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Portugueses pensam em expandir negócios após "situação difícil" durante protestos em Moçambique
País viveu, desde as eleições de 9 de outubro, um clima de manifestações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais.
Empresas portuguesas estão a apostar na expansão dos negócios em Moçambique para aumentar receitas, com o ambiente de negócios a retomar a normalidade após uma "situação difícil" durante os protestos pós-eleitorais, disseram à Lusa os seus responsáveis.
"Contamos aumentar a nossa rede até ao fim do ano, acrescentando unidades [na rede de distribuição de combustíveis e gás de cozinha], portanto, nós estamos a crescer cerca de 10% ao ano na nossa rede de postos", disse à Lusa o presidente do Conselho de Administração da Galp Moçambique, Paulo Varela.
O responsável falava durante a Feira Internacional de Maputo (Facim), que a petrolífera portuguesa, com presença no país há quase 70 anos, considera importante para expor produtos e buscar parcerias.
"Todos os anos temos crescido na nossa rede de postos, temos presença em todas as províncias e é neste investimento constante que temos feito (...) que nós temos apostado bastante e temos continuado a desenvolver o nosso negócio ao serviço do setor da energia", disse o responsável.
A Galp teve em 2024 um volume de negócios de 300 milhões de euros e emprega duas mil pessoas em Moçambique, contando com terminais logísticos e 80 postos de abastecimento dos seus produtos e projeta a construção de mais 10.
O medo que assolou a empresa após protestos já passou, disse, referindo que os postos de abastecimento vandalizados já estão em funcionamento.
"A situação foi difícil, houve ataques de diversa natureza mas conseguimos manter as pessoas focadas, conseguimos garantir um equilíbrio entre a segurança da nossa operação, das pessoas que trabalham connosco, dos nossos clientes e ao mesmo tempo também garantir o abastecimento do país", disse Paulo Varela.
Outra empresa portuguesa com presença na Facim é a Cegid, no país há quase 25 anos e que resulta da fusão da Primavera e Eticadata, e que trabalha no setor da produção e gestão de `software´.
"Temos soluções para as áreas de recursos humanos, contabilidade, vendas, logística (...) para a gestão de qualquer empresa em termos de 'software'", disse Soares responsável da empresa em Moçambique que conta com 20 colaboradores e com uma faturação global de 950 milhões de euros em 2024.
O gestor elogiou as potencialidades do país no setor de tecnologias onde busca parcerias e quer alargar a carteira de clientes, apontando uma queda do volume de vendas no último trimestre de 2024, mas com a situação a voltar à normalidade a partir de março.
"Foram meses de alguma incerteza, alguma instabilidade (...). Hoje encontramos outra vez uma confiança no mercado", concluiu Soares.
Também o BIM Moçambique, banco do grupo português BCP que iniciou as atividades em 1995, empregando atualmente cerca de 2.600 pessoas no país, aponta a retoma da estabilidade após as manifestações pós-eleitorais.
"Quase já não nos lembramos desse período, pese embora tenha sido na altura difícil", disse Aly Faruque, diretor corporativo e de Investimentos.
Com este novo normal, o BIM quer apostar no financiamento de projetos de pequenas e médias empresas que exportam produtos, referindo que estão reunidas as condições para a economia moçambicana continuar a crescer.
Algumas ideias ficaram pendentes "por causa de um período que sabemos que foi desafiante no último trimestre do ano passado, mas nesta altura estão reunidas as condições para as empresas continuarem a investir", frisou o responsável.
Na Facim está também a empresa Paulo Balanças, de Braga, em Moçambique há quase 40 anos e com 18 colaboradores em Maputo e Beira, especializada na montagem e distribuição de equipamentos de pesagem industrial.
Esta empresa também sentiu os impactos das manifestações eleitorais, mas sente que este período já passou e o país retomou à estabilidade.
"Acho que precisamos de ações concretas e trabalho, porque confusões não ajudam em nada e aqueles conflitos só vieram prejudicar o país", disse Mário Pinto, da Paulo Internacional em Portugal.
A Facim, maior feira de negócios moçambicana expõe as potencialidades económicas de Moçambique e as oportunidades de negócios e de investimentos no setor empresarial do país e do estrangeiro, arrancou na segunda-feira e conta com 3.150 expositores e se espera 70 mil visitantes até domingo.
Moçambique viveu desde as eleições gerais de 09 de outubro um clima de manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder.
