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Helicóptero despenha-se na região russa de Bryansk
Um helicóptero despenhou-se hoje na região russa de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, segundo fontes dos serviços de emergência russos.
"De acordo com dados preliminares, o helicóptero despenhou-se na cidade de Klintsi devido a um incêndio no motor", afirmou um porta-voz dos serviços de emergência, citado pela agência de notícias russa TASS.
A fonte acrescentou que estão a ser estudadas informações sobre possíveis vítimas e sobre a propriedade da aeronave.
Utilizadores das redes sociais russas publicaram, entretanto, imagens do incidente, nas quais se ouve uma explosão antes da queda do helicóptero.
Na última semana, as autoridades de Bryansk acusaram a Ucrânia de atacar uma refinaria em Klintsi com um drone.
Resolver a guerra na Ucrânia em 24h? Zelensky deixa 'lembrete' a Trump
Zelensky lembrou que, quando Trump era presidente dos EUA, já "havia uma agressão russa" na Ucrânia - a guerra no Donbass -, e frisou que "ninguém resolveu essa questão".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comentou, no sábado, as declarações de Donald Trump, que alegou que, se fosse reeleito presidente dos Estados Unidos da América (EUA), acabaria com a guerra "em 24 horas".
Questionado por jornalistas, em Roma, sobre as declarações do republicano norte-americano, Zelensky lembrou que, na altura em que Trump era presidente dos EUA (entre 2017 e 2021), "não havia uma invasão em grande escala, mas havia uma guerra", a do Donbass.
"Já havia uma agressão russa. A Crimeia foi ocupada, parte do Donbass foi ocupado. Não tenho a certeza se ele se envolveu profundamente neste assunto, mas, mesmo assim, não resolveu a questão. Não sei se era uma prioridade para ele. Não o estou a acusar de nada. Mas temos os factos. E temos de os analisar", sublinhou Zelensky, citado pela CNN Internacional.
"[Trump] era presidente, eu era presidente. E duas partes da Ucrânia foram ocupadas. Ninguém resolveu esta questão. Ninguém. A questão não é sobre Trump", acrescentou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Kyiv afirma ter recuperado mais de 10 posições nos arredores de Bakhmut
A Ucrânia afirmou hoje ter recuperado "mais de 10 posições" russas nos arredores de Bakhmut, epicentro de combates desde há vários meses e alvo de avanços ucranianos nos últimos dias.
"Hoje, as nossas unidades capturaram mais de 10 posições inimigas no norte e no sul dos arredores de Bakhmut", disse na rede social Telegram a vice-ministra da Defesa Ganna Maliar, segundo a qual "os combates ferozes" continuam no centro da cidade.
Segundo a vice-ministra ucraniana, citada pela agência France-Presse (AFP), "foram capturados soldados inimigos".
Kiev afirma há vários dias estar a progredir à volta de Bakhmut depois de vários meses de combates, ao passo que Moscovo afirma registar avanços na cidade, que controla maioritariamente.
De acordo com Ganna Maliar, as tropas russas "reuniram-se lá e estão a tentar avançar, destruindo tudo à sua passagem".
A batalha por aquela cidade do Donbass é a mais sangrenta e a mais longa desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Os observadores duvidam do alcance estratégico da conquista da cidade para a Rússia, mas permite a Moscovo registar uma vitória após vários revezes.
No local, o grupo paramilitar Wagner é apoiado pelo exército russo, embora o seu líder, o empresário Evgeny Prigozhin, acuse regularmente a hierarquia militar de não dar munições suficientes aos seus homens para poderem conquistar Bakhmut.
Queda de aeronaves militares russas? Líder do grupo Wagner acusa Moscovo
As autoridades russas não comentaram as informações divulgadas pelos meios de comunicação locais, que deram conta de que dois caças - um Su-34 e um Su-35 - e dois helicópteros militares Mi-8 se despenharam na região de Bryansk, no sábado.
O líder do grupo paramilitar Wagner sugeriu, este domingo, que as quatro aeronaves militares russas que se tinham despenhado, alegadamente, numa região que faz fronteira com a Ucrânia podem ter sido abatidos pelas próprias forças russas, reporta a Associated Press.
As autoridades russas não comentaram as informações divulgadas pelos meios de comunicação locais, que deram conta de que dois caças - um Su-34 e um Su-35 - e dois helicópteros militares Mi-8 se despenharam na região de Bryansk, no sábado.
O porta-voz da força aérea ucraniana, Yuriy Ihnat, negou no domingo que a Ucrânia estivesse envolvida no abate do avião. Em declarações à televisão nacional, sugeriu que a própria Rússia poderia ser responsável pelo incidente, mas mais tarde retirou a observação, dizendo que se tratou de uma provocação.
No entanto, o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, defendeu uma hipótese semelhante, por via de uma publicação na rede social Telegram.
"Estes quatro aviões - se traçarmos um círculo nos locais da sua queda, verifica-se que esse círculo tem um diâmetro (e que todos eles se encontram exatamente num círculo) de 40 quilómetros... Agora vão à Internet e vejam que tipo de arma de defesa aérea pode estar no centro deste círculo, e depois desenhem as vossas próprias versões" acerca do sucedido, elaborou.
