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Tradições de Natal

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Presépio de Natal

Com musgo verde e algodão a imitar leves e poéticos flocos de neve, a criação do presépio concentra a atenção, energia e criatividade de toda a família.

Desde a apanha do musgo, até à construção de um pequeno trilho com grãos de areia, que conduzem os reis magos até à manjedoura, passando pela construção de um pequeno berço de palha, há tarefas que cheguem para todos os elementos da família.

Um empenho que, no final, resulta quase sempre numa verdadeira obra de arte.

A ideia de construir um presépio é uma tradição que data do século XIII. São Francisco de Assis teve um desejo: comemorar a noite de Natal do ano de 1223 de forma diferente.

A ideia era recriar o nascimento do menino Jesus da forma mais real possível. Para tal teve que requerer a autorização do Papa, antes de criar um berço de palha onde deitou a figura do Menino Jesus, acompanhado da imagem de um boi e jumentos vivos.

A ideia foi bem aceite por toda a Itália. A nobreza foi a classe que primeiro seguiu a ideia de recriar o ambiente da manjedoura na noite do nascimento do Jesus. Uma tendência que depressa se alastrou até às classes mais baixas.


Por terras de Espanha a tradição foi conhecida através do monarca Carlos III, que a trouxe de Nápoles durante o século XVIII.

Um êxito reflectido pela presença de um presépio na maior parte dos lares espanhóis e latino-americanos durante todo o século XIX.
 

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A Árvore de Natal


Já todos estamos habituados a que, por volta de Outubro, surjam por toda a parte as decorações de Natal. Talvez seja este ambiente que nos lembra que temos de decorar a Árvore de Natal que temos na arrecadação a ganhar pó, há quase um ano.


Seja como for, entre Outubro e Novembro, quase todos os portugueses colocam na sua sala um pinheiro ou abeto, - artificial claro, porque os verdadeiros são proibidos - decorado com bolas coloridas e luzes «psicadélicas», com um anjo ou uma estrela bem no alto.


Mas de onde vem esta tradição?


Já existiam na Roma Antiga, árvores decoradas com pequenas peças de metal, durante a época da Saturnalia, o festival de Inverno em honra de Saturno, deus da agricultura. Muitos acreditam aliás, que o 25 de Dezembro foi «escolhido» para a data do nascimento de Jesus, para se apoderar sobre os costumes pagãos.


Na idade média, no dia 24 de Dezembro de cada ano, era costume decorar uma árvore com maças à qual chamacvam de «Árvore do Paraíso», numa clara alusão a Adão e Eva.


As árvores mais modernas, surgiram em meados do século XVI, na região da Alsácia (Salsburgo, Alemanha). As árvores eram compradas em mercados e levadas para casa mas expostas ainda sem quaisqier ornamentos decorativos.


É exactamente dessa região alemã que provém o registo mais antigo de uma árvore de Natal decorada. O registo pertence a um diário de 1605, onde a árvore aparece adornada com rosas de papel, maçãs e doces.


Por volta de 1610 surgiram as primeirs fitas para as árvores de Natal. Feitas de prata, prensadas em máquinas especiais para ficarem finas e maleáveis, foram usadas com este material até meados dos séc. XX, altura em que foram substituidas pelas de plástico.

Algures por volta de 1846, foi atribuído ao Principe Alberto, marido da Rainha Vitória de Inglaterra, o crédito por ter levado para o Castelo de Windsor a primeira árvore de Natal decorada. Contudo, alguns historiadores relatam que a Rainha Charlotte, avó de Victória, havia reportado lembranças da existência de uma árvore de Natal nos aposentos da Rainha em Windsor, por volta de 1800.


A popularidade da Rainha Victória fez com que, ao sair uma foto da família real junto a uma árvore de Natal decorada, no Illustrated London News, depressa pegasse junto dos seus súbditos e se espalhasse não só pela ilha, mas também pelas colónias americanas.
 

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Origem do Pai Natal


O Pai Natal, conhecido por trazer as prendas no Natal, é descrito como um velhote gordo de barbas brancas, vestido de vermelho, viajando pelo ar num trnó cheio de prendas e puxado por oito renas.


O Pai Natal, também conhcido por São Nicolau, Santa e Saint Nick (EUA), Pére Noel (França) e Papai Noel (Brasil), costuma entregar os presentes na véspera de Natal, por volta da meia-noite, descendo pela chaminé e deixando as prendas debaixo da árvore de natal ou nas meias penduradas na lareira.


Apesar desta imagem do Pai Natal ser uma invenção norte-americana do século XIX, possui profundas raízes europeias e continua a influenciar as celebrações natalícias um pouco por todo o mundo.


Origens da Lenda

A história à volta de São Nicolau diz que este era venerado no início do Cristianismo, por salvar marinheiros das tempoestades, crianças, e por dar prendas aos pobres. Apesar de muitas histórias serem de autenticidade duvidosa (por exemplo, diz-se que ele oferecu um saco de ouro a uma família pobre, atirando-o pela janela), a verdade é q a lenda se espalhou pela Europa, caracterinzando-o como o tradicional e generoso «dador» de prendas.


A figura cristã de São Nicolau substituiu, ou melhor, incorporou, várias lendas pagãs de ofertadores de prendas tais como a romana Befana e a germânica Berchta e Knecht Ruprecht.

O santo foi chamado de Sankt Nikolaus na Alemanha e Sanct Herr Nicholaas ou Sinterklass na Holanda. Dizia-se em tempos nestes países, que Nicolau andava pelo céu num cavalo, que usava vestes de bispo e que era acompanhado por Black Peter (Pedro Mau) que castigava e chicoteava as crianças más ou traquinas.


