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Há guerra na Ucrania

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Kremlin considera que NATO vai usar Ucrânia como arma contra a Rússia


Segundo o chefe do estado-maior do Kremlin, Valery Gerasimov, o novo plano das forças armadas russas tem essa ideia em consideração, assim como a entrada da Finlândia e Suécia na Aliança. Além disso, "pode ser ajustado quando as atuais e novas ameaças à segurança militar da Federação Russa mudarem", referiu.

Kremlin considera que NATO vai usar Ucrânia como arma contra a Rússia



O novo plano da Rússia sobre mudanças nas forças armadas do país está a ter em consideração uma possível expansão da Aliança Atlântica (NATO) com a entrada da Finlândia e Suécia e a utilização da Ucrânia contra a Rússia.


Segundo o chefe do estado-maior do Kremlin, Valery Gerasimov, citado pelo Argumenty iFakty, "o plano é aprovado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e pode ser ajustado quando as atuais e novas ameaças à segurança militar da Federação Russa mudarem".


"Hoje, tais ameaças incluem as aspirações da Aliança do Atlântico Norte de se expandir para a Finlândia e Suécia, bem como a utilização da Ucrânia como instrumento para travar uma guerra híbrida contra o nosso país", sublinhou.


Na semana passada, o Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, nomeou Gerasimov para se encarregar da campanha da Ucrânia.


O Instituto de Estudos de Guerra de Washington viu a remodelação como uma tentativa do Kremlin de "reafirmar a primazia do Ministério da Defesa russo numa luta interna pelo poder russo", enfraquecer a influência dos inimigos, e enviar um sinal ao Yevgeny Prigozhin, cuja força militar privada conhecida como Grupo Wagner tem desempenhado um papel cada vez mais visível na Ucrânia.


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Características do Leopard 2 vistas como fundamentais para luta de Kyiv


A Alemanha parece estar mais perto de aprovar as entregas dos tanques de combate Leopard 2 à Ucrânia, que os aliados ocidentais esperam que impulsione a luta das forças de Kyiv contra a invasão russa.

Características do Leopard 2 vistas como fundamentais para luta de Kyiv



A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, divulgou este fim de semana que Berlim não se irá opor à intenção da Polónia de enviar os seus tanques Leopard 2 para a Ucrânia.


Berlim também ainda não descartou o fornecimento destes tanques a Kyiv, apesar de continuar a alertar para as implicações desta medida.


O alemão Krauss-Maffei Wegmann (KMW), fabricante do Leopard 2, considera este "o principal tanque de batalha do mundo" que durante mais de meio século combinou aspetos de poder de fogo, proteção, velocidade e manobrabilidade, tornando-o adaptável a muitos tipos de situações de combate.


O tanque, de 55 toneladas, tem uma tripulação de quatro pessoas, um alcance de cerca de 500 quilómetros (310 milhas) e velocidades máximas de cerca de 68 quilómetros por hora.


Atualmente com quatro variantes principais, a sua versão mais antiga entrou em serviço pela primeira vez em 1979. A sua arma principal é um canhão de cano liso de 120 mm e possui um sistema de controlo de tiro totalmente digital.


Este tanque de fabrico alemão foi produzido em grande número. Mais de 2.000 foram implantados em mais de uma dúzia de países europeus, incluindo Portugal, e no Canadá.


No geral, a KMW refere que mais de 3.500 unidades foram fornecidas a 19 países.


A Rheinmetall AG, uma empresa de defesa alemã que fabrica o canhão de cano liso de 120 mm do Leopard 2, assegura que este o tanque foi implantado em "mais nações do que qualquer outra".


No contexto da invasão russa da Ucrânia, "acredita-se que, para os tanques Leopard 2 podem ter um efeito significativo nos combates, são necessários cerca de 100", segundo uma análise do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), um 'think tank' global com sede em Londres.


O ministro da Defesa da Ucrânia quer 300 tanques, e alguns líderes da União Europeia apoiam este pedido.


Mas colocar os tanques de combate na Ucrânia é mais difícil do que apenas os entregar através da fronteira ocidental. O IISS estima que seriam necessárias três a seis semanas de treino para que as equipas operacionais e o pessoal de apoio atingissem a capacidade básica.


Sobre a sua importância para o conflito, Yohann Michel, analista para assuntos militares e de defesa do IISS, destacou que estes tanques podem permitir que a Ucrânia parta para a ofensiva, entretanto paralisada após duas importantes contraofensivas ucranianas que permitiram nos últimos meses recuperar áreas ocupadas pelos russos no nordeste e no sul.


"Neste tipo de conflito, simplesmente não é possível realizar ofensivas em larga escala sem toda a variedade de equipamentos blindados de combate e veículos blindados, e os tanques fazem parte disso", explicou este especialista em entrevista à agência Associated Press (AP).


As entregas ocidentais de Leopard 2 podem ajudar a equipar a Ucrânia com as munições de alto calibre necessárias para substituir as suas próprias reservas da era soviética que estão a diminuir - abrindo um novo caminho para o fornecimento de poder de fogo ocidental para chegar à Ucrânia.


"Na minha opinião, esse é o principal impacto. O segundo impacto, claro, é aumentar o número de tanques disponíveis no arsenal ucraniano", frisou Michel.


A Alemanha tem a palavra final sobre se os Leopard 2 podem ser entregues - mesmo os que pertencem a arsenais de outros países - e tem sido reticente.


Aliados ocidentais mais radicais têm aumentado a pressão sobre a Alemanha, mas os Estados Unidos também se recusaram a enviar os seus poderosos tanques M1 Abrams.


Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar que deve incluir quase 100 veículos de combate Stryker e pelo menos 50 veículos blindados Bradley - mas não o Abrams, que as autoridades norte-americanas dizem ter necessidades complexas de manutenção e podem não ser o mais adequado.


Aliados e analistas militares dizem que o Leopard 2 é movido a diesel - não movido por combustível de aviação que alimenta o M1 Abrams - e é mais fácil de operar do que os grandes tanques dos EUA e, portanto, tem tempos de formação mais curtos.

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Veículos de combate ocidentais a caminho da Ucrânia.


Em causa estão veículos de combate Bradley, anteriormente prometidos pelos Estados Unidos para ajudar Kyiv a combater a invasão russa.

Veículos de combate ocidentais a caminho da Ucrânia. Veja o vídeo




Um vídeo partilhado pela agência bielorrussa Nexta, na rede social Twitter, dá conta do envio, por via ferroviária, de vários veículos de combate Bradley, criados e produzidos nos Estados Unidos e geralmente associados ao Exército norte-americano.


Apesar de os parceiros ocidentais não terem ainda cedido no envio dos tão desejados tanques pesados, países como França, Alemanha e Estados Unidos prometeram disponibilizar, às tropas ucranianas, vários veículos blindados de combate.


Da parte de Washington tinha sido prometido o envio dos tais Bradley - promessa que parece agora ter sido efetivamente cumprida por parte do país, um dos principais aliados de Kyiv no contexto desta guerra, segundo mostra o vídeo que pode ver na galeria acima.


França e Alemanha, por sua vez, mostraram-se disponíveis para doar à Ucrânia os blindados ligeiros AMX-10 RC e veículos de combate Marder, respetivamente.


Recorde-se, no entanto, que o governo ucraniano tem vindo a pedir insistentemente a estas potências mundiais o envio dos tanques Leopard 2, de fabrico germânico, alegando necessitar deles para vencer as tropas russas.

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Rússia avisa que envio de tanques vai afetar relações com Alemanha


A entrega a Kyiv dos carros de combate 'Leopard' vai afetar as relações russo-alemãs, avisou hoje a presidência russa (Kremlin), depois de a Polónia ter formalizado um pedido à Alemanha para enviar os veículos.

