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Obstrução nasal

estela

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Quais as causas? A obstrução nasal é um sintoma que pode estar associado a um grande número de diferentes causas. É muito frequente nas alturas do ano em que o clima é mais frio, sendo consequente, na maiorias das vezes, a infecções víricas, que cursam com expectoração nasal (rinorreia) transparente ou esbranquiçada, dores de cabeça, perda de olfacto e do apetite, e às vezes febre. Habitualmente têm um curso auto-limitado.



Se estes sintomas persistirem durante muito tempo ou se agravarem, será melhor recorrer ao médico, pois podem ter evoluído para uma situação de sinusite aguda, com infecção por bactérias, e necessitar de um tratamento mais eficaz que inclui um antibiótico. Quando, durante o ano, estes episódios se repetem muitas vezes, poderá estar subjacente uma alteração da anatomia do nariz que favoreça a retenção de secreções e a sua infecção mais frequente, como a hipertrofia das adenóides (em idades pediátricas) ou dos cornetos nasais, o desvio do septo nasal, a existência de pólipos nasais, ou a obstrução dos orifícios de drenagem dos seios peri-nasais, com alterações persistentes da mucosa, denominada sinusite crónica.



Muitas vezes estas situações necessitam de cirurgia correctiva. Algumas pessoas referem obstrução nasal associada a espirros frequentes, prurido nasal e ocular, com secreções nasais aquosas e lacrimejo. Os sintomas referidos estão geralmente relacionados com problemas alérgicos e, de uma forma geral, aumentam em determinadas alturas do ano, como por exemplo na Primavera em pessoas alérgicas aos polens. Existem ainda casos de sensibilidade exagerada a alguns estímulos como os odores intensos (perfumes fortes, detergentes, etc.) ou a diferenças de temperatura (mudança brusca de um ambiente frio para um quente); nestas circunstâncias desencadeia-se obstrução nasal imediata e muitas vezes secreções abundantes.



Como prevenir? Em algumas situações podemos agir preventivamente. As alergias são talvez a situação em que se pode efectuar alguma prevenção: primariamente é necessário actuar no ambiente de forma a minimizar o contacto com o alergéneo, como por exemplo arejarando bem os quartos em situações de hipersensibilidade aos ácaros; existem também tratamentos profiláticos como a imunoterapia específica (vacinas contra os alergéneos em causa) e substâncias que diminuem a resposta do nariz ao contacto com os alergéneos, que deverão ser iniciados antes do aparecimento dos sintomas. Deve realçar-se que a vacina contra o vírus da gripe não é eficaz contra os vírus responsáveis pelas constipações.



Quais os factores agravantes? De uma forma geral a obstrução nasal agrava-se em decúbito (deitado), dado que esta posição aumenta o fluxo sanguíneo na região.



Como actuar? Todas as situações de obstrução nasal persistente (com mais de três meses de duração) têm indicação de serem observadas por um médico, preponderantemente os casos com epistaxis (hemorragias nasais) ou com alterações ou diminuição do olfacto. A avaliação que permite o diagnóstico, necessita, muitas vezes, da realização complementar de algumas análises e exames, como a TAC dos seios peri-nasais.



Qual o tratamento? O tratamento depende da causa da obstrução nasal. Para além dos medicamentos novos que têm vindo a ser lançados (antibióticos mais eficazes, anti-histamínicos que provocam menos sonolência e sprays nasais mais bem tolerados e com menos efeitos laterais), a terapêutica cirúrgica é a que tem apresentado evoluções mais recentes. Assim, já é possível na grande maioria dos casos, o tratamento cirúrgico da sinusite por via endo-nasal (através das narinas), cirurgia endoscópica funcional, evitando cicatrizes na face e restaurando o normal funcionamento fisiológico do nariz.
 
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