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[h=1]Rússia avança no controlo da cidade de Severodonetsk [/h]
[h=2]A Rússia retomou "o controlo da maior parte" da cidade ucraniana de Severodonetsk, mas fez poucos progressos na tentativa de cercar uma área mais vasta a partir do norte e do sul, disse hoje o Ministério da Defesa britânico.
De acordo com o seu relatório diário sobre o conflito, Londres adianta que os militares russos não estão a fornecer serviços públicos básicos à população nos territórios ocupados, o acesso à água potável não está garantido e há "perturbações significativas nos serviços telefónicos e de Internet".
O ministério adverte que "a escassez crítica de medicamentos é susceptível de ocorrer em Kherson", enquanto em Mariupol "aumenta o risco de um surto importante de cólera", depois de terem sido relatados casos isolados desde maio.
Londres acredita que um surto desta natureza irá agora colocar ainda mais pressão sobre os hospitais da área, estimando que estejam já "à beira do colapso".
De acordo com o presidente da câmara de Mariupol, Vadim Boychenko, a retirada de corpos dos escombros, fome e epidemias tornaram-se a realidade diária nesta cidade costeira ucraniana sob controlo russo. Numa entrevista à estação de televisão local Channel 24, o presidente da câmara, que vive fora da cidade e esteve em funções até à chegada dos russos, disse que entre 70 e 200 corpos estão a ser retirados dos escombros todos os dias.
No total, de acordo com os seus números, pelo menos 22.000 pessoas morreram na cidade portuária, nas margens do mar de Azov, durante o cerco a que foi sujeita pelas tropas russas.
"A situação é crítica: em Mariupol, houve uma catástrofe epidémica", com o desenvolvimento de numerosas doenças, incluindo um surto de cólera, devido às graves condições em que vive a restante população da cidade, acrescentou o presidente da câmara.
Boychenko explicou ainda que foram criados campos de filtragem à volta da cidade, que os russos utilizam para deportar civis ucranianos para o seu país.
Questionado sobre os soldados ucranianos que resistiram na siderurgia de Azovstal até ser capturada pelos russos, Boychenko disse estar a "trabalhar para que os heróicos defensores de Mariupol possam regressar vivos à Ucrânia".
A cidade de Mariupol, na região pró-russa de Donetsk, foi bombardeada durante semanas pelo exército russo, que, segundo as autoridades ucranianas, destruiu 80% dos edifícios da cidade.
Com uma população de meio milhão de habitantes, o que resta da cidade é atualmente o lar de cerca de 100.000 pessoas que, segundo Kiev, vivem em condições humanitárias terríveis.
[h=1]"Não existe tal coisa como 'Ocidentofobia' na Rússia" [/h]
[h=2]A presidente do Senado russo defendeu hoje que Moscovo está "condenado a interagir" com o Ocidente e disposto a ultrapassar o confronto com os países hostis, mas salvaguardando os seus interesses nacionais.
"Não existe tal coisa como 'Ocidentofobia' na Rússia. Estamos prontos para ultrapassar o atual confronto, mas claro que sem prejudicar os nossos interesses", escreveu Valentina Matviyenko, no seu blogue na página oficial do Conselho da Federação Russa, por ocasião das próximas celebrações do Dia da Rússia.
"Vivemos no mesmo planeta e estamos condenados a interagir. É muito lamentável que o outro lado não queira compreender isto agora", considerou a senadora, quando o Ocidente impõe pacote após pacote de novas sanções à Rússia pela sua campanha militar na Ucrânia.
"Devemos recordar constantemente que a 'russofobia' na Europa tem raízes profundas. E o que está a acontecer agora não é um episódio repentino e de curta duração, mas uma componente constante da vida sociopolítica ocidental. E temos de ter isto em conta em tudo, na política, na economia, na cultura", escreveu.
A responsável citou o pensador russo Nikolai Danilevsky, escrevendo: "A Europa vê a Rússia não só como um estrangeiro, mas também como um princípio hostil. Compreende, de facto instintivamente sente, que o núcleo da civilização russa é forte, não pode ser esmagado, pulverizado ou assimilado".
Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, salientou, por ocasião do 350.º aniversário de Pedro o Grande, que qualquer país, povo ou grupo étnico que aspire a ser uma das principais potências mundiais "deve garantir a sua soberania".
Sublinhou a importância de reforçar a soberania política, militar, económica e tecnológica, bem como a consolidação social em torno da história, cultura e língua russas, porque, argumentou, caso contrário "tudo se desintegrará".
"O país ou é soberano ou é uma colónia (...), se um país ou grupo de países não está em posição de tomar decisões soberanas, então já é, em certa medida, uma colónia. Uma colónia não tem qualquer hipótese de sobreviver no meio de uma luta geopolítica tão dura", disse o chefe de Estado.
[h=1]Tropas de Kyiv frustram tentativas russas de tomar Severodonetsk [/h]
[h=2]As forças armadas ucranianas dizem estar a frustrar as tentativas russas de tomar o controlo da cidade oriental de Severodonetsk, enquanto no sul as tropas russas estão a tentar capturar completamente a cidade de Zaporizhzhia.
"Os ocupantes, com a ajuda de unidades motorizadas e artilharia, realizaram operações de assalto na cidade de Severodonetsk. Não foram bem-sucedidos. A luta continua", disse o Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Ucrânia numa atualização operacional regular hoje à noite.
Citada pela agência Associated Press, a mesma fonte disse que as forças ucranianas tinham repelido com êxito um ataque russo à vila de Toshkivka, nos arredores de Severodonetsk.
O governador ucraniano da região oriental de Lugansk, onde fica Severodonetsk, disse hoje que a cidade continua a ser palco de "batalhas ferozes".
Numa mensagem na rede social Telegram, Serhii Haidai disse que as forças russas continuam a bombardear a cidade vizinha de Lysychansk, usando "armas de grande calibre que perfuram até o betão" "É extremamente perigoso para os civis permanecer, mesmo em abrigos", disse.
O vice-chefe da direção principal de operações do Estado-Maior General ucraniano, Oleksei Gromov, disse também hoje que as tropas russas estão a tentar retomar a sua ofensiva a Zaporizhzhia, para tentarem capturá-la completamente.
O militar disse que os russos deverão atacar a cidade desde a região de Kherson, a sul, que está maioritariamente controlada por Moscovo.
"O inimigo concentrou-se em manter as linhas, mas ao mesmo tempo não para de tentar retomar a ofensiva nessas áreas, provavelmente para tentar alcançar as fronteiras administrativas da região de Zaporizhzhia", disse Gromov, num 'briefing' organizado pela agência estatal Ukrinform.
A zona sul da região de Zaporizhzhia, incluindo duas cidades importantes e uma central nuclear, foi invadida pelas tropas de Moscovo nas primeiras semanas da guerra e permanece em mãos russas.
