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João XXI morreu a 20 de maio de 1277, em Viterbo, Itália.
Foi a 16 de setembro de 1276 que um português foi eleito Papa na cidade italiana de Viterbo - conhecida como a cidade dos Papas e onde foi realizado o primeiro Conclave -, tendo sido oficializado quatro dias depois. Chamava-se Pedro Julião, mas era mais conhecido como Pedro Hispano.
João XXI foi o nome papal escolhido por Pedro Hispano, que nasceu em Lisboa, não se sabendo o ano exato. Estudou na escola episcopal de Lisboa, tendo mais tarde prosseguido os estudos na Universidade de Paris e, posteriormente, foi professor na Universidade de Sienna, em Itália.
Em 1261, foi eleito Decano da Sé de Lisboa após ter ingressado no sacerdócio. Cerca de 10 anos depois, é nomeado Arcebispo de Braga pelo então Papa, Gregório X. Já um ano depois, é elevado a cardeal da Ordem dos Bispos, tornando-se, mais tarde, também médico principal do Sumo Pontífice, em 1275.
A eleição de Pedro Hispano feita pelo Conclave, como é ainda hoje habitual, ocorreu durante um período conturbado devido a questões políticas e religiosas que motivaram agressões físicas a diversos cardeais.
Como foi o seu pontificado?
O pontificado de João XXI foi curto, tendo durado apenas 242 dias, marcado pela sua fidelidade ao XIV Concílio Ecuménico de Lyon e pela decisão de castigar aqueles que tinham maltratado os cardeais presentes no Conclave que o elegeu.
Dedicou-se também ao principais problemas que afligiam a Europa naquela altura, tendo conseguido uma reconciliação com a Igreja Ortodoxa, as relações com o Império Mongol e a preparação de uma nova cruzada à Terra Santa. Foi mediador em vários conflitos europeus.
No entanto, acredita-se que o Papa João XXI dedicava-se mais aos seus estudos e à medicina do que ao seu papel de Sumo Pontífice e, por isso, delegou uma parte das suas funções ao cardeal Orsini, que mais tarde viria a ser o Papa Nicolau III.
Morreu a 20 de maio de 1277 quando estava no seu aposento e as paredes se desmoronaram, num altura que o Palácio Apostólico estava em obras. Foi sepultado junto ao altar-mor da Catedral de São Lourenço, em Viterbo, Itália.
As homenagens
O seu nome foi dado, por exemplo, ao Hospital Pedro Hispano e à Estação Pedro Hispano, em Matosinhos. Há ainda a Avenida Pedro Hispano, em Joane, Vila Nova de Famalicão.
Em Lisboa, Braga e Vermoim, existe a Avenida João XXI. No distrito de Coimbra, existe o Instituto Pedro Hispano.
Todos os carros do Papa têm de ter esta matrícula. O que significa?
Matrícula é única para os veículos onde todos os Sumos Pontífices são transportados.
O Papa Francisco morreu na passada segunda-feira, aos 88 anos. Sucedem-se inúmeras imagens do Sumo Pontífice nos órgãos noticiosos, nos programas televisivos, nas homenagens nas redes sociais, e em muitas delas vemos o Sumo Pontífice a bordo de vários veículos que serviram de papamóvel. Nelas encontramos sempre uma matrícula específica.
Sabia que cada automóvel onde o Papa é transportado tem de ter uma matrícula única? Isto era válido para Francisco, para o seu antecessor ou para quem quer que venha a sucedê-lo. É uma matrícula que é transversal a todos os Papas e que tem um significado.
A sigla SCV é uma abreviatura, na língua italiana, de Stato della Città del Vaticano. Em português traduz-se para "Estado da Cidade do Vaticano". Quanto ao algarismo (I - um em numeração romana) representa a hierarquia do Papa na Igreja Católica.
Corpo do Papa já chegou à Basílica de S. Pedro; Fiéis aplaudem
Esta quarta-feira será marcada pela trasladação do corpo do Papa Francisco da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro, tendo a cerimónia início às 9 horas locais (8 horas em Lisboa).