Correio da Manhã

País viveu, desde as eleições de 9 de outubro, um clima de manifestações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais.
Empresas portuguesas estão a apostar na expansão dos negócios em Moçambique para aumentar receitas, com o ambiente de negócios a retomar a normalidade após uma "situação difícil" durante os protestos pós-eleitorais, disseram à Lusa os seus responsáveis.
"Contamos aumentar a nossa rede até ao fim do ano, acrescentando unidades [na rede de distribuição de combustíveis e gás de cozinha], portanto, nós estamos a crescer cerca de 10% ao ano na nossa rede de postos", disse à Lusa o presidente do Conselho de Administração da Galp Moçambique, Paulo Varela.
O responsável falava durante a Feira Internacional de Maputo (Facim), que a petrolífera portuguesa, com presença no país há quase 70 anos, considera importante para expor produtos e buscar parcerias.
"Todos os anos temos crescido na nossa rede de postos, temos presença em todas as províncias e é neste investimento constante que temos feito (...) que nós temos apostado bastante e temos continuado a desenvolver o nosso negócio ao serviço do setor da energia", disse o responsável.
A Galp teve em 2024 um volume de negócios de 300 milhões de euros e emprega duas mil pessoas em Moçambique, contando com terminais logísticos e 80 postos de abastecimento dos seus produtos e projeta a construção de mais 10.
O medo que assolou a empresa após protestos já passou, disse, referindo que os postos de abastecimento vandalizados já estão em funcionamento.
"A situação foi difícil, houve ataques de diversa natureza mas conseguimos manter as pessoas focadas, conseguimos garantir um equilíbrio entre a segurança da nossa operação, das pessoas que trabalham connosco, dos nossos clientes e ao mesmo tempo também garantir o abastecimento do país", disse Paulo Varela.
Outra empresa portuguesa com presença na Facim é a Cegid, no país há quase 25 anos e que resulta da fusão da Primavera e Eticadata, e que trabalha no setor da produção e gestão de `software´.
"Temos soluções para as áreas de recursos humanos, contabilidade, vendas, logística (...) para a gestão de qualquer empresa em termos de 'software'", disse Soares responsável da empresa em Moçambique que conta com 20 colaboradores e com uma faturação global de 950 milhões de euros em 2024.
O gestor elogiou as potencialidades do país no setor de tecnologias onde busca parcerias e quer alargar a carteira de clientes, apontando uma queda do volume de vendas no último trimestre de 2024, mas com a situação a voltar à normalidade a partir de março.
"Foram meses de alguma incerteza, alguma instabilidade (...). Hoje encontramos outra vez uma confiança no mercado", concluiu Soares.
Também o BIM Moçambique, banco do grupo português BCP que iniciou as atividades em 1995, empregando atualmente cerca de 2.600 pessoas no país, aponta a retoma da estabilidade após as manifestações pós-eleitorais.
"Quase já não nos lembramos desse período, pese embora tenha sido na altura difícil", disse Aly Faruque, diretor corporativo e de Investimentos.
Com este novo normal, o BIM quer apostar no financiamento de projetos de pequenas e médias empresas que exportam produtos, referindo que estão reunidas as condições para a economia moçambicana continuar a crescer.
Algumas ideias ficaram pendentes "por causa de um período que sabemos que foi desafiante no último trimestre do ano passado, mas nesta altura estão reunidas as condições para as empresas continuarem a investir", frisou o responsável.
Na Facim está também a empresa Paulo Balanças, de Braga, em Moçambique há quase 40 anos e com 18 colaboradores em Maputo e Beira, especializada na montagem e distribuição de equipamentos de pesagem industrial.
Esta empresa também sentiu os impactos das manifestações eleitorais, mas sente que este período já passou e o país retomou à estabilidade.
"Acho que precisamos de ações concretas e trabalho, porque confusões não ajudam em nada e aqueles conflitos só vieram prejudicar o país", disse Mário Pinto, da Paulo Internacional em Portugal.
A Facim, maior feira de negócios moçambicana expõe as potencialidades económicas de Moçambique e as oportunidades de negócios e de investimentos no setor empresarial do país e do estrangeiro, arrancou na segunda-feira e conta com 3.150 expositores e se espera 70 mil visitantes até domingo.
Moçambique viveu desde as eleições gerais de 09 de outubro um clima de manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder.
Correio da Manhã