Ainda assim, Yevgeny Prigozhin esclareceu não estar "a par" desta situação em concreto. Porém, voltou a criticar os militares russos pela estratégia adotada no âmbito do conflito na Ucrânia - e por Moscovo não ter fornecido, alegadamente, as munições necessárias ao grupo Wagner no contexto da luta pela cidade de Bakhmut.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Rússia confirma morte de dois dos seus comandantes na Ucrânia
O anúncio de baixas no conflito na Ucrânia é algo raro vindo de Moscovo.
O Ministério da Defesa da Rússia revelou, este domingo, que dois dos seus altos comandantes militares morreram no campo de batalha na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
"O comandante da 4.ª brigada de armas motorizadas, o coronel Vyacheslav Makarov, estando na linha da frente, liderou pessoalmente a batalha", lê-se num comunicado, citado pela imprensa internacional.
O outro comandante morto foi identificado como Yevgeny Brovko, um dos responsáveis "para o trabalho político-militar". "Durante a batalha para repelir um dos ataques, o coronel Yevgeny Brovko morreu heroicamente após ter sofrido vários ferimentos de estilhaços", afirmou o ministério.
Sublinhe-se que o anúncio de baixas no conflito na Ucrânia é algo raro vindo de Moscovo. No entanto, segundo as Forças Armadas ucranianas, até à data de ontem, morreram mais de 198 mil soldados russos desde o início do conflito.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Forças de Kyiv reclamam "primeiro êxito" no avanço em Bakhmut
O Exército ucraniano reclamou hoje ter alcançado "um primeiro êxito" na ofensiva em Bakhmut, leste da Ucrânia, onde se trava a batalha mais prolongada desde a invasão russa de 2022.
"O avanço das tropas na zona de Bakhmut é o primeiro êxito da ofensiva" que visa a defesa da cidade que as forças russas tentam tomar desde o verão do ano passado, disse o comandante das tropas terrestres ucranianas, Oleksandr Syrsky.
A declaração de Syrsky foi difundida pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.
As informações sobre o "êxito" na campanha não foram ainda verificadas por fontes independentes.
Anteriormente, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Malyar afirmava que as tropas de Kyiv estão "há vários dias a avançar" em direção a Bakhmut.
"Os duros combates continuam. A defesa de Bakhmut continua", disse Malyar através de uma mensagem no sistema digital Telegram.
As forças russas continuam a afirmar o controlo da "maior parte da cidade" mas, durante o fim de semana passado, as tropas ucranianas reclamaram a reconquista de 17 quilómetros quadrados na zona de Bakhmut.
As informações difundidas por Kyiv sobre a situação militar em Bakhmut ocorrem na mesma altura em que o chefe de Estado ucraniano anuncia através da rede social Twitter que vai reunir-se em Londres com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, após a deslocação a Roma, Berlim e Paris.
O Reino Unido é um dos países que fornece mais meios às forças terrestres e aéreas da Ucrânia.
Prigozhin ofereceu-se para dar informações sobre tropas russas a Kyiv
Informação, que não era conhecida, consta em documentos confidenciais que tinham sido divulgados.
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ofereceu-se para revelar a posição das tropas russas a Kyiv, avança o Washington Post, que cita documentos da inteligência norte-americana que foram divulgados na plataforma Discord.
O diário escreve que esta oferta aconteceu no final de janeiro e esteve relacionada com a luta por Bakhmut, que ainda continua.
Yevgeniy Prigozhin ter-se-á oferecido para revelar ao governo ucraniano informações sobre as tropas russas se a Ucrânia retirasse os seus soldados da área ao redor de Bakhmut. A proposta foi transmitida aos seus contactos da inteligência militar da Ucrânia.
Kyiv rejeitou a oferta. Os documentos não especificam as posições das tropas russas que o líder do grupo Wagner se ofereceu para divulgar e, ao Post, duas autoridades ucranianas confirmaram os contactos de Prigozhin com a inteligência ucraniana, acrescentando ainda que a Ucrânia não confia em Prigozhin, acreditando que este poderia ceder informações falsas.
O jornal norte-americano refere que estas informações constam em documentos que foram revistos, na sequência da divulgação de documentos classificados por parte de Jack Teixeira no Discord.
O jovem lusodescendente, de 21 anos, é suspeito de divulgar documentos altamente classificados com implicações internacionais, onde são mencionadas ações de espionagem dos Estados Unidos da América a aliados e a inimigos e dados sensíveis de serviços secretos militares sobre a guerra na Ucrânia.
Ministro da autoproclamada República de Lugansk ferido em explosão
Rússia diz que se tratou de uma tentativa de homicídio. Outras pessoas também ficaram feridas.
A Rússia alega que Igor Kornet, ministro do Interior da autoproclamada República Popular de Lugansk, foi alvo de uma tentativa de homicídio, esta segunda-feira, encontrando-se internado numa unidade de Cuidados Intensivos. A informação é avançada pela agência estatal russa TASS.
"Está gravemente ferido. Houve uma tentativa de assassinato. Está numa unidade de Cuidados Intensivos", disse uma fonte das agências de aplicação da lei da República Popular de Lugansk à agência.
Em causa está uma explosão ocorrida na manhã desta segunda-feira, depois de, alegadamente, uma granada detonar numa barbearia.
A TASS refere que cinco pessoas ficaram feridas, três em estado grave, enquanto Leonid Pasechnik, líder imposto pela Rússia em Lugansk, disse no Telegram que "sete pessoas ficaram feridas".