Rússia avisa que envio de tanques vai afetar relações com Alemanha



O envio dos carros de combate, de fabrico alemão, não augura "nada de bom" para a relação entre os dois países, avisou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, referindo que o ato deixará "uma marca indelével".


As relações entre a Rússia e a Alemanha já estão num ponto muito baixo e não há diálogo substantivo com a Alemanha ou com outros países da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]", lembrou o porta-voz da presidência russa.


O ministro da Defesa da Polónia anunciou hoje que o Governo pediu formalmente autorização à Alemanha para enviar os 'Leopard' para a Ucrânia, confirmando a intenção avançada na segunda-feira.


"A Alemanha já recebeu o pedido para autorizar a transferência dos tanques 'Leopard 2' para a Ucrânia", disse o ministro polaco, Mariusz Blaszczak, numa mensagem hoje publicada na rede social Twitter, na qual apela a Berlim para se juntar à "coligação de países que apoiam a Ucrânia com os 'Leopard 2'".


Segundo o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, o Governo de Berlim espera resolver "nos próximos dias" as suas dúvidas sobre o envio dos 'Leopard 2' para a Ucrânia, referindo que o primeiro passo é preparar um inventário dos carros de combate atualmente disponíveis.


A Alemanha tem estado sob crescente pressão para ceder os seus 'Leopard' à Ucrânia e, no domingo, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, disse que o país estava pronto para entregar os carros de combate, apesar do chanceler alemão ter mostrado relutância em comentar o assunto.

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Vinte e cinco mortos na região russa de Belgorod desde início da invasão


Pelo menos 25 pessoas morreram e quase 100 ficaram feridas nos ataques ucranianos na região fronteiriça russa de Belgorod desde o início da ofensiva militar de Moscovo na Ucrânia, em fevereiro de 2022, anunciou hoje o governador local.


Vinte e cinco mortos na região russa de Belgorod desde início da invasão



" A Ucrânia, o inimigo, está a bombardear aldeias pacíficas. Temos 25 pessoas mortas e 96 feridas", disse Vyacheslav Gladkov ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, numa entrevista transmitida pela televisão estatal russa, a partir de Belgorod, cidade situada a 40 quilómetros a norte da fronteira com o território ucraniano.


É a primeira vez em 11 meses de conflito que as autoridades russas dão oficialmente o número de mortos e de feridos numa determinada região.


No balanço, o governador não precisou o número de vítimas militares e civis.


No relato reportado ao Presidente russo, Gladkov especificou que as autoridades da região de Belgorod, território que toca o nordeste da Ucrânia, estão a dar compensações financeiras às famílias dos civis mortos e feridos "no mesmo nível" que para soldados envolvidos no conflito na Ucrânia.


"Desde o início da operação militar especial, decidimos que, em caso de lesão moderada ou grave, pagamos 500.000 rublos (6.615 euros, ao câmbio atual). Se o pior acontecer, uma morte, damos três milhões de rublos (39.700 euros)", indicou.


Putin, por sua vez, agradeceu a Gladkov o "trabalho eficaz" da administração de Belgorod e pelas medidas tomadas para "estabilizar a situação" na região.


No final de novembro de 2022, o governador regional tinha indicado que estava em construção uma linha de fortificações na fronteira, sem especificar a extensão ou a localização exata.


As localidades e infraestruturas da região de Belgorod têm sido alvo de repetidos ataques, muitas vezes fatais, atribuídos por Moscovo ao exército ucraniano, sem que Kiev assuma a responsabilidade.


A capital regional, com o mesmo nome, também tem sido atingida frequentemente por artilharia ucraniana.


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Alemanha dá 'luz verde' ao envio de tanques Leopard 2​

A Alemanha decidiu, esta terça-feira, favoravelmente quanto ao envio de tanques Leopard 2 à Ucrânia, segundo avança o jornal Der Spiegel.

O mesmo meio adianta que o país deu 'luz verde' ao envio deste armamento por parte de outros países aliados, depois de a Polónia ter apresentado um pedido formal para o efeito, também esta terça-feira.


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EUA preparam-se para aprovar envio de tanques M1 Abrams


O governo norte-americano está prestes a aprovar a entrega às forças armadas da Ucrânia de tanques M1 Abrams, adiantaram hoje autoridades dos EUA, enquanto os aliados debatem o envio deste tipo de equipamento militar.

Ucrânia. EUA preparam-se para aprovar envio de tanques M1 Abrams



A decisão, que a confirmar-se representa uma mudança de planos por parte da administração de Joe Biden sobre estes tanques de guerra de fabrico norte-americano, pode ser anunciada esta quarta-feira, embora possa levar meses ou anos até que os M1 Abrams sejam entregues, noticiou a agência Associated Press (AP).


Altos responsáveis dos EUA adiantaram à AP, sob condição de anonimato, que os detalhes ainda estão a ser trabalhados, mas que o anúncio pode ocorrer em coordenação com a autorização da Alemanha ao pedido da Polónia para transferir para Kiev os tanques Leopard 2 de fabrico alemão.

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General ucraniano recebe herança de um milhão e doa-a ao Exército


"Dei toda a minha às Forças Armadas. E não tinha dúvidas sobre o que fazer com a herança", explicou Valerii Zaluzhnyi, comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia.


General ucraniano recebe herança de um milhão e doa-a ao Exército



Valerii Zaluzhnyi, comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, recebeu uma herança de um milhão de dólares de um homem com cidadania ucraniana e norte-americana, Gregory Stepanets, e decidiu doar o valor aos militares ucranianos.


A informação foi confirmada pelas Forças Armadas da Ucrânia ao New York Times e ao jornal ucraniano Ukrainska Pravda.


“Dei toda a minha às Forças Armadas. E não tinha dúvidas sobre o que fazer com a herança. A última vontade de Stepanets era, obviamente, apoiar o exército ucraniano através de mim”, disse Zaluzhnyi, em comunicado.


“Agradeço a todos os que ajudam as Forças Armadas da Ucrânia. E agradeço à minha família pela sua compreensão”, acrescentou.


Segundo o Ukrainska Pravda, a herança foi transferida para uma conta do Banco Nacional da Ucrânia em nome do exército ucraniano, a 5 de janeiro de 2023.


Stepanets nasceu em 1938, na cidade ucraniana de Vinnytsia. O pai morreu pouco tempo depois na Segunda Guerra Mundial e Stepanets e a mãe só conseguiram sobreviver graças a um tio, que também lutou na guerra, e partilhava as suas rações militares.


Em 1956, ingressou na Universidade de Moscovo, onde se licenciou em Matemática e Química e fez um doutoramento em Físico-Química.


Trabalhou no Instituto de Investigação e Desenvolvimento Geofísico em Moscovo e assinou uma carta de apoio aos dissidentes anti-soviéticos, que levou à sua demissão.


Só conseguiu sair da União Soviética quando Mikhail Gorbachev chegou ao poder, escreve o Ukrainska Pravda. Já nos Estados Unidos da América (EUA), trabalhou para a Microsoft e desenvolveu, com um colega, uma patente que foi posteriormente vendida à empresa.


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Kremlin alerta que envio de mais armas à Ucrânia trará "mais sofrimento"


Dmitry Peskov alertou ainda que o envio de armas trará também "mais tensão ao continente" europeu.

Kremlin alerta que envio de mais armas à Ucrânia trará mais sofrimento



O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou, esta quarta-feira, que o envio de mais armas por parte do Ocidente à Ucrânia irá trazer “mais sofrimento” ao país invadido pela Rússia, além de “mais tensão ao continente” europeu.


“Infelizmente, mais armas da NATO vão trazer mais sofrimento para as pessoas da Ucrânia. Traz também mais tensão ao continente. Mas não se pode impedir a Rússia de alcançar os seus objetivos”, disse o responsável à CNN Internacional.


As declarações de Peskov surgem um dia após a Alemanha, depois de meses de incerteza, ter aprovado o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia. Segundo a imprensa alemã, o exército disponibilizará tanques do modelo Leopard 2A6 e o governo de Olaf Scholz autorizou ainda os outros países a reexportarem unidades dos Leopard 2 comprados à Alemanha.


Ainda antes do anúncio, o porta-voz russo alertou que a entrega dos carros de combate iriam afetar as relações russo-alemãs. “As relações entre a Rússia e a Alemanha já estão num ponto muito baixo e não há diálogo substantivo com a Alemanha ou com outros países da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]", lembrou.


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Ucrânia saúda decisão alemã de enviar tanques Leopard


A Ucrânia congratulou-se hoje com a decisão da Alemanha de lhe fornecer tanques Leopard e pediu aos aliados ocidentais que continuem a enviar armamento pesado para as suas tropas enfrentarem a Rússia.

Ucrânia saúda decisão alemã de enviar tanques Leopard



"O primeiro passo foi dado. A Ucrânia precisa de muitos Leopard", disse Andrej Zermak, chefe do gabinete do Presidente Volodymyr Zelensky, na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.


A reação de Kiev segue-se à decisão, anunciada hoje pelo porta-voz do Governo alemão, Steffen Hebestreit, de disponibilizar 14 tanques Leopard 2A6 das suas forças armadas.


A Alemanha também autorizou outros aliados a fazer o mesmo, disponibilizando-se para emitir licenças de transferência daquele tipo de armamento.


Os tanques Leopard são fabricados pela Alemanha e os países que os têm necessitam de uma autorização de Berlim para os ceder a outros exércitos.


A Polónia foi o primeiro país a anunciar que iria fornecer os tanques alemães à Ucrânia e enviou um pedido nesse sentido a Berlim na terça-feira.


A decisão mereceu de imediato críticas do embaixador da Rússia em Berlim, Serguei Nechaev, que acusou a Alemanha de ter levado a guerra para um novo nível de confrontação e de ter renunciado às suas responsabilidades na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


"A decisão de Berlim significa a renúncia final da República Federal da Alemanha em reconhecer a responsabilidade histórica perante o nosso povo pelos terríveis crimes do nazismo durante a Grande Guerra Patriótica que não estão prescritos", disse o diplomata num comunicado.


Nechaev considerou que Berlim está a pôr de lado o "difícil caminho da reconciliação entre russos e alemães no período do pós-guerra".


Segundo o embaixador russo, esta é uma "decisão extremamente perigosa" que leva a guerra a "um novo nível de confrontação e contradiz as declarações dos políticos alemães" sobre a intenção de não se envolver no conflito.


"Estamos novamente convencidos de que a Alemanha, tal como os seus aliados mais próximos, não está interessada numa solução diplomática para a crise na Ucrânia, está preparada para a escalar constantemente e para encher ilimitadamente o regime de Kiev com armas cada vez mais mortíferas", acrescentou, citado pela EFE.


O Kremlin (Presidência russa) já tinha advertido, na terça-feira, que o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia teria um impacto nas relações entre a Rússia e a Alemanha.


"Estas relações já estão num ponto muito baixo e não existe um diálogo substantivo nem com a Alemanha nem com outros países da NATO", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, na terça-feira.


Peskov acrescentou que o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia não augurava nada de bom para as relações entre os dois países e deixaria "inevitavelmente uma marca" em laços futuros.


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Reino Unido, França e Polónia saúdam envio de tanques. Espanha faz alerta


O Reino Unido, França e Polónia congratularam-se hoje com a decisão de Berlim autorizar o envio dos tanques 'Leopard 2' para a Ucrânia, com Espanha a alertar para o perigo de uma escalada da guerra contra a Rússia.

Reino Unido, França e Polónia saúdam envio de tanques. Espanha faz alerta



Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunar, numa publicação na rede social Twitter, saudou a "boa decisão" da Alemanha, que vai "permitir reforçar a capacidade defensiva" da Ucrânia face à invasão russa.


"É boa a decisão tomada pelos nossos aliados e amigos da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] de enviar carros de combate para a Ucrânia. Ao lado dos 'Challenger 2' [os tanques prometidos recentemente por Londres], o exército vai reforçar a capacidade defensiva da Ucrânia", sublinhou Sunar.


Em Paris, o Presidente francês, Emmanuel Macron, também elogiou a "luz verde" da Alemanha para o envio dos blindados para a Ucrânia, realçando o "longo e amplo" apoio de França à entrega, em breve, de carros de combate mais ligeiros, os 'AMX10-RC'.


O Governo francês, porém, ainda não decidiu enviar os seus próprios tanques 'Leclerc', possibilidade que Macron não descartou.


Em Varsóvia, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, aplaudiu a decisão alemã, medida que considera como "um grande passo para travar a Rússia".


"Juntos somos mais fortes", disse Morawiecki também na rede social Twitter, numa mensagem na qual agradeceu ao chanceler alemão, Olaf Scholz.


O porta-voz do executivo da Scholz, Steffen Hebestreit, explicou que a Alemanha vai entregar 14 'Leopard 2 A6' que estão no arsenal das Forças Armadas Alemãs, depois de dias de especulação sobre a posição que Berlim finalmente adotaria.


A Polónia tinha exigido o aval da Alemanha para enviar os blindados 'Leopard' e ameaçou mesmo agir unilateralmente se Scholz não desse essa autorização.


Mais moderado, o Governo espanhol, através da ministra dos Direitos Sociais e para a Agenda 2030, Ione Belarra, comentou a decisão alemã e considerou que o envio dos blindados 'Leopard' para a Ucrânia "apenas contribui para uma escalada bélica, advertindo que "poderá levar a uma resposta imprevisível e muito perigosa da Rússia".


Belarra, que falava à margem da inauguração de um evento organizado pela Rede Europeia de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social no Estado Espanhol (EAPN-ES), defendeu, desta forma, a resolução do conflito entre a Ucrânia e a Rússia através da via diplomática.


"Muitos especialistas têm alertado para o facto de os 'Leopard' só contribuírem para a escalada da guerra e que tal poderá desencadear uma resposta imprevisível e muito perigosa da Rússia", sublinhou Belarra.


A Alemanha autorizou o envio de carros de combate 'Leopard 2', de fabrico alemão, para os militares ucranianos combaterem a invasão russa e aprovou os pedidos de outros países no mesmo sentido, segundo o porta-voz do executivo de Berlim.


"Esta decisão segue a nossa linha conhecida de apoiar a Ucrânia da melhor maneira possível. Atuamos internacionalmente de maneira altamente coordenada", declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz, citado por Hebestreit.


Num comunicado, o Governo alemão declarou que, inicialmente, fornecerá à Ucrânia 14 dos seus tanques 'Leopard 2 A6'. A Alemanha e respetivos aliados deverão fornecer ao exército ucraniano um total de 88 tanques.


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'Relógio do Apocalipse' avançou 10 segundos. Kremlin está "alarmado"


Avanço de 10 segundos para o 'Apocalipse', ontem registado, foi justificado pelos responsáveis por fatores como a guerra na Ucrânia e as ameaças nucleares consequentes, assim como a crise climática, as ameaças biológicas como a Covid-19, e a desinformação associada a tecnologias disruptivas.