A festa de São Nicolau, dia onde se entregavam os presentes, era originalmente celebrada a 6 de Dezembro. Depois da Reforma Cristã, os Protestantes alemães encorajaram a veneração do Christkind (Menino Jesus) como o dador de prendas, no seu próprio dia festivo, o 25 de Dezembro. Mas a lenda de Nicolau prevaleceu e ficou para sempre ligada ao Natal.


Devido à falta de documentação sobre p santo, o Papa Paulo VI ordenou em 1969, que a festa de São Nicolau fosse retirada do calendário Católico Romano. O termo Christkind evoluiu então para Kriss Kringle, outra «alcunha» para o Pai Natal.


A par de Saõ Nicolau, muitas outras lendas europeias surgiram e todas muito semelhantes na descrição do personagem que oferecia prendas: Pére Noel em França, Julenisse na Escandinávia, Father Chistmas em Inglaterra, que se traduz no nosso Pai Natal.


As Origens Americanas

A versão americana da figura do Pai Natal recebeu inspiração e nome da lenda holandesa Sinterklaas, trazida para Nova Iorque pelos colonos no séc. XVII. Por volta de 1773, apareceu na imprensa americana o nome «St. A Claus» mas foi o escritor popular Washington Irving que deu aos americanos, os primeiros detalhes da versão holandesa de São Nicolau.



Na sua "História de Nova Iorque", publicado em 1809 sob o pseudónimo Dietrich Knicherbocker, Irving descreveu a chegada do santo a cavalo, na véspera de São Nicolau.

Este "Saint Nick" americano-holandês alcançou o auge da sua forma americanizada em 1823, no poema "Uma Visita de São Nicolau" (A Visit from Saint Nick), mais conhecido por A Noite antes do Natal (The Night Before Christmas), do escritor Clement Clarke Moore.


Moore incluiu detalhes como os nomes das renas, o riso do Pai Natal, acenos de cabeça e piscar de olhos, e até, sendo referido como elgo, a forma como sobe e desce pela chaminé.


A imagem americana do Pai Natal foi também elaborada pelo ilustrador Thomas Nast , que desenhou um redondo Pai Natal para as edições da Revista Harper entre 1860 e 1880. À história, Nast acrescentou detalhadamente a oficina onde se faziam os brinquedos no Pólo Norte e a lista de crianças boas e más de todo o mundo.


Em 1931, foram feitas várias representações para a a Coca-Cola, colocando de parte a versão de Moore que o colocava como elfo. Nesta época, já só os trabalhadores da oficina de brinquedos eram elgos,. Rudolfo, a 9ª rena de nariz vermelho e brilhante, surgiu apenas em 1939 através da publicidade da empresa Mintgomery Ward.
 

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Os três Reis Magos


Após o nascimento de Jesus, segundo o Evangelho de São Mateus, surgem os Reis Magos provenientes do Oriente, que o visitaram em Belém guiados por uma estrela.


Esta denominação de «Mago», tem conotação de sapiência entre os Orientais ou designa ainda astrólogos, deduzindo-se inicialmente que seriam Astrólogos eruditos. Isto pensa-se por se contar que terão avistado uma estrela que os terá guiado até onde Jesus nasceu. Terão chegado até Cristo a 6 de Janeiro, data que actualmente se comemora o «Dia de Reis».


O nome de «Reis» fora colocado com base na aplicação liberal do Salmo 71,10 realizada pela Igreja. Não há informação de quantos seriam e os seus nomes, existem sim apenas suposições e algumas pinturas dos primeiros séculos, aparecendo dois, quatro e doze «Magos».


Após o Evangelho terão sido atribuídos os nomes dos «Reis»; Baltasar, representante da raça africana ; Belchior, representante da raça europeia e Gaspar que representava a raça asiática, representando todas as raças conhecidas até à data, simbolizando a homenagem de todos os Homens da Terra a Jesus.


Pelo número de prendas deduziu-se quantos seriam, pois ofereceram três presentes, ouro (Belchior), incenso (Gaspar) e mirra (Baltasar). As prendas têm uma simbologia, pois o ouro era somente oferecido a Reis, perfazendo a sua nobreza; o incenso, representa a divindade e a mirra, simboliza Jesus como Homem e o sofrimento que iria ter ao longo da sua vida.


Sendo países tradicionalmente católicos, Espanha e Itália são os países que maior importância e simbolismo atribuem a esta tradição.

As crianças espanholas e italianas celebram o Natal como todas as outras mas têm de esperar pelo dia de Reis, 6 de Janeiro, para receber as tão desejadas prendas.
 

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Diferentes costumes nas festas do Natal



tradição. Desde que em 1491 teve autorização papal para levar manteiga, o 'stollen' de Natal melhorou de gosto

Na Alemanha, um pão doce simboliza o Natal há mais de 500 anos. Em Espanha, o presunto ibérico bate recordes de vendas nesta época. Nos EUA, são as decorações típicas da época, com pais natais insufláveis e muitas luzes, que mais pesam no bolso das famílias. Na Grécia, a moda é substituir árvores de Natal por barcos iluminados. Em Inglaterra, há 150 anos que não se dispensa uma espécie de bombinhas colocadas ao lado de cada conviva na noite de Natal.

Assim como para os portugueses o Natal não é Natal sem presépio, presentes, bacalhau, peru e bolo rei, noutras paragens há elementos indispensáveis para celebrar condignamente a quadra.

E se nós temos o bolo-rei e os italianos o panetone, o Natal alemão é acompanhado pelo stollen há mais de cinco séculos. De facto, foi em 1491 que o papa Inocêncio VIII autorizou os príncipes de Saxe a introduzirem manteiga na receita do até então chamado Christbrot («pão de Cristo»), um pão amargo só com farinha e levedura, vindo das consoadas medievais. Depois da manteiga, vieram os frutos secos e as frutas cristalizadas que até hoje adoçam os natais alemães.

