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Aves da Letra A

AAJ

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Abetarda


Abetarda é o nome geral dado às aves gruiformes classificadas na família Otididae. O grupo é constituido por 25 espécies com distribuição geográfica no Velho Mundo. Habitam zonas abertas, com preferência para estepes, savanas e planícies áridas.

As abetardas são aves de médio a grande porte, desde os 50 cm de comprimento da abetarda-de-asa-preta aos 120 cm da abetarda-gigante. O bico é rectilíneo e de comprimento médio, sendo ligeiramente achatado na base. As pernas são altas e terminam em patas com três dedos. A cauda é curta e as asas são compridas e largas, terminando em penas de voo primárias bem destacadas, que dão a impressão de dedos. Os sexos são habitualmente diferentes. A plumagem varia de acordo com a espécie entre tons de castanho, cinzento, preto, branco e combinações.

As abetardas são aves de modo de vida solitário, em casais ou pequenos grupos familiares. São omnívoras e alimentam-se sobretudo de invertebrados, sementes e cápsulas. A maioria do tempo é passado andando lentamente no solo, mas assustam-se com facilidade e fogem em vôos curtos. Grande parte de espécies de abetarda tem rituais de acasalamento muito elaborados. Durante a época de reprodução organizam-se em casais monogâmicos ou haréns poligínicos. A nidificação é feita ao nível do solo e o ninho, se existente, é muito simples.
 

AAJ

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Ammoperdix

Ammoperdix é um pequeno gênero da família Phasianidae. Contém duas espécies semelhantes: Ammoperdix griseogularis e Ammoperdix heya. A primeira ocorre no sudoeste da Ásia, e a segunda no Egito e no Oriente Médio. Ambos são residentes em áreas abertas, secas, e frequentemente em zonas de colinas.

Ambos as perdizes deste gênero medem 22-25 cm. Elas são essencialmente cor-de-areia, com listras brancas e marrons em seus flancos.

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Satpa

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Abutres: Aves da Morte


Abutres: Aves da Morte

Nuno Leitão

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Os abutres são aves de rapina que se alimentam quase exclusivamente da carne putrefacta dos animais mortos. A sua constante presença nos locais de morte, tornou-os símbolos desta aos olhos dos Homens.

Os abutres são normalmente vistos como aves que se alimentam de cadáveres em decomposição (aves necrófagas). De entre os abutres que ocorrem entre nós, o Grifo (Gyps fulvus) e o Abutre negro (Aegypius monachus) são verdadeiros especialistas na necrofagia, enquanto o Abutre do Egipto (Neophron percnopterus) explora principalmente os restos disponíveis.

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A exploração dos cadáveres com o consumo da carne putrefacta por parte destas aves, acompanhado da sua fisionomia e do seu grande porte, faz com que os humanos as sintam como verdadeiros símbolos da morte. Principalmente, quando nos deparamos com o Grifo e com o Abutre negro, aves impressionantes, com envergaduras superiores a 2,5 metros e com as suas cabeças e seus compridos pescoços, desprovidos de penas para melhor explorarem as carcaças dos animais mortos.

O Grifo alimenta-se da carne de cadáveres de médios e grandes mamíferos e, em certos casos, da carne das aves maiores e dos peixes mortos. O Abutre negro tem uma dieta praticamente constituída por carne de animais mortos, mas prefere cadáveres de animais mais pequenos e, à falta destes, pode mesmo caçar pequenos animais, como coelhos com mixomatose e pequenos cordeiros. O Abutre do Egipto, como foi já referido, apresenta uma dieta mais diversificada, mas alimenta-se frequentemente de cadáveres de pequenos animais, como ratos, cobras e coelhos. Quanto à exploração da carne dos animais de maior porte, devido ao seu bico menos forte, apenas explora certas partes do cadáver, como sejam os olhos, a língua e as vísceras (após abertura da carcaça por outros necrófagos).

