- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 53,729
- Gostos Recebidos
- 1,504
Senado do Brasil continua ocupado por aliados de Jair Bolsonaro pelo terceiro dia consecutivo
Senadores defensores de Bolsonaro defendem a libertação imediata do ex-presidente brasileiro e a destituição do juiz Alexandre de Moraes.
O Senado do Brasil, ocupado terça-feira por senadores aliados de Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão domiciliária na segunda, entrou esta quinta-feira no terceiro dia de ocupação e paralisação, sem perspetiva de solução imediata. A Câmara dos Deputados, que com o Senado forma o Congresso Nacional, e que também tinha sido ocupada terça-feira, foi desocupada a meio da madrugada desta quinta-feira após um suposto acordo, avançado pelos senadores mas desmentido pela base do governo Lula.
Na Câmara, o presidente, Hugo Mota, foi pessoalmente conversar com os deputados que ocupavam todas as cadeiras da mesa diretora, incluindo a dele, as salas das comissões e o plenário, e iniciou negociações com os colegas. Depois de muito tumulto, gritos e acusações de parte a parte, Mota conseguiu chegar até à mesa da direção, passando por um corredor formado por aliados que o protegeram, e sentar-se finalmente na cadeira de presidente, depois de o deputado que a ocupava ter sido arrancado de lá à força por colegas, pois não queria sair.
Tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, os parlamentares têm propostas comuns, a libertação imediata de Jair Bolsonaro, a aprovação no Congresso de uma amnistia política ampla e irrestrita que livre o antigo chefe de Estado de todos os processos e da prisão, o fim do foro privilegiado por prerrogativa de função, e, talvez o tema mais polémico, o início de um processo para destituição do juiz Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), onde comanda os processos contra Bolsonaro e outros líderes da direita. Na Câmara, líderes do Partido Liberal, de Bolsonaro, dizem que suspenderam o protesto porque o presidente Hugo Mota se comprometeu a levar as propostas ao colégio de líderes, onde estão representados os líderes de todos os partidos, para que eles decidam.
No Senado, porém, o presidente, Davi Alcolumbre, muito próximo ao presidente Lula da Silva e ao Supremo Tribunal, não aceitou negociar com os colegas que ocupam a direção e o plenário da casa, alegando que não aceita chantagem. Alcolumbre, amigo de anos do juiz Alexandre de Moraes, já deixou claro que em hipótese alguma vai agendar algum dos mais de 30 pedidos que já recebeu para destituição do polémico magistrado e, ao invés de tentar negociar o fim da ocupação do Senado, anunciou que enquanto a rebelião durar vai realizar sessões virtuais.
Correio da Manhã

Senadores defensores de Bolsonaro defendem a libertação imediata do ex-presidente brasileiro e a destituição do juiz Alexandre de Moraes.
O Senado do Brasil, ocupado terça-feira por senadores aliados de Jair Bolsonaro em protesto contra a prisão domiciliária na segunda, entrou esta quinta-feira no terceiro dia de ocupação e paralisação, sem perspetiva de solução imediata. A Câmara dos Deputados, que com o Senado forma o Congresso Nacional, e que também tinha sido ocupada terça-feira, foi desocupada a meio da madrugada desta quinta-feira após um suposto acordo, avançado pelos senadores mas desmentido pela base do governo Lula.
Na Câmara, o presidente, Hugo Mota, foi pessoalmente conversar com os deputados que ocupavam todas as cadeiras da mesa diretora, incluindo a dele, as salas das comissões e o plenário, e iniciou negociações com os colegas. Depois de muito tumulto, gritos e acusações de parte a parte, Mota conseguiu chegar até à mesa da direção, passando por um corredor formado por aliados que o protegeram, e sentar-se finalmente na cadeira de presidente, depois de o deputado que a ocupava ter sido arrancado de lá à força por colegas, pois não queria sair.
Tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, os parlamentares têm propostas comuns, a libertação imediata de Jair Bolsonaro, a aprovação no Congresso de uma amnistia política ampla e irrestrita que livre o antigo chefe de Estado de todos os processos e da prisão, o fim do foro privilegiado por prerrogativa de função, e, talvez o tema mais polémico, o início de um processo para destituição do juiz Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), onde comanda os processos contra Bolsonaro e outros líderes da direita. Na Câmara, líderes do Partido Liberal, de Bolsonaro, dizem que suspenderam o protesto porque o presidente Hugo Mota se comprometeu a levar as propostas ao colégio de líderes, onde estão representados os líderes de todos os partidos, para que eles decidam.
No Senado, porém, o presidente, Davi Alcolumbre, muito próximo ao presidente Lula da Silva e ao Supremo Tribunal, não aceitou negociar com os colegas que ocupam a direção e o plenário da casa, alegando que não aceita chantagem. Alcolumbre, amigo de anos do juiz Alexandre de Moraes, já deixou claro que em hipótese alguma vai agendar algum dos mais de 30 pedidos que já recebeu para destituição do polémico magistrado e, ao invés de tentar negociar o fim da ocupação do Senado, anunciou que enquanto a rebelião durar vai realizar sessões virtuais.
Correio da Manhã