'Relógio do Apocalipse' avançou 10 segundos. Kremlin está alarmado



O 'Relógio do Apocalipse' foi atualizado na terça-feira pelo Science and Security Board of the Bulletin of the Atomic Scientists e está, agora, a apenas 90 segundos do 'fim'. O Kremlin, pela voz de Dmitri Peskov, reagiu hoje a este facto e mostrou-se "alarmado".


O avanço de 10 segundos para (ainda) mais próximo do 'Apocalipse' ontem registado foi justificado pelos responsáveis por fatores como a guerra na Ucrânia e as ameaças nucleares consequentes, assim como a crise climática, as ameaças biológicas como a Covid-19, e a desinformação associada a tecnologias disruptivas.


Citado pela Reuters, Dmitri Peskov asseverou que a "situação, como um todo, é alarmante". E afirmou não há perspetiva de relaxamento da tensão, com base "na linha que foi escolhida pela NATO, sob a liderança dos Estados Unidos".


"Isto impõe-nos o dever de sermos particularmente cuidadosos, de estarmos alertas e de tomarmos as medidas adequadas", acrescentou.


Recorde-se que o 'Relógio do Apocalipse' deu a sua 'primeira badalada' em 1947, tendo sido criado por cientistas que faziam parte do Projeto Manhattan, responsável pelas primeiras bombas atómicas.


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Tanques norte-americanos na Ucrânia? "Ardem tal como todos os outros"


O porta-voz do Kremlin considerou que envio de tanques M1 pelos EUA à Ucrânia será um desperdício de dinheiro.

Tanques norte-americanos na Ucrânia? Ardem tal como todos os outros



O Kremlin afirmou, esta quarta-feira, que os tanques de combate enviados à Ucrânia pelos Estados Unidos da América (EUA) irão “arder como os outros”.


“Tenho a certeza de que muitos peritos compreendem o absurdo desta ideia. O plano é desastroso em termos de tecnologia”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência de notícias Reuters, acrescentando que o envio seria um desperdício de dinheiro. “Estes tanques ardem tal como todos os outros”, disse ainda.


As declarações surgem numa altura em que o governo norte-americano se prepara para aprovar a entrega às Forças Armadas da Ucrânia de tanques M1 Abrams e a posição do Kremlin assemelha-se à tomada, na semana passada, quando o Reino Unido anunciou o envio de 14 tanques Challenger 2 e sistemas de artilharia adicionais à Ucrânia.


“Estão a usar este país [a Ucrânia] como instrumento para alcançar os seus objetivos antirrussos”, afirmou Peskov. “Estes tanques estão a arder e vão arder tal como os outros”, atirou, acrescentando que o envio de armamento não iria alterar a situação no terreno.


Ainda esta terça-feira, numa reação ao envio de tanques Leopard 2 pela Alemanha, o porta-voz russo alertou que o envio de mais armas por parte do Ocidente à Ucrânia irá trazer “mais sofrimento” ao país invadido pela Rússia, além de “mais tensão ao continente” europeu.


“Infelizmente, mais armas da NATO vão trazer mais sofrimento para as pessoas da Ucrânia. Traz também mais tensão ao continente. Mas não se pode impedir a Rússia de alcançar os seus objetivos”, disse o responsável à CNN Internacional.


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Navalny compara Putin e Lukashenko a "Voldemorts do nosso mundo"


O opositor russo agradeceu o apoio que lhe tem sido dado e recorreu à saga Harry Potter para falar sobre a necessidade de não estar sozinho.

Navalny compara Putin e Lukashenko a Voldemorts do nosso mundo



O opositor russo Alexei Navalny agradeceu, esta quarta-feira, o apoio que lhe tem sido dado enquanto permanece detido numa prisão de alta segurança, na Rússia. Numa publicação, na rede social Twitter, o crítico do presidente russo, Vladimir Putin, citou uma personagem da saga de Harry Potter e comparou vários líderes mundiais ao vilão Voldemort.


“Já citei esta grande frase, mas as palavras de Luna Lovegood de um livro de Harry Potter são tão importantes para o mundo em que vivemos que terei todo o prazer em citá-la novamente: ‘É muito importante não nos sentirmos sozinhos. Se eu fosse Voldemort, gostaria muito que te sentisses só’”, começou por escrever o político na rede social Twitter.


Navalny afirmou que teve conhecimento “sobre a campanha de apoio” realizada “em cidades de todo o mundo”. “Considero-a, claro, como uma campanha pela libertação de todos os prisioneiros políticos na Rússia e na Bielorrússia, onde o meu nome figura como um dos símbolos”, afirmou.


Uma das mais recentes campanhas de apoio aconteceu na terça-feira, quando apoiantes de Navalny deixaram uma réplica da "pequena cela" onde o ativista se encontra detido em frente à Embaixada russa na capital alemã, Berlim, como forma de alertar para as condições vividas pelo político.


“Os Voldemorts do nosso mundo - Putin, Lukashenko, Khamenei e Maduro - querem que nós, aqueles que recusam submeter-se ao seu poder, nos sintamos sós, abandonados, miseráveis e esquecidos perante as suas máquinas de mentira, corrupção e desumanização”, acrescentou Navalny, referindo-se aos líderes da Rússia, Bielorrússia, Irão e Venezuela.


O opositor destacou ainda a importância, especialmente para quem está preso, de “não se sentir sozinho”. “Sentir-se sozinho hoje significa ser quebrado amanhã”, frisou.


“Saúdo, agradeço e abraço todos aqueles que me dão a mim e a outros como eu a oportunidade de sentir que não estou só a cada segundo da minha vida prisional, por mais difícil que seja”, terminou.


Sublinhe-se que o opositor do regime do presidente russo estava a cumprir pena em liberdade condicional após ter sido acusado de fraude – uma acusação que diz ter sido fabricada – quando foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novitchok, em agosto de 2020.


Após aquela que considera ser uma tentativa de assassinato por parte do Kremlin, o opositor de 45 anos foi transferido, a pedido da mulher, da Sibéria para a Alemanha para recuperar. Foi detido ao voltar para a Rússia, a 17 de janeiro de 2021.


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Explosão em Kyiv e 15 mísseis russos abatidos pela Ucrânia


Quinze mísseis de cruzeiro russos foram abatidos pela defesa antiaérea da Ucrânia, mas segundo a France Presse foi sentida uma forte explosão em Kiev.

Explosão em Kyiv e 15 mísseis russos abatidos pela Ucrânia



A interceção dos 15 mísseis foi confirmada pelas autoridades ucranianas.


Antes, o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia dizia aos jornalistas que estava a ocorrer um ataque de mísseis russos contra a Ucrânia, tendo soado os alertas em várias regiões do país.


Pelo menos seis mísseis foram disparados da região russa de Murmansk, disse o porta-voz.


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Ucrânia atacada durante a noite. Sirenes de alerta soam em todo o país


Forças Armadas ucranianas explicaram que foram abatidos 24 drones enviados pela Rússia em direção ao país vizinho.

Ucrânia atacada durante a noite. Sirenes de alerta soam em todo o país



Esta foi uma noite de muitos ataques aéreos levados a cabo pelas tropas russas sobre diversas cidades ucranianas, como reporta a imprensa ucraniana e internacional.


Como explicou, inicialmente, a Administração Militar de Kyiv, "cerca de 15 drones inimigos foram abatidos no espaço aéreo" da capital ucraniana durante a noite, explica o The Guardian. O autarca da cidade, Vitali Klitschko, confirmou também já, entretanto, que foram efetivamente ouvidas explosões no local.


Já como reporta o The Kyiv Independent, "pelo menos seis explosões foram ouvidas na cidade de Vinnytsia, no centro-oeste do país".


Também há, por sua vez, registo de mísseis russos a sobrevoar Mykolaiv, ao passo que na região de Dnipropetrovsk há mesmo registo de bombardeamentos no terreno. Em Odessa e Zhytomyr, as investidas russas também obrigaram as defesas aéreas ucranianas a entrar em ação.


