Kremlin pediu hoje aos Estados Unidos para pressionarem a Ucrânia a aceitar realizar uma terceira ronda de negociações, em Istambul.
"O principal são os esforços de mediação dos Estados Unidos, do Presidente Donald Trump e da sua equipa. Foram feitas muitas declarações com muitas palavras sobre deceção, mas esperamos que, ao mesmo tempo, seja exercida pressão sobre a parte ucraniana", declarou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, à imprensa local.
Peskov, por outro lado, acusou a União Europeia (UE) de se militarizar e de "gastar grandes somas de dinheiro para comprar armas para continuar a instigar a continuação da guerra".
"É difícil prever qualquer coisa diante desse estado de impertinência emocional", acrescentou.
Paralelamente, comentou que a decisão de Trump de vender armas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) tendo como destino final a Ucrânia não lhe parece uma novidade, mas uma política que se prolonga no tempo.
"É um negócio", argumentou, pelo qual "alguns europeus pagarão agora".
Peskov admitiu que a questão do envio de armas é um tema que Moscovo acompanha de perto.
Na segunda-feira, Trump deu à Rússia um prazo de 50 dias para chegar a um acordo com a Ucrânia, caso contrário os Estados Unidos tomarão medidas de retaliação, como a imposição de tarifas, que também poderão afetar os principais importadores de petróleo russo: China e Índia.
Desmantelado grupo pró-russo acusado de ataques informáticos à Ucrânia
A Europol anunciou hoje que desmantelou um grupo de piratas informáticos pró-russo intitulado NoName057(16), responsável por múltiplos ataques à Ucrânia e a várias infraestruturas europeias.
"Em 15 de julho, a 'botnet', que utilizava centenas de servidores em todo o mundo, foi desmantelada e foram identificados vários suspeitos, incluindo os principais instigadores residentes na Federação Russa", afirmaram a agência europeia de coordenação policial (Europol) e a Eurojust (agência da UE para a cooperação judiciária em matéria penal), em comunicado.
Uma 'botnet' trata-se de uma rede de computadores, ou de dispositivos ligados à internet que estão infetados por 'malware' e que são controlados por terceiros.
A operação envolveu 12 países e levou à detenção de duas pessoas, uma em França e outra em Espanha, indicaram as duas agências.
Além disso, "a Alemanha emitiu seis mandados de captura para suspeitos residentes na Federação Russa. Dois deles são acusados de serem os principais instigadores das atividades do NoName057(16)", afirmou a Europol.
No total, as autoridades emitiram sete mandados de captura, seis contra residentes na Rússia.
"Foram igualmente efetuadas 24 buscas em filiais do grupo, incluindo uma em França. Foi apreendida uma grande quantidade de provas que estão atualmente a ser analisadas", declarou o Ministério Público de Paris, em comunicado.
A infraestrutura do servidor central do grupo foi descoberta e colocada fora de serviço, acrescentou.
Os piratas informáticos recorreram à negação de serviço distribuída (DDoS), que consiste em sobrecarregar os sites e as aplicações com pedidos específicos, de modo a que deixem de estar acessíveis.
O grupo é responsável por atacar fornecedores de eletricidade e redes de transportes públicos na Europa, acrescentaram as agências europeias.
"O grupo NoName057(16) tem demonstrado apoio à Federação Russa desde o início da guerra de agressão contra a Ucrânia", afirmou a Eurojust.
"O grupo efetuou vários ataques DDoS contra infraestruturas críticas durante eventos [políticos] de grande visibilidade", acrescentou.
As agências europeias adiantaram que o grupo realizou pelo menos 14 ataques na Alemanha, alguns dos quais duraram vários dias e afetaram cerca de 230 organizações, incluindo fábricas de armas e organizações governamentais.
O diretor da Polícia Criminal Alemã (BKA), Holger Münch, afirmou que o principal objetivo dos ataques contra alvos alemães era "atrair a atenção dos meios de comunicação social e influenciar assim as decisões políticas ou sociais na Alemanha".
Durante as eleições europeias, foram também efetuados ataques em toda a Europa.
Já na Suécia foram atacados 'sites' governamentais e de bancos, na Suíça foram realizados ataques durante mensagens de vídeo do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao Parlamento Europeu, em junho de 2023 e durante a cimeira de paz na Ucrânia, em junho de 2024.
Recentemente, os Países Baixos foram alvo de ataques durante a cimeira da NATO no final de junho, de acordo com as mesmas fontes.