Rússia diz ter abatido Storm Shadow fornecido a Kyiv pelo Reino Unido
A Rússia afirmou hoje ter intercetado e abatido um míssil de longo alcance Storm Shadow no conflito na Ucrânia, poucos dias depois de Londres ter anunciado que estava a entregar este tipo de armamento às forças armadas de Kyiv.
"[Nas últimas 24 horas], os sistemas de defesa aérea intercetaram sete mísseis antirradar HARM, um míssil de cruzeiro de longo alcance Storm Shadow e 10 projéteis disparados por lançadores múltiplos de foguetes HIMAR", informou o Ministério da Defesa russo, num comunicado assinado pelo porta-voz ministerial, tenente-general Igor Konashenkov.
As autoridades impostas pela Rússia na região ucraniana de Lugansk, anexada pelo Kremlin em setembro de 2022, afirmaram no sábado que as forças armadas ucranianas utilizaram pelo menos dois mísseis Storm Shadow, que têm um alcance de mais de 250 quilómetros, para atacar a província oriental na passada sexta-feira.
O gabinete de Lugansk no "Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Questões de Crimes de Guerra da Ucrânia" afirmou hoje que as forças ucranianas lançaram um ataque à região durante a manhã com dois mísseis Storm Shadow, sem adiantar pormenores sobre o segundo míssil.
Hoje, após um encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se deslocou a Londres, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, deixou um aviso à Rússia de que vai continuar a apoiar militarmente a Ucrânia a longo prazo.
Numa resposta à Rússia, que hoje criticou o fornecimento de mais armamento pelo Reino Unido à Ucrânia, avisando que vai causar "ainda mais destruição", Sunak prometeu que "haverá mais apoio no futuro".
"Penso que é importante que o Kremlin saiba que não vamos recuar. Estamos cá a longo prazo. Continuamos firmes na defesa da Ucrânia, não só agora para recuperar o seu território legítimo, mas também para garantir que a Ucrânia terá os meios para se defender no futuro", afirmou o governante britânico a um grupo de jornalistas na residência de campo Chequers Court, a cerca de 60 quilómetros de Londres.
Só em termos de equipamento militar, Londres, um dos primeiros apoiantes da Ucrânia, é o segundo maior fornecedor de Kyiv, com 4.600 milhões de libras (5.300 milhões de euros) de ajuda fornecida ou prometida para 2022-2023.
O Reino Unido forneceu mísseis antitanque, armas de artilharia, sistemas de defesa aérea e veículos blindados de combate. Também forneceu tanques britânicos Challenger à Ucrânia e treinou soldados ucranianos para os operarem.
Os dois líderes estiveram reunidos durante cerca de três horas após uma visita inesperada de Zelensky realizada hoje de manhã ao Reino Unido para se encontrar com o "amigo Rishi".
O líder ucraniano destacou a importância dos britânicos na expansão das capacidades militares de Kyiv.
Responsável russo confirma que Lukashenko "está doente"
Membro do parlamento russo confirma as especulações em torno do estado de saúde do líder bielorrusso.
As especulações em torno da saúde do presidente da Bielorrússia parecem confirmar-se, com um responsável russo a adiantar que Alexander Lukashenko está "doente".
Sublinhe-se que a última vez que o líder bielorrusso foi visto em público foi a 9 de maio, no âmbito das comemorações do Dia da Vitória, em Moscovo. Este domingo, Lukashenko faltou às celebrações do Dia da Bandeira Nacional, do Emblema e do Hino do Estado, nas quais costuma discursar.
Agora, Konstantin Zatulin, membro sénior da câmara baixa da Duma (parlamento russo), confirmou à Sky News que Lukashenko está doente.
"O facto de ele estar doente ficou óbvio mesmo durante o desfile em Moscovo", disse. "Eu sei que ele está doente, mas não estou autorizado a divulgar o seu diagnóstico", acrescentou, referindo que o presidente da Bielorrússia não estava infetado com Covid-19.
De realçar que o jornal independente bielorrusso Zerkalo avançou que Lukashenko deu entrada numa unidade hospitalar no sábado. No entanto, ao jornal, o gabinete do presidente defendeu que a sua ausência em público se devia a uma "agenda bastante ocupada, que inclui papelada".
O Kremlin também foi interrogado hoje sobre o estado de saúde de Lukashenko, tendo-se recusado a comentar o assunto, referindo apenas que para detalhes sobre a saúde do líder bielorrusso o melhor é esperar sempre por "anúncios oficiais" de Minsk.
Kyiv defende-se de ataque pela 8.ª vez este mês. As imagens
A Rússia lançou hoje um intenso ataque aéreo à capital ucraniana, usando uma combinação de drones, mísseis de cruzeiro, supersónicos e balísticos, e na sequência foram ouvidas explosões fortes em Kyiv.
O ataque da Rússia a Kyiv foi "excecional na sua intensidade, atendendo ao número de mísseis de ataque lançados num curto período de tempo", disse o chefe da Administração Militar de Kyiv, Sergii Popko.
"De acordo com informações preliminares, a grande maioria dos alvos inimigos no espaço aéreo de Kyiv foram detetados e destruídos", disse Popko.
De acordo com um relatório divulgado pela Força Aérea ucraniana, as defesas antiaéreas derrubaram hoje seis mísseis supersónicos, nove mísseis de cruzeiro e três mísseis balísticos, num ataque começou por volta das 03:30 (01:30 em Lisboa).
Além dos mísseis, a Rússia lançou nove drones fabricados no Irão, que também foram destruídos pelas defesas ucranianas.
