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Terrorista da Al-Qaeda é investigado por lavar dinheiro para o Comando Vermelho
A operação também tem como alvo a mulher do MC Poze, conhecida como Vivi Noronha
Rio - Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, 48 anos, procurado pelo FBI por suspeita de atuar como operador de valores do grupo terrorista Al-Qaeda, é um dos alvos da operação desta terça-feira (3) que apura lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho (CV). Na ação, os agentes também investigam a mulher do MC Poze, conhecida como Vivi Noronha, e um segurança do chefe do tráfico do Complexo do Alemão, Edgar Alves de Andrade, o "Doca" ou "Urso".
Segundo dados de cooperação internacional, Mohamed tem histórico relevante no sistema financeiro informal ligado à facção. Cidadão egípicio, ele foi incluído na lista de suspeitos de terrorismo procurados pelos Estados Unidos em 2019.
Em relatório do FBI, Mohamed é descrito como "armado e perigoso". "Ele esteve, supostamente, envolvido no planejamento de ataques contra os Estados Unidos e seus interesses, e no fornecimento de apoio material para Al-Qaeda desde, aproximadamente, 2013", diz o documento.
De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, ele ingressou no Brasil em 2018 e obteve autorização de residência, em que mantinha, à época, o status migratório regular. No ano seguinte, o governo brasileiro informou cooperação com as autoridades americanas, mediante solicitação, nos termos da legislação brasileira.
A Al-Qaeda (AQ) foi fundada em 1988 por Osama bin Laden, responsável pelo ataque de 11 de setembro às torres gêmeas, nos Estados Unidos.
Operação
No geral, os agentes cumprem mandados de busca e apreensão na residência do casal, Vivi Noronha e MC Poze, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, em outros pontos do Rio e também em São Paulo. A ação é realizada por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD).
De acordo com a Polícia Civil, a apuração revelou que Vivi Noronha e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos da facção, recebidos por meio de pessoas interpostas (“laranjas”) com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro. As análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais do CV foram canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que passou a ser um dos focos centrais do inquérito.
A posição dela, segundo os agentes, na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital, "conferindo aparente legitimidade a valores oriundos do crime organizado e ampliando o alcance da narcocultura nas redes sociais."
As investigações identificaram ainda Philip Gregório da Silva, o Professor, como uma das figuras centrais da engrenagem financeira do Comando Vermelho, responsável por eventos como o "Baile da Escolinha", que funcionava como ferramenta de dominação cultural e captação de recursos para o tráfico de drogas e armas.
O criminoso morreu neste domingo (1º), baleado na cabeça. Apesar disso, mesmo com sua morte, a Polícia Civil reforça que permanece clara sua importância dentro do esquema, sobretudo na consolidação da cultura do tráfico e na estruturação de empresas de fachada para dar aparência de legalidade ao dinheiro sujo.
A reportagem tenta contato com a defesa dos envolvidos. O espaço está aberto para eventuais manifestações.
O Dia

A operação também tem como alvo a mulher do MC Poze, conhecida como Vivi Noronha
Rio - Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, 48 anos, procurado pelo FBI por suspeita de atuar como operador de valores do grupo terrorista Al-Qaeda, é um dos alvos da operação desta terça-feira (3) que apura lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho (CV). Na ação, os agentes também investigam a mulher do MC Poze, conhecida como Vivi Noronha, e um segurança do chefe do tráfico do Complexo do Alemão, Edgar Alves de Andrade, o "Doca" ou "Urso".
Segundo dados de cooperação internacional, Mohamed tem histórico relevante no sistema financeiro informal ligado à facção. Cidadão egípicio, ele foi incluído na lista de suspeitos de terrorismo procurados pelos Estados Unidos em 2019.
Em relatório do FBI, Mohamed é descrito como "armado e perigoso". "Ele esteve, supostamente, envolvido no planejamento de ataques contra os Estados Unidos e seus interesses, e no fornecimento de apoio material para Al-Qaeda desde, aproximadamente, 2013", diz o documento.
De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, ele ingressou no Brasil em 2018 e obteve autorização de residência, em que mantinha, à época, o status migratório regular. No ano seguinte, o governo brasileiro informou cooperação com as autoridades americanas, mediante solicitação, nos termos da legislação brasileira.
A Al-Qaeda (AQ) foi fundada em 1988 por Osama bin Laden, responsável pelo ataque de 11 de setembro às torres gêmeas, nos Estados Unidos.
Operação
No geral, os agentes cumprem mandados de busca e apreensão na residência do casal, Vivi Noronha e MC Poze, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, em outros pontos do Rio e também em São Paulo. A ação é realizada por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD).
De acordo com a Polícia Civil, a apuração revelou que Vivi Noronha e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos da facção, recebidos por meio de pessoas interpostas (“laranjas”) com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro. As análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais do CV foram canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que passou a ser um dos focos centrais do inquérito.
A posição dela, segundo os agentes, na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital, "conferindo aparente legitimidade a valores oriundos do crime organizado e ampliando o alcance da narcocultura nas redes sociais."
As investigações identificaram ainda Philip Gregório da Silva, o Professor, como uma das figuras centrais da engrenagem financeira do Comando Vermelho, responsável por eventos como o "Baile da Escolinha", que funcionava como ferramenta de dominação cultural e captação de recursos para o tráfico de drogas e armas.
O criminoso morreu neste domingo (1º), baleado na cabeça. Apesar disso, mesmo com sua morte, a Polícia Civil reforça que permanece clara sua importância dentro do esquema, sobretudo na consolidação da cultura do tráfico e na estruturação de empresas de fachada para dar aparência de legalidade ao dinheiro sujo.
A reportagem tenta contato com a defesa dos envolvidos. O espaço está aberto para eventuais manifestações.
O Dia