Já em Espanha, a tradição do presunto ibérico nas Festas é recentíssima, mas já há produtores que fazem 80% das suas vendas anuais nesta época. No entanto, foi só nos últimos dez anos que a Espanha descobriu este presunto produzido nas serras andaluzas a partir de porco preto alimentado a bolota e que nos anos 70 ainda era considerado um produto apenas de consumo local.

decorações. Os americanos, esses, perdem a cabeça com as decorações típicas da quadra. Segundo a associação de empresas de distribuição, citada pela AFP, vão gastar neste Natal quase oito mil milhões de dólares, contra 7,5 mil milhões em 2003, em pais natais de plástico, renas que abanam, iluminações caseiras (há até quem contrate decoradores especializados e goste tanto que as luzes ficam o ano inteiro) e tudo quanto for novidade. Calcula-se que dois terços dos lares americanos renovem a decoração a cada Natal.

Na Grécia, o que está em alta é substituir a árvore de Natal, considerada um «costume estrangeiro», por barcos iluminados, homenageando a tradição marítima do país. Querem assim recuperar um hábito perdido nos anos 50, colocando barcos de papel ou de madeira, decorados com luzes coloridas, à entrada de suas casas.

Em Inglaterra, há 150 anos que os crackers estão ao lado de cada prato na noite de Natal. Abrir estas bombinhas de papel provoca uma pequena detonação, que muito diverte os convivas... São hábitos...
 

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Os costumes de Natal







No dia 25 de Dezembro é o Natal. Uns dias antes enfeitam-se as árvores de Natal.



No dia anterior é a consoada.



É tradição na noite de consoada os rapazes novos irem roubar a lenha as outras pessoas para fazerem a fogueira de Natal.



Também é costume comer o polvo, couve, batata, bacalhau, as sobremesas são as rabanadas, pudins, bolas e bolo rei.



A família junta-se toda para jantar.



À meia noite abrimos os presentes.
 

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Costumes e superstições do natal italiano



São milhares e milenares os costumes e superstições do Natal italiano. Impossível citar todas mas, relacionei algumas delas, as mais comuns a várias regiões, e que, através de séculos, foram passadas para outras culturas e se tornaram "símbolo natalino", como o Azevinho.



São elas:

Não se come maçã - lembrança do pecado original

O Tortelli di Zucca se come na noite de Natal, após uma oração, concluída com o sinal da cruz e muitos beijos e abraços e auguri.

O uso, nas casas, do L´Agrifolio ou Azevinho, em guirlandas ou enfeites de galhos para, como diz a lenda dos saturnais romanos, as folhas usadas dentro do corpo eram protetoras.. O Azevinho é muito usado em outros países, em especial os países frios. Já tentei este hábito no Brasil e não consegui.

Em quase todas as regiões, o fogo deve estar sempre acesso na noite da Natal até o dia seguinte. Também é costume trocar de roupa, uma camisa velha por uma nova, por exemplo, para proteção contra as doenças.

Em algumas regiões na mesa do jantar da vigília so pode ter 13 variedades de comidas.Cada região que possui este costume tem seus próprios 13 pratos favoritos.

Outra tradição (desta senti falta no Brasil) - no almoço do dia de Natal, as crianças escreviam cartas para os pais e a colocavam embaixo do prato, se desculpando pelos "erros" cometidos durante o ano. Os pais então, liam, abraçavem e beijavam os filhos, e davam dinheiro de presente para cada um deles.
 

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O Natal em Trás-os-montes


O Natal em Trás-os-Montes é diferente de qualquer outro Natal no mundo. Os caminhos
tortuosos da serra mantiveram as comunidades a uma distância segura e permitiram a
sobrevivência de antigos costumes da região.


É o caso da Festa dos Rapazes , que ocorre em todo o Nordeste Transmontano na altura do
Natal, como memória viva de ritos ancestrais, apenas com algumas variantes de terra em
terra.


Durante dois dois dias, os rapazes solteiros comandam a vida na aldeia. A festa, com origem
nos rituais pagãos do solstício de Inverno, celebrava o início de um novo ciclo agrícola, com os dias que começam a ficar mais longos, e, para os rapazes significa significa também a
passagem para a idade adulta.


A festa começa logo logo de madrugada, com o gaiteiro que acorda toda a aldeia com a sua gaita-defoles.
Os mordomos, responsáveis pela organização da festa, percorrem as ruas visitando todos os
vizinhos. Seguem-se os "caretos", criaturas estranhas vestindo trajes bizarros, com chocalhos e fitas penduradas, e exibindo máscaras diabólicas. Dançam, pulam, rodopiam e fazem grande algazarra.

Hoje tudo lhes é permitido e, por detrás da máscara que lhes protege a identidade, cometem os maiores impropérios, assustam as criancinhas e atormentam todos os presentes. Só são carinhosos com os mais velhos.
Sem qualquer cerimónia, invadem as casas onde roubam chouriços, morcelas, carnes de fumeiro, figos secos e pão para juntar à festa.
Reunidas todas as iguarias, passa-se ao banquete, numa grande mesa posta no adro da igreja.
 

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O Natal nos Açores


Nos Açores, os preparativos para o Natal começam logo no principio do mês de Dezembro. Em todas as ilhas vive-se um corrupio, porque há mil e uma coisas para tratar. A preparação da ceia e do presépio, é uma das tradições mais importantes das terras açoreanas.

O presépio, além de representar a gruta de Belém, serve também para representar cenas do quotidiano das ilhas.

As figuras são feitas de barro, os montes são feitos de leiva de burrecas - nome que se dá ao musgo fofo e fresco., as ruas que circulam entre as casas são feitas com bagaço ou bagacina e, para a cobertura dos telhados usa-se o musgo seco.

