Luz Divina
GF Ouro
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Apneia durante o sono
A apneia durante o sono costuma ser obstrutiva ou central. A apneia obstrutiva deve-se a uma obstrução na garganta ou nas vias respiratórias superiores.
A apneia central é consequência de uma disfunção na zona do cérebro que controla a respiração. Na apneia obstrutiva durante o sono, por vezes, manifesta-se uma combinação de concentrações baixas de oxigénio no sangue e altas de anidrido carbónico de forma prolongada, que reduz a sensibilidade do cérebro a tais anomalias, acrescentando um elemento de apneia central à perturbação obstrutiva.
Geralmente, a apneia obstrutiva durante o sono apresenta-se nos homens obesos que, na sua maioria, costumam tentar dormir de costas. Esta perturbação é muito menos frequente nas mulheres.
A obesidade, provavelmente em consequência do envelhecimento dos tecidos corporais e de outros factores, leva a um estreitamento das vias respiratórias superiores.
O risco de desenvolver a apneia obstrutiva durante o sono aumenta devido ao tabagismo, ao abuso de bebidas alcoólicas e a doenças pulmonares, como o enfisema.
Pode existir uma predisposição hereditária para a apneia do sono (estreitamento da garganta e das vias aéreas superiores), afectando neste caso vários membros de uma mesma família.
Sintomas
Dado que os sintomas aparecem durante o sono, a descrição deve ser feita por alguém que observe o indivíduo adormecido.
O ressonar é o sintoma mais frequente e está associado ao arquejar, à sufocação, às pausas na respiração e ao despertar brusco.
Nos casos graves, as pessoas afectadas têm repetidas crises de falta de ar obstrutivas associadas ao sono, tanto de noite como de dia, as quais, com o tempo, interferem com o trabalho diurno e aumentam o risco de complicações.
A apneia do sono grave e prolongada pode causar cefaleias, hipersónia diurna, actividade mental diminuída e, finalmente, insuficiência cardíaca e pulmonar. Nesta última fase, os pulmões não são capazes de oxigenar o sangue adequadamente nem de eliminar o anidrido carbónico.
Apneia do sono
Indivíduo típico com apneia do sono: obeso, pescoço curto e fumador.
Indivíduo típico com apneia do sono: obeso, pescoço curto e fumador.
A apneia do sono diagnostica-se muitas vezes nas suas fases iniciais, baseando-se na informação dada pelo parceiro com quem o afectado dorme; este pode descrever um ressonar intenso ou um arquejar e um despertar com grandes sobressaltos, tudo isso com falta de ar ou agravamento do cansaço diurno.
A confirmação do diagnóstico e a avaliação da gravidade do caso efectuam-se melhor num laboratório de estudo do sono. Os exames efectuados servirão ao médico para diferenciar a apneia obstrutiva do sono da central.
Tratamento
Para os afectados de apneia obstrutiva durante o sono, os primeiros passos são: deixar de fumar, evitar o abuso de bebidas alcoólicas e perder peso.
O tratamento com tranquilizantes, fármacos para dormir ou outros sedativos não é recomendável para as pessoas com um ressonar intenso nem para as que sofrem de falta de ar durante o sono.
As pessoas com apneia central costumam beneficiar do uso de um instrumento que as ajuda a respirar enquanto dormem. É também importante a mudança postural durante o sono e recomenda-se às pessoas que ressonam dormir de lado ou de boca para baixo.
Se não for possível controlar a apneia do sono com estes simples procedimentos, pode aplicar-se uma pressão positiva continua nas vias aéreas através de um dispositivo semelhante a uma máscara de oxigénio que administra uma mistura de oxigénio e de ar através do nariz.
O dispositivo em questão mantém a via aérea aberta e ajuda a regularizar a respiração. A maioria das pessoas adapta-se rapidamente a estes aparelhos, com excepção dos alcoólicos.
Por outro lado, os odontologistas fabricam dispositivos bucais que costumam ser úteis para reduzir a apneia e o ressonar em muitos indivíduos.
Muito raramente uma pessoa com apneia grave do sono necessita de uma traqueotomia. Trata-se de um procedimento cirúrgico que cria uma abertura permanente na traqueia através do pescoço.
Para solucionar o problema recorre-se por vezes a outros procedimentos cirúrgicos para dilatar a via aérea superior. Contudo, estas medidas extremas só estão indicadas em poucas situações e habitualmente são praticadas por um especialista.
Fonte:manualmerck