Os destroços dos mísseis caíram em vários bairros da capital. No distrito de Solomyansky, os destroços causaram um incêndio num prédio não residencial, que foi extinto.
Nas redes sociais, as imagens do ataque russo e da atuação da defesa ucraniana foram partilhados. Uma dessas partilhas foi feita pela analista em segurança Maria Avdeeva. "A Rússia atacou a Ucrânia com seis mísseis Kinzhal, nove mísseis cruzeiro e três S-400. Todos os 18 mísseis foram abatidos", reforçou numa publicação partilhada no Twitter, acompanhada de uma imagem de Gleb Garanich, fotógrafo da Reuters.
Outras imagens do mesmo fotógrafo estão a ser reproduzidas nas redes sociais.
Alguns destroços provocaram incêndios em carros e caíram no jardim zoológico, mas nenhuma perda foi relatada, disse o autarca de Kyiv, Vitali Klitschko.
Esta é a oitava vez neste mês que ataques aéreos russos têm como alvo a capital, uma escalada após semanas de calma e antes do lançamento de uma contraofensiva que a Ucrânia tem preparado.
O ataque também ocorre num momento em que o presidente Volodymyr Zelenksy está a concluir uma viagem relâmpago pela Europa, onde se encontrou com os líderes dos principais aliados da Ucrânia durante a guerra, tendo garantido promessas de mais ajuda militar.
Também o trabalho de defesa aérea da parte ucraniana foi registada em vídeo. "À noite foi possível ver um trabalho muito intenso de defesa aérea em Kyiv", escreve um dos utilizadores.
Ucrânia diz ter recuperado vastas áreas ao redor de Bakhmut
A vice-ministra da Defesa ucraniana relatou que continuam a existir fortes combates na zona.
As forças ucranianas alegam ter recuperado, nos últimos dias, cerca de 20 quilómetros quadrados de território que tinha sido tomado pelas forças russas em torno da cidade oriental de Bakhmut, disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, aqui citada pelo The Guardian.
A alegação foi feita por via de uma publicação na rede social Telegram, onde deu conta de que as forças russas avançaram "um pouco" sobre a própria cidade de Bakhmut e que continuam a existir fortes combates no local.
Sobre o tema, a governante destacou ainda que Moscovo "está a avançar sobre Bakhmut, destruindo completamente a cidade com artilharia. Além disso, o inimigo está a mobilizar unidades de paraquedistas profissionais" para o local.
"Recordo-vos que o inimigo está em vantagem em termos de número de pessoas e de armas. Ao mesmo tempo, graças às ações das nossas forças armadas, ele não tem sido capaz de implementar os seus planos na direção de Bakhmut desde o verão passado", explicou ainda a ministra.
Assegurando que as forças ucranianas estão "a dar o seu melhor", Hanna Maliar deu conta de que o "facto de a defesa de Bakhmut durar tantos meses e de haver avanços em certas zonas" revela "a força dos combatentes" ucranianos "e o elevado nível de profissionalismo do comando da defesa" do país.
Zelensky classifica como "histórico" abate de mísseis russos supersónicos
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou como um "resultado histórico" a interceção de todos os mísseis russos lançados na terça-feira contra a Ucrânia, incluindo seis mísseis supersónicos Kinzhal, informações negadas por Moscovo.
"Tinham-nos dito que esses mísseis têm morte garantida porque são impossíveis de abater", sublinhou Zelensky que se dirigiu por videoconferência à cimeira de chefes de Estado e Governo do Conselho da Europa (CoE), que começou esta terça-feira em Reiquiavique.
A Rússia lançou mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e 'drones' ao mesmo tempo para travar o trabalho das defesas antiaéreas ucranianas, explicou Zelensky, garantindo que, apesar disso estes sistemas conseguiram "salvar todas as vidas" que estavam ameaçadas.
O chefe de Estado ucraniano agradeceu às Forças Armadas do seu país e aos aliados que apoiam Kyiv com armamento e treino dos seus militares.
"Faz um ano não fomos capazes de derrubar a maioria dos mísseis terroristas, principalmente os balísticos. E eu pergunto, se podemos fazer isso agora, há algo que não possamos fazer se estivermos unidos e determinados a salvar vidas?", frisou no seu discurso.
No entanto, Zelensky enfatizou que "ainda há muito a ser feito" para que o abate de 100% dos mísseis agressores se torne a norma, destacando que as defesas antiaéreas ucranianas precisam de ser ainda mais fortalecidas.
Moscovo negou esta terça-feira as alegações de Kyiv sobre a ação das suas defesas aéreas.
"A Rússia não lançou tantos Kinzhals quanto [os ucranianos] dizem que derrubaram", salientou o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, citado pela agência de notícias Ria Novosti.
Shoigu referiu que Kyiv deu um número de interceções três vezes superior à realidade.
O míssil Kinzhal ("Adaga" em russo) é uma das armas apontadas como "invencíveis" pelo Presidente russo, Vladimir Putin, já que a sua velocidade permite ultrapassar a maioria dos sistemas de defesa aérea.
A Ucrânia tinha revelado o abate de um míssil russo pela primeira vez no início de maio, graças ao poderoso sistema antiaéreo norte-americano Patriot, entregue a Kyiv em abril.
Durante o seu discurso perante o CoE, Zelensky congratulou-se com a criação de um registo de danos causados pela Rússia, iniciativa deste organismo que se espera que seja referendado pelos dirigentes presentes na cimeira.
