Riade,a relação estreita entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos "está ameaçada" depois do apoio dos norte-americanos à ofensiva israelita na Faixa de Gaza, avisou sábado um antigo embaixador saudita em Washington.
Numa entrevista à cadeia norte-americana CNN, o príncipe Turki al-Fayçal, antigo diplomata e antigo chefe dos serviços secretos sauditas, considerou que os Estados Unidos deviam alterar a sua política no Médio Oriente e colocar mais pressão sobre Israel.
Qualificando "de bárbara" e "catastrófica" a ofensiva israelita, que fez mais de 1.300 mortes na Faixa de Gaza, o príncipe disse que a administração do novo presidente norte-americano Barack Obama deve pressionar Israel a aceitar um plano de paz árabe, caso contrário perderá a confiança do Mundo árabe.
Esta iniciativa, de inspiração saudita, prevê uma normalização das relações entre os países árabes e Israel, em troca, nomeadamente, da retirada israelita dos territórios árabes ocupados desde Junho de 1967.
"Penso que é um dos processos que faz que a relação entre os Estados Unidos e o Mundo árabe em geral, e a Arábia Saudita em especial, esteja ameaçada", disse.
"A relação que dura há 17 anos entre a América e o Mundo árabe está perigo", insistiu.
Para Turki al-Fayçal, o antigo presidente George W. Bush "deu a Israel, de uma forma cínica e imperdoável, a autorização para fazer o que quisesse em Gaza".
O príncipe manifestou esperança em Obama mas sublinhou a importância de passos reais sobre o terreno, nomeadamente com a aceitação por Israel e pelos Estados Unidos de uma negociação com o Hamas, o movimento islamita que controla a Faixa de Gaza e que Washington qualifica "como terrorista".
"O presidente Obama pode fazer algo e obter a confiança e o apoio das nações árabes e muçulmanas mostrando que faz coisas no terreno não manifestando apenas desejos", disse o príncipe saudita.
LMP
© 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Numa entrevista à cadeia norte-americana CNN, o príncipe Turki al-Fayçal, antigo diplomata e antigo chefe dos serviços secretos sauditas, considerou que os Estados Unidos deviam alterar a sua política no Médio Oriente e colocar mais pressão sobre Israel.
Qualificando "de bárbara" e "catastrófica" a ofensiva israelita, que fez mais de 1.300 mortes na Faixa de Gaza, o príncipe disse que a administração do novo presidente norte-americano Barack Obama deve pressionar Israel a aceitar um plano de paz árabe, caso contrário perderá a confiança do Mundo árabe.
Esta iniciativa, de inspiração saudita, prevê uma normalização das relações entre os países árabes e Israel, em troca, nomeadamente, da retirada israelita dos territórios árabes ocupados desde Junho de 1967.
"Penso que é um dos processos que faz que a relação entre os Estados Unidos e o Mundo árabe em geral, e a Arábia Saudita em especial, esteja ameaçada", disse.
"A relação que dura há 17 anos entre a América e o Mundo árabe está perigo", insistiu.
Para Turki al-Fayçal, o antigo presidente George W. Bush "deu a Israel, de uma forma cínica e imperdoável, a autorização para fazer o que quisesse em Gaza".
O príncipe manifestou esperança em Obama mas sublinhou a importância de passos reais sobre o terreno, nomeadamente com a aceitação por Israel e pelos Estados Unidos de uma negociação com o Hamas, o movimento islamita que controla a Faixa de Gaza e que Washington qualifica "como terrorista".
"O presidente Obama pode fazer algo e obter a confiança e o apoio das nações árabes e muçulmanas mostrando que faz coisas no terreno não manifestando apenas desejos", disse o príncipe saudita.
LMP
© 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.