Kiev continua a controlar o norte da região, incluindo a capital, Zaporizhzhia, que anteriormente era um ponto de paragem para os civis que fugiam do porto em ruínas de Mariupol.
[h=1]Zelensky acredita que exército está a avançar em territórios ocupados [/h]
[h=2]O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje acreditar que o seu exército está a avançar em territórios ocupados pela Rússia, como Zaporizhia (Sul) e Kharkiv (Noroeste).
Contudo numa mensagem de vídeo recentemente transmitida, Zelensky ressalvou que a "situação não mudou muito" no enclave estratégico de Severodonetsk.
"Estamos a avançar, gradualmente, na região de Kharkiv, libertando a nossa terra. Mantemos a defesa em direção a Mykolaiv", precisou o Presidente da Ucrânia.
No seu discurso, o político também assinalou os danos causados pelos ataques russos a infraestruturas estratégicas na Ucrânia, como estradas, pontes ou antenas de televisão.
"Atacar centros de televisão, destruir canais de comunicação e deixar as pessoas isoladas é uma tática dos ocupantes", apontou.
[h=1]Condenações à morte de combatentes estrangeiros são "crime de guerra" [/h]
[h=2]O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos defendeu hoje que a condenação à morte, por autoridades separatistas pró-Rússia, de combatentes estrangeiros que lutaram ao lado dos ucranianos constitui "crime de guerra".
"Desde 2015, observamos que o chamado sistema judicial dessas autoproclamadas repúblicas não cumpre as garantias essenciais de um julgamento justo (...). Tais julgamentos contra prisioneiros de guerra constituem um crime de guerra", disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado, durante uma conferência de imprensa em Genebra.
Shamdasani sublinhou que em caso de sentença de morte, "as garantias de um julgamento justo são ainda mais importantes".
A agência de notícias oficial russa TASS informou na quinta-feira que o Supremo Tribunal da República Popular de Donetsk condenou à morte "os britânicos Aiden Aslin e Shaun Pinner e o marroquino Brahim Saadoun, acusados ??de participarem em combates como mercenários".
Os três homens foram aprisionados na região de Mariupol.
"Segundo o comandante-em-chefe da Ucrânia, todos esses homens fazem parte das forças armadas ucranianas. Nesse caso, não deveriam ser considerados mercenários", acrescentou a porta-voz.
A Rússia, que frequentemente denuncia a presença desses mercenários, afirmou nesta semana ter matado "centenas" de combatentes estrangeiros desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
O número exato desses combatentes estrangeiros não é conhecido.
No início de março, logo após o início da invasão russa, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que 16.000 estrangeiros se apresentaram como voluntários, um número não verificável de fontes independentes.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, manifestou-se "horrorizado" com as sentenças de morte.
"O primeiro-ministro ficou horrorizado com as sentenças dadas a esses homens", disse hoje um porta-voz de Downing Street.
A fonte oficial salientou que o líder conservador "está a acompanhar o caso de perto e pediu aos membros do seu governo que façam tudo o que estiver ao seu alcance para tentar reuni-los com as suas famílias o mais rapidamente possível".
"Condenamos completamente a farsa de condenar esses homens à morte. Não há absolutamente nenhuma justificação para essa violação da proteção a que eles têm direito", acrescentou o porta-voz.
Também em Londres, os familiares dos dois britânicos condenados à morte pediram hoje que as suas vidas sejam poupadas.
Segundo informações da estação de televisão BBC, as famílias de Aiden Aslin e Shaun Pinner destacaram a importância de conseguirem ajuda para que ambos tenham acesso a cuidados médicos e assistência jurídica após serem condenados por participar na guerra na Ucrânia em favor do lado ucraniano.
O pedido vem depois de os governos do Reino Unido e da Ucrânia garantirem que a condenação é uma violação da Convenção de Genebra.
A chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, que tenciona abordar o assunto com o seu homólogo ucraniano ao longo do dia, insistiu que se trata de "prisioneiros de guerra" e enfatizou que o julgamento "não tem legitimidade".
Os dois britânicos, de 28 e 48 anos respetivamente, viviam na Ucrânia quando a guerra eclodiu e foram detidos em abril pelas forças russas enquanto defendiam a cidade de Mariupol.
Ambos residiam na Ucrânia desde 2018 e Aslin tem dupla nacionalidade, enquanto Pinner se casou com uma ucraniana.
[h=1]ONG acusa Rússia da morte de quase uma centena de civis em Chernigov [/h]
[h=2]A Organização Não-Governamental (ONG) "Human Rights Watch" acusou as forças russas da morte de quase uma centena de civis nas duas semanas de bombardeamentos ocorridos em março na cidade ucraniana de Chernigov, noticiou hoje a Europa Press.
Segundo a mesma ONG, a campanha russa de ataques aéreos configurou uma violação flagrante das leis da guerra por uso de munições de fragmentação e por atingir hospitais.
O exército russo iniciou a campanha aérea contra Chernigov no primeiro dia da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, e efetuou a maior parte dos bombardeamentos entre 03 e 17 de março, período investigado pela "Human Rights Watch".
Após mais de um mês, a Rússia começou a levantar o cerco em 31 de março, quando o Estado-Maior anunciou uma mudança nas operações militares para concentrar o seu poder ofensivo no leste do país, em vez das áreas próximas da capital, Kiev.
A ONG compilou toda a informação disponível sobre as duas semanas de auge dos ataques, denunciando um total de 98 mortos e 123 feridos em oito ataques confirmados a partir das fontes a que teve acesso: mais de 20 de testemunhas, responsáveis de emergência locais, bem como a administração regional de Chernigov e o Ministério Público local.
A "Human Rights Watch" teve também teve acesso a imagens de satélite dos locais bombardeados em Chernigov.
A ONG assinala contudo o facto de as forças de defesa ucranianas terem arriscado, "muito provavelmente", a vida de civis em cinco desses ataques, ao instalarem um posto de controlo próximo de um hospital local. "O fracasso das forças ucranianas em remover civis provavelmente aumentou o número de vítimas, mas as forças russas devem distinguir entre civis e combatentes", disse o investigador principal daquela ONG, Belkis Wille.
Insistindo que os ataques russos "foram desproporcionais", aquele responsável sustentou que a Rússia agiu "sem respeito pela vida dos civis".
O ataque mais letal ocorreu em 03 de março, quando um bombardeiro russo atingiu um complexo de apartamentos, matando 47 civis, segundo a ONG.
Outro ataque importante ocorreu em 17 de março contra um complexo médico composto por dois hospitais, que causou a morte de 14 civis e ferimentos em 21 pessoas.
Este último ataque foi realizado com munições proibidas pelo direito internacional devido ao seu alcance indiscriminado.