Na ilha de Santa Maria, é costume colocar-se à volta do Menino, pratinhos de trigo grelado a que se chama relvões.

Na Graciosa, há quem faça o Altar do Menino, pondo sobre uma mesa forrada de tecido branco, alguns degraus, também forrados e, no cimo, a imagem do Menino Jesus, com flores naturais e outro tipo de ofertas espalhadas pela casa. Montado o presépio segue-se a ceia. Era costume coincidir o mês de Dezembro com a matança do porco, porque com a falta de energia eléctrica, a carne tinha de ser salgada e conservada assim até ser consumida. Ao mesmo tempo, havia enchidos e carne fresca com abundância para a ceia de Natal.

Nas Flores, para além dos enchidos, a tradição é servir galinha assada recheada com debulho, torresmos, não esquecendo os inhames com linguiça.

A melhor parte continuam a ser as sobremesas, como o arroz doce e o bolo de frutas, na ilha das Flores, a massa sovada e os biscoitos de orelha e de aguardente, em Santa Maria, os suspiros, rosquilhas de aguardente e figos passados em São Jorge, e os licores caseiros de tangerina e anis, um pouco por todo o lado.

A noite do dia 24 acaba sempre com a tradicional Missa do Galo, à meia noite.

Em São Jorge, o dia da Consoada era de especial importância para as raparigas, porque, ao contrário do resto do ano, elas tinham liberdade para sair à noite, até à hora da missa. Segundo a crença popular, nessa noite nada de mau lhes podia acontecer, enquanto nos restantes dias, depois das Trindades - mais ou menos às seis da tarde, - já não podiam sair, havendo até um ditado que dizia : "Trindades batidas, meninas recolhidas"
 

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O Natal na Madeira


Na Madeira a festa começa cedo, logo a partir do dia 16 de Dezembro, com as missas do parto, ou novenas de Ó, celebradas todas as madrugadas até à missa de alva do dia 23, ou Missa da Galinha. É uma tradição que vem de longe, e nem o frio nem a chuva das manhãs de Inverno demovem os fiéis das novenas. À ida para a igreja bebe-se café quente com um "cheirinho" de grogue ou um copito de aguardente com mel, para afastar o frio e o sono. Alguns acrescentam umas gotas de sumo de laranja para tornar a voz mais cristalina, juntando-se aos cantares que animam as celebrações.


Depois da missa, junta-se o povo no adro da Igreja em amena cavaqueira, comendo broas de mel no baile, antes de mais um dia de trabalho.


Na Câmara de Lobos e Camacha, as bandas filarmónicas percorrem as ruas com as
castanholas, os bombos, as cabrinhas ou os acordeões, que acordam os mais dorminhocos.


Todo o mês de Dezembro é dedicado aos preparativos do Natal: enfeita-se o pinheiro, fazem-se as decorações com as flores típicas da época - as cabrinhas, os enciões, o azevinho . e montam-se as lapinhas, ou os presépios. Mias uma vez, a imaginação popular dá lugar aos mais variados quadros, com pastores casinhas e figuras, que representam também cenas da vida madeirense.


Na Missa do Galo ainda se representam os autos do Natal e as romarias dos pastores. Quando a missa acaba, cada um recolhe à sua casa para o reconfortante calor da canja de galinha.

Ao almoço do dia de Natal, come-se a tradicional carne de vinha de alhos, leitão assado e peru. Mas não há festa sem a especialidade natalícia mais cobiçada, o bolo de mel, cujas origens remontam ao século XVII, feito com mel de cana-de-açúcar e condimentado com especiarias.

 

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O Natal no Algarve



O presépio tradicional do Algarve nada tem a ver com o cenário da gruta de Belém a que o
resto do país chama presépio. A contrastar com este quadro de figurinhas elaborado ao
pormenor, o presépio "serrenho" apresenta-se simples e sóbrio, armado em escadaria, com o
menino Jesus em pé no alto.


Nas casas mais abastadas, os degraus são cobertos com toalhas de linho rendadas e bordadas
à mão,, mas também nas mais humildes se arma um altar modesto, sobre uma cómoda coberta
com uma toalha de renda branca, com o menino ao centro rodeado de searinhas, laranjas e
flores.


As searinhas são semeadas a 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, colocando
alguns grãos de trigo, milho, centeio ou alpista em pequenos pires de louça ou de barro. Mal
germinam, são cuidadosamente mantidas até ao Natal e usadas para decorar o presépio.


No dia de Reis, as searinhas são transplantadas, com votos de boas colheitas para o ano novo
que se aproxima, mas nunca dão espiga. Só se aproveitam as palhas que, segundo a crença
popular, depois de cozidas são remédio para todas as dores.


Além do presépio tradicional, os presépios de origem franciscana estão também muito
difundidos na região e dão lugar a diferentes encenações, fruto da imaginação de cada um.
Utilizando os materiais que a natureza oferece, o engenho popular cria presépios de cortiça.
Entre o dia de Natal e o dia de Reis, as pessoas vão de casa em casa entoando cantares frente
a cada presépio e levam consigo um balaio com o Menino Jesus, para as pessoas beijarem e
contribuírem com uma esmola.


Aqui, ninguém com mais de 30 anos se lembra de comer bacalhau no Natal. O bacalhau, cozido com batatas e couves, só ali chegou em tempos mais recentes, e, quando havia, era guisado ou com molho de salsa.
O que se come ao almoço no dia de Natal é galinha de cabidela com batas ou galinha cerejada,
acompanhada por fatias de pão caseiro, e carne de porco frita, com amêijoas e berbigões
abertos na chapa. O ensopado de galo também é um prato típico da quadra, tal como o
bacalhau guisado, o arroz cozido no caldo do guisado e o repolho.