O transporte da urna será precedido por um momento de oração, presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, que está agora na liderança da Igreja Católica até que um novo Papa seja eleito.
A procissão segue hoje pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, saindo pelo Arco dos Sinos até a Praça São Pedro, entrando em seguida na Basílica Vaticana pela porta central. Depois, será aberto o período de visitação à urna mortuária do Papa Francisco, que morreu na segunda-feira, aos 88 anos
Palmas e telemóveis saudaram última procissão de Francisco em São Pedro
Uma praça de São Pedro quase cheia saudou hoje com palmas e fotografias a passagem da urna com o corpo do Papa Francisco, uma cerimónia que marca o início público das celebrações fúnebres do líder da Igreja Católica.
"Foi um bom Papa, vai fazer-nos falta", disse, em italiano, um dos polícias militares destacados para controlar a entrada dos fiéis na Praça, sujeitos a controlo.
O corpo do Papa saiu numa procissão da residência de Santa Marta, onde residiu após ter sido eleito, que incluiu centenas de cardeais, muitos deles já sem funções por excesso de idade, bispos, sacerdotes, missionários, religiosos e funcionários do Vaticano.
A procissão passou pela zona central da Praça de São Pedro e entrou na Basílica pelas portas centrais.
Os primeiros a prestar os seus respeitos à urna, já depositada na Basílica de São Pedro, foram os cardeais, em silêncio, seguindo-se os bispos e demais elementos da procissão. Só depois é que é permitido aos fiéis, que aguardam na Praça, a entrada no templo para velar Francisco.
Nas cadeiras espalhadas pelo recinto, estavam milhares de fiéis que esticavam os braços para obter a melhor imagem da passagem da urna, com a música coral do Vaticano como som de fundo.
Em alguns momentos, ouviram-se aplausos à passagem da urna e, no final, pouco antes de a procissão entrar na basílica, as palmas foram mais audíveis.
Numa cadeira estava Maria Ferrara, residente em Roma que promete só sair de São Pedro depois de ver o Papa.
"Já é o meu quinto Papa. Mas este foi especial", diz, segurando um terço na mão, visivelmente emocionada.
À passagem da urna aberta, transportada aos ombros, os fiéis pouco puderam ver. "Só pude ver a mão, mas quero ir vê-lo", prometeu Maria.
O corpo, já embalsamado, ficará na basílica até sábado, ocasião em que serão celebradas as exéquias.
Durante este período, uma guarda de honra do corpo de segurança papal - os guardas suíços - vão acompanhar o corpo.
A cerimónia de hoje foi celebrada pelo cardeal-arcebispo irlandês Kevin Joseph Farrell, que ocupa o cargo de camerlengo. Já as celebrações de sábado serão presididas pelo decano do colégio de cardeais, o italiano Giovanni Battista Re (91 anos), que presidiu ao conclave que elegeu Francisco.
As exéquias irão terminar com despedidas solenes, o túmulo será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimónia de sepultamento, como havia sido pedido pelo Papa, com uma única inscrição: "Franciscus".
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
Não é só Francisco: Vermelho é o que Papas usam quando morrem (porquê?)
O funeral do Papa Francisco aconteceu no sábado, 26 de abril, mas o velório público começa esta quarta-feira, com milhares de fiéis - e não só - puderem visitar Francisco na Basílica de São Pedro, em Roma.
O velório público do Papa Francisco começa esta quarta-feira e até sexta-feira o caixão vai estar na Basílica de São Pedro, onde poderá ser visto pelos milhares de pessoas que foram até Roma para um último adeus ao Santo Padre.
Durante o percurso, o 'vermelho' saltou à vista, já que para além de muitos cardeais que o acompanhavam, também o Papa estava com vestes vermelhas.
Mas porquê?
Segundo explicam as publicações internacionais, a cor vermelha não é 'por acaso', já que é tradicionalmente usada nos funerais dos Papas - e uma das seis cores usadas pela Igreja Católica.