"Os ataques russos a Chernigov demonstram o impacto devastador que os civis sofrem quando as forças em conflito usam material explosivo de longo alcance em áreas povoadas, provocando um aumento de ataques desproporcionais e provavelmente ilegais", concluiu a ONG.
[h=1]Cerca de 32 mil soldados russos mortos, segundo estimativa ucraniana [/h]
[h=2]A Ucrânia estimou hoje em cerca de 32 mil os soldados russos mortos em combate, incluindo mais de 200 no último dia, no quadro da guerra desencadeada em 24 de fevereiro pela ordem de invasão dada por Vladimir Putin.
O Estado-Maior do Exército ucraniano indicou, numa mensagem no Facebook, que, até agora, "cerca de 31.900 soldados" morreram e acrescentou que 1.409 tanques de batalha, 712 sistemas de artilharia e 222 lançadores de foguetes múltiplos autopropulsados e blindados também foram destruídos.
Da mesma forma, afirmou que 212 aviões, 178 helicópteros, 97 sistemas de defesa antiaérea, 2.438 veículos e tanques de combustível, treze barcos e 572 drones também foram destruídos, enquanto 125 mísseis de cruzeiro foram abatidos.
"O inimigo russo sofreu as maiores perdas durante o último dia nas direções Kharkiv e Bakhmut", refere o Estado-Maior na sua mensagem, antes de acrescentar que "os dados estão a ser atualizados".
"Atingido o ocupante. Vamos vencer juntos. A nossa força está na verdade", pode ler-se na mensagem.
Por outro lado, o Estado-Maior detalhou no seu balanço diário que as forças russas "continuam a tentar sem sucesso obter o controlo total da cidade de Severodonetsk, onde os combates continuam".
A cidade, localizada na província de Lugansk (leste), é um dos epicentros dos combates dos últimos dias.
É ainda destacado que "o inimigo mantém as suas ações defensivas em direção a Kharkov, onde seus principais esforços se concentram em manter as fronteiras ocupadas". "Para impedir o avanço das nossas tropas, o agressor realizou ataques de artilharia contra posições ucranianas", acrescentou.
"Na direção de Donetsk, o inimigo continua a disparar contra as nossas unidades em toda a linha de contacto, lançando mísseis e bombardeiros, também contra áreas povoadas", refere a mensagem, denunciando que "os ocupantes" estão a usar aeronaves militares em Bakhmut para reforçar seus ataques.
Por fim, indicam que "o inimigo tentou realizar tarefas de reconhecimento lutando em direção a Nahirne e Berestove, embora tenha sido repelido" e acrescentou que, por outro lado, as tropas russas "estão a avançar em direção a Vozdvizhenka-Roty, com sucesso parcial".
[h=1]Russos dizem ter destruído local de "supostos mercenários" em Kharkov [/h]
[h=2]O exército russo disse hoje ter destruído, com mísseis de alta precisão, um local de supostos mercenários estrangeiros na região de Kharkov, no leste da Ucrânia, informou o Ministério da Defesa russo.
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"Na cidade de Avdiivka, na região de Kharkov, uma base de mercenários foi destruída com mísseis aéreos de alta precisão", anunciou o porta-voz da Defesa, tenente-general Igor Konahsenkov.
De acordo com o comando militar, durante o último dia a aeronave russa destruiu, com mísseis aéreos, nove centros de concentração de militares e equipamentos ucranianos, cinco posições de lançadores múltiplos em cidades da região de Lugansk e um sistema de mísseis antiaéreos Buk-M1 em Donetsk.
A aviação tática e de assalto atacou 48 centros de concentração de forças e equipamentos de guerra, com um saldo de 170 soldados mortos e cinco tanques, seis peças de artilharia, oito veículos e um armazém de munições destruído na região de Donetsk.
Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram duas aeronaves MiG-29 nas regiões de Mikolaiv e Kharkov, bem como 12 drones nas regiões de Luhansk e Kharkov, referiu o comando militar.
Além disso, intercetaram ainda três mísseis Uragán na região de Kharkov.
Por sua vez, a artilharia russa atacou 231 centros de concentração de forças e equipamentos de guerra do exército ucraniano, além de 13 postos de comando e 42 posições de artilharia, e causou mais de 300 baixas nas forças ucranianas.
O fogo da artilharia russa destruiu também, de acordo com as informações, 11 veículos blindados, dois lançadores múltiplos Grad, dez peças de artilharia, nove veículos e nove armas, munições e depósitos de combustível.
[h=1]Pró-russos negoceiam com militares ucranianos saída de civis de Azot [/h]
[h=2]Os separatistas pró-russos da autoproclamada República Popular de Lugansk asseguraram hoje que estão a negociar a saída dos civis bloqueados na fábrica de produtos químicos de Azot, em Severodonetsk, com os militares ucranianos que lá se mantêm.
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"Estabelecemos contacto com os combatentes, estamos a negociar a saída segura de civis do território da fábrica", disse o "embaixador" na Rússia da região separatista, Rodion Miroshnik, na sua conta do Telegram.
De acordo com o pró-russo, estão atualmente bloqueados na fábrica "entre 300 e 400 combatentes ucranianos".
Na véspera, Miroshnik afirmou que "um reduzido grupo de formações ucranianas no território da empresa química Azot já não pode deixar as suas instalações".
"Todas as rotas de fuga estão cortadas", salientou.
O representante das milícias de Lugansk estimou que em Azot poderiam permanecer até cerca de 500 civis "que se esconderam dos bombardeamentos nos abrigos da fábrica". "Há mais civis, mas estão noutras partes da fábrica", acrescentou.
De acordo com os pró-russos, a vida e o tratamento digno serão garantidos aos militares ucranianos que se renderem, de acordo com as normas internacionais, "se libertarem os reféns, cessarem a resistência e se renderem sem quaisquer condições".
A guerra na Ucrânia levou a que os países europeus, principalmente, deixassem cair as cooperações com a Rússia em vários planos. No caso das parcerias espaciais, o telescópio alemão do observatório espacial Spektr-RG foi desligado devido à invasão. Contudo, agora a Rússia quer assumi-lo unilateralmente.
Equipado com dois telescópios, o alemão eROSITA e o russo ART-XC, este equipamento foi lançado em julho de 2019 para mapear a totalidade do céu em raios-X, mas desde o início do conflito, a parte alemã está desligada.