Para o governante, esta iniciativa está mais próxima do estabelecimento "de um mecanismo de compensação que mostrará ao mundo que não vale a pena sequer pensar em agressão".
Zelensky garantiu ainda que está "cem por cento certo" de que o resultado final dos esforços internacionais será a criação de um tribunal internacional perante o qual os responsáveis pela invasão russa serão responsabilizados.
Forças ucranianas apontam para a morte 200.000 soldados russos
As forças armadas ucranianas afirmaram hoje que o número de combatentes russos mortos desde o início da invasão na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, ultrapassou os 200.000, número muito superior ao que é reconhecido por Moscovo.
O estado-maior do exército ucraniano declarou, numa publicação na rede social Facebook, que "cerca de 200.590 pessoas foram mortas", incluindo 610 nos combates registados nas últimas 24 horas, nomeadamente na cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia.
Os militares ucranianos referiram que, desde o início da guerra, foram destruídos 3.771 tanques de guerra, 3.166 sistemas de artilharia, 318 sistemas de defesa antiaérea, 308 aviões, 294 helicópteros, 2.748 'drones', 982 mísseis de cruzeiro, 18 navios, 6.067 veículos e tanques de combustível e 417 peças de "equipamento especial".
A Rússia não fornece dados sobre baixas no conflito desde setembro, quando o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, confirmou a morte de 5.937 soldados.
O portal de notícias russo Mediazona elevou para 22.055 o número total de mortos, dos quais 2.367 nos últimos 15 dias. Estes números foram comprovados, segundo o meio de comunicação russo, por dados públicos disponíveis, num trabalho de levantamento realizado em conjunto com o canal de televisão britânico BBC.
Bombardeamento russo deixa um morto na região de Odessa
Uma pessoa morreu esta madrugada na região de Odessa e outras duas ficaram feridas nesta província costeira do Mar Negro, no sul da Ucrânia, como resultado de um ataque russo com vários mísseis.
"O inimigo lançou um ataque na região de Odessa", confirmou o chefe da Administração Militar da área, num comunicado divulgado hoje.
"O ataque foi realizado com diferentes tipos de mísseis lançados de diferentes direções", acrescentou Yuri Kruk.
O chefe militar também publicou fotos de um armazém parcialmente destruído, acrescentando que um dos mísseis atingiu uma "infraestrutura industrial".
Kruk garantiu que "a maioria dos mísseis foi destruída pelas defesas aéreas" da Ucrânia.
Um alto responsável da Defesa norte-americana indicou na quarta-feira que um sistema ultrassofisticado de defesa antiaérea Patriot fornecido pelos Estados Unidos à Ucrânia foi danificado, mas está operacional.
"O sistema Patriot continua operacional", declarou o responsável, precisando que está ainda em curso a avaliação dos danos causados por um projétil não-identificado que caiu nas proximidades.
Na terça-feira, o exército russo assegurou ter destruído um sistema de defesa Patriot após um "ataque de alta precisão" efetuado "por um míssil hipersónico 'Kinzhal'".
A Ucrânia desmentiu essas declarações de Moscovo, sublinhando que o sistema avançado de mísseis de interceção antiaérea, combinado com um dos radares mais eficazes do mundo, está a funcionar e "no ativo".
Várias explosões soaram esta madrugada na capital Kiev e em outras regiões da Ucrânia, onde a população foi aconselhada a dirigir-se a abrigos, avançaram as autoridades militares.
"Quedas de detritos foram registadas no distrito de Darnytskyi da capital. Os dados sobre vítimas e danos estão a ser verificados", escreveu na plataforma Telegram o chefe da Administração Militar de Kiev, Sergii Popko.
Um incêndio ocorreu hoje numa empresa no distrito de Darnytskyi após a queda de destroços, e uma explosão foi registada no distrito de Desnyanskyi, disse o autarca da capital, Vitali Klitschko.
"O ataque à capital continua. Não saiam dos abrigos durante o alerta aéreo", pediu o autarca, também no Telegram.
Foi a nona vez este mês que ataques aéreos russos atingiram a capital, uma clara escalada após semanas de calmaria e antes de uma contraofensiva que a Ucrânia disse estar a preparar usando armas avançadas recém-fornecidas pelos aliados ocidentais.
Os militares relataram ainda ataques com "mísseis de cruzeiro" na região de Vinnytsia, no centro do país, e a imprensa local falou de explosões em Khmelnytskyi, cerca de 100 quilómetros a oeste.
Várias explosões sentidas em Kyiv e em outras regiões da Ucrânia
Várias explosões soaram esta madrugada na capital Kyiv e em outras regiões da Ucrânia, onde a população foi aconselhada a dirigir-se a abrigos, avançaram as autoridades militares.
"Quedas de detritos foram registadas no distrito de Darnytskyi da capital. Os dados sobre vítimas e danos estão a ser verificados", escreveu na plataforma Telegram o chefe da Administração Militar de Kyiv, Sergii Popko, sublinhando que a defesa antiaérea "funciona".
Um incêndio ocorreu hoje numa empresa no distrito de Darnytskyi após a queda de destroços, e uma explosão foi registada no distrito de Desnyanskyi, disse o autarca da capital, Vitali Klitschko.
"O ataque à capital continua. Não saiam dos abrigos durante o alerta aéreo", pediu o autarca, também no Telegram.
