Lucros da Cimpor aumentam 34% até Junho
Volume de negócios do grupo cresce 5,7% no primeiro semestre do ano, suportado pelos mercados emergentes. A Cimpor registou um resultado líquido de 132,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 34% face aos 98,7 milhões apresentados no mesmo período de 2010.
De acordo com o relatório financeiro intercalar consolidado do primeiro semestre, divulgado hoje pela cimenteira, o volume de negócios aumentou nestes seis meses 5,7%, ultrapassando os 1.149 milhões de euros, “mantendo-se as margens do ano anterior, quer no 2º trimestre (28,8%), quer no 1º semestre (27,5%)”, refere.
Também o EBITDA do grupo registou um aumento de 5,7%, totalizando 315,6 milhões.
Segundo refere o relatório, “na sequência da tendência verificada em trimestres anteriores, continuou a assistir-se a um aumento significativo do preço dos combustíveis e electricidade (cerca de 20% e 6%, respectivamente, em termos médios no grupo) que tem originado reduções das margens de exploração das principais empresas do sector a nível mundial”.
Neste contexto, acrescenta, “a Cimpor prosseguiu com as medidas reorganizativas e de redução de custos”, que resultaram designadamente, refere, na redução do efectivo em 2,7% entre 30 de Junho de 2010 e 30 de Junho deste ano, de 8.586 para 8.353 trabalhadores.
No que respeita às vendas de cimento e clínquer, a Cimpor registou uma quebra de 0,7%, para 13,8 milhões de toneladas.
Segundo a empresa, os aumentos verificados no Brasil (+9,9%), na Turquia (+12,2%) e na China (+16,6%) “praticamente compensaram os decréscimos mais acentuados ocorridos na Península Ibérica (-21,4% em Portugal e -15,0% em Espanha) e no Egipto (-19,5%).
Na China, as vendas de cimento e clínquer no semestre igualaram as de Portugal, totalizando os 1,9 milhões de toneladas.
Os investimentos líquidos operacionais no primeiro semestre atingiram 111,7 milhões de euros, contra 71,6 milhões de euros registados no mesmo período de 2010. O grupo destaca, em termos de valor, a aquisição de 51% do capital da CINAC (empresa detentora de uma moagem no norte de Moçambique), os relativos a aumentos de capacidade nas fábricas de Cezarina e Campo Formoso no Brasil, a conclusão de um novo moinho de cimento na fábrica da Matola em Moçambique e a continuação do projecto de geração de energia a partir da recuperação de gases provenientes do processo produtivo na Índia.
Os resultados financeiros do grupo atingiram no primeiro semestre 16,8 milhões de euros negativos, que comparam com os 27,4 milhões de euros negativos registados no mesmo período do ano anterior, ou com 14 milhões de euros negativos se excluído o registo da provisão para imparidade na C+PA efectuado em 2010.
Os impostos sobre o rendimento diminuíram 17,9% para 43,5 milhões de euros.
A dívida financeira líquida atingia, em 30 de Junho, os 1.654 milhões de euros e o rácio da dívida líquida/ EBITDA era no final do semestre de 2,56, ligeiramente acima dos 2,48 verificados em 31 de Dezembro do ano passado.
Fonte: Jornal de Negócios