- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 53,024
- Gostos Recebidos
- 1,471
UE convida China a dialogar sobre comércio mas avisa que vai proteger os seus interesses
Segundo um comunicado Comissão Europeia "a UE e a China são parceiros comerciais importantes, mas o atual desequilíbrio é grave".
A União Europeia (UE) alertou esta quinta-feira que o relacionamento comercial com a China continua "gravemente desequilibrado" e advertiu que poderá adotar "medidas proporcionais" para proteger os seus interesses, caso não haja avanços concretos.
"A UE e a China são parceiros comerciais importantes, mas o atual desequilíbrio é grave, com um défice comercial que atinge os 305 mil milhões de euros", afirmou a Comissão Europeia, em comunicado divulgado após as reuniões da presidente, Ursula von der Leyen, com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Qiang.
Bruxelas manifestou preocupação com "distorções sistémicas persistentes" e o "excesso de capacidade industrial" da China, que considera agravar as desigualdades no acesso ao mercado.
O bloco europeu voltou a exigir progressos em questões comerciais de longa data, recordando que os investimentos chineses na Europa podem beneficiar a competitividade, o progresso tecnológico e a criação de emprego de qualidade, desde que exista reciprocidade.
"A UE continua disposta a participar num diálogo construtivo para encontrar soluções negociadas. Mas, enquanto tal não acontecer, adotará medidas proporcionais e em conformidade com o direito internacional para proteger os seus legítimos interesses", advertiu a Comissão.
Bruxelas pediu ainda que a China tome medidas concretas para melhorar o acesso das empresas europeias ao mercado chinês em setores prioritários como a carne, cosméticos e produtos farmacêuticos.
O executivo comunitário exigiu também o fim das "represálias" contra exportações europeias de conhaque, carne de porco e produtos lácteos, bem como o levantamento de restrições à exportação de terras raras, que considera ter um "impacto negativo" nos setores industriais europeus.
A nota oficial sublinha igualmente a necessidade de promover a reciprocidade na área digital, referindo que as empresas europeias enfrentam obstáculos significativos para operar na China.
A UE expressou ainda preocupações quanto à falta de clareza nas normas chinesas sobre segurança de dados e fluxos transfronteiriços, além de denunciar "atividades cibernéticas maliciosas" com origem na China.
Von der Leyen, acompanhada em Pequim pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou perante Xi Jinping que os desequilíbrios na relação bilateral estão a crescer, à medida que "a cooperação entre ambos se aprofunda".
Xi limitou-se a sublinhar que os laços entre China e UE devem "trazer mais estabilidade e certeza para o mundo" e apelou ao "respeito mútuo" e à busca de "pontos em comum, respeitando as diferenças".
Correio da Manhã

Segundo um comunicado Comissão Europeia "a UE e a China são parceiros comerciais importantes, mas o atual desequilíbrio é grave".
A União Europeia (UE) alertou esta quinta-feira que o relacionamento comercial com a China continua "gravemente desequilibrado" e advertiu que poderá adotar "medidas proporcionais" para proteger os seus interesses, caso não haja avanços concretos.
"A UE e a China são parceiros comerciais importantes, mas o atual desequilíbrio é grave, com um défice comercial que atinge os 305 mil milhões de euros", afirmou a Comissão Europeia, em comunicado divulgado após as reuniões da presidente, Ursula von der Leyen, com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Qiang.
Bruxelas manifestou preocupação com "distorções sistémicas persistentes" e o "excesso de capacidade industrial" da China, que considera agravar as desigualdades no acesso ao mercado.
O bloco europeu voltou a exigir progressos em questões comerciais de longa data, recordando que os investimentos chineses na Europa podem beneficiar a competitividade, o progresso tecnológico e a criação de emprego de qualidade, desde que exista reciprocidade.
"A UE continua disposta a participar num diálogo construtivo para encontrar soluções negociadas. Mas, enquanto tal não acontecer, adotará medidas proporcionais e em conformidade com o direito internacional para proteger os seus legítimos interesses", advertiu a Comissão.
Bruxelas pediu ainda que a China tome medidas concretas para melhorar o acesso das empresas europeias ao mercado chinês em setores prioritários como a carne, cosméticos e produtos farmacêuticos.
O executivo comunitário exigiu também o fim das "represálias" contra exportações europeias de conhaque, carne de porco e produtos lácteos, bem como o levantamento de restrições à exportação de terras raras, que considera ter um "impacto negativo" nos setores industriais europeus.
A nota oficial sublinha igualmente a necessidade de promover a reciprocidade na área digital, referindo que as empresas europeias enfrentam obstáculos significativos para operar na China.
A UE expressou ainda preocupações quanto à falta de clareza nas normas chinesas sobre segurança de dados e fluxos transfronteiriços, além de denunciar "atividades cibernéticas maliciosas" com origem na China.
Von der Leyen, acompanhada em Pequim pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou perante Xi Jinping que os desequilíbrios na relação bilateral estão a crescer, à medida que "a cooperação entre ambos se aprofunda".
Xi limitou-se a sublinhar que os laços entre China e UE devem "trazer mais estabilidade e certeza para o mundo" e apelou ao "respeito mútuo" e à busca de "pontos em comum, respeitando as diferenças".
Correio da Manhã