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Ocean Spirit vibra com Boss AC

nuno29

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Na véspera de fim-de-semana foi a vez de Boss AC actuar. Depois do soundsystem dos Dub Pistols ter aberto o palco Ocean, o público ansiava pelo MC. A grande maioria esperava sentada na areia, enquanto outros entretinham-se a jogar ao jogo do galo e a dar habilidosos toques numa bola de futebol. Os fãs vibravam a cada suposta aparição do rapper. E eis que aparece.

Todo vestido de branco e pronto para dar um grande concerto. Com uma banda trajada a rigor (fato preto e camisa branca fazendo alusão ao novo trabalho do cantor, «Preto no Branco»), o espectáculo encantou quem esteve na praia de Santa Rita. Com mais uma noite de boas temperaturas e com o areal bem composto, Boss AC rimou as suas novas canções sem, no entanto, se esquecer daquelas que o tornaram famoso.

Do mais recente álbum, tocou praticamente todas, com destaque para «Tu queres e eu quero também» e «I Don't Give a». Mas foram as mais antigas que levaram a praia à loucura. «Lena», «Baza» e «Hip Hop» estavam na ponta da língua e puseram todos de braços no ar. Além das habituais críticas à sociedade - o desporto nacional preferido é a má língua -, AC não se esqueceu de citar o nome do nosso primeiro ministro, José Sócrates, e deixar uns «avisos» ao mesmo.

Sempre com um grande à vontade em palco, chamou o cantor TC para o acompanhar até ao fim do concerto. Aquele que Boss AC considera uma das melhores vozes de música nacional cantou «I feel good», do eterno James Brown, e, como não poderia deixar de ser, juntaram-se num dueto para cantarem uma música da terra.

Os ritmos de Cabo Verde foram relembrados e meteram todos os casais do Ocean Spirit a dançar bem juntinhos. A terminar, nada como um bom reggae de Bob Marley metendo a plateia aos saltos para no fim resumir tudo numa mensagem: «Apenas queremos paz e amor». Boss AC deixou o palco ao som de aplausos e ovações.


«Estamos aqui para nos divertirmos»

Mas a animação da noite começou por ser mais branda. Eram cerca das dez da noite e pouca gente se avistava em Santa Rita. Os Dub Pistols, em formato SoundSystem, entravam às 22h30, e, a julgar pelas pessoas presentes no festival, até parecia que não ia haver nenhum concerto. Como tal, os primeiros a actuarem no palco Ocean não foram os Dub Pistols, mas sim os Combe Capelle. Esta banda ambulante constituída por seis homens «armados» de tambores tinham como função animar a malta nos intervalos dos concertos.

Como não se via vivalma, resolveram subir ao palco para começar a animar a noite. Tocando algumas músicas ao melhor estilo dos Tocá Arrufar, foram assim chamando pessoas. Eram 22h30 quando os Dub Pistols entraram e depararam-se com um areal a meio gás. A banda inglesa com um vocalista e um DJ tentava com os seus remixes de hip hop, rap e reggae cativar o ainda pouco público. Moralizados e bem-dispostos, diziam que ainda estavam a aquecer e que estavam ali para se divertir.

«Temos de fazer a festa» era o lema dos Dub e foram aos poucos conseguindo reunir mais gente junto do palco. Bob Marley, Nas e um hip hop bem old school foram passagens obrigatórias para a banda, que apesar de ter pouca gente a vê-la, conseguiu, de facto, fazer a festa.

Às duas da manhã, como já é habitual, entrou o DJ, encarregue de fazer dançar os amantes do house music e não só. Depois do concerto de Boss AC houve pouca gente a dispersar e o DJ Miguel Rendeiro fez as honras da casa com uma boa «martelada» pela noite dentro.


iol
 
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