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Parlamento cabo-verdiano festeja 50 anos de independência
Representantes dos partidos discursaram antes do Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves.
O parlamento cabo-verdiano festejou, este sábado, 50 anos de independência com uma sessão solene em que com intervenções das três bancadas parlamentares, com visões distintas sobre o rumo do país.
Os representantes dos partidos discursaram antes do Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves.
"Um pedido de desculpas por parte do Estado ao povo cabo-verdiano ainda se justifica em nome da verdade, da memória e da reconciliação, bem como uma devida reparação a todas as vítimas do regime autoritário", referiu Celso Ribeiro, representante do grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder desde 2016, a concluir o segundo mandato com maioria na assembleia e que vai dar lugar a eleições legislativas em 2026.
O deputado fazia alusão à entrega do poder ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e ao período de partido único que se viveu até 1991.
"Nestes 50 anos não podemos celebrar a liberdade sem lembrar que ela também chegou tarde para muitos", disse ainda, considerando que o país "podia ter ido mais longe, não fossem 15 anos de ditadura de partido único".
Por seu lado, o líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), João Batista Pereira, considerou que a história construída em cinco décadas demonstra que o país "venceu muitos desafios".
"Somos respeitados pela firmeza dos nossos princípios", referiu.
A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), terceira força parlamentar, usou da palavra através do seu presidente, João Santos Luís, referindo que passados os 50 anos da independência, "é nos jovens que reside o nosso maior capital".
"É nosso dever garantir que nenhum jovem tenha de emigrar por falta de condições", acrescentou.
O presidente do parlamento, Austelino Correia, aproveitou para enaltecer algumas figuras da história do país, tais como Amílcar Cabral, Pedro Pires e Carlos Veiga, referindo que o 05 de julho foi "a primeira pedra" do caminho de desenvolvimento do país a que se seguiram outras, como as primeiras eleições multipartidárias de 1991 e a Constituição de 1992, ao consagrar o Estado de direito democrático.
Cabo Verde celebra 50 anos de independência, proclamada no Estádio da Várzea (atual baixa da cidade da Praia) a 05 de julho de 1975 e colocando termo ao regime colonial português no arquipélago.
O programa de celebrações decorre na capital e além na sessão solene no parlamento, inclui um desfile militar e uma sessão evocativa com intervenções dos quatro chefes de Estado visitantes (Portugal, Guiné-Bissau, Senegal e Luxemburgo).
Ao mesmo tempo, um programa cultural alargado inclui exposições, conferências e espetáculos musicais com dezenas de artistas em diferentes pontos da cidade.
Correio da Manhã

Representantes dos partidos discursaram antes do Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves.
O parlamento cabo-verdiano festejou, este sábado, 50 anos de independência com uma sessão solene em que com intervenções das três bancadas parlamentares, com visões distintas sobre o rumo do país.
Os representantes dos partidos discursaram antes do Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves.
"Um pedido de desculpas por parte do Estado ao povo cabo-verdiano ainda se justifica em nome da verdade, da memória e da reconciliação, bem como uma devida reparação a todas as vítimas do regime autoritário", referiu Celso Ribeiro, representante do grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder desde 2016, a concluir o segundo mandato com maioria na assembleia e que vai dar lugar a eleições legislativas em 2026.
O deputado fazia alusão à entrega do poder ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e ao período de partido único que se viveu até 1991.
"Nestes 50 anos não podemos celebrar a liberdade sem lembrar que ela também chegou tarde para muitos", disse ainda, considerando que o país "podia ter ido mais longe, não fossem 15 anos de ditadura de partido único".
Por seu lado, o líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), João Batista Pereira, considerou que a história construída em cinco décadas demonstra que o país "venceu muitos desafios".
"Somos respeitados pela firmeza dos nossos princípios", referiu.
A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), terceira força parlamentar, usou da palavra através do seu presidente, João Santos Luís, referindo que passados os 50 anos da independência, "é nos jovens que reside o nosso maior capital".
"É nosso dever garantir que nenhum jovem tenha de emigrar por falta de condições", acrescentou.
O presidente do parlamento, Austelino Correia, aproveitou para enaltecer algumas figuras da história do país, tais como Amílcar Cabral, Pedro Pires e Carlos Veiga, referindo que o 05 de julho foi "a primeira pedra" do caminho de desenvolvimento do país a que se seguiram outras, como as primeiras eleições multipartidárias de 1991 e a Constituição de 1992, ao consagrar o Estado de direito democrático.
Cabo Verde celebra 50 anos de independência, proclamada no Estádio da Várzea (atual baixa da cidade da Praia) a 05 de julho de 1975 e colocando termo ao regime colonial português no arquipélago.
O programa de celebrações decorre na capital e além na sessão solene no parlamento, inclui um desfile militar e uma sessão evocativa com intervenções dos quatro chefes de Estado visitantes (Portugal, Guiné-Bissau, Senegal e Luxemburgo).
Ao mesmo tempo, um programa cultural alargado inclui exposições, conferências e espetáculos musicais com dezenas de artistas em diferentes pontos da cidade.
Correio da Manhã