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O Misterioso Sistema Echelon!

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GF Platina
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Criptografia!

Os métodos criptográficos são conhecidos desde há séculos e bastante utilizados quer pelas potências do eixo, quer pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Consistem essencialmente na distorção de uma mensagem através de dicionários, e de palavras passe conhecidas apenas pelos autores e destinatários da mensagem.
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Ficou conhecida pelo nome de Enigma a máquina adoptada pelas forças alemãs
para codificar e descodificar mensagens secretas durante a Segunda Guerra
Mundial. Um total estimado de 100.000 máquinas Enigma foram produzidas.
A Enigma foi a base para outras máquinas mais sofisticadas de decifragem
como o NEMA suíço, os americanos KL-7 ADONIS e até recentemente o
Fialka M-125 russo.

Os Alemães ficaram sobejamente conhecidos por terem criado o mais divulgado e famoso criptólogo da história, a Máquina Enigma. Semelhante a uma máquina de escrever permitia através de um código específico transmitir mensagens rádio criptografado. Muitos cientistas computacionais ingleses dedicaram-se à descodificação desses mesmos sinais numa base em Inglaterra, e é também retratado em certa documentação cinematográfica, que foram os submarinos americanos que capturaram um submarino alemão, obtendo assim o código secreto. Hoje em dia, com processadores muito mais poderosos, capazes de efectuar milhões de operações por segundo, os métodos e os algoritmos tornaram-se da mesma forma muito mais complexos, no entanto com o mesmo objectivo.

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Uma mensagem de correio electrónico ou de telefone móvel e uma chamada telefónica, são compostas por informações que podem ser reduzidas a uma estruturas simples como zero ou um, dando origem ao denominado mundo digital. Estas mensagens através de programas de computador podem ser alteradas e criptografadas de forma a que, nem o próprio sistema Echelon as consiga decifrar. O caso que foi referenciado pelo sistema Echelon dizia respeito ao número de bits utilizados na criptografia da mensagem. Os europeus nas suas comunicações internas, que desde há muito são encriptadas utilizavam uma chave de N bits, das quais os americanos exigiam conhecer N/2 bits argumentando que muitas comunicações com intuitos terroristas provinham do espaço europeu. Com essa informação, seria possível ao sistema Echelon, decifrar as mensagens trocadas pelos Europeus.
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Echelon é conhecido no seio da cultura popular e meios de comunicação social,
como um suposto projecto secreto de SIGINT.

SIGINT é o termo inglês usado para descrever a actividade da colheita de informações ou inteligência através da interceptação de sinais de comunicações entre pessoas ou máquinas. Actualmente, a SIGINT é a maior fonte de informação dos serviços de inteligência, ao contrário do passado, quando a HUMINT (human intelligence) dominava. Porém, a conjunção de todas as formas é que permite resultados eficientes, por exemplo, uma transmissão de dados pode vir codificada com um código que pode ser obtido apenas por um espião.

SIGINT possui as seguintes categorias:
- COMINT (communications intelligence), focado nas comunicações humanas.
- ELINT (electronic intelligence), focado no uso de sensores para obter dados principalmente sobre a rede de defesa inimiga, como alcance de radares.
- FISINT (foreign instrumentation intelligence), focado em comunicações não humanas, como telemetria de mísseis.
Muitas vezes as actividades de COMINT são descritas como SIGINT, o que pode causar confusão.

Cada vez mais a SIGINT torna-se um facto importante tanto para os militares, como também para o corpo diplomático. Tem sido utilizado desde o desenvolvimento das telecomunicações e sua aplicação militar, além da mecanização que aumentou a velocidade e raio de actuação das forças, como a Blitzkrieg e o uso do submarino e da aviação militar, todos fortes usuários do rádio.

Vários factos podem comprovar a importância das SIGINT na guerra moderna:

- A falha dos russos de proteger adequadamente as suas comunicações levou a desastrosa derrota na Batalha de Tannenberg.

- A interceptação do Telegrama Zimmerman foi factor importante na decisão dos E.U.A. de entrarem na Primeira Guerra Mundial. Arthur Zimmerman (1864-1940), ministro alemão, enviou um telegrama ao presidente do México, propondo uma aliança contra os E.U.A. O telegrama por ele enviado recebeu o seu nome.

- A quebra do código alemão Enigma é considerada uma das vitórias mais importantes, contribuindo assim, para a vitória aliada na II Guerra Mundial.

- A quebra do código japonês PURPLE é considerada um dos episódios importantes para a vitória americana no Pacífico que terminou com a II Guerra Mundial, influenciando decisivamente na Batalha de Midway.

O misterioso Echelon!

Alguns estudiosos da área afirmam que o Echelon serve para interceptação mundial de telecomunicações (internet, fax, telemóvel) encabeçado pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, com a colaboração de agências governamentais de outros países (Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia), para analisar as comunicações a nível mundial, com o fim de procurar mensagens que representem ameaças à segurança mundial. Devido a todo o mistério que envolve o Sistema Echelon, algumas teorias o acusam de promover até mesmo espionagem industrial.

O sistema Echelon alegadamente tem sido utilizado em prol das empresas comerciais americanas.

Exemplos conhecidos:

- Enercon, empresa Alemã que desenvolve tecnologia relacionada com turbinas eólicas.

- Lernout & Hauspie, empresa Belga, abriu falência depois de se saber da existência de uma contabilidade paralela. Foi comprada em Dezembro de 2001 pela Nuance Communications.

- Airbus versus Boeing em 1994. Contrato de 6 milhões de dólares com a Arábia Saudita. Revelação de suborno do consórcio europeu Airbus. Método utilizado de escuta de faxes e telefonemas entre o consórcio europeu Airbus, a companhia aérea, e o Governo sauditas sobre satélites de comunicações. A McDonnel-Douglas, concorrente norte-americana da Airbus, conclui o negócio.

- No final de Janeiro de 2006, a Electronic Frontier Foundation, uma entidade ligada à defesa das liberdades no mundo digital, iniciou uma acção judicial contra a operadora de telefonia norte-americana AT&T devido a uma suposta colaboração com o Echelon.

O alcance do Sistema Echelon.

Os defensores da teoria de que o Echelon existe, alegam que tudo o que se fala pelo telefone ou transmite pela Internet e pelo fax, é controlado em tempo integral, via satélite, pelo Sistema Echelon, e que este é uma sofisticada máquina cibernética de espionagem, criada e mantida pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, com a participação directa do Reino Unido, do Canadá, da Austrália e da Nova Zelândia.
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Com suas actividades iniciadas nos anos 80, o Echelon terá tido como embrião histórico, o
Pacto denominado Ukusa, firmado secretamente pela Grã-Bretanha e pelos E.U.A., no início
da Guerra Fria.

Destinado à recolha e troca de informações, o Pacto UK-USA resultou nos anos 70, na instalação de estações de rastreamento de mensagens enviadas desde e para a Terra por satélites das redes Intelsat (International Telecommunications Satellite Organisation) e Inmarsat. Outros satélites de observação foram enviados ao espaço para a escuta das ondas de rádio, de celulares e para o registo de mensagens de correios electrónicos. Na Inglaterra, o órgão governamental associado à NSA é a GCHQ (Britain’s Government Communica­tions Headquarters).

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A maior base electrónica de espionagem no mundo é a Field Station F83, da NSA e se situa em Menwith Hill, Yorkshire, na Grã-Bretanha.
Além disto, já sob o guarda-chuva do Echelon, seriam captadas as mensagens de telecomunicações, inclusive de cabos submarinos e da rede mundial de computadores, a lnternet. Em linguagem técnica, o objectivo dessa rede (network) é o de captar sinais de inteligência, conhecidos como SIGINT. O segredo tecnológico do Echelon consiste na interconexão de todos os sistemas de escuta. A massa de informações é espectacular, e para ser tratada, requer uma triagem pelos serviços de espionagem dos países envolvidos, por meio de instrumentos da inteligência artificial.

"A chave da interpretação reside em poderosos computadores que perscrutam e analisam a massa de mensagens para delas extraírem aquelas que apresentam algum interesse. As estações de interceptação recebem milhões de mensagens destinadas às estações terrestres credenciadas e utilizam computadores para decifrar as informações que contêm endereços ou textos baseados em palavras-chaves pré-programadas", afirma Nicky Hager; pesquisador do tema.

Satélite Espião!

Uma actividade de espionagem bem-sucedida, não ficaria completa sem o uso dos satélites espiões. Um satélite espião (oficialmente referenciado como sendo um satélite de reconhecimento) é um satélite de observação da Terra ou um satélite de comunicação utilizado para fins militares ou de espionagem. A primeira geração de satélites espiões (Corona e Zenit), fotografavam a superfície da Terra e ejectavam capsulas com os filmes fotográficos, os quais desciam e eram recuperados no solo. Mais tarde, os satélites espiões foram equipados com sistemas de fotografia digital e transmitiam as imagens através de conexões de rádio.

O Programa Corona foi uma série de satélites norte-americanos com objectivo militar. Os satélites Corona foram utilizados pelos Estados Unidos para realizar avaliações fotográficas da antiga U.R.S.S., e da China, além de muitas outras regiões do mundo.
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Esquema de um satélite Corona KH-4B usado para fins militares.
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Curiosidade: O Crystal Kennan, foi o primeiro satélite espião que se tem notícia a usar imagens digitais. Tinha um tamanho e layout geral similar ao Telescópio espacial Hubble.

Exemplo de missões de satélites de reconhecimento:
- Fotografia de alta resolução (IMINT)
- Comunicações criptografadas (SIGINT)
- Comunicações secretas.
- Detecção de testes nucleares proibidos.
- Detecção de lançamento de mísseis.
- Rastreamento veloz.

 
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