Seguem-se os tradicionais doces fritos - as filhós, os pasteis de batata-doce ou azevias, as fatias douradas e os bolinhós.

 

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O Natal em Portugal


O Natal é uma das festividades mais importantes no nosso país. Em Portugal, as celebrações têm um grande pendor religioso, embora muitas tradições de origem pagã sejam ainda usuais.

A importação das celebrações típicas dos países anglo-saxónicos tem também contribuído para mudar muito a forma como o Natal é comemorado em Portugal. No entanto, o aspecto mais importante e que prevalece é o da festa da família, oportunidade para pôr as divergências de lado, voltar ao local de origem e comemorar com os pais, avós e outros familiares.



Um dos aspectos mais importante da véspera de Natal é a Consoada.

Na noite de 24 de Dezembro é servida uma ceia especial, depois da Missa do Galo, e que é preparada geralmente durante todo o dia.

Dela faz parte um prato de bacalhau, geralmente cozido com legumes, para simbolizar a abstinência que se deve preservar na véspera da celebração do Natal.

No entanto, são também bastante populares os doces acompanhados com vinho verde ou tinto, dependendo do que é mais tradicional.

Os pratos dependem grandemente das tradições locais, pois, por exemplo, no Minho é usual cozinhar também os Mexidos, espécie de açorda feita com pão e água e temperada com mel e Vinho do Porto.

De forte tradição são ainda as Rabanadas, os Sonhos, as Filhós, ou as Broas.

Outro ingrediente indispensável de qualquer celebração de Natal são os frutos secos, o que é natural, uma vez que se colhem no Outono.







A celebração religiosa do Natal começa à meia-noite do dia 24 de Dezembro com a Missa do Galo.

O objectivo é celebrar o nascimento de Jesus Cristo, que a Igreja Católica atribui a este dia.

Os fiéis deslocam-se à Igreja para a cerimónia, voltando em seguida para casa onde comem a ceia e abrem os presentes. A designação de Missa do Galo deve-se à lenda que afirma que um galo cantou a essa hora para anunciar o nascimento de Jesus Cristo, o Menino Jesus.



O dia de Natal também encerra algumas tradições especiais.

A família deve passar este dia reunida e partilhar uma refeição especial.

O almoço ou jantar de Natal, que varia consoante as regiões do país e consoante as preferências das famílias, é tradicionalmente Cabrito Assado.

No entanto, os costumes estrangeiros, nomeadamente ingleses e norte-americanos impuseram o Perú.

Os doces voltam a ter um papel de destaque nesta refeição.



Uma última tradição muito importante no período de Natal é o Bolo Rei.

Originalmente era um bolo especial que se destinava a celebrar o Dia de Reis, a 6 de Janeiro, data em que se supõe que os Reis Magos teriam chegado a Belém para oferecer presentes ao menino Jesus.

O significado específico do bolo já deixou de ser associado ao dia de Reis unicamente, sendo consumido durante toda a época natalícia.

Dentro do bolo pode ser encontrado um pequeno presente (o «brinde», que hoje em dia foi proibido por questões de higiene e segurança) e uma fava, indicando o primeiro a sorte de quem o encontrou e o segundo a obrigação da compra do próximo bolo.

As origens desta tradição estão associadas a jogos que eram feitos para celebrar o dia de Reis e que variavam de lugar para lugar.

Dessa tradição ficou apenas o bolo e nenhum dos rituais
 

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A Entrega das Consoadas e dos Presentes

A Entrega das Consoadas e dos Presentes


Em Portugal, a distinção popular entre consoadas e presentes é a seguinte:

As ofertas feitas, no Natal, aos familiares e amigos designam-se de presentes; já as restantes, efectuadas muitas vezes como forma de agradecimento ou como demonstração de respeito e consideração, recebem o nome de consoadas. Embora, na prática, estas palavras sejam sinónimos, só que as consoadas referem-se apenas aos presentes oferecidos no Natal.




Feliz Natal!O termo consoada serve não só para designar o banquete familiar da noite de Natal, mas também é utilizado para descrever a entrega de presentes na época de natalícia (até aos Reis) como forma de demonstrar a consideração ou o afecto que se tem por essas pessoas.


Há quem considere que a tradição da entrega de presentes no Natal surgiu graças à lembrança da entrega de presentes ao Menino Jesus por parte dos Reis Magos. Os presentes da Natal foram ideia do Papa Bonifácio no século VII. No dia de Reis, ele distribuía pão entre o povo e em troca recebia presentes.

No entanto, este costume surgiu na Roma Antiga e tem uma origem pagã.


O costume das consoadas estabeleceu-se em Roma na mais alta antiguidade. Nesta época, enviavam-se ramos cortados num bosque consagrado à deusa Estrénia ou Estrénua, aos magistrados, como testemunho de deferência. Posteriormente, começaram-se a oferecer figos, passas, mel, medalhas de prata ou ouro, entre outros. Houve uma generalização tão grande no Império da entrega de consoadas, que todo povo ia desejar um bom ano novo ao imperador, para isso levavam-lhe como presente dinheiro.
Também em Roma, nas saturnálias, festas de homenagem ao deus Saturno, realizadas em meados de Dezembro, era comum as pessoas trocarem velas de cera e estatuetas ou bonecos de terracota.



Também entre os Gauleses existia, provavelmente, o hábito da entrega das consoadas. Estes repartiam entre si ramos de plantas no primeiro dia do ano.

Natal todos os dias
Já na Idade Média, as consoadas constituíam verdadeiras trocas, ao contrário por exemplo de Roma, onde que m recebia as consoadas (o Imperador) não as retribuía. Nesta época, os presentes eram dados tantos por crianças como por adultos.