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Rússia ameaça "roubar" telescópio alemão[/h]
As potências aliadas no repúdio à ação militar da Rússia têm deixado de cooperar nos projetos onde a nação de Putin estava envolvida. O caso da ameaça à Estação Espacial Internacional foi um primeiro sinal que quer na Terra, quer no espaço, a vontade de isolar a Rússia era uma certeza. No entanto, Putin quer seguir sozinho e não perder o trabalho já elaborado no passado.,
Assim, a Rússia segue os seus esforços para se tornar intocável na exploração espacial. O diretor da Roscosmos Dmitry Rogozin, "amigo pessoal" de Vladimir Putin e um político, não um cientista, é a voz dessa intenção. A mais recente manobra de provocação envolve o observatório Spektr-RG, um projeto conjunto entre a agência espacial russa e o Instituto Max Planck, da Alemanha.
Este observatório está equipado com dois telescópios, o alemão eROSITA e o russo ART-XC. Após ter sido desligado, como consequência da invasão da Ucrânia, Rogozin declarou que a Roscosmos irá ligá-lo novamente e assumir o controlo do observatório de forma unilateral, sem pedir permissão aos alemães.
O Spektr-RG foi projetado como o sucessor do satélite e radiotelescópio espacial Spektr-R, lançado em 2011 e deixou de funcionar em janeiro de 2019, meses antes do novo observatório entrar em operação. O maior instrumento do conjunto, o telescópio de raios-X eROSITA, é projeto alemão desenvolvido para observar a expansão do universo, e já captou imagens incríveis do céu observável.
A parte russa do conjunto é o segundo telescópio, chamado ART-XC, embora a ideia de usar raios-X para capturar emanações energéticas do Cosmos tenha sido ideia do astrofísico russo Rashid Sunyaev, ainda na época da União Soviética. O projeto, datado dos anos 1980, já previa a colaboração entre países (na sua maioria europeus), mas não foi para a frente devido o alto custo. Em 2003, a Roscosmos retomou o projeto, mas de menor escala.
O eROSITA foi planeado para uma missão de 7 anos, no que ele deverá perscrutar o céu e registar emanações de até 10 KeV, de modo a detetar novos aglomerados e núcleos ativos de galáxias, mas a invasão da Rússia à Ucrânia atrapalhou os trabalhos, unicamente devido a Dmitry Rogozin.
[h=3]Não foi a Alemanha que "desligou" a sua parte no telescópio[/h] Depois da invasão, vários países cancelaram os acordos com a Rússia. Por sua vez, a Roscosmos, a agência espacial russa, cancelou todos os contratos e acordos mantidos com outras agências para lançamentos futuros, em represália a tais nações serem contra a "operação militar especial" da Rússia na Ucrânia, e apoiarem sanções e vetos contra Moscovo.
Um dos mais emblemáticos envolveu a OneWeb, para o lançamento (já pago) da última leva de satélites de órbita baixa da concorrente da SpaceX. Conforme foi anunciado, três dias antes do lançamento, a Roscosmos cancelou o contrato e exigiu que o Reino Unido, que havia ajudado a OneWeb da falência, saísse da parceria, o que não aconteceu.
Como resultado, quer o investimento financeiro, quer os 36 satélites ficaram em terra, pois nada subiu ao espaço no foguetão Soyuz. Tudo ficou nas mãos dos russos.
O Spektr-RG também não escapou ileso. No dia 2 de março de 2022, o Instituto Max Planck declarou que o eROSITA foi colocado em "modo de espera" devido ao conflito.
Simultaneamente, Rogozin afirmou que um dos satélites do observatório foi desligado não pelos alemães, mas pela Roscosmos, aparentemente a pedido dos outrora parceiros.
O diretor da Roscosmos Dmitry Rogozin, é um "amigo pessoal" de Vladimir Putin e um político, não um cientista. Disse há alguns dias que aRússia "é capaz de destruir fisicamente qualquer agressor ou qualquer grupo agressor em minutos, a qualquer distância"
Segundo informações, a agência russa "possui os recursos para conduzir as experiências sozinha", dando a entender que a Roscosmos dependeria apenas do ART-XC para suas investigações. Até aqui não era importante quem desligou o quê, o facto era que o eROSITA estava offline e em tese, deveria permanecer assim. Ou assim se pensou.
Numa entrevista recente à rede de televisão russa, Rogozin disse que "recebeu instruções para restaurar a operação do telescópio alemão no sistema Spektr-RG, de modo que ele volte a operar em conjunto com os instrumentos russos".
Apesar da exigência da Alemanha em desligar um dos dois telescópios do Spektr-RG, os especialistas russos insistem que ele continue o seu trabalho. A Roscosmos tomará decisões relevantes a esse respeito num futuro próximo.
Eles — as pessoas que decidiram desligar o telescópio — não possuem o direito moral de interromper tal investigação em prol da humanidade, pois os seus ideais pró-fascismo são muito próximos dos dos nossos inimigos.
Disse Dmitry Rogozin em declarações.
[h=3]Rússia poderão ser os primeiros piratas espaciais [/h]
Segundo informações, Rogozin em momento algum mencionou consultar o Instituto Max Planck, de facto, a operação em tese será retomada de modo unilateral, no que o controlo do Spektr-RG passará a ser 100% da Rússia. Em grosso modo, a Roscosmos está prestes a roubar o eROSITA à Alemanha.
Claro que a declaração de Rogozin caiu muito mal entre a comunidade científica, e mesmo os investigadores russos estão irritados com a atitude. Lev Zeleny, diretor do Instituto de Investigação Espacial da Academia de Ciências da Rússia, disse que "todos os cientistas do instituto são contra tal proposta", tanto por razões políticas (é um ato de pirataria clássico, afinal), quanto técnicas.
Atualmente, o Spektr-RG está no Ponto Lagrange L2 do Sistema Sol-Terra, o mesmo onde se encontra o Telescópio Espacial James Webb, a 1,5 milhão de quilómetros de distância. Resta saber se a Roscosmos cumprirá a ameaça de Rogozin, que pode tornar-se no primeiro pirata espacial da História.
[h=1]Rússia prepara-se para introduzir batalhões de reserva na Ucrânia [/h]
[h=2]Medida revela a dificuldade em derrubar a resistência ucraniana.
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Os serviços de inteligência britânicos acreditam que a Rússia se estará a preparar para implementar batalhões de reserva na Ucrânia. Uma medida que revela a dificuldade em derrubar a resistência ucraniana.
"Nas últimas semanas, provavelmente começaram os preparativos para o desdobramento de um terceiro batalhão em algumas formações de combate. A maioria das brigadas normalmente destaca não mais do que dois dos três batalhões de cada vez", disse o comunicado da inteligência britânica.
Segundo frisa o jornal Ukrayinska Pravda, estes terceiros batalhões não estão muitas vezes totalmente equipados, sendo que "a Rússia, provavelmente, terá que contar com recrutas ou reservistas mobilizados".
"A implantação simultânea de todos os três batalhões provavelmente reduzirá a capacidade de longo prazo das unidades de recuperar o poder de combate após as operações", disse o comunicado.
Refira-se que a Rússia está a investir tudo para conquistar Severodonetsk, uma das cidades que nos últimos dias têm sido palco de fortes combates pelo controlo.
[h=1]Zelensky reitera necessidade de sistemas modernos de defesa antimísseis [/h]
[h=2]Segundo Zelensky, o fornecimento destes sistemas já teria sido possível “este ano, no ano passado e mesmo antes”.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou, este domingo, a necessidade de fornecer “sistemas modernos de defesa antimísseis” à Ucrânia e revelou que o país já foi alvo de mais de dois mil ataques com mísseis.
“Hoje é o 109.º dia de uma guerra em grande escala, mas não é o 109.º dia que dizemos aos nossos parceiros uma coisa simples: a Ucrânia precisa de sistemas modernos de defesa antimísseis”, começou por afirmar o chefe de Estado na sua comunicação diária ao país.
Segundo Zelensky, o fornecimento destes sistemas já teria sido possível “este ano, no ano passado e mesmo antes”. “Conseguimo-los? Não. Precisamos deles? Sim. Já houve 2.606 respostas afirmativas a esta pergunta, sob a forma de vários mísseis de cruzeiro russos que atingiram cidades ucranianas”, frisou.
Em Severodonetsk, “travam-se lutas muito ferozes, literalmente por cada metro” e aumenta a pressão “na direção de Lysychansk, Bakhmut, Slovyansk e assim por diante”.
Mas, lembra o presidente ucraniano, a Rússia “vai tentar lançar recrutas mal treinados para a batalha e aqueles que foram reunidos por mobilização encoberta”. Para os generais russos, o seu povo é visto “simplesmente como a forragem de canhão de que necessitam para ganhar uma vantagem em número”.
“Isto significa apenas uma coisa: a Rússia pode atravessar a linha de 40 mil das suas tropas perdidas já em junho. Em nenhuma outra guerra, em muitas décadas, perderam tanto”, atirou.
[h=1]Perdoar soldados britânicos? Sem "qualquer fundamento", diz separatista [/h]
[h=2]Os britânicos Shaun Pinner e Aiden Aslin e o marroquino Brahim Saadoun foram acusados de “participarem em combates como mercenários” e condenados à pena de morte.
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O líder pró-russo da região separatista de Donetsk, Denis Pushilin, considerou, este domingo, que não há "fundamentos" ou “pré-requisitos” para perdoar os dois militares britânicos condenados à pena de morte por lutarem ao lado das tropas ucranianas na cidade portuária de Mariupol.
“Não vejo qualquer fundamento, pré-requisitos, para eu tomar tal decisão sobre um perdão”, afirmou o líder separatista, Denis Pushilin, citado pela agência de notícias Reuters.
Os dois britânicos viviam na Ucrânia quando a guerra eclodiu e foram detidos em abril pelas forças russas enquanto defendiam Mariupol. Ambos residiam na Ucrânia desde 2018 e Aslin, de 28 anos, tem dupla nacionalidade, enquanto Pinner, de 48, se casou com uma ucraniana.
A decisão tem sido condenada pela comunidade internacional e o Reino Unido já considerou o julgamento “fraudulento”, uma vez que os britânicos já eram militares antes do início da invasão e, por isso, deviam estar protegidos pelos acordos da Convenção de Genebra.
Já as autoridades separatistas consideraram que se tratam de “crimes graves” e deram um mês aos soldados para recorrer da decisão.
[h=1]rasto de destruição após quatro mísseis atingirem Chortkiv [/h]
[h=2]O ataque provocou 22 feridos, entre os quais uma criança de 12 anos.
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O governador regional de Ternopil, Volodymyr Trush, partilhou na rede social Telegram o rasto de destruição provocado pelos mísseis lançados a partir do Mar Negro em direção a Chortkiv.
O ataque provocou 22 feridos, entre os quais uma criança de 12 anos.
Foi parcialmente destruída uma base militar e também instalações civis, confirmou o governador regional de Ternopil, numa comunicação online.
"Todos os mísseis eram do Mar Negro. Uma instalação militar e instalações civis foram parcialmente destruídas. Não há vítimas [mortais], mas temos feridos - 22 pessoas foram hospitalizadas", disse Trush, acrescentando que os feridos incluem uma criança de 12 anos.
De acordo com o governador, quatro edifícios residenciais foram danificados.
O ataque à cidade, que fica a 75 quilómetros a sul de Ternopil, ocorreu ao final da tarde de sábado.
[h=1]Soldado britânico morto em combate em Severodonetsk [/h]
[h=2]Militar deixou o exército britânico em março deste ano para continuar a sua carreira como soldado em outras áreas. Acabou por rumar a Ucrânia para ajudar.
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Um antigo soldado britânico foi morto em combate contra as tropas russas em Severodonetsk.
A informação é confirmada pela família nas redes sociais. "Ontem (06/10/22) recebemos a devastadora notícia de que o nosso filho, Jordan, foi baleado e morto na cidade de Severodonetsk, na Ucrânia", escreve o pai do soldado, Dean Gatley.
De acordo com o pai de Jordan, o militar deixou o exército britânico em março deste ano para continuar a sua carreira como soldado em outras áreas. Acabou por rumar a Ucrânia para ajudar.
"Recebemos várias mensagens da sua equipa a contar-nos sobre a sua riqueza de conhecimento, as habilidades como soldado e o amor pelo trabalho", escreve o pai enlutado. Foi um herói e estará para sempre em nossos corações
Dean afirma ainda que a equipa de Jordan tem afirmado que "todos o amavam" e que "ele fez uma enorme diferença na vida de muitas pessoas, não apenas como soldado, mas também treinando as forças ucranianas".
"Ele amava o seu trabalho e estamos muito orgulhosos dele. Ele foi realmente um herói e estará para sempre nos nossos corações", conclui o britânico.
Refira-se que Severodonetsk tem sido palco de duras batalhas pela conquista da cidade. A Rússia não desiste de conseguir o controlo da mesma e já destruiu a segunda ponte de acesso à cidade, restando apenas uma.
[h=1]Rússia diz ter destruído grande armazém de mísseis antitanque estrangeiro [/h]
[h=2]A Rússia afirmou hoje ter destruído com mísseis 'Kalibr' de longo alcance um grande armazém de sistemas de mísseis antitanque fornecidos a Kyiv pelos Estados Unidos e por países europeus na região de Ternopil, no oeste da Ucrânia.
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Os mísseis foram lançados do mar sobre a cidade de Chortkiv, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, no seu relatório matinal sobre a guerra.
Segundo o responsável, os 'Kalibr' atingiram "um grande armazém de sistemas de mísseis antitanque fornecidos ao regime de Kyiv pelos Estados Unidos e por países europeus, além de sistemas portáteis de mísseis antiaéreos e projéteis de artilharia para sistemas de armas".