Perante este cenário, as sirenes de alerta para a possibilidade de ocorrência de ataques aéreos foram, esta manhã, ativadas em toda a Ucrânia. A informação consta do site concebido pelo governo ucraniano para dar conta, precisamente, de tais situações de risco.


O aviso foi, entretanto, também reforçado por Anton Gerashchenko, um dos conselheiros do governo de Volodymyr Zelensky, por via de uma publicação na rede social Twitter. "Alerta de ataque aéreo por toda a Ucrânia. As pessoas são aconselhadas a permanecer em abrigos. Ameaça de ataque de mísseis", pode ler-se no 'post'.


Em jeito de balanço acerca daquilo que foi o trabalho das suas defesas aéreas durante a noite, as Forças Armadas ucranianas explicaram que foram abatidos 24 drones enviados pela Rússia em direção ao país vizinho, reporta a Sky News.


Sobre aquilo que se passou desde as primeiras horas desta quinta-feira, as Forças Armadas da Ucrânia explicaram que se tratou de uma tentativa de ataques russos generalizados sobre o país, com maior foco nas regiões centrais do país e nas proximidades da capital.

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Ex-CIA sobre tanques Abrams: "Se russos deviam estar preocupados? Óbvio"


O antigo comandante, que combateu no Afeganistão, disse ainda que estes veículos não eram a única coisa que se tinha que ter, mas que era, sem dúvida, um passo "significativo".

Ex-CIA sobre tanques Abrams: Se russos deviam estar preocupados? Óbvio



Um antigo diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) considerou, esta quarta-feira, que o envio de tanques Abrams para a Ucrânia era um passo "muito significativo".


"A questão é que, pela primeira vez, a Ucrânia vai ter sistemas de topo ocidentais. E estes são largamente melhores", referiu David Petraeus em declarações à Sky News.


"Isto dá uma nova capacidade significativo à Ucrânia? Podem acreditar. Se os russos deviam estar preocupados com isto? Óbvio", comentou ainda.


De acordo com o responsável, que foi um comandante dos Estados Unidos (EUA) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) no Afeganistão, a importâncias do envio destes tanques não é apenas "crítica" do ponto de vista "simbólico", como também de uma forma "substancial".


"Não se pode só ter os tanques. Têm que se ter a infantaria e os veículos de combate. É preciso ter engenheiros para reduzir obstáculos. Tem que se ter a artilharia e outras formas de fogo indireto também", apontou, acrescentando que também as forças ao nível da defesa aérea eram necessárias.


"Tudo isto que que atuar de forma conjunta. Mas acontece à volta dos tanques de batalha principais", justificou, dizendo ainda que este conflito tratava da independência da Ucrânia.


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Negociações de paz? Apenas quando houver "novo governo" na Rússia


Chefe de Estado ucraniano apontou esperar que "uma vez que a Rússia retire as tropas novamente para o seu território, admita os seus grandes erros" no país vizinho.

Negociações de paz? Apenas quando houver novo governo na Rússia



O presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelensky, disse, em declarações à Sky News, não estar muito otimista relativamente à possibilidade de estabelecer negociações de paz com o homólogo russo, Vladimir Putin.


"Eles não querem conversações e este era o caso antes da invasão", explicou Zelensky, num primeiro momento, acrescentando: "Estou convencido de que [Putin] está a travar uma grande guerra".


Estas declarações surgem horas antes de surgirem relatos de um novo e amplo ataque à Ucrânia, esta quinta-feira. Até ao momento, de acordo com o autarca de Kyiv, pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas.


Até porque o chefe de Estado ucraniano disse estar "convencido de que a Ucrânia é apenas o primeiro passo" nas ambições totais do homólogo russo.


Porém, o chefe de Estado ucraniano apontou esperar que "uma vez que a Rússia retire as tropas novamente para o seu território, admita os seus grandes erros e que haja um novo governo na Federação Russa".


Para Zelensky, apenas nesse contexto será possível "resolver esta situação". Ou seja: "Nessa altura, provavelmente, as conversações serão possíveis".


Ainda em declarações à Sky News, o presidente ucraniano fez uma abordagem mais ampla à atual situação de conflito. "Vemos que os seus ataques estão mais fortes e que pode haver uma série de investidas generalizadas", elucidou, neste âmbito. Porém, acrescentou, o futuro da guerra "depende" da "força" das defesas ucranianas e da forma como a mesma for capaz de "repelir os ataques".


"O leste está a perder muita gente. Eles não se importam com isso. Mas nós contamos as suas perdas. Milhares de soldados - eles apenas os usam como carne para canhão", destacou ainda Volodymyr Zelensky.


A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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Batalhão Azov converte-se em brigada separada das Forças Armadas


O fundador do Batalhão Azov, Andrey Biletsky, anunciou esta quinta-feira que o regimento paramilitar que lidera tornou-se oficialmente uma brigada separada das Forças Armadas Ucranianas.

Batalhão Azov converte-se em brigada separada das Forças Armadas



"O Batalhão Azov é agora uma Terceira Brigada de Assalto separada das forças terrestres das Forças Armadas da Ucrânia. O nosso caminho começa na direção mais difícil: em Bakhmut", disse Biletski na conta pessoal na rede social Telegram.


"A batalha decisiva nesta guerra ainda está por vir", disse Biletski, que garantiu que o comando militar lhes impôs "novas responsabilidades" e salientou que o Batalhão Azov está a "preparar muitas surpresas" para os soldados russos, para quem o inverno "será quente".


Biletski prometeu que "a evolução" do batalhão dentro das Forças Armadas Ucranianas continuará, salientando que são agora a "terceira brigada de assalto separada das Forças Terrestres das Forças Armadas da Ucrânia".


"As nossas bandeiras simbolizam a durabilidade das tradições do Estado ucraniano: desde a época principesca até ao período cossaco, as primeiras lutas de libertação até hoje", lê-se na mensagem.


A presença deste batalhão e a categoria de regimento de reservista concedida pelo Governo de Kiev têm sido controversas devido à origem de muitos dos seus dirigentes, reconhecidos supremacistas brancos, como o próprio Andrey Biletski, que serviu na alegada cruzada de Moscovo para 'desnazificar' a Ucrânia.


O batalhão nasceu em 2014 como um movimento de resistência contra as forças pró-Rússia na região de Donbass.


Considerado como organização terrorista pelo Supremo Tribunal da Rússia, este esquadrão paramilitar participou ativamente na batalha de Mariupol, embora tenha acabado por cair, apesar das tentativas de resistência nas instalações da siderúrgica de Azovstal.


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Pelo menos 11 mortos e 11 feridos em bombardeamentos russos


Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas hoje em novos bombardeamentos russos em grande escala na Ucrânia que visaram em particular instalações energéticas, anunciaram os serviços de emergência ucranianos.

Pelo menos 11 mortos e 11 feridos em bombardeamentos russos



"Onze pessoas ficaram feridas e, infelizmente, outras 11 morreram", declarou à televisão ucraniana o porta-voz dos serviços de emergência, Oleksandre Khorunejy.


Segundo o porta-voz, no total, 11 regiões do país foram alvo dos bombardeamentos russos com mísseis e 'drones' (aeronaves não tripuladas) que explodem contra os alvos.

Estes ataques inscrevem-se no recente padrão adotado pela Rússia de efetuar bombardeamentos em grande escala sobre a Ucrânia a cada duas semanas.


No entanto, este ocorreu um dia depois de a Alemanha e os Estados Unidos se terem comprometido, 11 meses depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, a enviar tanques de combate de alta tecnologia (Leopard 2 e Abrams) para território ucraniano e a dar 'luz verde' aos aliados da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) para fazerem o mesmo.