O costume de colocar presentes debaixo da árvore de Natal surgiu no reinado de Elisabeth I (filha de Henrique VIII) na Inglaterra, no século XVI. Esta rainha organizava as festas natalícias, recebendo muitos presentes. A número de presentes era de tal forma elevado, que era impossível recebe-los directa e pessoalmente. Assim, adoptou-se o costume de se deixarem esses mesmos presentes debaixo da árvore de Natal montada nos jardins do palácio, em vez de se entregarem pessoalmente.



Feliz Natal!A entrega de presentes no dia de Natal é sobretudo atribuída ao Pai Natal, mas também há quem a atribua ao Menino Jesus (com era o caso de Portugal há algumas década atrás), por fim nos países em os os presentes são oferecidos no dia 6 de Janeiro, dia de Reis (como é o caso de Espanha) considera-se que quem dá os presentes são os Reis Magos. Em alguns países europeus os presentes são dados no dia 6 de Dezembro, durante a comemoração da Festa de S. Nicolau, patrono das crianças.
 

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A verdadeira História do Pai Natal

O Pai Natal tem vários nomes dependo do país e cultura, mas independentemente do nome que ele recebe, trata-se sempre de S. Nicolau, um senhor muito simpático e generoso, que nasceu no ano de 350 d.C., em Patara. Depois de viajar por muitos sítios, S. Nicolau decidiu ir viver em Mira, onde anos mais tarde tornou-se bispo da Igreja Católica. Muitos milagres lhe são atribuídos e grande parte destes relacionam-se com a doação de presentes. Ele, hoje, ainda é vivo já que a sua Fonte de Vida é a crença das pessoas na sua existência, quando ninguém mais acreditar no Pai Natal é quando ele morre!


Actualmente ninguém sabe ao certo onde é que o Pai Natal vive, uns dizem que é na Noruega, outros dizem que é na Finlândia e ainda outros dizem que ele vive no Pólo Norte. A verdade é que o Pai Natal não quer que ninguém saiba onde é que ele mora, para conseguir trabalhar sem ser incomodado, pois o seu trabalho não se resume a distribuir os presentes na noite de Natal, é também necessário fazer os presentes, saber o que cada criança pediu e o que cada uma realmente merece.


O Pai Natal tem uma lista, que actualmente já é computorizada, de todas as crianças do mundo. O Pai Natal e os seus ajudantes, os duendes, através dessa lista sabem onde é que cada criança mora e assim podem observar o seu comportamento ao longo do ano.


Para conseguir entregar todos os presentes numa só noite, o Pai Natal tem de usar a sua magia, tanto o seu trenó como as suas renas são mágicas. As renas do Pai Natal são nove: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder, Blitze e Rodolfo. A rena que lidera o trenó é o Rodolfo, já que este tem um nariz brilhante que ilumina todo o caminho.


Para mandar a tua carta ao Pai Natal podes utilizar 3 métodos diferentes:
• Enviar pelo correio:
• Enviar um e-mail pela Internet;
• Simplesmente deixar a tua carta no presépio de tua casa (o Pai Natal ou um dos seus ajudantes vai lá busca-la).
Independentemente do método que escolheres deves sempre dizer aos teus pais quais são os presentes que queres, porque às vezes os ajudantes do Pai Natal são desorganizados e perdem as cartas. Quando isso acontece, o Pai Natal manda um dos seus ajudantes ir perguntar aos teus pais o que é que tu pediste.

Por vezes os meninos recebem presentes que não corresponde ao que pediram, isso acontece por vários motivos:
• Não te portastes bem e o Pai Natal acha que tu não mereces o que pediste;
• A tua lista é muito grande e o Pai Natal não te pode dar tudo o que pediste, pois ele também tem de dar presentes aos outros meninos;
• O Pai Natal não dá presentes que os teus pais não te dariam (exemplo: brinquedos perigosos).

Quando o Natal acaba, o Pai Natal vai de férias com a Mãe Natal, afinal ele trabalhou muito e tem de recuperar as suas forças para no próximo ano voltar a preparar tudo para que o Natal seja um sucesso.
 

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Pai Natal e S. Nicolau

A história do Pai Natal

O Pai Natal é associado à ideia de um homem já com uma certa idade, gorducho, de faces rosadas, com uma grande barba branca, que veste um fato vermelho e que conduz um trenó puxado por renas que conseguem voar mesmo não tendo asas. Segundo a lenda, na noite de Natal este simpático senhor visita todas as casas, desce pela chaminé e deixa presentes a todas as crianças que se comportaram bem durante todo o ano.
Coca-cola

A personagem do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau e a ideia de um velhinho de barba branca num trenó puxado por renas (o mesmo transporte que é usado na Escandinávia) foi introduzida por Clement Clark More, um ministro episcopal, num poema intitulado de "An account of a visit from Saint Nicolas" (tradução: Um relato da visita de S. Nicolau) que começava de seguinte modo “'The night before Christmas” (que em português significa "Na noite antes do Natal"), em 1822. More escreveu este poema para as suas filhas e hesitou em publicá-lo porque achou que dava uma imagem frívola do Pai Natal. Contudo, uma senhora, Harriet Butler, teve acesso ao poema através do filho de More e decidiu levá-lo ao editor do jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, o qual publicou o poema no Natal do ano seguinte em 1823. A partir daí, vários jornais e revistas publicaram o poema, mas sempre sem se mencionar o seu autor. Só em 1844, é que More reclamou a autoria do poema!

O primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly” no ano de 1866. Assim, a criação da imagem actual do Pai Natal não é da autoria da Coca-Cola, como muitos pensam.

Antecedentes

As raízes da história do Pai Natal remontam ao folclore europeu e influenciaram as celebrações do Natal por todo o mundo.
A figura do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau, padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças.
A única coisa que se sabe com certeza sobre a vida de S. Nicolau é que este foi bispo de Mira na Lícia, que se situa no sudoeste da Ásia Menor, no século IV d.C.


