mjtc
GF Platina
- Entrou
- Fev 10, 2010
- Mensagens
- 9,475
- Gostos Recebidos
- 10
Aeronave Híbrida?
A União Europeia parece realmente decidida a mudar o futuro da aviação. A melhor solução parece ser juntar tudo o que se conhece hoje em termos de veículos voadores e construir um híbrido que pouse em qualquer lugar, inclusive na água. Tornar as viagens aéreas mais eficientes, mais baratas e mais sustentáveis é o objectivo que está sendo perseguido pelo Projecto ESTOLAS (Extremely Short Take Off and Landing on Any Surface - pouso e descolagem extremamente curtos em qualquer superfície). Segundo os idealizadores do projecto, esta será uma das reviravoltas mais radicais na história da aviação.
O projecto combina as melhores características de um avião, um hidroavião, um helicóptero,
um aerodeslizador e um dirigível. (Imagem: ESTOLAS Project).
Disco voador?
O Projecto ESTOLAS pretende desenvolver um veículo voador híbrido que combine as melhores características de um avião, um hidroavião, um helicóptero, um aerodeslizador (hovercraft) e um dirigível. O resultado é um desenho mais curto do que o tradicional tubo com asas dos aviões actuais e mais achatado dos que os helicópteros. Na verdade, sua secção central é um disco voador.
Avião sem aeroporto
Além das turbinas ou turbo-hélices, o ESTOLAS terá um rotor como um helicóptero, embutido na sua fuselagem. Do dirigível, ele herdará o depósito de hélio, usado para obter uma sustentação extra. A aeronave terá ainda um sistema gerador de um colchão de ar, como os aerodeslizadores, para pousar em pistas não pavimentadas, esquis para pousar na neve e um desenho adequado para pousar na água, como os hidroaviões.
A nova aeronave terá inúmeras vantagens, garante o coordenador do projecto, Alexander Gamaleyev, da Universidade Técnica Riga, na Letónia. O pouso e a descolagem exigirão pistas de apenas 175 metros para a versão superpesada do Projecto ESTOLAS, e meros 75 metros para a versão menor: serão quatro versões, denominadas pequena, média, pesada e superpesada. Segundo Gamaleyev, qualquer modelo poderá aterrar e descolar em pistas asfaltadas, campo, pântano, mar, rio, lago ou neve. Isso significa que os aviões híbridos poderão simplesmente dispensar a construção de aeroportos, atendendo virtualmente qualquer localidade que possua alguma superfície plana. Os índices de carga serão de 1,5 a 2 vezes maiores que os aviões a jacto ou hélices convencionais, o que significa que o custo do transporte aéreo poderá rivalizar com o transporte ferroviário, segundo Gamaleyev.
Da prancheta para a prática
Agora que o projecto está pronto, segue-se a construção de um modelo em escala que possa ser testado em túnel de vento. Até Abril de 2014, os investigadores planeiam ter pronto um modelo, também em escala reduzida, mas funcional, que possa voar por controlo remoto. As etapas finais do projecto, segundo o Dr. Gamaleyev, vão incluir o desenvolvimento de um plano de negócios para ajudar a mover o Projecto ESTOLAS da prancheta e dos testes de laboratório para a viabilidade comercial. Como isso será feito ainda não está claro, mas as opções consideradas incluem o estabelecimento de joint-ventures com parceiros industriais, o licenciamento do projecto ou a atracção de capital de risco para a construção dos primeiros protótipos.
Apenas o nome do projecto - ESTOLAS - não soa muito promissor. Em português, o significado de estolar é a perda da sustentação de uma aeronave por velocidade insuficiente para mantê-la no ar.
Fonte: Inovação Tecnológica.
A União Europeia parece realmente decidida a mudar o futuro da aviação. A melhor solução parece ser juntar tudo o que se conhece hoje em termos de veículos voadores e construir um híbrido que pouse em qualquer lugar, inclusive na água. Tornar as viagens aéreas mais eficientes, mais baratas e mais sustentáveis é o objectivo que está sendo perseguido pelo Projecto ESTOLAS (Extremely Short Take Off and Landing on Any Surface - pouso e descolagem extremamente curtos em qualquer superfície). Segundo os idealizadores do projecto, esta será uma das reviravoltas mais radicais na história da aviação.

O projecto combina as melhores características de um avião, um hidroavião, um helicóptero,
um aerodeslizador e um dirigível. (Imagem: ESTOLAS Project).
Disco voador?
O Projecto ESTOLAS pretende desenvolver um veículo voador híbrido que combine as melhores características de um avião, um hidroavião, um helicóptero, um aerodeslizador (hovercraft) e um dirigível. O resultado é um desenho mais curto do que o tradicional tubo com asas dos aviões actuais e mais achatado dos que os helicópteros. Na verdade, sua secção central é um disco voador.
Avião sem aeroporto
Além das turbinas ou turbo-hélices, o ESTOLAS terá um rotor como um helicóptero, embutido na sua fuselagem. Do dirigível, ele herdará o depósito de hélio, usado para obter uma sustentação extra. A aeronave terá ainda um sistema gerador de um colchão de ar, como os aerodeslizadores, para pousar em pistas não pavimentadas, esquis para pousar na neve e um desenho adequado para pousar na água, como os hidroaviões.
A nova aeronave terá inúmeras vantagens, garante o coordenador do projecto, Alexander Gamaleyev, da Universidade Técnica Riga, na Letónia. O pouso e a descolagem exigirão pistas de apenas 175 metros para a versão superpesada do Projecto ESTOLAS, e meros 75 metros para a versão menor: serão quatro versões, denominadas pequena, média, pesada e superpesada. Segundo Gamaleyev, qualquer modelo poderá aterrar e descolar em pistas asfaltadas, campo, pântano, mar, rio, lago ou neve. Isso significa que os aviões híbridos poderão simplesmente dispensar a construção de aeroportos, atendendo virtualmente qualquer localidade que possua alguma superfície plana. Os índices de carga serão de 1,5 a 2 vezes maiores que os aviões a jacto ou hélices convencionais, o que significa que o custo do transporte aéreo poderá rivalizar com o transporte ferroviário, segundo Gamaleyev.
Da prancheta para a prática
Agora que o projecto está pronto, segue-se a construção de um modelo em escala que possa ser testado em túnel de vento. Até Abril de 2014, os investigadores planeiam ter pronto um modelo, também em escala reduzida, mas funcional, que possa voar por controlo remoto. As etapas finais do projecto, segundo o Dr. Gamaleyev, vão incluir o desenvolvimento de um plano de negócios para ajudar a mover o Projecto ESTOLAS da prancheta e dos testes de laboratório para a viabilidade comercial. Como isso será feito ainda não está claro, mas as opções consideradas incluem o estabelecimento de joint-ventures com parceiros industriais, o licenciamento do projecto ou a atracção de capital de risco para a construção dos primeiros protótipos.
Apenas o nome do projecto - ESTOLAS - não soa muito promissor. Em português, o significado de estolar é a perda da sustentação de uma aeronave por velocidade insuficiente para mantê-la no ar.
Fonte: Inovação Tecnológica.
Última edição: