- Entrou
- Set 26, 2006
- Mensagens
- 2,023
- Gostos Recebidos
- 0
Os cartões de memória flash sempre foram dispositivos caros, restritos a palmtops e dispositivos embarcados e, mesmo neles, quase sempre em pequenas quantidades, sempre combinados com memória RAM ou ROM (mais baratas). Na maioria dos palmtops, você encontra uma pequena quantidade de memória flash, que armazena o sistema operacional e uma quantidade maior de memória SRAM, que além de ser usada pelo sistema, armazena todos os aplicativos e arquivos. Apenas recentemente um número expressivo de palmtops passou a usar memória flash como meio primário de armazenamento.
A memória flash é um tipo de memória de estado sólido constituída por células que "aprisionam" um impulso elétrico, preservando-o por anos, sem necessidade de alimentação elétrica. Só é necessário energia na hora de ler ou escrever dados.
Por não ter partes móveis, a resistência mecânica é muito boa. Se você começasse a espancar seu computador impiedosamente, o cartão de memória seria provavelmente um dos últimos componentes a ser danificado
.
As limitações da memória flash são o custo por megabyte e uma vida útil relativamente curta, estimada em 1 milhão ciclos de leitura ou gravação, o que restringe seu uso em algumas áreas. Você nunca deve usar um cartão de memória flash para armazenar uma partição swap, por exemplo.
O custo por megabyte sempre será muito mais alto que o de um HD. A diferença é que o custo unitário do HD é mais ou menos fixo, enquanto num pendrive ou cartão o custo é proporcional à capacidade. Nenhum HD (novo) custa menos que uns 80 dólares, o que evolui é a capacidade. Por outro lado, em fevereiro de 2007, um cartão SD de 2 GB já podia ser comprado por R$ 80, bem menos que um HD.
Desde o início do milênio, o custo memória flash tem caído pela metade a cada ano, esmagado pelas melhorias no processo de fabricação e novas tecnologias, que permitiram que cada célula passasse a armazenar mais de um bit. Atualmente a memória flash já custa bem menos que a memória RAM e já começa a substituir os HDs em alguns nichos, onde a portabilidade e o baixo consumo são importantes. Além disso, os cartões de memória substituíram rapidamente os disquetes como meio de armazenamento, hoje em dia quase todo mundo tem um
.
A grande maioria das placas-mãe recentes são capazes de dar boot através de um pendrive ou leitor de cartões plugado na porta USB, como se fosse um HD removível. No Linux, estes dispositivos são detectados como se fossem HDs SCSI: um pendrive é detectado como "/dev/sda" e, num leitor com várias portas, cada tipo de cartão é visto como um dispositivo diferente. No meu, por exemplo, o cartão SD é visto como "/dev/sdc", o cartão compact-flash é visto como "/dev/sda" e o memory-stick como "/dev/sdd".
Existem ainda adaptadores, que permitem ligar um cartão compact-flash diretamente a uma das portas IDE da placa-mãe, fazendo com que ele seja detectado como um HD. Neste caso, ele será detectado pelo sistema como "/dev/hda" ou "/dev/hdc", por exemplo.
A novidade é que você pode instalar Linux no pendrive ou cartão e dar boot diretamente através dele. Você pode usar esta idéia para ter um sistema portátil, que pode transportar para qualquer lugar, ou para montar micros sem HD, que usam memória flash como mídia de armazenamento.
Existem duas opções. Você pode instalar diretamente o sistema no pendrive, como se fosse um HD, ou instalar a imagem de um live-CD, como o Kurumin ou o Damn Small, e usar o espaço excedente para armazenar arquivos.
Fazer uma instalação "real" é a opção mais simples. Você precisa apenas escolher uma distribuição razoavelmente atual, cujo instalador seja capaz de detectar o pendrive, e fazer uma instalação normal, particionando e instalando. Por outro lado, esta é a opção mais dispendiosa, pois o sistema instalado consume bem mais espaço que a imagem compactada usada no CD.
