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Supremo espanhol decreta prisão preventiva para Santos Cerdán, antigo dirigente do PSOE

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Ex-dirigente do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi ouvido esta segunda-feira pelo Tribunal Supremo espanhol.

O Tribunal Supremo de Espanha decretou, esta segunda-feira, prisão preventiva para Santos Cerdán por "risco de fuga" e "destruição de provas". Em causa está o alegado papel num esquema de distribuição de subornos por supostas adjudicações irregulares de obras públicas.

O juiz Leopoldo Puente, que atendeu ao pedido do Ministério Público Anticorrupção e das acusações, considerou que Cerdán pode ter cometido crimes de integração em organização criminosa, suborno e tráfico de influências.

O ex-líder socialista negou ter recebido comissões e disse ser uma vítima por negociar a investidura de Sánchez com o PNV e o Bildu, como cita o El País.

O ex-dirigente do Partido Socialista Operário Espanhol foi ouvido esta segunda-feira pelo Tribunal Supremo por estar a ser investigado no caso de corrupção onde também está envolvido o antigo ministro encarregue dos Transportes, José Ábalos, assim como o assessor.

"Santos Cerdán levou a corrupção ao Ministério", afirmou o procurador-geral anticorrupção, Alejandro Luzón, que solicitou esta segunda-feira ao magistrado do Supremo Tribunal Leopoldo Puente que decrete a prisão preventiva sem fiança de Santos Cerdán, o que viria a acontecer.

Luzón classificou Cerdán como "chefe de uma organização criminosa" para "conseguir entrar no Governo, nada mais do que no Ministério com maior orçamento do Governo", e assinalou que o fez com Koldo e Ábalos para manipular obras públicas, encarecendo as obras e prejudicando as instituições democráticas.

Na sua opinião, o ex-dirigente socialista é "o líder da organização" que teria criado em Navarra, em conjunto com Koldo e que depois continuou em Madrid com o ex-ministro, pelo que atribuiu-lhe o "papel decisivo" na trama acima dos outros dois.

Luzón afirmou que "os indícios dos crimes são evidentes", como comprovam as gravações de áudio feitas por Koldo, com mensagens muito expressivas que dão um "contexto sólido" às acusações e que têm "uma enorme carga incriminatória".

O procurador justificou o pedido de prisão afirmando que existe um risco racional de fuga, porque os montantes recebidos neste tipo de causas costumam ser muito elevados e não se podem limitar aos que foram obtidos com base nas conversas.

Por tudo isso, Luzon argumentou que a destruição de fontes de prova, a gravidade dos crimes no momento inicial, a capacidade de continuar a comunicar-se com as outras pessoas, com a capacidade de alterar provas, condicionar testemunhas e investigados tornam "indispensável" a adoção desta medida cautelar.

As acusações populares, cuja direção jurídica é liderada pelo Partido Popular (PP), aderiram ao pedido do procurador e solicitaram ao magistrado que também o acusasse do crime fiscal, devido ao risco de prescrição.

Correio da Manhã
 
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