Antes de estar relacionado com as tradições e lendas de Natal, S. Nicolau era conhecido por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres.
Pode-se duvidar da autenticidade de muitas das histórias relacionadas com S. Nicolau, mas mesmo assim a lenda espalhou-se por toda a Europa e a sua figura ficou associada a um distribuidor de presentes. Os símbolos de S. Nicolau são três bolas de ouro. Diz a lenda que numa ocasião ele salvou da prostituição três filhas de um homem pobre ao oferecer-lhes, em três ocasiões diferentes, um saco de ouro; uma outra lenda é que depois da sua morte salvou três oficiais da morte aparecendo-lhes, para isso, em sonhos.


O dia de S. Nicolau era originalmente celebrado no dia 6 de Dezembro, sendo este o dia em que se recebiam os presentes. Contudo, depois da reforma, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção a ChristKindl, ou seja, ao Menino Jesus, transformando-o no “distribuidor” de presentes e transferindo a entrega de presentes para a Sua festa a 25 de Dezembro. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, esta ficou colocada no próprio dia de Natal. Assim, o dia 25 de Dezembro passou a englobar o Natal e o dia de S. Nicolau. Contudo, em 1969, devido à vida do santo estar escassamente documentada, o Papa Paulo VI ordenou que a festa de S. Nicolau fosse retirada do Calendário Oficial Católico Romano.


Mesmo assim, todos os anos, na época de Natal, em muitas partes do mundo, anúncios, cartões de boas festas, decorações sazonais e a presença de pessoas vestidas de Pai Natal documentam a moderna lenda do Santa Claus (contracção de Santus Nicholaus). Crianças de todo o Mundo escrevem cartas ao Pai Natal, nas quais dizem quais são os seus desejos, e, na noite de Natal, algumas deixam-lhe comida e bebida para uma rápida merenda.

A lenda de S. Nicolau

Como já foi dito anteriormente pode duvidar-se da autenticidade de algumas das histórias relacionadas com S. Nicolau.
Ele viveu em Mira na Lícia, no sudoeste da Ásia Menor (onde hoje se situa a Turquia). Filho de Eipifânio e Joana, devotos cristãos, que lhe deram o nome de Nicolau que significa “pessoa virtuosa”, este nasceu em 350 d.C., em Patara, uma cidade com um porto movimentado.


Nicolau pertencia a uma família abastada e, segundo a lenda, cedo deu sinais da sua bondade. Uma das histórias mais conhecidas sobre a sua generosidade relata que, ao saber que na sua cidade um homem bastante pobre estava decidido a encaminhar as suas três filhas para a prostituição, já que não tinha dinheiro para lhes dar um dote, Nicolau decidiu deixar às escondidas um saco cheio de ouro para a filha mais velha, já que esta estava em idade de casar e logo era a que necessitava mais do dote. Nicolau repetiu o acto por mais duas vezes, ou seja, sempre que uma das filhas atingia a idade para casar. Segundo a mesma lenda, Nicolau colocava o saco dentro da casa pela chaminé, onde secavam algumas meias (daí o hábito das crianças, em alguns países, deixarem meias na chaminé à espera dos presentes).


Os pais de Nicolau morreram cedo. Então, por recomendação de um tio, que o aconselhou a ir visitar a Terra Santa, Nicolau decidiu viajar até à Palestina e depois ao Egipto. Durante a viagem, houve uma tempestade, que segundo a lenda, acalmou milagrosamente, quando Nicolau começou a rezar com toda a sua Fé. Foi este episódio que o transformou no padroeiro dos marinheiros e pescadores.
Quando voltou da sua viagem, decidiu que não queria viver mais em Patara e mudou-se para Mira, onde viveu na pobreza, já que tinha doado toda a sua herança aos mais pobres e desfavorecidos.


Quando anos mais tarde o bispo de Mira morreu, os anciões da cidade não conseguiam decidir quem seria o seu sucessor, já não sabendo o que fazer os anciãos decidiram pôr o problema nas mãos de Deus. Segundo a lenda, nessa mesma noite o ancião mais velho sonhou com Deus, e Este dizia-lhe que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte seria o novo bispo de Mira. Como Nicolau tinha já o hábito de se levantar cedo para ir rezar à igreja, foi o primeiro homem a entrar nela e logo foi indicado bispo.
S. Nicolau morreu a 6 de Dezembro de 342. Em meados do século VI, o santuário onde este foi sepultado transformou-se numa nascente de água. Em 1087, os seus restos mortais foram transferidos para a cidade de Bari, na Itália., que se tornou num centro de peregrinação em sua homenagem. Milhares de milagres foram creditados como cedo sua obra, actualmente S. Nicolau é um dos Santos mais populares entre os cristãos e milhares de igrejas por toda a Europa receberam o seu nome (só em Roma existem 60 igrejas com o seu nome, na Inglaterra são mais de 400).


Evolução:

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S. Nicolau


pn_alemanha.gif

Pai Natal (Alemanha)


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Pai Natal (América - 1800)


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Pai Natal (América)
 

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A Imagem Pai Natal

Ao contrário do que muitas pensam, a imagem do Pai Natal vestido de vermelho e com barba branca não é da autoria da marca de refrigerantes Coca-Cola.

É certo que, durante muito tempo, o Pai Natal foi desenhado vestido com uma grande variedade de cores e era representado a fumar um cachimbo de barro ou a beber vinho. Também é correcto que, nos anos 30, a Coca-Cola decidiu usar a figura do Pai Natal na sua publicidade de Inverno e contratou o artista Haddon Sundblom para lhe compor a imagem. Sundblom escolheu o vermelho e branco da Coca-Cola para vestir o Pai Natal. Primeiro anúncio da Coca-Cola, utilizando o Pai Natal



(Curiosidade: Os desenhos do Pai Natal criados por Sundblom para a Coca-cola são auto-retratos, já que o simpático Pai Natal por ele desenhado possuía a sua própria cara!).