"Um antigo costume bizantino, o vermelho é a cor do luto pelos Papas", explica o especialista John Paul Sonnen, citado pelo g1. "A origem das vestes vermelhas para as exéquias papais deriva, muito provavelmente, de antigas práticas funerárias do [Império Romano do] Oriente, sendo o vermelho habitualmente usado em funerais, um uso histórico e pragmático que foi preservado na Roma papal. O vermelho também é associado aos Apóstolos e à Festa dos Beatos Apóstolos Pedro e Paulo, sendo o Romano Pontífice o primeiro entre os apóstolos", detalha.
O vermelho é associado assim ao sangue dos mártires, tendo, por exemplo, o primeiro Bispo de Roma, sido um mártir.
São Pedro, discípulo de Jesus Cristo, pregou em Roma e foi perseguido pelas suas convicções religiosas, tendo sido morto às mãos do Imperador Nero e crucificado. Morreu como mártir e ficou conhecido como o primeiro Bispo de Roma, ou seja, o primeiro Papa.
Cristãos despedem-se de Francisco com missa em Jerusalém
Centenas de religiosos, diplomatas e fiéis de vários ramos do cristianismo despediram-se hoje do Papa Francisco numa missa de réquiem na Basílica do Santo Sepulcro, na Cidade Velha de Jerusalém, noticiou a imprensa internacional.
Não só os cristãos católicos da Terra Santa (nome frequentemente usado para designar Jerusalém), mas também os cristãos ortodoxos e os protestantes foram prestar homenagem a Francisco, segundo relatou a agência de notícias espanhola EFE.
"Jerusalém está profundamente triste com a morte de Francisco. Desejamos-lhe um descanso no céu. Amamo-lo porque sempre defendeu a paz", disse à EFE Issa Anis Kassissieh, um cristão ortodoxo palestiniano, cuja família integra uma das comunidades cristãs mais antigas de Jerusalém.
"Espero que a guerra na Terra Santa termine e que o próximo Papa continue o mesmo projeto de falar sobre a paz", acrescentou Kassissieh.
A missa, acompanhada por cânticos em latim e pelo órgão da Basílica, foi organizada pelo cardeal Pierbattista Pizzaballa, o patriarca latino de Jerusalém, considerado um forte candidato à liderança da Igreja Católica.
A liturgia de quase duas horas - realizada em frente à edícula onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo foi sepultado antes da sua ressurreição - contou ainda com a presença de Francesco Patton, líder na região da ordem franciscana Custódia da Terra Santa, que elogiou a "proximidade do falecido Papa com as pessoas comuns e a humanidade".
"Todos nós, que vivemos na Terra Santa, sentimos uma profunda dívida de gratidão para com o Papa Francisco. Cuidou de nós até ao fim, acolheu-nos no seu coração até ao seu último dia e rezou pela nossa paz até ao seu último suspiro", acrescentou Patton, ao lado de uma fotografia de Francisco.
O Papa telefonava frequentemente, inclusive dois dias antes da sua morte, para a única paróquia católica da Faixa de Gaza, a Sagrada Família, para falar com as religiosas e o vigário, perguntando-lhes sobre as crianças do enclave palestiniano, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo radical Hamas, e se estas tinham comida suficiente.
No seu discurso, Patton mencionou ainda os males do antissemitismo e a "morte e destruição" provocadas na Faixa de Gaza, onde a ofensiva israelita já provocou mais de 51.200 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, a maioria mulheres e crianças.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
O funeral do Papa Francisco está marcado para o próximo sábado de manhã no Vaticano, com a presença confirmada de vários líderes mundiais.
Freira quebra protocolo para se despedir do Papa. Quem é ela?
Trata-se de uma amiga íntima do Papa.
A religiosa, amiga íntima de Francisco, pode chorar, junto ao caixão, a morte do Papa.
Esta manhã, o corpo do Papa Francisco foi transladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. Já neste último local, bispos e cardeais pararam um a um para se despedirem do Sumo Pontífice.
No entanto, houve uma pessoa que surpreendeu toda a gente ao quebrar o protocolo.
Trata-se de Geneviève Jeanningros, uma freira pertencente à ordem das Irmãzinhas de Jesus, amiga próxima do Papa Francisco.