Os militares relataram ainda ataques com "mísseis de cruzeiro" na região de Vinnytsia, no centro do país, e a imprensa local falou de explosões em Khmelnytskyi, cerca de 100 quilómetros a oeste.
Um alerta aéreo está em vigor em toda a Ucrânia.
Um alto responsável da Defesa norte-americana indicou na quarta-feira que um sistema ultrassofisticado de defesa antiaérea Patriot fornecido pelos Estados Unidos à Ucrânia foi danificado, mas está operacional.
"O sistema Patriot continua operacional", declarou o responsável, precisando que está ainda em curso a avaliação dos danos causados por um projétil não-identificado que caiu nas proximidades.
Na terça-feira, o exército russo assegurou ter destruído um sistema de defesa Patriot após um "ataque de alta precisão" efetuado "por um míssil hipersónico 'Kinzhal'".
A Ucrânia desmentiu essas declarações de Moscovo, sublinhando que o sistema avançado de mísseis de interceção antiaérea, combinado com um dos radares mais eficazes do mundo, está a funcionar e "no ativo".
Kyiv diz ter neutralizado 29 mísseis russos projetados durante a noite
A Rússia lançou durante a última noite um total de 30 mísseis, de diferentes tipos, contra várias regiões da Ucrânia, tendo as defesas aéreas ucranianas derrubado 29 projéteis, de acordo com um comunicado da Força Aérea de Kyiv.
"Desde as 21:00 de 17 de maio [quarta-feira] (19:00 em Lisboa) até às 05:30 de 18 de maio [hoje], os ocupantes russos lançaram várias vagas de mísseis a partir de várias direções", refere a nota oficial acrescentando que os projéteis eram mísseis de cruzeiro projetados de terra, mar e por meios aéreos.
A Administração Militar de Kyiv já tinha informado durante a madrugada a destruição de todos os mísseis e aparelhos aéreos não tripulados (drones) de reconhecimento projetados pela Rússia contra Kyiv.
Na capital ouviram-se várias explosões durante a última noite, tal como tinha sucedido na noite anterior.
Em Odessa, na costa do Mar Negro, a Administração Militar local, indicou que morreu um civil durante um ataque russo.
Os mísseis também atingiram a província de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, provocando um incêndio.
Segundo a Força Aérea da Ucrânia foram também neutralizados 'drones' ofensivos russos Shahid-136/131 e dois 'drones' táticos de reconhecimento".
"Informação falsa". Rússia ordena prisão de conhecido produtor de cinema
Em causa está a divulgação de "informações falsas" sobre o exército russo.
Um tribunal de Moscovo ordenou a detenção do produtor de cinema Alexander Rodnyansky, nomeado várias vezes para os Óscar, e do diretor de teatro Ivan Vyrypaev. Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), em causa está a divulgação de "informações falsas" sobre o exército russo.
De acordo com a decisão do tribunal russo, tomada a 27 de abril, mas só agora divulgada, Rodnyansky e Vyrypaev serão colocados sob custódia assim que as autoridades russas conseguirem detê-los ou extraditá-los, uma vez que ambos se encontram fora da Rússia.
Rodnyansky nasceu em Kyiv, em 1961, e é uma das mais influentes figuras do cinema russo, com quatro filmes nomeados para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro dos prémios da Academia, os Óscares. O produtor de cinema deixou a Rússia em fevereiro de 2022, após a invasão da Ucrânia, e tem condenado abertamente a guerra.
Já Ivan Vyrypaev nasceu na Rússia, mas vive e trabalha em Varsóvia, na Polónia, há vários anos. Tem também criticado a chamada "operação especial militar" das tropas russas na Ucrânia.
Pelo menos dois mortos em ataque na região russa de Belgorod
Pelo menos duas pessoas morreram hoje num ataque contra a região russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, segundo o governador local, Viacheslav Gladkov.
Uma terceira pessoa ficou gravemente ferida no distrito de Shebekinski, na mesma região, e foi hospitalizada, indicou Gladkov na sua conta na plataforma Telegram.
O ataque apanhou desprevenidos os habitantes daquela cidade quando plantavam batatas nas suas hortas, descreveu Gladkov, acrescentando que hoje várias aldeias da região foram objeto de um ataque massivo, apontando a autoria à Ucrânia.
Recentemente, vários milhares de pessoas tiveram de ser retiradas nesta região após a queda de dois projéteis aéreos cuja origem é desconhecida.
Belgorod é a região russa mais atingida por combates do outro lado da fronteira desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Por esse motivo, foi declarado estado de emergência nas cidades fronteiriças, onde foram construídas defesas para impedir eventuais incursões ucranianas.
As informações fornecidas pelas partes sobre a situação nas frentes de batalha não podem ser confirmadas de forma imediata e independente.
Rússia "não iniciou guerra" e "operação militar especial" é defensiva
O presidente russo, Vladimir Putin, garantiu hoje que o seu país "não iniciou nenhum tipo de guerra" e afirmou que a "operação militar especial" iniciada em fevereiro de 2022 na Ucrânia é de natureza defensiva.
"Muitas vezes nos dizem que a Rússia iniciou algum tipo de guerra. Não. A Rússia, com a ajuda de uma operação militar especial, está a tentar parar esta guerra que estão a travar contra nós", defendeu o Presidente russo.
Putin argumentou que a Rússia está a ser vítima de uma guerra para permitir que o seu povo não fique excluído das "fronteiras históricas dos estados russos".