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Passe a tétrica constatação, tal como fazem com outros despojos, os abutres podem incluir naturalmente na sua dieta os cadáveres humanos. Na verdade, a biomassa média do Homem, do ponto de vista nutritivo, é relativamente vantajosa para os abutres. Desde a antiguidade, que este facto, tornou as relações do Homem com os abutres pouco amistosas, tendo sido os abutres alvos de perseguição pelo Homem ao longo dos tempos. Os locais mais frequentes de interacção do Homem com os abutres eram os campos de batalha, onde chegava a haver grupos de homens para afastar os abutres, de forma a impedir danos nos soldados feridos. Mesmo hoje em dia, estas situações de aproveitamento dos cadáveres humanos por parte dos abutres sucedem quando ocorrem catástrofes naturais.

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Esta relação Homem/Abutre deu azo também a inúmeras práticas culturais onde estas aves desempenham o papel principal. Determinadas culturas aplicavam sentenças de morte, onde os homens condenados eram amarrados e deixados para morrer, ficando à mercê dos abutres. Há também práticas funerárias, que subsistem até hoje, e que levam a que os cadáveres sejam expostos aos abutres. Os Parsis de Bombaim depositam os corpos dos defuntos nas chamadas "Torres do Silêncio", quase como que em oferta aos abutres, e alguns monges tibetanos oferecem aos abutres, pedaços dos corpos dos falecidos.

Hoje em dia, pelo menos na civilização ocidental, os abutres têm outro valor para o Homem ao funcionarem como indicador da saúde de alguns ecossistemas. Os abutres são um dos símbolos mais importantes da Natureza. Desta forma, estas aves, a par de outras grandes aves de rapina, são alvo de admiração, com a vantagem de serem facilmente observadas comparativamente a outros animais. A constatação do declínio generalizado das espécies de abutres, nos finais dos anos sessenta, deu origem a acções de grupos conservacionistas e a numerosos trabalhos de investigação, o que contribuiu grandemente para o conhecimento e valorização destas aves.

Bibliografia

Donázar, J. A. (1993). Los Buitres Ibéricos: biología y conservación. J. M. Reyero Editor,Madrid.

Génsbol, B. (1989). Collins guide to the Birds Of Prey of Britain and Europe, North Africa and Middle East. William Collins and Co Ltd.



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Arrabio

Ora vamos lá a isto e desta feita com Arrabio
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Pintail
Anas Acuta

O Arrabio tem uma área de distribuição que se estende praticamente por todo o hemisfério Norte ,é um anatideo que parece apresentar preferencia por zonas húmidas e abertas ,com boa visibilidade .Na região paleárctica a espécie é migradora ,localizando-se a área principal de invernada em África ,nomeadamente na região subsariana .A área de nidificação desta população estende-se pelo norte da Europa ,com o seu limite oriental no oeste da Sibéria .
A população invernante no Mar Negro e Mediterraneo ,á qual pertencem as aves que ocorrem em Portugal ,estima-se actualmente 1 900 000 individuos e ,embora se tenha verificado grandes flutuaçõespopulacionais desde a década de 1970,nota-se um declínio nos seus efectivos .
Em Portugal a espécie e exclusivamente invernante ,migrando para o Norte da Europa ,onde nidifica .Utiliza uma grande diversidade de habitats de zonas húmidas com as maiores concentrações a ocorrerem em Castro Marim .Paul do Boquilobo e estuários dos rios Tejo e Sado
A distribuição do Arrabio no Baixo Alentejo revelou-se bastante dispersa ,tendo sido registado em apenas nove quadrículas ,com destaque para o Estuário do Sado e a Lagoa de Santo André,que representa zonas costeiras abertas de água salobra ,As observações registadas em zonas húmidas interiores registaram um menos número de aves
A partir dos dados de contagem nacionais ,verifica-se que a chegada do Arrabio ocorre principalmente em Novembro e Dezembro ,enquanto que a partida para as áreas de nidificação se dá em Março após se registar um máximo do numero de aves em Janeiro ou Fevereiro .
Os resultados deste projecto deverão por isso reflectir a real distribuição da espécie no Baixo Alentejo .O número da aves que ocorrem no Estuário do sado e também na linda Lagoa de Santo André tornam estas áreas de grande importancia para a espécie a nivel nacional


Bem já cá estava um post e este também não é demais ,pra esta linda ave que nos lá vai visitando
Brutal :espi28::6_15_221:
 
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Luz Divina

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Abutre do Egito

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Abutre do Egito



(Neophron percnopterus)


Ele usa uma pedra para quebrar ovos


É muito difícil ver um animal utilizar uma ferramenta. Por isso, o abutre do Egito é muito especial. Ele adora ovos de avestruz, que são enormes e têm uma casca muito resistente para o seu bico. Mas a ave encontrou um jeito de quebrá-los. Ela procura uma pedra pontuda e, segurando-a no bico, atira a pedra sobre o ovo.