O protocolo determina que apenas cardeais, bispos e funcionários do Vaticano se podem despedir do pontífice em primeiro lugar. Contudo, a Guarda Suíça permitiu que a religiosa de 81 anos tivesse acesso ao local por saber que o papa desejaria sua presença, noticia o El Mundo.
Papa doou 200 mil euros da sua conta pessoal a prisões antes de morrer
O dinheiro doado destina-se a vários projetos numa prisão e num centro de detenção de menores.
O Papa Francisco visitou a prisão Regina Coeli, em Roma, na passada Quinta-feira Santa, 17 de abril, mas, ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores, não lavou os pés dos reclusos, tal como Jesus Cristo fez aos seus discípulos na Última Ceia, por se encontrar a recuperar de uma pneumonia bilateral. Ainda assim, poucos dias antes de morrer, decidiu doar 200 mil euros da sua conta pessoal a prisões.
"Há alguns dias, o Santo Padre arrastou o seu corpo até ao Regina Coeli para gritar ao mundo com todas as suas forças a necessidade de prestar atenção aos detidos", referiu D. Benoni Ambarus, bispo delegado para a caridade e as prisões e auxiliar de Roma, ao jornal italiano La Repubblica.
"Doou-lhes os seus últimos bens, 200 mil euros da sua conta pessoal", acrescentou.
O dinheiro doado destina-se a vários projetos numa prisão e num centro de detenção de menores, adiantou o Corriere della Sera.
Francisco decidiu doar o dinheiro após Ambarus ter pedido um donativo para os reclusos. Apesar de reconhecer que não havia fundos, o Papa assegurou: "Não se preocupe, tenho algum [dinheiro] na minha conta pessoal".
No entanto, o bispo auxiliar de Roma lamentou que as autoridades não tenham dado ouvidos aos pedidos de Francisco. "As palavras, os grandes gestos que ele fez, como lavar os pés na Quinta-feira Santa, os apelos... foram pouco assumidos e ainda menos traduzidos em ações práticas.
Ele pediu que se fizesse mais para restaurar a dignidade das pessoas", disse.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de pontificado. Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
Federação argentina destaca Papa como "o argentino que jogou pelo mundo"
A Associação do Futebol Argentino (AFA) publicou hoje um vídeo em homenagem ao Papa Francisco, no qual destaca a sua relação com a modalidade e o reconhece como "o argentino que jogou pelo mundo".
A homenagem recupera vários atos públicos de Jorge Mario Bergoglio, que morreu na segunda-feira, aos 88 anos, desde que foi eleito Papa, em março de 2013, até à sua morte, com outros adeptos argentinos de futebol, desporto que o sumo pontífice se confessou adepto, especialmente do clube San Lorenzo de Almagro.
"Francisco, que jogador. Daqueles que nunca perderam a fé. São eleitos. Aparece um em cada muitos anos, mas este foi diferente porque quando entrou pela primeira vez, pediram a mudança", relata o vídeo, com imagens em que Francisco saúda Bento XVI.
O falecido Papa "jogou como sempre se joga no fim do mundo [como o próprio considerou a sua naturalidade], com sacrifício", mas também "sempre com as mesmas botas e com os pés no chão".
"O último capitão da Igreja Católica foi argentino. Nunca foi individual, preferiu sempre o jogo coletivo. Soa-te familiar? Se tivemos algo com Bergoglio, foi um Deus à parte", prossegue o vídeo da AFA, que recorda o Campeonato do Mundo de 2022 conquistado pela Argentina, no Qatar.
Francisco "deixou todo o protocolo de lado" e "fez dançar muitos privilegiados, até ficarem sem ar", altura em que "o mundo entendeu quão importante é ter um capitão argentino, quando o que é preciso é coragem".
"Podes acreditar ou não. Mas é verdade, esta creche deu um Papa ao mundo. E cada vez que festejarmos um golo no céu, faremos isso com honra, porque agora também teremos um Papa do bairro de Flores", remata o vídeo, aludindo ao local do estádio do San Lorenzo.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.
Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
Como será o funeral do Papa? O passo a passo (com oração em português)
A liderar o funeral estará o cardeal Giovanni Battista Re.