"Isso é uma injustiça histórica (...)", assegurou Putin, que nos últimos meses defendeu a invasão da Ucrânia como forma de recuperar parte de um território e população que, na sua perspetiva pertencem historicamente à Rússia.
O Presidente russo reconheceu que a Rússia atravessa tempos "difíceis", embora tenha incentivado os cidadãos a aproveitar o contexto para fortalecer o "sentimento nacional" e "as bases da espiritualidade" do país, para além de promover a prosperidade económica e educacional.
Dois soldados russos mortos e quatro feridos em Belgorod
Pelo menos dois soldados russos morreram e quatro ficaram feridos num ataque em curso nos últimos dois dias à região russa de Belgorod, fronteiriça com a Ucrânia, noticiou hoje o diário russo Kommersant.
As baixas no contingente russo ocorreram numa guarnição militar (Belgorod-22) situada a dez quilómetros da fronteira e onde caíram três 'rockets' disparados de lançadores múltiplos Uragan (de origem soviética), concluiu uma investigação do Comité de Instrução da Rússia e das forças de segurança.
Até agora, as autoridades regionais tinham apenas reconhecido a morte de dois residentes naquela zona e a existência de 12 feridos.
De acordo com o Kommersant, também foi destruído no ataque o edifício da administração do distrito de Graivoron, em cuja capital habitam cerca de 6.000 pessoas.
Segundo a mesma fonte, uma coluna com até dez blindados e veículos inimigos penetrou na segunda-feira em território russo através de uma passagem fronteiriça destruída pela artilharia ucraniana na localidade de Kozinka.
Só na tarde de segunda-feira, e depois de terem evacuado a zona, é que os guardas fronteiriços e as unidades do Serviço Federal de Segurança e da Guarda Nacional russos começaram a fazer recuar o inimigo.
O Ministério da Defesa russo declarou hoje ter aniquilado todos os sabotadores.
"Os grupos armados nacionalistas foram cercados e eliminados. Foram liquidados mais de 70 terroristas ucranianos", escreveu o porta-voz da Defesa, Igor Konashenkov, na sua coluna diária sobre a guerra.
O tenente-general russo sublinhou que parte dos atacantes foi expulsa para a Ucrânia, onde a artilharia russa continuou a atacá-los "até à sua total eliminação", tendo igualmente sido destruídos quatro blindados e outros cinco veículos.
Em seguida, as autoridades levantaram o regime antiterrorista decretado na véspera em Belgorod.
"Durante a inspeção ao local do crime, foram encontrados e apreendidos meios de transporte utilizados pelos sabotadores, armas automáticas e munições. Os sapadores desminaram o território de engenhos explosivos", indicou a câmara municipal da capital regional.
O governador, Viacheslav Gladkov, afirmou na segunda-feira que se tratava de sabotadores das Forças Armadas da Ucrânia, mas um representante do Diretório de Serviços Secretos Militares ucranianos assegurou que por detrás desses ataques estavam dois grupos de russos que combatem ao lado de Kiev: o Corpo de Voluntários Russos e a Legião Liberdade para a Rússia, que, na própria segunda-feira, reivindicaram a responsabilidade do ataque.
A Legião indicou hoje no seu canal da plataforma digital Telegram ter destruído uma companhia motorizada do exército russo, além de um número indeterminado de agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB).
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, admitiu hoje "profunda preocupação" com a incursão de sabotadores, argumentando que, por essa razão, deve prosseguir a campanha militar no país vizinho.
"Sem dúvida, o que aconteceu ontem (segunda-feira) causa profunda preocupação. É uma nova demonstração de que os combatentes ucranianos continuam as suas atividades contra o nosso país. Prosseguirá a operação militar especial [na Ucrânia], para evitar semelhantes incursões no futuro", sublinhou.
Enquanto a Presidência da República da Ucrânia se dissociou do ataque, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Malyar, classificou os sabotadores como "patriotas da Rússia" que "se revoltam contra o regime de [Vladimir] Putin", o chefe de Estado russo.
Malyar atribuiu as ações armadas ao "desejo dos cidadãos [russos] de mudar o sistema político do país e pôr fim à guerra sangrenta desencadeada pelo Kremlin" na Ucrânia há 15 meses.
Moscovo diz ter intercetado dois bombardeiros norte-americanos no Báltico
A Rússia disse hoje que descolou um avião de combate para intercetar dois bombardeiros norte-americanos sobre o Mar Báltico, que, segundo Moscovo, estavam a aproximar-se da fronteira russa.
"Após a retirada de aviões de guerra estrangeiros da fronteira russa, o caça voltou ao seu aeródromo original" sem incidentes, disse o Ministério da Defesa da Rússia no Telegram.
Segundo o Ministério, as duas aeronaves em questão eram bombardeiros estratégicos B-1B da Força Aérea dos Estados Unidos, que "se aproximaram da fronteira russa", e foi enviado um caça Su-27 para os intercetar.
O espaço aéreo russo não foi violado, segundo o Ministério.
"O voo do avião de combate russo ocorreu em estrita conformidade com as regras do espaço aéreo internacional", disse ainda o ministério russo.
Os incidentes envolvendo aviões russos e aeronaves de países da NATO multiplicaram-se nos últimos anos, antes mesmo do início do conflito na Ucrânia.
Na semana passada, um incidente semelhante sobre o Mar Báltico envolveu um caça russo e dois aviões militares franceses e alemães.