Contudo, Sundblom não foi original na sua escolha, já que o primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly”, no ano de 1866.



Capa do livro de NastNast foi um grande cartonista americano. Este trabalhava para o jornal "Harper's Weekly", aproveitando o espaço que lhe era reservado no jornal para fazer crítica política e para abordar os problemas sociais da época.

No final da década de 1880, Nast começou a fazer uma edição especial de Natal para o seu jornal, contudo os desenhos deste era a preto e branco.



Mesmo assim, a autoria do senhor vestido de vermelho e de barbas brancas pertence a Nast, já que ele em 1866 criou um livro ilustrado a 4 cores intitulado de "Santa Claus and his work" , onde aparece desenhado pela primeira vez o Pai Natal tal como o conhecemos hoje! Este livro foi incluído na edição de Natal do "Harper's Weekly" desse mesmo ano. Assim, surgiu o simpático senhor gorducho, de barbas brancas, alegre, com um grande saco cheio de presentes e com uma roupa vermelha e branca. Neste livro está também presente a oficina no Pólo Norte, os ajudantes do Pai Natal e a sua esposa, a Mãe Natal.

Nast, em 1870, fez um segundo livro ilustrado denominado de "The nigth before christmas".



Mesmo assim, durante décadas (incluíndo no ínicio no século XX), o Pai Natal, por vezes, era retratado de maneira diferente: magro, vestido com outras roupas e cores, etc.

Contudo, é um facto indiscutível que a criação da actual imagem do Pai Natal não pertence à Coca.-Cola. Aliás, muitos utilizaram a imagem criada por Nast antes da Coca Cola.
 

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Árvore de Natal

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Antecedentes

A Árvore de Natal é um pinheiro ou abeto, enfeitado e iluminado, especialmente nas casas particulares, na noite de Natal.



A tradição da Árvore de Natal tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal.



Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal. Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casa no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.



Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.



Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.


Árvore de Natal como hoje a conhecemos

A primeira referência a uma “Árvore de Natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central, há notícias de árvores de Natal na Lituânia em 1510.



Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.



O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência). Isto permitiu que surgisse uma indústria de decorações de Natal, em que a Turíngia se especializou.



No início do século XVII, a Grã-Bretanha começou a importar da Alemanha a tradição da Árvore de Natal pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor, no Natal de 1846.

Natal todos os dias



Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA aquando da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães. A tradição não se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição mantém-se desde 1923.


Árvore de Natal em Portugal

Como o uso da árvore de Natal tem origem pagã, este predomina nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico. Nos países católicos, como Portugal, a tradição da árvore de Natal foi surgindo pouco a pouco ao lado dos já tradicionais presépios.



Contudo, em Portugal, a aceitação da Árvore de Natal é recente quando comparada com os restantes países. Assim, entre nós, o presépio foi durante muito tempo a única decoração de Natal.



Até aos anos 50, a Árvore de Natal era até algo mal visto nas cidades e nos campos era pura e simplesmente ignorada. Contudo, hoje em dia, a Árvore de Natal já faz parte da tradição natalícia portuguesa e já todos se renderam aos Pinheirinhos de Natal!
 

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As Músicas de Natal

A Igreja Católica sempre deu muita importância à música. As músicas de Natal surgiram devido aos esforços católicos de retirar importância às músicas e danças pagãs As primeiras músicas de Natal surgiram no século IV e ainda hoje são cantadas. No século XIX, surgiram muitas melodias de Natal de origem pagã.


Cada país tem as suas próprias canções, uma das mais populares é a canção inglesa “White Christmas” escrita por Irving Berlin em 1942, mas não é a única temos ainda o exemplo de “Silent Night, Holly Nigth” composta na Áustria por Franz Grubet no século XIX, “Jingle Bells”, entre muitas outras.
Portugal também tem as sua músicas de Natal, a mais conhecida é “Adeste Fidelis”, que tem a particularidade de estar escrita em latim. Aliás a fama desta música fez com se que se criasse uma versão sua em inglês, a também famosa “O Come, All Ye Faithful”.
 

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Estrela de Belém

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Segundo a tradição, a Estrela de Belém guiou os Reis Magos, durante vários dias, desde o Oriente até ao local onde Jesus nasceu, para que este pudessem presenteá-Lo com ouro, incenso e mirra.



No que se refere à veracidade ou não do aparecimento da Estrela de Belém aquando do nascimento de Cristo, só se pode especular, nenhuma teoria consegue fundamentar-se em provas 100% fiáveis.

Johannes Kepler, na noite de 17 de Dezembro de 1603 d. C.,observou, em Praga, a conjunção do planeta Júpiter com Saturno na constelação de Peixes, formando uma só estrela. Pelo estudo de textos antigos, Kepler concluiu que essa mesma conjunção teria ocorrido no ano de 747 da era romana, com isto Kepler divulgou uma nova data para o nascimento de Cristo, 7 anos antes da calculada, no século VI pelo frade Dionísio, e que serve de cronologia da era cristã, e pela se colocou o nascimento, erradamente, no ano de 754.

Esta estrela, para além de ser a guia dos Reis Magos, simboliza Cristo, Luz do Mundo: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue, não andará nas trevas" (Jó 8,12).

Também há quem considere que a representação de estrelas no Natal simbolize os santos e os justos, que são como estrelas no céu.



Hoje em dia, a estrela é colocada no topo da árvore de Natal e no próprio presépio.
 
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