Ucrânia. Troca de ataques com 'drones' causam pelo menos dois mortos
Uma troca de ataques com aeronaves não tripuladas ('drones') entre a Ucrânia e a Rússia causou pelo menos dois mortos e nove feridos dos dois lados da fronteira, avançaram hoje autoridades de ambos os países.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou hoje, na plataforma de mensagens Telegram, ter intercetado 126 drones sobre o território russo, dando conta da morte de um civil e quatro feridos nos ataques.
As forças antiaéreas russas intercetaram e destruíram 122 drones durante a noite e mais quatro de manhã, a maioria deles nas regiões do sudoeste, na fronteira com a Ucrânia, mas também três na região de Moscovo.
Uma mulher morreu e um homem --- um civil --- ficou ferido devido a um ataque de um 'drone' ucraniano em Belgorod, informou o governador da região, Vyacheslav Gladkov, também no Telegram.
Na mesma plataforma, Alexander Gusev, governador da região de Voronezh, no sudoeste, disse que três adolescentes ficaram feridos durante a noite, por fragmentos de um 'drone' abatido sobre um edifício.
No lado da Ucrânia, as autoridades disseram que a Rússia lançou um total de 64 'drones' contra todo o país, incluindo 'drones' de ataque Shahed (de fabrico iraniano) e réplicas, que os russos utilizam para confundir as defesas inimigas.
Dos quase 60 'drones' lançados pela Rússia, as defesas ucranianas neutralizaram 36 sobre o centro e leste da Ucrânia, incluindo 22 sobre a região de Dnipropetrovsk.
O governador regional Sergei Lisak, disse que o "ataque maciço" contra Dnipropetrovsk e a capital regional, Dnipro, matou uma pessoa e feriu outras cinco, causando ainda um incêndio numa instalação industrial.
A Ucrânia tinha prometido intensificar os ataques em território russo em resposta ao aumento dos ataques da Rússia nas últimas semanas, que mataram dezenas de civis.
Na quarta-feira, um ataque russo fez pelo menos dois mortos e 27 feridos na cidade de Dobropilia, região de Donetsk, no leste da Ucrânia, após uma bomba ter atingido uma zona comercial.
O ataque com "uma bomba de 500 quilos" danificou 30 lojas, seis edifícios, 304 apartamentos e oito carros, acrescentou o chefe da administração militar da região de Donetsk, Vadim Filaskin, na rede social Facebook.
Também o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou o ataque, que descreveu, na rede social X, como "terrorismo russo" e "uma simples tentativa de matar o maior número possível de pessoas".
A Rússia reivindicou esta semana a conquista do controlo de mais uma aldeia na região de Donetsk, permitindo que as tropas avancem em direção à região vizinha de Dnipropetrovsk.
A ofensiva russa contra a Ucrânia dura há mais de três anos e os ataques intensificaram-se este verão. As negociações conduzidas pelos Estados Unidos até agora não conseguiram pôr fim aos combates.
Moscovo recusa há vários meses o cessar-fogo proposto por Washington e Kyiv.
Pelo menos dois mortos e 27 feridos em ataque russo em Donetsk
Um ataque russo fez pelo menos dois mortos e 27 feridos na cidade de Dobropilia, região de Donetsk, no leste da Ucrânia, após uma bomba ter atingido uma zona comercial, adiantaram hoje as autoridades locais.
O balanço foi divulgado por Vadim Filaskin, chefe da administração militar da região de Donetsk, através da sua conta na rede social Facebook.
"Os russos atacaram mais uma vez um local movimentado, um centro comercial no centro da cidade, e, desta vez, usaram uma bomba de 500 quilos", frisou Filaskin.
O ataque danificou 30 lojas, seis edifícios, 304 apartamentos e oito carros, acrescentou.
Também o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recorreu às redes sociais para criticar o ataque.
"As operações de resgate estão em curso em Dobropilia, na região de Donetsk, depois de uma bomba russa ter atingido uma loja local. O número de vítimas ainda não foi confirmado. Isto é horrível", salientou o governante, na rede social X.
Zelensky frisou que o ataque é "terrorismo russo" e "uma simples tentativa de matar o maior número possível de pessoas".
A Rússia reivindicou esta semana que controlou mais uma aldeia na região de Donetsk, possibilitando que as tropas avencem lentamente em direção à região vizinha de Dnipropetrovsk.