No início de maio, tratava-se de um avião polaco de guarda de fronteira operando no Mar Negro em representação da agência europeia de fronteiras externas Frontex, que, segundo Varsóvia, estava em perigo devido à aproximação de um caça russo.
Um mês antes, caças russos intercetaram sobre o Mar Negro um 'drone' American Reaper MQ-9, que após as suas manobras caiu nas águas, o que causou um momento de tensão acrescida entre Washington e Moscovo.
Político russo morre misteriosamente. Tinha condenado "invasão fascista"
Vice-ministro morreu num avião, quando regressava à Rússia.
Um vice-ministro russo morreu, misteriosamente, depois de ter criticado, alegadamente, a "invasão fascista" da Rússia à Ucrânia, numa conversa privada.
Pyotr Kucherenko, vice-ministro de Ciências e Educação Superior, adoeceu repentinamente num voo, no sábado, quando viajava de Cuba para a Rússia, segundo informou a assessoria de imprensa de seu ministério no domingo.
"Kucherenko sentiu-se mal quando se encontrava num avião com uma delegação russa que regressava de uma viagem de negócios a Cuba. O avião aterrou na cidade de Mineralnye Vody, onde os médicos tentaram prestar assistência", referia a nota que informava que não tinha sido possível salvar o político, de 46 anos.
Fonte próxima à cantora Diana Gurtskaya, esposa de Kucherenko, disse à imprensa estatal que a família acreditava que a morte de Pyotr Kucherenko estava ligada a um problema cardíaco, mas que esperariam pelos resultados da autópsia, agendada para quarta-feira.
Tal como nota a imprensa internacional, no Telegram, Roman Super, jornalista independente que fugiu da Rússia logo após o início da invasão, disse que tinha falado com Kucherenko "poucos dias" antes de fugir e que este o tinha incentivado a abandonar o país.
"Salva-te a ti e à tua família. Sai o mais depressa possível. Não consegues imaginar o grau de brutalização do nosso Estado. Dentro de um ano, não reconhecerás a Rússia. Estás a fazer a coisa certa", avisou Kucherenko, segundo o jornalista.
Roman Super terá perguntado ao político se este também queria deixar a Rússia, tendo este respondido: "Já não é possível. Eles tiraram-nos os passaportes. E não existe um mundo em que eles possam estar satisfeitos com o vice-ministro russo depois desta invasão fascista".
Além disso, Kucherenko terá contando ao jornalista que estava a tomar antidepressivos e tranquilizantes "às mãos cheias". "E não ajuda muito. Quase não durmo. Sinto-me péssimo. Somos todos reféns. Ninguém pode dizer nada. Caso contrário, somos imediatamente esmagados como insetos", disse, de acordo com Super.
Esta terça-feira, o Kremlin disse não ter conhecimento da causa de morte de Kucherenko.
Sublinhe-se que esta é uma das várias mortes misteriosas entre as elites russas nos últimos meses.
Duas pessoas morreram hoje na Rússia em ataques em regiões fronteiriças com a Ucrânia, anunciaram as autoridades locais, numa altura em que o território russo enfrenta uma série de ataques sem precedentes.
"Uma pessoa morreu. Era um guarda de segurança de uma empresa da cidade. No momento do ataque, ele estava na rua", disse o governador da região de Belgorod, Viatcheslav Gladkov no Telegram.
Segundo o governador, dois adolescentes, uma menina de 15 anos e um rapaz de 17 anos também ficaram feridos neste ataque à aldeia de Chebekino, muito perto da fronteira ucraniana, e foram transportados para um hospital pediátrico.
Outra pessoa ficou ferida, mas não hospitalizada, de acordo com Gladkov.
O governador disse que os ataques na sua região causaram danos nas linhas de energia, além de terem atingido "duas grandes empresas", causando um incêndio.
A região de Belgorod, junto da fronteira com a Ucrânia, foi alvo no início desta semana de uma incursão armada a partir do território ucraniano, reivindicada por russos anti-Kremlin, e desde então tem sido alvo de ataques regulares.
Noutro lugar ao longo da fronteira ucraniana, o governador da região de Kursk, Roman Starovoit, relatou a morte de um trabalhador após um tiro de morteiro perto da vila de Plekhovo.
O homem estava a trabalhar nas fortificações de defesa perto da Ucrânia, afirmou.
Noutra parte da Rússia, dois 'drones' danificaram um prédio onde é administrado um oleoduto na região de Pskov, no oeste, anunciou hoje o governador Mikhail Vedernikov.
Nenhuma vítima foi relatada e uma investigação está em curso.
De acordo com relatos não confirmados do Baza, um meio de comunicação russo no Telegram com fontes da secreta, os dispositivos não tripulados tinham como alvo a estação de bombeamento de petróleo da Transneft em Pskov.
Baza também relatou um ataque com 'drone' noutra estação de petróleo, na região de Tver, a noroeste de Moscovo.
Em comunicado de imprensa, o governo regional simplesmente mencionou "a queda de um 'drone'" perto da aldeia de Erokhino, que não causou vítimas, sem mais detalhes.
Nas últimas semanas, os ataques com 'drones' na Rússia aumentaram, geralmente em regiões que fazem fronteira com a Ucrânia.
Moscovo acusa a Ucrânia e os seus aliados ocidentais pelo crescente número de ataques e operações de sabotagem, o que é negado por Kiev.