As cerimónias do último adeus ao Papa Francisco vão contar com leituras bíblicas diferentes das do funeral do antecessor, Bento XVI, avança a agência de informação da Igreja Católica, Ecclesia. Uma dessas leituras será lida em português, onde se rezará pela justiça e pela paz entre as nações.
Após a homilia, os fiéis vão rezar por Francisco, para que Deus o "acolha com bondade no seu reino de luz e paz".
O caixão será transportado para a sepultura, enquanto são entoados salmos, em latim, e o presidente da celebração introduz as intercessões.
Depois da oração pelo falecido Papa, o caixão de madeira que contém os restos mortais é selado com os selos do cardeal camerlengo da Santa Igreja Romana, da Prefeitura da Casa Pontifícia, do Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice e do Capítulo Liberiano.
O corpo será colocado no túmulo e aspergido com água benta, seguindo-se o canto do Regina Coeli, que no tempo litúrgico da Páscoa substitui a recitação do ângelus. O notário do Capítulo Liberiano lavra o "ato autêntico", que serve de prova do enterro e lê-o aos presentes.
O túmulo foi feito em mármore proveniente da Ligúria (Itália), região natal dos avós do Papa, apenas com a inscrição "Franciscus" e a reprodução da sua cruz peitoral, a pedido do próprio.
Francisco vai ser sepultado no nicho do corredor lateral entre a Capela Paulina e a Capela Sforza da Basílica de Santa Maria Maior, perto do altar de São Francisco.
Chefes de Estado de todo o mundo prestam último tributo a Francisco
Os presidentes dos EUA, França, Itália, Brasil, Argentina e Portugal, assim como os reis de Espanha, são alguns dos chefes de Estado presentes na praça de São Pedro a assistir ao funeral do Papa Francisco.
O presidente norte-americano, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, prestaram homenagem ao Papa na Basílica de São Pedro, antes de se dirigirem para a praça como mesmo nome, onde decorrerá o funeral.
Trump e Melania fizeram uma pausa para rezar diante do caixão fechado do Papa.
Na Praça de São Pedro, o presidente norte-americano cumprimentou alguns dos presentes, entre os quais o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem dirigiu umas palavras.
O presidente italiano, Sergio Mattarella, acompanhado da sua filha Laura, também fez uma pausa para rezar diante do caixão de Francisco.
O presidente francês, Emmanuel Macron e a mulher, Brigitte Macron, curvaram-se perante o caixão, prestando homenagem ao pontífice argentino, tal como já tinham feito na sexta-feira à noite, à chegada a Roma.
Também o rei e a rainha de Espanha se deslocaram esta manhã à Basílica de São Pedro para homenagear Francisco, minutos antes de tomarem lugar na praça para assistir às exéquias.
Felipe VI e Letizia foram acompanhados pela delegação espanhola que se deslocou à Cidade do Vaticano para assistir à cerimónia, que inclui as vice-presidentes María Jesús Montero e Yolanda Díaz, o ministro da Presidência, Félix Bolaños, e o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo.
Vestidos de preto, o rei e a rainha permaneceram alguns instantes em frente ao caixão do Papa, após o que saíram da basílica para se sentarem junto ao altar na praça antes do início da cerimónia, que conta com a presença de cerca de 200.000 pessoas.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao funeral acompanhado da mulher, Rosangela, tendo entrado na praça do Vaticano pouco depois do presidente argentino, Javier Milei, e poucos minutos antes do início do funeral solene e com sinos ao fundo.
Também presentes na Praça de São Pedro para assistir ao funeral estão já a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a presidente do Conselho Europeu, Ursula Von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o antigo presidente dos EUA Joe Biden.
Num contexto de intensas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia, Donald Trump e Ursula von der Leyen trocaram um aperto de mão e breves palavras na Praça de São Pedro.
Um total de 140 delegações estrangeiras chegaram à praça, onde cerca de 200.000 pessoas - 40.000 na praça e as restantes nos arredores - estão presentes para o funeral.
