helldanger1
GForum VIP
- Entrou
- Ago 1, 2007
- Mensagens
- 29,631
- Gostos Recebidos
- 1
As relações entre o cálcio e a dureza em aquários de recife
Este artigo faz parte de um conjunto de artigos dedicados ao mesmo tema, cujo objectivo é não só proporcionar aos membros um conhecimento geral sobre a importância do estabelecimento de um equilíbrio constante entre o cálcio e a dureza, mas também fornecer um conjunto de ferramentas que o tornem apto a manter este equilíbrio e a solucionar diferentes tipos de desequilíbrios iónicos que surgem com alguma frequência em aquários de recife e que podem resultar em consequências nefastas para os habitantes dos nossos recifes domésticos.
A manutenção de níveis equilibrados de cálcio e dureza carbonatada
A importância da dureza carbonatada
Um erro muito comum no nosso hobby é o facto de monitorizarmos e ajustarmos constantemente o cálcio sem darmos muita importância aos níveis de dureza carbonatada (KH). Isto é, de certo modo, compreensível, dada a necessidade de cálcio num aquário, o que é especialmente óbvio em aquários com elevadas exigências de cálcio. O que não é tão óbvio é que a necessidade de se manterem níveis de dureza satisfatórios é um facto ainda mais importante e que existe uma interacção entre os níveis de cálcio e os de dureza, uma vez que ambos estão intimamente ligados.
Poderá mesmo dizer-se que os níveis de dureza são mais críticos que os de cálcio, pois por muito bons que sejam os níveis de cálcio, com uma dureza baixa o processo de calcificação deixa de ter efeito num aquário, resultando na paragem de crescimento dos corais duros e das algas coralinas, entre outros, e podendo mesmo gerar-se a regressão e a morte destes seres.
De forma a poderem crescer, os corais e outros organismos acumulam carbonato de cálcio nos seus esqueletos. Ao realizarem este processo, estão a retirar cálcio e dureza da água em que habitam, ou seja, estão a consumir estes elementos químicos presentes na água. Outros eventos podem ainda consumir ou precipitar a dureza carbonatada da água, tais como a libertação de iões H+ durante o processo de nitrificação, a adição excessiva de Kalkwasser em determinado momento provocando súbitos incrementos no pH, etc.
Com níveis baixos de dureza, para além da incapacidade de fixação do carbonato de cálcio por parte dos corais, a água do aquário perde o “efeito tampão”, ou seja, a capacidade de manter o pH estável. Quando a dureza se encontra a níveis normais para água salgada, dificilmente o pH reage perante alterações no ambiente do aquário, como a iluminação, aumentos de nutrientes e adições de elementos ácidos. Se o “efeito tampão” desaparece, o pH tem tendência a grandes flutuações ao longo do dia, revelando-se, com frequência, quedas acentuadas, principalmente durante a noite.
Este artigo faz parte de um conjunto de artigos dedicados ao mesmo tema, cujo objectivo é não só proporcionar aos membros um conhecimento geral sobre a importância do estabelecimento de um equilíbrio constante entre o cálcio e a dureza, mas também fornecer um conjunto de ferramentas que o tornem apto a manter este equilíbrio e a solucionar diferentes tipos de desequilíbrios iónicos que surgem com alguma frequência em aquários de recife e que podem resultar em consequências nefastas para os habitantes dos nossos recifes domésticos.
A manutenção de níveis equilibrados de cálcio e dureza carbonatada
A importância da dureza carbonatada
Um erro muito comum no nosso hobby é o facto de monitorizarmos e ajustarmos constantemente o cálcio sem darmos muita importância aos níveis de dureza carbonatada (KH). Isto é, de certo modo, compreensível, dada a necessidade de cálcio num aquário, o que é especialmente óbvio em aquários com elevadas exigências de cálcio. O que não é tão óbvio é que a necessidade de se manterem níveis de dureza satisfatórios é um facto ainda mais importante e que existe uma interacção entre os níveis de cálcio e os de dureza, uma vez que ambos estão intimamente ligados.
Poderá mesmo dizer-se que os níveis de dureza são mais críticos que os de cálcio, pois por muito bons que sejam os níveis de cálcio, com uma dureza baixa o processo de calcificação deixa de ter efeito num aquário, resultando na paragem de crescimento dos corais duros e das algas coralinas, entre outros, e podendo mesmo gerar-se a regressão e a morte destes seres.
De forma a poderem crescer, os corais e outros organismos acumulam carbonato de cálcio nos seus esqueletos. Ao realizarem este processo, estão a retirar cálcio e dureza da água em que habitam, ou seja, estão a consumir estes elementos químicos presentes na água. Outros eventos podem ainda consumir ou precipitar a dureza carbonatada da água, tais como a libertação de iões H+ durante o processo de nitrificação, a adição excessiva de Kalkwasser em determinado momento provocando súbitos incrementos no pH, etc.
Com níveis baixos de dureza, para além da incapacidade de fixação do carbonato de cálcio por parte dos corais, a água do aquário perde o “efeito tampão”, ou seja, a capacidade de manter o pH estável. Quando a dureza se encontra a níveis normais para água salgada, dificilmente o pH reage perante alterações no ambiente do aquário, como a iluminação, aumentos de nutrientes e adições de elementos ácidos. Se o “efeito tampão” desaparece, o pH tem tendência a grandes flutuações ao longo do dia, revelando-se, com frequência, quedas acentuadas, principalmente durante a noite.