Além disso, de acordo com Konashenkov, durante o último dia foram lançados pelo ar mísseis de alta precisão que atingiram dois postos de comando e 15 áreas de concentração de soldados e equipamentos militares das Forças Armadas da Ucrânia.
Esses mísseis destruíram, segundo a Rússia, um lançador de sistema de mísseis antiaéreos Buk-M1 perto de Barvinkove, na região de Kharkov, e uma estação de radar de controlo do espaço aéreo perto de Sloviansk, na região de Donetsk.
Atingiram ainda um radar para detetar e rastrear alvos do sistema de mísseis antiaéreos S-300 nas proximidades de Krivoy Rog na região de Dnipro, bem como duas baterias de sistemas de mísseis de lançamento múltiplo em dois locais nas regiões de Donetsk e Lugansk.
[h=1]Rússia detém mais de 50 pessoas em manifestação contra guerra na Ucrânia [/h]
[h=2]As autoridades russas terão recorrido a tecnologia de reconhecimento facial para rastrear e deter os manifestantes.
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Mais de 50 pessoas foram detidas, este domingo, em Moscovo, por participaram numa manifestação contra a guerra na Ucrânia.
De acordo com a Radio Free Europe/Radio Liberty, os manifestantes detidos são ativistas políticos, jornalistas e cidadãos que já tinham participado em alguns protestos.
Os protestos decorreram no metro e, de acordo com a mesma fonte, as autoridades russas utilizaram tecnologia de reconhecimento facial para rastrear e deter os manifestantes.
A maior parte dos detidos terão sido obrigados a assinar um "aviso sobre a inadmissibilidade de ações ilegais" antes de serem libertados.
A manifestação, que ocorreu no Dia da Federação Russa, terá sido denunciada através de grupos no Telegram.
Assinala-se, este domingo, o 109.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser mais elevado, pelo menos 4.200 civis morreram no conflito.
[h=1]Ex-primeiro-ministro russo questiona decisões de Putin e avisa Báltico [/h]
[h=2]Mikhail Kasyanov governou a Rússia entre 2000 e 2004 e é um dos mais proeminentes críticos de Vladimir Putin.
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O antigo primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Kasyanov, que governou o país entre 2000 e 2004, alertou esta segunda-feira que a guerra poderá durar dois anos e que as ameaças de Vladimir Putin sobre os países do Báltico não devem ser encaradas com leviandade.
Em entrevista à agência France-Presse, citada pelo The Guardian, Kasyanov - que passou para a oposição russa depois de ter sido afastado pelo atual presidente russo em 2004, comentou que Putin está "perdido, não em termos médicos, mas em termos políticos".
"Eu simplesmente conheço estas pessoas, e olhando para elas vejo que Putin está perdido. Não em termos médicos mas em termos políticos. Eu conheci um Putin diferente", afirmou.
Kasyanov é um histórico líder russo do pós-colapso da União Soviética, tendo passado pelos cargos de ministro das Finanças e primeiro-ministro, e ajudado o primeiro presidente russo, Boris Yeltsin, nos anos 90. Em 2004, o primeiro-ministro foi afastado pelo presidente, Vladimir Putin, com quem discorda. Após a sua saída, Kasyanov tornou-se num dos rostos da resistência russa, fundando o Partido da Liberdade e tentando concorrer contra Putin em várias eleições - sempre sem sucesso ou impedido de participar pelo autocrata.
O antigo líder russo também afirmou que acredita que a guerra irá prolongar-se durante dois anos, deixando claro que é crucial que a Ucrânia ganhe, pela segurança da Europa.
"Se a Ucrânia cair, os estados Bálticos serão os próximos", disse, ecoando as esporádicas ameaças do Kremlin a países que pertenceram outrora à União Soviética ou ao Império Russo.
No que diz respeito ao futuro de uma Ucrânia, caso esse futuro consista numa tomada pelos russos, Mikhail Kasyanov acredita que Putin irá eventualmente nomear um hipotético sucessor ao seu poder, mas o antigo primeiro-ministro ainda acredita num final feliz.
"Estou certo que a Rússia regressará ao caminho da construção de um estado democrático", afirmou.
Desde o início da guerra, o regime russo tem impedido e oprimido quaisquer formas de manifestação e protesto contra a invasão, uma opressão que também passa pela suspensão de órgãos de comunicação social que não partilhem a propaganda do Kremlin.
A guerra na Ucrânia já matou mais de 4.200 civis ucranianos, segundo apontam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar baixas civis em cidades bombardeadas ou tomadas pelos russos, como é o caso de Mariupol, onde se estima que tenham morrido dezenas de milhares de pessoas.
[h=1]Amnistia Internacional acusa Rússia de crimes de guerra em Kharkiv [/h]
[h=2]A Amnistia Internacional (AI) acusou a Rússia de cometer crimes de guerra na cidade ucraniana de Kharkiv, ao utilizar bombas de fragmentação, de uso proibido, que mataram centenas de civis, indica hoje um relatório daquela organização não-governamental.
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Num relatório intitulado "Qualquer um pode morrer a qualquer momento", a AI condena ataques indiscriminados das forças russas em Kharkiv, que causaram morte e destruição generalizadas durante bombardeamentos realizados a bairros residenciais no final de fevereiro.
Na investigação, a AI diz que encontrou fortes evidências de que as forças russas usaram repetidamente munições "cluster 9N210 e 9N235", bem como explosivos de dispersão, ambas proibidas por tratados internacionais, devido aos seus efeitos indiscriminados.
"O povo de Kharkiv enfrentou bombardeamentos indiscriminados e implacáveis nos últimos meses, que mataram e feriram centenas de civis", disse Donatella Rovera, responsável da AI, acrescentando "Pessoas morreram nas suas casas e nas ruas, em parques infantis e cemitérios, enquanto faziam fila por ajuda humanitária ou compravam comida ou remédios".
O uso de munições cluster é proibida, sendo apontado como um exemplo de total desrespeito pelas vidas civis e, segundo a AI, as forças russas responsáveis por esses ataques devem ser responsabilizadas pelas suas ações, e as vítimas e as suas famílias devem ser indemnizadas".
O diretor do departamento médico da administração militar regional de Kharkiv relatou à AI que, desde que começou o conflito, naquela região foram mortos 606 civis e outros 1.248 ficaram feridos.
Embora a Rússia não seja tenha assinado a Convenção sobre Munições Cluster ou a Convenção de Proibição de Minas Antipessoal, o Direito Internacional Humanitário proíbe ataques indiscriminados e o uso de armas que, pela sua natureza, tenham efeitos indiscriminados, pelo que, conforme acentua a AI, dirigir ataques indiscriminados que causem morte ou ferimentos à população civil constituem crimes de guerra.