Encontrado desde o sul da Europa até a índia e África oriental, o abutre do Egito é uma ave de porte médio. Sua plumagem é cor de areia, exceto na ponta das asas, que é negra. A cabeça pelada é amarelo avermelhada e a ave tem no pescoço um colar de plumas eriçadas. Vive em grandes bandos, freqüentemente em companhia de outras espécies de abutres.

Este abutre come qualquer coisa, desde peixes e aves, vivos ou mortos, até frutos podres, répteis e excrementos.

O ninho é construído sempre num local alto e inacessível. É feito de um amontoado de detritos que o casal forra com lã e crina.



Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes

Família: Accipitridae

CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: 65 cm
Peso: 2 kg

2 ovos





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Luz Divina

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Abutre Real

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Abutre Real


(Gypaetus barbatus)


Ele adora tutano


O abutre real é uma ave que caça nas grandes altitudes. Ele se parece um pouco com o urubu e com a águia. Por causa da barba negra e curta que ele tem sobre o bico, algumas vezes é chamado de abutre barbado. Seu bico é igual ao de todas as aves de rapina: o bico superior recurvado e pontudo, fica super-posto ao bico inferior.

O abutre real é acusado de matar bebês e
cordeiros, e até mesmo de atacar adultos. Mas isso é falso. É verdade que ele costuma transportar grandes ossos pelo ar e derrubá-los sobre as pedras. Mas ele não faz isso para se divertir, e sim para conseguir seu alimento favorito. O abutre real adora tutano e, quando o osso se quebra, ele pode obter facilmente o tutano. O abutre real está se tornando raro.

Na França, existem apenas uns poucos pares deles, vivendo nos Pireneus e na Córsega. A fêmea põe os ovos durante o inverno europeu, em janeiro ou fevereiro.

Ela se protege da neve e do frio no seu ninho feito de lã de ovelha. Geralmente bota um único ovo. Se houver dois ovos, acredita-se que a fêmea coma um deles. Isso acontece porque provavelmente ela sabe que terá comida suficiente para alimentar apenas um filhote


Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes

Família: Accipitridae

CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: até 120 cm
Envergadura: 2,90 a 3 m
Ovo: marrom ou vermelho, com pintas acinzentadas
Maturidade: 5 ou 6 anos.


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Luz Divina

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Águia de Botas

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Águia de Botas

(Hieraaetus pennatus)


Mais ágil que o bútio


"Pequena demais para ser uma águia", a águia de botas costuma ser confundida com o bútio, ao qual se equipara em tamanho. Porém, seu corpo é mais esguio, muito mais ágil; seu vôo é mais veloz, e ela muda mais rapidamente de direção.

Nativa das florestas da Europa e da Ásia ocidental, a águia de botas pode aparecer em várias plumagens, que nada têm a ver com o sexo nem com a estação: as asas e o dorso são sempre marrom-escuros, mas o ventre pode ser do mesmo marrom ou quase branco.

No inverno, migra para o sul da Ásia ou para a África, onde faz ninho. Durante a permanência em zona temperada — ou seja, durante seu período de reprodução — ela habita unicamente as florestas e se alimenta de outras aves,
roedores,
serpentes e até insetos.

O ninho, construído pelo macho e pela fêmea, é feito de galhos secos Às vezes, eles se limitam a "reformar" um ninho abandonado por outra ave de rapina. A fêmea põe dois ovos na primavera e choca-os sozinha durante um mês. Seis semanas depois de sair da casca os filhotes já voam, mas só deixam o ninho bem mais tarde.

Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Accipitridae


CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: 45 a 52 cm

Envergadura: 1,20m
Peso: 1,3 kg


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