A capela mortuária do Papa Francisco na Basílica de São Pedro fechou na tarde de sexta-feira, depois de três dias em que 250.000 fiéis se despediram do pontífice, após o que o caixão foi fechado.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral.
Francisco "foi um Papa no meio do povo, com um coração aberto a todos"
O cardeal Giovanni Battista Re afirmou hoje que Francisco "foi um Papa no meio do povo, com um coração aberto a todos", atento ao que "de novo estava a surgir na sociedade".
Na homilia da missa do funeral do Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o decano do colégio cardinalício sublinhou "a manifestação popular de afeto e adesão, (...) nos últimos dias", após a sua morte, mostram "quanto o intenso pontificado do Papa Francisco tocou mentes e corações".
"Com o vocabulário que lhe era característico e com a sua linguagem rica de imagens e metáforas, procurou sempre iluminar os problemas do nosso tempo com a sabedoria do Evangelho, oferecendo uma resposta à luz da fé e encorajando-nos a viver como cristãos os desafios e as contradições destes anos cheios de mudanças, que ele gostava de descrever como uma 'mudança de época'", disse o cardeal Re, perante uma Praça de São Pedro cheia de fiéis anónimos e membros de mais de centena e meia de delegações oficiais.
Para o cardeal Giovanni Battista Re, a decisão do pontífice argentino de adotar o nome Francisco "manifestou-se logo como a escolha do programa e do estilo em que queria basear o seu pontificado, procurando inspirar-se no espírito de São Francisco de Assis".
"Conservou o seu temperamento e a sua forma de orientação pastoral, imprimindo de imediato a marca da sua forte personalidade no governo da Igreja, estabelecendo um contacto direto com cada pessoa e com as populações, desejoso de ser próximo a todos, com uma atenção especial às pessoas em dificuldade, gastando-se sem medida, em particular pelos últimos da terra, os marginalizados", acrescentou na sua homilia.
Francisco, "dotado de grande calor humano e profundamente sensível aos dramas de hoje, (...) partilhou em pleno as angústias, os sofrimentos e as esperanças do nosso tempo da globalização", acrescentou o cardeal italiano.
Para Giovanni Battista Re, o "fio condutor" da missão de Francisco "foi também a convicção de que a Igreja é uma casa para todos, uma casa com as portas sempre abertas".
"Várias vezes utilizou a imagem da Igreja como um "hospital de campanha" depois de uma batalha em que houve muitos feridos, uma Igreja desejosa de cuidar com determinação dos problemas das pessoas e das grandes angústias que dilaceram o mundo contemporâneo, uma Igreja capaz de se inclinar sobre cada homem, independentemente da sua fé ou condição, curando as suas feridas", afirmou o presidente da missa do funeral do Papa Francisco.
Cerca de 200 mil pessoas presentes no funeral do Papa Francisco
Cerca de 200 mil pessoas estão a assistir ao funeral do Papa Francisco na Praça de São Pedro e na avenida que lhe dá acesso, em Roma, informou hoje o Vaticano.
A praça, com capacidade para 40 mil pessoas, atingiu a sua capacidade máxima e as autoridades reencaminharam a multidão de fiéis para as imediações, onde foram colocados ecrãs gigantes para acompanhar a cerimónia, indicou a agência EFE.
Segundo a polícia italiana, cerca de 150 mil pessoas estavam a assistir ao funeral, das quais perto de 50 mil na Praça de São Pedro e o resto a concentrar-se à volta da praça.
As exéquias do Papa Francisco começaram pelas 09h00 de Lisboa (10h00 em Roma) e são presididas pelo decano do colégio cardinalício, Giovanni Batistta Re.
O caixão com o corpo do Papa Francisco está já a ser transportado para o interior da Basílica de São Pedro, no Vaticano, após ter-se concluído a missa exequial.
Aplausos e acenos de adeus estão a marcar o momento por parte dos fiéis presentes.
O caixão será depois transportado num papamóvel adaptado para o efeito para a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde ficará sepultado.
A missa, a que assistiram muitos chefes de Estado, ficou marcada por uma homilia onde o cardeal Giovanni Battista Re destacou a ação do Papa Francisco em favor do migrantes e refugiados, bem como os seus esforços em prol da paz.