A AI assinala, por outro lado, que as forças ucranianas frequentemente lançam ataques a partir de bairros residenciais, colocando assim em risco a população civil dessas áreas.
A AI observa que tal prática das forças ucranianas viola o Direito Internacional humanitário, mas ressalva que de forma alguma justifica os repetidos ataques indiscriminados das forças russas com bombas de fragmentação e outro armamento proibido.
O bombardeio de Kharkiv, cidade com um milhão e meio de habitantes, começou em 24 de fevereiro, ao mesmo tempo que a invasão russa da Ucrânia.
A título de exemplo, num parque infantil, Oksana Litvynyenko, 41, ficou gravemente ferida quando várias munições de fragmentação explodiram enquanto caminhava com seu marido Ivan e sua filha de quatro anos.
Os estilhaços penetraram nas suas costas, tórax e abdómen, perfurando os pulmões e a coluna. O ataque ocorreu a meio da tarde, enquanto muitas outras famílias estavam naquele parque com seus filhos.
Numa outra situação, pelo menos seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas, na manhã de 24 de março, quando munições de fragmentação atingiram um estacionamento perto da estação de Metro "Akademika Pavlova", onde centenas de pessoas faziam fila para receber ajuda.
[h=1]Batalha por Severodonetsk "é das mais violentas" da história europeia [/h]
[h=2] O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que o custo humano da batalha de Severodonetsk, uma cidade estratégica no leste do país, é "aterrador" e será lembrada como uma das mais violentas de sempre na Europa.
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"O custo humano desta batalha para nós é muito elevado. É simplesmente aterrador", disse Zelensky no seu discurso diário aos ucranianos, transmitido na plataforma Telegrama.
O chefe de Estado ucraniano, citado pela agência Efe, acrescentou que "a batalha em Donbass irá certamente ficar na história militar como uma das batalhas mais violentas da Europa".
"Estamos a lidar com o mal absoluto", afirmou, explicando que "não há outra escolha senão avançar e libertar" o seu país, incluindo as regiões ocupadas pela Rússia no sul e no leste, que enfrentam um "bloqueio civilizacional", uma vez que os russos estão a "bloquear todas as comunicações" para o mundo exterior.
Na comunicação, Zelensky colocou o nível de perdas em 100 soldados e 500 feridos por dia nos combates com o exército russo, que tenta controlar Severodonetsk, ainda sem sucesso.
Zelensky também apelou uma vez mais ao Ocidente para fornecer "mais armas" ao exército ucraniano, uma vez que as tropas de Moscovo controlam a maior parte de Severodonetsk e continuam a esmagar a artilharia ucraniana.
No início da noite, o governador da região de Lugansk, Sergei Gaidai, disse que "70-80% da cidade" foi ocupada pelos russos, acrescentando que "as três pontes (que ligam Severodonetsk à sua cidade vizinha de Lyssychansk) foram destruídas".
[h=1]Polícia ucraniana abre processo penal para investigar 12 mil mortes [/h]
[h=2]A polícia ucraniana abriu um processo penal para investigar a morte de mais de 12.000 pessoas, a maioria delas encontrados em valas comuns, anunciou o chefe da Polícia Nacional, Ihor Klymenko.
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Numa entrevista à agência noticiosa Interfax-Ukraine, o chefe da polícia disse que estão na posse de 1.200 corpos, também encontrados em valas comuns, que ainda não foram identificados.
Recebemos "relatórios e abrimos processos penais [para investigar] a morte de mais de 12.000 pessoas, muitas delas encontradas em valas comuns", disse Klymenko.
Klymenko afirmou que, para além das pessoas mortas na rua, um grande número de civis foi encontrado morto nas suas habitações.
Quanto às valas comuns, explicou que é ainda demasiado cedo para quantificar o número de corpos encontrados, uma vez que os agentes da lei localizam vários cadáveres todas as semanas.
"Em Bucha, 116 pessoas foram enterradas numa dessas sepulturas; houve enterros menores de cinco a sete pessoas cada. Os residentes recolhiam os corpos dos mortos e enterravam-nos em parques", descreveu.
Segundo o chefe da Polícia ucraniana, no total, cerca de 75% dos mortos são homens, cerca de 2% são crianças e os restantes são mulheres, sublinhando que "são civis, não tiveram nada a ver com as estruturas militares ou policiais do país".
Ihor Klymenko adiantou que a exumação dos cadáveres "é um processo longo e laborioso, porque muitos corpos estão num estado avançado de putrefação".
"Selecionámos o ADN dos familiares que nos contactaram (...) e depois comparámos os perfis desses familiares com os perfis dos mortos, enterrados, baleados, que não puderam ser identificados", referiu.
[h=1]Rússia faz "pequenos avanços" na região de Kharkiv [/h]
[h=2]O Kremlin aumentou o investimento em defesa para corresponder às exigências da guerra, mas atrasos tecnológicos são obstáculo aos objetivos de Putin.
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Na sua atualização diária desta terça-feira sobre a situação na Ucrânia, o Ministério da Defesa do Reino Unido informou que as tropas russas fizeram "pequenos avanços" na região de Kharkiv "pela primeira vez em várias semanas"; depois dos ucranianos terem celebrado a retirada dos russos da segunda maior cidade do país, que fica na zona nordeste.
Numa nota publicada no Twitter, os britânicos alertam ainda que o "principal esforço operacional russo continua a ser o assalto contra a região de Severodonetsk".
De recordar que, no final de maio, a retirada de tropas russas da região de Kharkiv motivaram a reabertura do serviço de metro na cidade e uma visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, às tropas destacadas na periferia da cidade.
Na mesma nota, os serviços de informação britânicos mencionam que o investimento em defesa na Rússia está a aumentar para corresponder ao esforço de guerra.
Segundo o Reino Unido, o "vice-presidente da comissão industrial militar russa previu que o investimento do estado em defesa aumente em 600 a 700 mil milhões de rublos (entre 10 a 11,7 mil milhões de euros), o que se aproximaria de um aumento de 20% no orçamento de defesa".
No entanto, o comunicado refere que as sanções e o atraso tecnológico no material bélico russo continuam a complicar as contas do Kremlin. Apesar do investimento reforçado pelo estado permitir que a máquina de guerra continue a funcionar, "a indústria continua a ter dificuldades em corresponder a muitos requisitos" e "a produção russa de sistemas eletrónicos avançados provavelmente continuará perturbado e poderá enfraquecer os seus esforços em substituir equipamentos perdidos na Ucrânia".
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez quase 4.400 mortos entre a população civil (incluindo mais de 200 crianças). Contudo, estima-se que o número real de mortos seja muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar baixas civis em zonas tomadas ou sitiadas pelos russos.