O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, indicou que uma pessoa foi morta nos ataques -- a primeira vítima mortal na capital relacionada com bombardeamentos inimigos desde a véspera de Ano Novo -- e outras duas ficaram feridas.


Por sua vez, o governador de Kiev, Serhii Popko, disse que as defesas antiaéreas ucranianas abateram 15 mísseis de cruzeiro que se dirigiam para aquela zona.


A procuradoria regional da província de Zaporijia disse que três pessoas morreram e sete ficaram feridas num ataque a uma central de produção elétrica.


O comandante das Forças Armadas ucranianas, Valerii Zaluzhnyi, indicou que a "rajada" de hoje envolveu um total de 55 mísseis, 47 dos quais foram intercetados.


'Drones' auto-explosivos foram enviados durante a noite antes do ataque com mísseis, naquilo que um porta-voz das Forças de Defesa do Sul da Ucrânia afirmou parecer uma tentativa russa de assoberbar ou confundir as defesas antiaéreas ucranianas.


Enquanto as sirenes antiaéreas ecoavam por todo o país, os civis, alguns deles levando os seus animais de estimação, encheram estações de metro, parques de estacionamento subterrâneos e caves, em busca de refúgio.


Foi a primeira grande operação de interceção de fogo russo em todo a Ucrânia desde 14 de janeiro.


A Rússia tem realizado bombardeamentos maciços a centrais elétricas e outras infraestruturas ucranianas desde o início de outubro do ano passado, no âmbito de uma estratégia de criar dificuldades às forças ucranianas e fazer a população civil passar frio e ficar às escuras durante o inverno, antes daquilo que muitos especialistas preveem possa ser uma ofensiva terrestre em grande escala, quando mais recrutas chegarem aos campos de batalha.


O ministro da Energia ucraniano, Herman Halushchenko, declarou que as estruturas de produção de energia foram hoje novamente bombardeadas pelas forças russas, que continuam apostadas em "tentar causar uma falha sistémica da rede de energia da Ucrânia".


O responsável reconheceu que algumas instalações de produção de energia foram atingidas, resultando em cortes energéticos, e acrescentou que as equipas de reparação estão a trabalhar para repor o fornecimento de eletricidade tão rapidamente quanto possível.

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Armamento moderno em Kyiv? Ofensiva vitoriosa ou escalada incontrolável


O envio de armamento pesado e ofensivo destinado a Kyiv pelos países ocidentais poderá implicar uma nova e vitoriosa ofensiva ucraniana ou uma escalada do conflito caso Moscovo considere ultrapassadas "linhas vermelhas", disseram à Lusa dois analistas militares.

Armamento moderno em Kyiv? Ofensiva vitoriosa ou escalada incontrolável



"A questão é saber o que se pretende com este material", considerou o major-general Carlos Branco. "Porque a quantidade anunciada, e o momento em que este armamento vai ser atribuído aos ucranianos, não permitirá que atinjam os seus objetivos - a expulsão das forças russas da Ucrânia, incluindo a Crimeia".


O analista militar considera que não serão os 152 carros de combate (tanques) prometidos, e dos quais apenas 77 estão confirmados até agora, que farão a diferença. "Destes 77, 31 são Abrams (norte-americanos), que só serão atribuídos no final deste ano".


Uma perspetiva diversa é avançada pelo major-general Arnaut Moreira, que destaca a importância deste "segundo grande avanço em termos de patamar tecnológico que o ocidente alargado concede à Ucrânia" após o envio do sistema norte-americano de lançamento de foguetes múltiplos Himars.


"O sistema Himars podia ser sempre encarado como o aumento de uma capacidade de defesa por parte das Forças Armadas ucranianas. Mas o fornecimento de carros de combate nunca pode ser apenas envolvido em questões meramente de salvaguarda do território ou capacidade de defesa das forças ucranianas", considerou.


Números avançados por Carlos Branco indicam que, nos primeiros meses da guerra, os russos destruíram ou incapacitaram cerca de 2.500 carros de combate e viaturas blindadas ucranianas, e que o Exército ucraniano já se afirmava como o segundo mais bem equipado na Europa a seguir ao russo.


A maioria dos carros de combate fornecidos pelos aliados ocidentais à Ucrânia já foi destruído, garante. "O facto de pedirem desesperadamente viaturas e equipamento é significativo de que não estão a prevalecer no campo de batalha".


Arnaut Moreia destaca antes a "natureza ofensiva" e as características dos carros de combate que irão equipar as forças de Kyiv, e que os tornam num " instrumento ideal" para a condução de manobras ofensivas.


"A Ucrânia vai ter de pensar agora uma manobra diferente que a afaste de Bakhmut e Soledar e que permita, como fez em Kharkiv há alguns meses atrás, romper linhas, entrar na profundidade do dispositivo inimigo e desequilibrar o seu sistema defensivo. É isto que estes carros de combate vêm trazer", prognosticou.


Na análise de Carlos Branco, este tipo de equipamento, em particular, vai apenas prolongar o conflito, mas não vai fornecer recursos à Ucrânia para atingir o objetivo pretendido - a retirada das forças russas de todo o seu território.


"Mas em relação às viaturas blindadas, não aos carros de combate (tanques), o número atribuído é muito significativo. Aproxima-se do número que Valerii Zaluzhnyi, comandante em chefe das Forças Armadas ucranianas, pediu na entrevista à revista britânica The Economist", assinalou.


Ainda para Carlos Branco, as grandes divergências residem no número de carros de combate e no número de peças de artilharia.


"Não é provável que um Exército tenha capacidade ofensiva se não tiver capacidade para combate de armas combinadas. Não é um Exército sem artilharia, ou com uma artilharia muito reduzida, sem apoio aéreo, que vai conseguir prevalecer", sustenta.


Carlos Branco insiste que a questão consiste em saber quanto e quando o material será atribuído, enquanto Arnaut Moreira prefere destacar os "modelos de combate cada vez mais antigos" que a Rússia tem vindo a utilizar, recorrendo aos seus depósitos.


"Por outro lado, a capacidade industrial do ocidente tem uma enorme resiliência, estamos a distribuir o esforço da guerra por 50 países desta coligação avançada. A Federação russa é uma pequeníssima economia mundial, e militarizar a sua indústria vai ter reflexos dramáticos na qualidade de vida da sua população", frisou.


Uma perspetiva diferenciada do seu correligionário militar, ao assinalar uma grande desproporção de tanques e com vantagem para Moscovo.


"A Rússia tem 600 tanques T-90. E tem mais umas centenas de T-78 modificados, e em relação aos T-72 têm centenas e com o 'upgrade' que foi feito, sistemas de pontaria computorizada, proteção reativa, capacidade de combate noturno,", diz Carlos Branco.


Em resposta, Arnaut Moreira recorre ao exemplo da designada "Guerra das Estrelas" que na década de 1980 opôs os EUA à então URSS, considerando que o colapso da União Soviética não foi de natureza militar.


"Caiu pela incapacidade de responder ao que eram os anseios da população, que não percebia porque tinha de andar de Wartburg ou Lada em vez de Mercedes ou BMW. E porque o desafio da 'Guerra das Estrelas' obrigou-a um esforço de investimento na indústria de Defesa que fez colapsar todos os outros sistemas", disse à Lusa.


Desta forma, o major-general Arnaut Moreira assinala que, no atual conflito, o ocidente "não baixou a parada", e que militarização da indústria russa vai ser feita à custa da diminuição dos recursos para satisfazer as necessidades básicas da população. "É uma questão de tempo", disse.