O cardeal italiano considerou ainda que Francisco "foi um Papa no meio do povo, com um coração aberto a todos", atento ao que "de novo estava a surgir na sociedade".
O Papa Francisco morreu na segunda-feira, aos 88 anos, depois de 12 de pontificado.
Este foi o carro que transportou Papa Francisco no seu último adeus
Carro teve de ser adaptado para que o caixão pudesse ser visto por todos aqueles que quisessem marcar presença na derradeira despedida.
O funeral do Papa Francisco realizou-se este sábado, seis dias após a sua morte, numa cerimónia que acompanhada por milhares de fiéis e dezenas de chefes de Estado e líderes de organizações. Um dos momentos mais marcantes foi o cortejo realizado pelas ruas de Roma, com passagem obrigatória pelo Coliseu.
Também aqui o Papa Francisco pediu simplicidade e o papamóvel teve de ser adaptado, para que o caixão fosse colocado na zona traseira e pudesse ser visto por todos aqueles que esperaram horas para estarem presentes no último adeus ao Sumo Pontífice.
O mesmo papamóvel, um Fiat Chrysler, já havia sido utilizado pelo Papa Francisco numa viagem ao Oriente, pese embora sem as adaptações acima mencionadas.
Refira-se que o percurso do cortejo iniciou-se no Vaticano e terminou na Basílica de Santa Maria Maior, onde será sepultado
Corpo de Francisco a caminho da Basílica onde será sepultado
O carro que transporta o féretro do Papa Francisco está já a sair do Vaticano em direção à Basílica de Santa Maria Maior, onde o pontífice será sepultado.
O percurso pela cidade de Roma terá uma distância de cerca de seis quilómetros e levará o corpo de Francisco a passar por locais como a Praça Veneza, os Fóruns Imperiais e o Coliseu.
Segundo indicação dos serviços do Vaticano, prevê-se que o percurso entre o Vaticano e a Basílica de Santa Maria Maior demore cerca de maia hora a cumprir.
Em Santa Maria Maior, o túmulo, feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, apresentará a inscrição "FRANCISCUS", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.
Fica localizado numa das naves laterais da Basílica, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.
Milhares tentam filmar e aplaudir o último passeio do "homem de todos"
Depois da missa exequial de hoje, o corpo de Francisco foi transportado para a Basílica de Santa Maria Maior, a quatro quilómetros de São Pedro, onde será sepultado numa cerimónia privada.
Milhares de pessoas, católicos, crentes de outras religiões e não crentes, juntaram-se nas bermas das ruas de Roma para aplaudir, fotografar e filmar o cortejo fúnebre final do Papa Francisco, um "homem de todos".
Delgindear Singh distinguia-se entre a multidão, pelo lenço azul 'sikh' e as barbas longas, mas não arredou pé da ponte próxima da Santa Sé, por onde passou o cortejo.
"Era o líder dos católicos e dos cristãos, mas fez muito pelo mundo. De certa maneira, o seu discurso de tolerância tem muito a ver com a nossa religião, porque somos todos a mesma família humana", disse Singh, acompanhado pela mulher, num dos passeios da ponte Príncipe Amadeo de Saboia e Aosa, conhecida pelos romanos pela sigla Pasa.
Francisco "era um homem de todos e isso também é importante para quem não é católico", acrescentou.
Depois da missa exequial de hoje, o corpo de Francisco foi transportado para a Basílica de Santa Maria Maior, a quatro quilómetros de São Pedro, onde será sepultado numa cerimónia privada.
Na rua Acciaoli era a vez de muitos peregrinos portugueses se concentrarem, vindos das paróquias da Ericeira e do Carvoeiro, para o Jubileu dos Adolescentes.
À passagem, telemóveis levantados e palmas sempre que possível marcaram a passagem do papamóvel.
Antes disso, depois de horas na berma para assegurarem a primeira fila, as monitoras dos jovens pediram para que retirassem os chapéus em sinal de respeito
Sofia Pedroso, 32 anos, integra um grupo de 130 peregrinos da Ericeira que chegou a Roma na quinta-feira. Alguns ainda conseguiram aceder à Basílica de São Pedro e ver o Papa, outros não tiveram essa oportunidade.