Um segundo problema é que a instalação serviria apenas para o PC usado durante a instalação. Sempre que fosse usar o pendrive em outro micro, você teria que reconfigurar o sistema para trabalhar na nova configuração, um trabalho pouco agradável
.
A segunda opção, instalar a imagem de um live-CD, é mais econômica do ponto de vista do espaço e permite usar o pendrive em vários micros diferentes, pois o sistema detecta o hardware durante o boot, como ao rodar a partir do CD. Se você tem um pendrive ou cartão de 2 GB, pode rodar praticamente qualquer distribuição live-CD, ficando ainda com mais de 1 GB de espaço livre para guardar arquivos. Você pode também remasterizar o CD, de forma a deixar o sistema mais enxuto, ou usar uma distribuição mais compacta, como o Slax ou o Damn Small.
Vou usar como exemplo o Kurumin 7, mas esta mesma receita pode ser usada no Knoppix e (com pequenas adaptações) em praticamente qualquer outra distribuição em live-CD.
Para melhorar a compatibilidade, vamos utilizar o grub como gerenciador de boot. Ele oferece uma boa flexibilidade e apresenta menos problemas de compatibilidade com placas diversas. Note que apenas placas-mãe relativamente recentes realmente suportam boot através da porta USB. Muitas chegam a oferecer a opção no setup, mas falham na hora H.
Esta receita realmente funciona. Se você seguir todos os passos corretamente e ainda assim receber um "Grub: Disk error" ou "Error 21", provavelmente o problema é com o BIOS da placa mãe. Em alguns casos, atualizar o BIOS pode resolver, mas em outros você vai ter que esperar até conseguir trocar de placa.
Os problemas de compatibilidade são justamente o principal problema dos pendrives bootáveis; se você quer algo que funcione em qualquer micro, é melhor continuar usando o CD-ROM
.
Comece particionando o pendrive. Você pode também usar um cartão com a ajuda de um leitor USB. Ambos são reconhecidos pelo sistema da mesma forma. Se você tem um pendrive de 2 GB, o ideal é deixar uma partição FAT no início, para guardar arquivos e criar uma partição de 600 ou 700 MB (de acordo com o tamanho da distribuição que for utilizar) para a imagem do sistema. A partição FAT no início permite que você continue acessando o pendrive normalmente através do Windows.
A imagem do Kurumin 7 tem 604 MB. Como precisaremos de algum espaço adicional para os arquivos do grub e sempre algum espaço é perdido ao formatar, é recomendável criar uma partição de 650 MB para o sistema. Ao usar outras distribuições, calcule o espaço necessário de acordo com o tamanho do sistema.
Os pendrives já vem formatados de fábrica, com uma grande partição FAT. Você pode usar o gparted para redimensioná-la e criar uma partição EXT2 para o sistema. Naturalmente, você poderia usar outro sistema de arquivos, mas o EXT2 é suficiente para o que precisamos.
Num pendrive de 2 GB, ficaria assim:
sda1: 1.3 GB (FAT)
sda2: 650 MB (EXT2)
Para formatar as partições pelo terminal, use os comandos:
# mkfs.vfat /dev/sda1
# mkfs.ext2 /dev/sda2
(onde o /dev/sda o dispositivo referente ao pendrive)
O primeiro passo é montar o CD-ROM ou o arquivo ISO do sistema e copie todos os arquivos para dentro da segunda partição do pendrive, deixando-a com a mesma estrutura de pastas que o CD-ROM:
Originalmente, o Kurumin utiliza o isolinux como gerenciador de boot ao rodar através do CD. Embora até possa ser utilizado, o isolinux possui muitas limitações com relação a outras mídias, por isso vamos substituí-lo pelo grub. Para isso, você vai precisar ter o Kurumin 7 instalado em alguma partição do HD.