Na quarta-feira, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu o envio de aviões de combate e de mísseis de longo alcance, mas ainda sem qualquer confirmação.


Este novo dado poderá implicar uma escalada, mesmo que Arnaut Moreira considere que a Rússia "tudo fará para não entrar em conflito com a NATO".


Nesse sentido, define o país como uma "pequeníssima economia mundial, só tem 140 milhões de habitantes, é basicamente o que tem a Polónia e a Alemanha". E destes dois países, frisa, "há mais 48 países nesta coligação. Estão aqui as grandes potências industriais, comerciais, de produção de riqueza em todo o mundo".


O "colapso da economia interna russa", motivado pelo esforço de guerra, poderá já perfilhar-se no horizonte, admite.


"Não há nenhuma vitória russa, é absolutamente impossível de acontecer. Mesmo que tenha uma vitória de natureza militar, já toda a gente está preparada para a eventualidade de ser necessário isolar ainda mais a Federação Russa, [que] no longo prazo vai sofrer tremendamente as consequências desta sua ação ofensiva sobre um dos seus vizinhos".


Carlos Branco opta antes por desatacar que, caso a Rússia considere que algum do armamento enviado ultrapasse as suas "linhas vermelhas", haverá uma escalada.


"E o que significa? Por exemplo, a Rússia atacar a Polónia, as oficinas onde esse equipamento é recuperado, as bases onde possam estar estacionados os F-16, e de onde eventualmente lançarão os seus ataques, porque não vejo onde irá a Ucrânia colocar os F-16 no seu próprio território, porque serão atacados".


Desta forma, sintetiza Carlos Branco, a "questão é saber se os russos vão interpretar estas decisões como algo que põe em causa a sua integridade territorial, o que eventualmente pode implicar a sua derrota no conflito, e então a situação entrará numa crescente escalada. E se atacarem um país da NATO, temos o 'caldo entornado'".


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Putin acusa "neonazis ucranianos" de cometerem crimes contra civis


O Presidente russo acusou hoje os "neonazis da Ucrânia" de cometerem crimes contra civis, declarações a propósito do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto usadas para justificar a ofensiva militar.


Putin acusa neonazis ucranianos de cometerem crimes contra civis



"Esquecer as lições da história leva à repetição de terríveis tragédias", defendeu Vladimir Putin, em comunicado hoje divulgado.


"A prova disso são os crimes contra civis, a limpeza étnica (e) as ações punitivas organizadas pelos neonazis da Ucrânia", afirmou, acrescentando que "é contra esse mal que os soldados [russos] estão a lutar corajosamente".


O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é comemorado anualmente, na sequência de uma resolução das Nações Unidas de 2005, assinalando-se hoje o 78.º ano da libertação dos prisioneiros do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau.


Vários sobreviventes vão hoje reunir-se para lembrar os últimos meses da II Guerra Mundial numa altura em que se vive novamente uma guerra na Europa.


O antigo campo de concentração e extermínio situa-se na cidade de Oswiecim, no sul da Polónia, que, durante a II Guerra Mundial, esteve sob ocupação das forças alemãs e se tornou um local onde foram assassinados milhares de judeus, polacos, prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos e outros alvos dos nazis.


Ao todo, cerca de 1,1 milhões de pessoas foram mortas no vasto complexo antes de o campo ser libertado pelas tropas soviéticas, em 27 de janeiro de 1945.


O local fica a apenas 300 quilómetros da Ucrânia, onde a agressão russa iniciada em fevereiro de 2022 provocou uma nova guerra na Europa que assombra muitos daqueles que prestam homenagem às vítimas de há oito décadas.


Vladimir Putin compareceu às comemorações do 60º aniversário da libertação do campo, em 2005, mas deixou de ser bem-vindo há vários anos e nenhuma autoridade russa foi convidada para estar presente hoje devido ao ataque da Rússia à Ucrânia, de acordo com o museu de Auschwitz-Birkenau.


Cerca de seis milhões de judeus europeus foram mortos no Holocausto e outros milhões foram mortos durante a guerra, que durou de 1939 a 1945.

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Rússia assume "ataques massivos" para suspender fornecimentos ocidentais


Durante os bombardeamentos do dia de ontem, a Rússia alegou ter, também, atingido "alvos da indústria de defesa ucraniana".

Rússia assume ataques massivos para suspender fornecimentos ocidentais



A Rússia assumiu, esta sexta-feira, a responsabilidade pelos mais recentes "ataques com mísseis massivos" sobre as infraestruturas energéticas ucranianas.


O Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência estatal russa RIA, justificou tal medida com a necessidade de suspender o fornecimento de armas ocidentais.


E, segundo a mesma fonte, tal terá impedido várias remessas de armamento, nomeadamente as disponibilizadas pela NATO, de chegarem às tropas ucranianas na frente de batalha.


A informação surge depois de a operadora estatal de energia da Ucrânia, a Ukrenergo, ter adiantado que a rede elétrica do país sofreu "danos significativos" na sequência de um ataque "massivo" com mísseis russos na quinta-feira.


Durante os bombardeamentos do dia de ontem, a Rússia alegou ter, também, atingido "alvos da indústria de defesa ucraniana".


Na manhã de quinta-feira, ocorreu um novo ataque em larga escala sobre várias regiões ucranianas, nomeadamente sobre Kherson, Odessa e Kyiv, entre muitas outras, que tiraram a vida a pelo menos 11 pessoas, com outras tantas a terem ficado feridas.


Os ataques de quinta-feira aconteceram logo após os parceiros ocidentais da Ucrânia, nomeadamente Alemanha e Estados Unidos, terem anunciado, pela primeira vez desde o início da guerra, o envio de tanques pesados para o país invadido por Moscovo - no seguimento do pedido feito por Kyiv, que alegava precisar dos mesmos para combater a invasão russa.


De facto, o Partido Social Democrata da Alemanha anunciou, na quarta-feira, que os aliados da Ucrânia estão a preparar-se para enviar, de facto, dois batalhões de tanques Leopard 2 para a Ucrânia - o que equivale a cerca de 80 veículos pesados. Segundo os responsáveis do partido, que lidera o governo alemão, os mesmos serão "entregues rapidamente".


Entretanto, o novo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, garantiu na quinta-feira que os tanques Leopard vão chegar à Ucrânia "no final de março ou início de abril" - o que sustenta essa mesma promessa.


Já depois, no mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou que vai ser efetivado a disponibilização de 31 carros de combate M1 Abrams para a Ucrânia. Em causa estão movimentações que surgem numa altura em que começam já a surgir receios de que Moscovo possa estar a preparar uma contraofensiva na primavera.


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Dez civis mortos e 20 outros feridos em ataques russos recentes à Ucrânia


A Presidência ucraniana indicou hoje que os mais recentes bombardeamentos russos na Ucrânia provocaram a morte a 10 civis e deixaram outros 20 feridos, um dia depois de o país ter sofrido uma nova vaga de ataques com mísseis.

Dez civis mortos e 20 outros feridos em ataques russos recentes à Ucrânia



Pelo menos duas vítimas civis morreram na cidade de Kherson, no sul, que as tropas ucranianas recapturaram em novembro, e outras duas foram registadas na província de Donetsk, no leste da Ucrânia.


Os bombardeamentos seguiram-se aos anúncios dos Estados Unidos e da Alemanha sobre os planos para o envio de tanques de guerra (Leopard 2 e Abrams) para ajudar a Ucrânia a defender-se e a neutralizar as forças russas. Outros países ocidentais disseram que também irão enviar veículos de combate em breve.


O envio de armamento pesado e dos blindados levou Moscovo a acusar o Ocidente de estar "a entrar num novo nível de confronto" com a Rússia.


O governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse que os militares russos usaram munições de fósforo de queima intensa no bombardeamento da localidade de Zvanivka, cerca de 20 quilómetros ao norte de Bakhmut, cidade que se tornou o foco de um impasse extenuante nos últimos meses.


Os bombardeamentos também danificaram vários edifícios de apartamentos e duas escolas na cidade vizinha de Vuhledar, disse Kyrylenko.


O governador da região vizinha de Lugansk, Serhii Haidai, disse, por sua vez, que um bombardeamento ucraniano atingiu duas bases russas nas cidades ocupadas de Kreminna e Rubizhne, matando e ferindo "dezenas" de soldados russos, declarações que estão ainda por confirmar por fonte independente.


Mais a sul, as tropas russas retomaram os bombardeamentos contra a cidade de Nikopol, junto ao rio Dnieper e próximo da central nuclear de Zaporijia, controlada pela Rússia, danificando prédios de habitação, gasodutos, linhas de energia e uma padaria, disseram as autoridades locais.


Também hoje, o Governo russo anunciou que as quatro regiões do leste e sul da Ucrânia anexadas pela Rússia vão mudar oficialmente para a hora de Moscovo.


Trata-se de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, que Moscovo integrou no território da Federação Russa no final de setembro de 2022, apesar de não ter o controlo total das quatro regiões e da oposição de Kiev e da comunidade internacional.


O Ministério da Indústria e Comércio russo disse que a mudança de fuso horário ocorrerá em breve, no âmbito da "sincronização passo a passo da legislação russa" nas regiões anexadas.


As quatro regiões "passarão a fazer parte do segundo fuso horário, em que funciona a hora de Moscovo", precisou o ministério na rede social Telegram, citado pela agência oficial russa TASS. O projeto de lei relevante já foi apresentado ao Governo da Federação Russa, segundo o ministério.


Relativamente a Moscovo, Kiev tem um fuso horário de menos uma hora. A Rússia não muda a hora no verão, período em que Kiev e Moscovo têm a mesma hora.


Com mais de 17 milhões de quilómetros quadrados, a Rússia é o maior país do mundo e tem 11 fusos horários, 10 dos quais referentes a uma mesma massa terrestre, de acordo com o 'site' especializado timeanddate.com. A exceção é o território russo de Kaliningrado, situado entre a Polónia e a Lituânia, junto ao Mar Cáspio.


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Ucrânia. Kyiv grata por apoio militar, mas "não é suficiente"


O conselheiro do Ministério da Defesa da Ucrânia Yuriy Sak afirma que as autoridades de Kiev estão muito gratas pelo apoio dos aliados ocidentais, incluindo Portugal, mas alerta que não é suficiente e tem de ser mais rápido.

Ucrânia. Kyiv grata por apoio militar, mas não é suficiente



Em entrevista à agência Lusa, o conselheiro militar diz que a ajuda do ocidente "foi muito crucial durante toda esta guerra, desde o primeiro dia da invasão da Ucrânia pelo agressor [russo]", em 24 de fevereiro do ano passado, apesar de alguns aliados estarem inicialmente "hesitantes em dar à Ucrânia, por exemplo, armas letais, que são usadas para parar tanques e veículos blindados".


Pouco a pouco, recorda, registou-se "uma mudança de atitude", face "às atrocidades cometidas pelo Exército russo e todos começaram a perceber que o Exército russo não será parado apenas com negociações".


Na semana passada vários países anunciaram o fornecimento à Ucrânia de tanques pesados Leopard 2, de fabrico alemão, e os Estados Unidos o Abrams, que Kiev pedia insistentemente, mas que as autoridades de Berlim e de Washington estavam renitentes em autorizar.


"Agora a Ucrânia receberá tanques dos nossos aliados e este será um desenvolvimento importante no campo de batalha", afirma o especialista militar, acrescentando: "Muitas coisas que eram impossíveis no início, tornaram-se possíveis depois".


Yuriy Sak diz que a Ucrânia está muito grata pela ajuda dos aliados, "incluindo Portugal, porque Portugal tem prestado muito apoio militar à Ucrânia".


Números avançados pela imprensa ucraniana dão conta do envio de cerca de cem tanques pesados, mas para o conselheiro militar é preciso mais: "Se a sua pergunta é se é suficiente para a Ucrânia, vou ter de responder sinceramente que não é".


O Exército ucraniano, precisa, necessita de 300 a 400 tanques "para que seja eficiente, para que possa continuar a contraofensiva e realmente romper as linhas de defesa do inimigo".


Precisa igualmente que o processo de envio seja mais célere do que os países aliados têm anunciado. "A coligação internacional que está ao lado da Ucrânia, que fornece à Ucrânia o apoio militar, pelo qual estamos muito gratos, precisa ser mais rápida", adverte, sublinhando que a Ucrânia fará o resto do trabalho.


"Onze meses depois desta guerra, esperamos que os nossos aliados ocidentais entendam muito bem que todos nós precisamos de uma coligação de nações livres. Temos de estar um passo à frente nesta matéria, porque, se estivermos um passo atrás, mais soldados ucranianos terão de sacrificar as suas vidas defendendo a nossa liberdade comum, mais cidades ucranianas terão de ser destruídas, e isso pode e deve ser evitado", sustentou.


A Ucrânia espera igualmente velocidade da parte dos aliados no envio de mísseis de longo alcance e aviões de combate e que não se repita a demora no entendimento para o envio de tanques nem impedimentos burocráticos.


"Qual é o sentido de arrastar este processo por um longo tempo? Precisamos fazer o que o nosso ministro da Defesa disse e atacar com punho de aço e, quanto mais armas recebermos - caças, tanques, mísseis de longo alcance - mais eficientes seremos e tenho a certeza de que ninguém está interessado em que esta guerra se torne prolongada", declarou.


Yuriy Sak refere que "esta é a maior guerra que o mundo assistiu desde o fim da II Guerra Mundial", em que "todo o tipo de armamento é usado muito, muito intensamente", dando conta de conversas que manteve com pessoas que participaram no conflito do Iraque, no Afeganistão e noutros países como a Síria, "e todos eles dizem que a intensidade da guerra na Ucrânia é algo que eles não viram em nenhum lugar".


É por isso que insiste no pedido de Kiev de "intensificar o apoio" e no envio de aviões de combate: "Vamos começar o treino de pilotos ucranianos em F-16 e outras versões de aeronaves de quarta geração. Isso garantirá que a guerra possa ser terminada mais cedo ou mais tarde".


Um dos motivos que tem conduzido às hesitações dos aliados no fornecimento de armamento à Ucrânia está relacionado com o risco da aproximação de uma confrontação entre a Rússia e a NATO, o que para Yuriy Sak não faz sentido.


"A única coisa que podemos dizer é que se o mundo ocidental não quer que essa guerra se torne mais global, então é preciso que os aliados ocidentais apoiem a Ucrânia mais rapidamente", repetindo os avisos de Kiev de que a pretensão do Presidente russo, Vladimir Putin, não se esgota na Ucrânia.


"É claro que Putin não tem a intenção de parar na Ucrânia. Se lhe for permitido, ele irá mais longe para oeste, porque ele odeia a NATO" e, explica, os seus interesses alargam-se a outros países como os estados bálticos, Polónia, Eslováquia, Hungria e Roménia. "Ele não quer que eles façam parte da NATO. Então, todos nós entendemos que este é um risco real".


No entanto, prossegue, a Ucrânia conseguirá travá-lo se tiver o apoio necessário: "Podemos parar esta guerra aqui. Não precisamos ter medo de um assediante, desse tigre de papel", afirmou, acrescentando que, quando as forças ucranianas se batem contra os russos, "todos veem como eles correm".


By Kok@s

nm
 
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