Por isso, o grupo esperou ali a passagem do cortejo fúnebre, "principalmente para os jovens que não conseguiram vê-lo em São Pedro, terem aqui um momento significativo".
A peregrina, de 't-shirt' azul onde se lia o mote do Jubileu de 2025, disse à Lusa que o Papa representa esperança numa "tentativa de amor ao próximo e algum aspeto de luz para o mundo".
A cidade de Roma estava cheia de polícia e elementos da proteção civil, controlando entradas e saídas, mas também o percurso do papamóvel, circundado por baias e grades, que também serviu de saída às autoridades oficiais que participaram na missa.
Um evento com tantos milhares de pessoas pode ser também uma oportunidade de negócio e nas margens do rio Tibre a Lusa encontrou pessoas a tentar vender 't-shirts' com imagens do Papa Francisco e a referência ao ano do seu nascimento e da sua morte.
Ainda na ponte Pasa, o argentino e ateu Gonzalo Velez quis vir ver o seu compatriota.
"Ele foi muito importante, porque falou as coisas que todos defendemos. E falou sem complexos e sem palavras suaves", explicou o imigrante em Roma há quatro anos.
A viver a poucos quarteirões de São Pedro, Gonzalo percebeu a simplicidade de Bergoglio e a forma como, pelo exemplo, mudou a prática do próprio Vaticano.
"Havia cardeais e freiras a saírem em grandes carros e ele saía no seu 'cinquecento'. Andava a pé, ia ao café, insistia em pagar mesmo que lhe dessem, ficava na fila. Isto é um exemplo e mudou também, com isso, a própria Igreja", explicou.
Vestido com a 't-shirt' da seleção argentina de futebol, Gonzalo minimiza a importância de Francisco ser seu compatriota.
"Não tem nada a ver. Há tantos lá que são tudo menos santos. Olhe o nosso Presidente", disse, numa referência a o líder de extrema-direita que teve lugar de destaque nas celebrações.
"Ele não nos representa e é uma vergonha que se diga católico", disse. Ao seu lado, o namorado italiano, Fabrizio, concorda e estende a crítica à chefe de Governo de Itália, Geórgia Meloni.
"Os dois [Meloni e Millei] não nos representam nem representam o Papa Francisco nem os católicos do mundo inteiro", resumiu o romano.
A alguns metros de distância, Delgindear Singh lamenta os problemas dos países, entre os quais a pátria dos 'sikhs', a Índia, onde a sua minoria é perseguida pelo regime de Narendra Modi.
"O amor é que nos salva a todos. E é por isso que viemos aqui: manifestar o nosso amor e a nossa gratidão", concluiu.
Pobres recebem Francisco à chegada ao local onde será sepultado
O caixão com o corpo do Papa Francisco chegou à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde ficará sepultado, tendo sido acolhido nas escadarias do templo por um grupo de pessoas necessitadas.
Segundo informação da sala de imprensa do Vaticano, o grupo era constituído por cerca de 40 pessoas pobres e necessitadas, migrantes, presos e transgénero.
O secretário da Comissão para as Migrações da CEI (Conferência Episcopal Italiana), em declarações anteriores citadas pela agência Ecclesia, referiu que cada pessoa levaria uma rosa branca e destacou que o grupo integrava reclusos da Prisão de Rebibbia, onde o Papa Francisco abriu uma Porta Santa do Ano Santo 2025.
"Os pobres têm um lugar privilegiado no coração de Deus, bem como no coração e no ensinamento do Santo Padre, que escolheu o nome Francisco para nunca os esquecer", segundo uma nota do Vaticano justificando a ação de hoje.
A preocupação com os mais pobres e os excluídos foram uma preocupação do pontificado do Papa Francisco, tendo hoje merecido uma referência especial na homilia da missa exequial presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re.
"Constante foi também a sua insistência em agir a favor dos pobres", disse o decano do colégio cardinalício na leitura da homilia.