Dê boot na instalação do Kurumin. Monte a segunda partição do pendrive e crie a pasta "/boot/grub" dentro dela. Em seguida, copie os arquivos da pasta "/boot/grub" da instalação do Kurumin no HD para a pasta /boot/grub" do pendrive, que acabou de criar. Crie também um arquivo de texto vazio chamado "teste" (na pasta "/boot/grub" do pendrive), que utilizaremos no passo seguinte.
No final você ficará com uma estrutura como esta no pendrive:
*continuaçao
A memória flash é um tipo de memória de estado sólido constituída por células que "aprisionam" um impulso elétrico, preservando-o por anos, sem necessidade de alimentação elétrica. Só é necessário energia na hora de ler ou escrever dados.
Por não ter partes móveis, a resistência mecânica é muito boa. Se você começasse a espancar seu computador impiedosamente, o cartão de memória seria provavelmente um dos últimos componentes a ser danificado
As limitações da memória flash são o custo por megabyte e uma vida útil relativamente curta, estimada em 1 milhão ciclos de leitura ou gravação, o que restringe seu uso em algumas áreas. Você nunca deve usar um cartão de memória flash para armazenar uma partição swap, por exemplo.
O custo por megabyte sempre será muito mais alto que o de um HD. A diferença é que o custo unitário do HD é mais ou menos fixo, enquanto num pendrive ou cartão o custo é proporcional à capacidade. Nenhum HD (novo) custa menos que uns 80 dólares, o que evolui é a capacidade. Por outro lado, em fevereiro de 2007, um cartão SD de 2 GB já podia ser comprado por R$ 80, bem menos que um HD.
Desde o início do milênio, o custo memória flash tem caído pela metade a cada ano, esmagado pelas melhorias no processo de fabricação e novas tecnologias, que permitiram que cada célula passasse a armazenar mais de um bit. Atualmente a memória flash já custa bem menos que a memória RAM e já começa a substituir os HDs em alguns nichos, onde a portabilidade e o baixo consumo são importantes. Além disso, os cartões de memória substituíram rapidamente os disquetes como meio de armazenamento, hoje em dia quase todo mundo tem um
A grande maioria das placas-mãe recentes são capazes de dar boot através de um pendrive ou leitor de cartões plugado na porta USB, como se fosse um HD removível. No Linux, estes dispositivos são detectados como se fossem HDs SCSI: um pendrive é detectado como "/dev/sda" e, num leitor com várias portas, cada tipo de cartão é visto como um dispositivo diferente. No meu, por exemplo, o cartão SD é visto como "/dev/sdc", o cartão compact-flash é visto como "/dev/sda" e o memory-stick como "/dev/sdd".
Existem ainda adaptadores, que permitem ligar um cartão compact-flash diretamente a uma das portas IDE da placa-mãe, fazendo com que ele seja detectado como um HD. Neste caso, ele será detectado pelo sistema como "/dev/hda" ou "/dev/hdc", por exemplo.

A novidade é que você pode instalar Linux no pendrive ou cartão e dar boot diretamente através dele. Você pode usar esta idéia para ter um sistema portátil, que pode transportar para qualquer lugar, ou para montar micros sem HD, que usam memória flash como mídia de armazenamento.
Existem duas opções. Você pode instalar diretamente o sistema no pendrive, como se fosse um HD, ou instalar a imagem de um live-CD, como o Kurumin ou o Damn Small, e usar o espaço excedente para armazenar arquivos.
Fazer uma instalação "real" é a opção mais simples. Você precisa apenas escolher uma distribuição razoavelmente atual, cujo instalador seja capaz de detectar o pendrive, e fazer uma instalação normal, particionando e instalando. Por outro lado, esta é a opção mais dispendiosa, pois o sistema instalado consume bem mais espaço que a imagem compactada usada no CD.
