- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 9,470
- Gostos Recebidos
- 1
Nuclear : Fuga de óleo da Central Nuclear de Chinon para o Loire
Tours, França, 24 Set (Lusa) - Óleo industrial da Central Nuclear de Chinon, França, vazou hoje numa extensão de 15 quilómetros para o Rio Loire, depois de uma avaria numa bomba, anunciou a prefeitura, descrevendo o produto derramado como "não radioactivo".
Segundo os bombeiros, a fuga, que é responsável por uma poluição de 10 metros cúbicos nos 15 quilómetros que vão de Port-Boulet (Indre-et-Loire, centro) a Montsoreau (Maine-et-Loire), foi parada ao início da noite.
"Durante uma operação de manutenção realizada hoje 24 de Setembro ao final da manhã na central de Chinon, óleo industrial vazou para o Loire, na sequência de uma avaria de uma bomba", fez saber a prefeitura.
Este "óleo misturado com água" provém de "um reservatório situado na parte não nuclear das instalações da unidade de produção 3".
"Este incidente, sem perigo para a população, pode ter consequências sobre o meio aquático. Vai ser realizada quinta-feira uma análise", precisou ainda a prefeitura.
No início de Agosto, a central nuclear francesa de Tricastin, no Sul do país, registava o sexto incidente num mês, ao verificarem-se fortes fugas de carbono 14 gasoso, revelou a autoridade de segurança nuclear (ASN).
O incidente foi classificado com o grau 1 da Escala Ines (com oito níveis) para acidentes nucleares e a Autoridade de Segurança Nuclear decidiu proibir à Socatri, até ao fim do ano, toda a actividade que possa levar a fugas de Carbono 14.
"Segundo as primeiras estimativas, o impacto desta fuga no ambiente e população foi considerado muito fraco, da ordem de alguns microssievertes, isto é, menos algumas milésimas da dose anual autorizada para o público", adiantou a Autoridade de Segurança Nuclear.
O "sievert" é a unidade que mede a dose de radiação absorvida pela matéria viva.
A Socatri, filial da Areva, "número um" a nível mundial do nuclear civil, já constatara a 4 de Julho, que em Junho se tinha ultrapassado o limite de saída de carbono 14 gasoso, situação que se continuou a verificiar mesmo depois da paragem de actividade naquele ateliê.
Na noite de 7 para 8 de Julho, também em Tricastin, registou-se uma fuga de 74 quilos de efluentes de urânio que terão "contaminado ligeiramente" uma centena de trabalhadores.
Alguns dias depois, uma outra fuga de líquidos radioactivos numa fábrica de combustíveis em Romans-sur-Isère (Drôme) foi também classificada no nível 1.
A 18 de Julho, 15 funcionários foram contaminados "muito ligeiramente" por elementos radioactivos, num estaleiro de manutenção de uma unidade de produção da central nuclear de Saint-Alban/Saint-Maurice (Sudeste), sem que o incidente tenha sido classificado pela ASN.
Cinco dias depois, registou-se outro incidente na central de Tricastin que contaminou "sem gravidade" outros cem trabalhadores da central, que tem quatro reactores de 900 megawatts.
Várias centenas de incidentes e acidentes classificados " zero" são assinalados todos os anos em França, onde o nuclear fornece 80 por cento da electricidade consumida.
A França possui a segunda rede no mundo de reactores nucleares - 58, depois dos Estados Unidos.
Tours, França, 24 Set (Lusa) - Óleo industrial da Central Nuclear de Chinon, França, vazou hoje numa extensão de 15 quilómetros para o Rio Loire, depois de uma avaria numa bomba, anunciou a prefeitura, descrevendo o produto derramado como "não radioactivo".
Segundo os bombeiros, a fuga, que é responsável por uma poluição de 10 metros cúbicos nos 15 quilómetros que vão de Port-Boulet (Indre-et-Loire, centro) a Montsoreau (Maine-et-Loire), foi parada ao início da noite.
"Durante uma operação de manutenção realizada hoje 24 de Setembro ao final da manhã na central de Chinon, óleo industrial vazou para o Loire, na sequência de uma avaria de uma bomba", fez saber a prefeitura.
Este "óleo misturado com água" provém de "um reservatório situado na parte não nuclear das instalações da unidade de produção 3".
"Este incidente, sem perigo para a população, pode ter consequências sobre o meio aquático. Vai ser realizada quinta-feira uma análise", precisou ainda a prefeitura.
No início de Agosto, a central nuclear francesa de Tricastin, no Sul do país, registava o sexto incidente num mês, ao verificarem-se fortes fugas de carbono 14 gasoso, revelou a autoridade de segurança nuclear (ASN).
O incidente foi classificado com o grau 1 da Escala Ines (com oito níveis) para acidentes nucleares e a Autoridade de Segurança Nuclear decidiu proibir à Socatri, até ao fim do ano, toda a actividade que possa levar a fugas de Carbono 14.
"Segundo as primeiras estimativas, o impacto desta fuga no ambiente e população foi considerado muito fraco, da ordem de alguns microssievertes, isto é, menos algumas milésimas da dose anual autorizada para o público", adiantou a Autoridade de Segurança Nuclear.
O "sievert" é a unidade que mede a dose de radiação absorvida pela matéria viva.
A Socatri, filial da Areva, "número um" a nível mundial do nuclear civil, já constatara a 4 de Julho, que em Junho se tinha ultrapassado o limite de saída de carbono 14 gasoso, situação que se continuou a verificiar mesmo depois da paragem de actividade naquele ateliê.
Na noite de 7 para 8 de Julho, também em Tricastin, registou-se uma fuga de 74 quilos de efluentes de urânio que terão "contaminado ligeiramente" uma centena de trabalhadores.
Alguns dias depois, uma outra fuga de líquidos radioactivos numa fábrica de combustíveis em Romans-sur-Isère (Drôme) foi também classificada no nível 1.
A 18 de Julho, 15 funcionários foram contaminados "muito ligeiramente" por elementos radioactivos, num estaleiro de manutenção de uma unidade de produção da central nuclear de Saint-Alban/Saint-Maurice (Sudeste), sem que o incidente tenha sido classificado pela ASN.
Cinco dias depois, registou-se outro incidente na central de Tricastin que contaminou "sem gravidade" outros cem trabalhadores da central, que tem quatro reactores de 900 megawatts.
Várias centenas de incidentes e acidentes classificados " zero" são assinalados todos os anos em França, onde o nuclear fornece 80 por cento da electricidade consumida.
A França possui a segunda rede no mundo de reactores nucleares - 58, depois dos Estados Unidos.
TM/MF.
Lusa/Fim
Lusa/Fim