"Nós, cidadãos da Rússia". Petição contra mobilização reúne 179 mil nomes
[h=2]Uma petição contra a mobilização, parcial ou total, na Rússia, reuniu mais de 179 mil assinaturas na plataforma Change.org, cujo número disparou após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter mobilizado 300 mil reservistas para a Ucrânia. [/h]
"Nós, cidadãos da Rússia, homens e mulheres, pronunciamo-nos contra uma mobilização parcial ou geral. O presidente Vladimir Putin não tem, e não pode ter, fundamentos legais ou causas argumentadas e ponderadas para anunciá-la", afirma a petição.
O texto acrescenta que os russos não estão dispostos a submeter os seus irmãos, filhos, maridos, pais e avós a perigos físicos e morais na "situação atual de incerteza".
"Esta petição estará em vigor durante todo o período da operação militar especial no território da Ucrânia e até que termine", acrescenta a petição, que adicionou dezenas de milhares de assinaturas nas últimas horas.
Putin anunciou, esta quarta-feira, uma "mobilização parcial" dos cidadãos do país, quando a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês do conflito, numa mensagem dirigida à nação.
A medida, que entra já em vigor, é justificada com a necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, está pronta a utilizar "todos os meios" ao seu dispor para "se proteger", declarou Putin, que acusou o Ocidente de procurar destruir o país.
"Considero necessário apoiar a proposta [do Ministério da Defesa] de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (...) e com uma experiência pertinente", declarou.
"O decreto sobre a mobilização parcial foi assinado" e entra em vigor esta quarta-feira, acrescentou Putin, sublinhando "falar apenas de mobilização parcial", numa resposta a rumores surgidos nas últimas horas sobre uma mobilização geral.
Hackers ucranianos localizam bases russas com perfis de mulheres sexys nas redes sociais
A engenharia social funciona de forma muito simples. Primeiro, conhecer os hábitos humanos, depois lançar o engodo. Foi o que aconteceu na Ucrânia quando os hackers de Zelensky precisavam saber a localização das bases dos soldados da Rússia. O engodo usar perfis falsos de mulheres bonitas e sexys e atrair os combatentes. Depois a partilha de informação levou à localização das bases.
O trabalho seguinte foi usar os drones, que são uma arma poderosa nas mãos dos soldados ucranianos, e atacar essas bases agora devidamente identificadas.
Segundo reporta o Financial Times, os hackers ucranianos criaram falsos perfis online de mulheres para enganar soldados russos a revelarem a sua localização. O conflito em curso na Ucrânia lançou algumas formas inovadoras de combater uma guerra.
Sabemos como as forças ucranianas têm usado drones comerciais, bem como pilotos civis de drones na sua luta contra o poder russo. Enquanto o Ocidente apoia a Ucrânia com armas e drones, os soldados ucranianos têm também vindo a adaptar-se à evolução das necessidades no terreno - e isto inclui inovação para acrescentar mais ações que surtam numa ajuda à sua capacidade ofensiva.
[h=3]Hackers ucranianos estão no terreno a combater "no lado negro"[/h]
No que quase parece um mundo completamente diferente, grupos de profissionais informáticos na Ucrânia transformaram-se em hackers para utilizar as suas capacidades na luta contra a agressão russa. Outrora habituados a escritórios elegantes, estas pessoas estão agora a trabalhar a partir de locais secretos para se manterem a salvo enquanto lutam pelo seu país.
O Financial Times falou com um desses grupos ucranianos liderado por Nikita Knysh. Antes da invasão russa, Knysh, de 30 anos, trabalhou como especialista em segurança cibernética, impedindo o sucesso dos hackers. O início do assalto russo em fevereiro mudou tudo, e Knysh queria servir o país com o seu conjunto de habilidades.
Abordou um antigo mentor e um dos homens mais ricos da Ucrânia, Vsevolod Kozhemyako, à procura de uma ligação à Internet Starlink que Elon Musk estava a enviar para a Ucrânia. Knysh tinha reunido uma equipa de 30 pessoas com os mesmos interesses, escondidos num albergue barato em Vinnytsia.
Denominado Hackyourmom, o grupo apontou o alvo à Rússia usando as suas habilidades cibernéticas e a Internet gratuita fornecida pela rede Starlink.
Knysh disse à FT que o seu grupo estava envolvido nas falsas ameaças de bomba contra aviões com destino à Rússia, que viram dezenas de voos atrasados ou cancelados por completo. No entanto, o seu mais recente ataque visava enganar os soldados russos, para que estes revelassem a sua localização e, as respetivas bases militares.
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Mulheres sexys como armadilha para os soldados russos[/h]
As fotografias enviadas pelos soldados foram utilizadas para identificar a sua localização, a remota base militar em Melitopol ocupada. Estes pormenores foram depois transmitidos aos militares da Ucrânia. Foi apenas uma questão de dias até o grupo ver a base explodida pela artilharia ucraniana, disse Knysh à FT.
Os militares ucranianos recusaram-se a comentar sobre o papel dos hackers no ataque. Ainda assim, Knysh afirma que o grupo também esteve envolvido noutros hackers, tais como os que envolviam estações de televisão russas ou a exposição de bases de dados de contratantes militares russos. O grupo já desapareceu do albergue, mas continua a trabalhar remotamente.
Tudo isto mostra como os velhos hábitos são uma fraqueza e que a rede Starlink pode ter sido uma das mais poderosas armas neste conflito.
Exército ucraniano diz que controlou “mais de 20 localidades” em 24 horas
No fim de semana passado, começaram a surgir algumas notícias de que o Exército ucraniano tinha conseguido "expulsar" as tropas russas de várias localidades. A Ucrânia diz ter conseguido reconquistar vários quilómetros de terreno à Rússia nos últimos dias e Moscovo confirmou a retirada das tropas.
O Exército ucraniano revelou recentemente que controlou "mais de 20 localidades" em 24 horas.
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Exército ucraniano recuperou 3 mil kms quadrados do seu território[/h]
O Exército ucraniano anunciou hoje que retomou "mais de 20 localidades" em 24 horas, no quadro da sua contra-ofensiva contra o exército russo, nomeadamente no leste da Ucrânia. A Ucrânia já tinha afirmado no domingo ter recuperado cerca de 3.000 quilómetros quadrados do seu território, principalmente na região de Kharkiv, desde o início de setembro.
Na noite de domingo, várias regiões do leste, norte, sul e centro do país sofreram extensos cortes de energia, atribuídos pelas autoridades ucranianas aos ataques russos. Perto de Kharkiv, a central termoelétrica número 5, a segunda do país, foi afetada, segundo a Presidência ucraniana. A energia foi rapidamente restaurada em algumas das áreas afetadas.
Na região de Kharkiv, 80 por cento do fornecimento de eletricidade e água foi restaurado, disse o vice-chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Kyrylo Tymoshenko, na rede social Telegram.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.