Um segundo problema é que a instalação serviria apenas para o PC usado durante a instalação. Sempre que fosse usar o pendrive em outro micro, você teria que reconfigurar o sistema para trabalhar na nova configuração, um trabalho pouco agradável
A segunda opção, instalar a imagem de um live-CD, é mais econômica do ponto de vista do espaço e permite usar o pendrive em vários micros diferentes, pois o sistema detecta o hardware durante o boot, como ao rodar a partir do CD. Se você tem um pendrive ou cartão de 2 GB, pode rodar praticamente qualquer distribuição live-CD, ficando ainda com mais de 1 GB de espaço livre para guardar arquivos. Você pode também remasterizar o CD, de forma a deixar o sistema mais enxuto, ou usar uma distribuição mais compacta, como o Slax ou o Damn Small.
Vou usar como exemplo o Kurumin 7, mas esta mesma receita pode ser usada no Knoppix e (com pequenas adaptações) em praticamente qualquer outra distribuição em live-CD.
Para melhorar a compatibilidade, vamos utilizar o grub como gerenciador de boot. Ele oferece uma boa flexibilidade e apresenta menos problemas de compatibilidade com placas diversas. Note que apenas placas-mãe relativamente recentes realmente suportam boot através da porta USB. Muitas chegam a oferecer a opção no setup, mas falham na hora H.
Esta receita realmente funciona. Se você seguir todos os passos corretamente e ainda assim receber um "Grub: Disk error" ou "Error 21", provavelmente o problema é com o BIOS da placa mãe. Em alguns casos, atualizar o BIOS pode resolver, mas em outros você vai ter que esperar até conseguir trocar de placa.
Os problemas de compatibilidade são justamente o principal problema dos pendrives bootáveis; se você quer algo que funcione em qualquer micro, é melhor continuar usando o CD-ROM
Comece particionando o pendrive. Você pode também usar um cartão com a ajuda de um leitor USB. Ambos são reconhecidos pelo sistema da mesma forma. Se você tem um pendrive de 2 GB, o ideal é deixar uma partição FAT no início, para guardar arquivos e criar uma partição de 600 ou 700 MB (de acordo com o tamanho da distribuição que for utilizar) para a imagem do sistema. A partição FAT no início permite que você continue acessando o pendrive normalmente através do Windows.
A imagem do Kurumin 7 tem 604 MB. Como precisaremos de algum espaço adicional para os arquivos do grub e sempre algum espaço é perdido ao formatar, é recomendável criar uma partição de 650 MB para o sistema. Ao usar outras distribuições, calcule o espaço necessário de acordo com o tamanho do sistema.
Os pendrives já vem formatados de fábrica, com uma grande partição FAT. Você pode usar o gparted para redimensioná-la e criar uma partição EXT2 para o sistema. Naturalmente, você poderia usar outro sistema de arquivos, mas o EXT2 é suficiente para o que precisamos.
Num pendrive de 2 GB, ficaria assim:
sda1: 1.3 GB (FAT)
sda2: 650 MB (EXT2)
Para formatar as partições pelo terminal, use os comandos:
# mkfs.vfat /dev/sda1
# mkfs.ext2 /dev/sda2
(onde o /dev/sda o dispositivo referente ao pendrive)
O primeiro passo é montar o CD-ROM ou o arquivo ISO do sistema e copie todos os arquivos para dentro da segunda partição do pendrive, deixando-a com a mesma estrutura de pastas que o CD-ROM:

Originalmente, o Kurumin utiliza o isolinux como gerenciador de boot ao rodar através do CD. Embora até possa ser utilizado, o isolinux possui muitas limitações com relação a outras mídias, por isso vamos substituí-lo pelo grub. Para isso, você vai precisar ter o Kurumin 7 instalado em alguma partição do HD.
Dê boot na instalação do Kurumin. Monte a segunda partição do pendrive e crie a pasta "/boot/grub" dentro dela. Em seguida, copie os arquivos da pasta "/boot/grub" da instalação do Kurumin no HD para a pasta /boot/grub" do pendrive, que acabou de criar. Crie também um arquivo de texto vazio chamado "teste" (na pasta "/boot/grub" do pendrive), que utilizaremos no passo seguinte.
No final você ficará com uma estrutura como esta no pendrive:

*continuaçao